Internauta Adventista Defende Doutrina do Pecado Original

EU ESTAVA ERRADO!

Já faz algum tempo enviei-lhe um comentário sobre um capítulo que li num livro de J.W.Gresham intitulado "A Mensagem, o Mistério e os Equívocos da Mensagem de 1888" (www.adventistas.info), que foi publicado no Adventistas.com com o título: "Internauta Adventista Defende a Doutrina do Pecado Original".

Amigo, quero dizer-lhe que EU ESTAVA ERRADO! Na época eu não entendia a diferença entre Pecado (ou Culpa) Original e Tendências (ou Propensões) herdadas para o mal. Para mim era tudo a mesma coisa. Lendo o material do Pr. Jean R.Zurcher: "A Justificação pela Fé e a Doutrina do Pecado Original", comecei a entender que estava no caminho errado.

Agora, quando li um outro artigo disponibilizado no seu site: "A Natureza Humana de Cristo", não tive mais dúvidas, EU ESTAVA REALMENTE ERRADO! Agradeço a Deus por Ele ter-me dado a oportunidade de ler este artigo, que na minha opinião, é o mais claro e elucidador texto que já li sobre o assunto.

Daqui em diante não sou mais o Internauta Adventista que defende a doutrina do Pecado Original, pois tal doutrina é mais um ingrediente do Vinho de Babilônia que está embriagando e distanciando da realidade a tantos neste mundo. Um forte abraço.
    

Obs. O texto abaixo, portanto, já não reflete o pensamento de seu autor.

Oi Robson,

Eu acredito sinceramente que o alto clamor virá pela compreensão correta da mensagem da justificação pela fé conforme exposta em 1888, só que com uma diferença: em 1888 a luz começou a brilhar, ou seja, as verdades começaram a ser expostas, mas isso não quer dizer que ela esteja completa. Creio que, se ela não fosse recusada, mais luz viria, ampliando e aperfeiçoando as verdades iniciais ali expostas. Acredito que hoje, a missão do remanescente não é somente resgatar mas prosseguir avançando na luz que Deus quis e ainda quer transmitir ao mundo com a glória do anjo de Apoc.18.

Ao ler o capítulo 6 do material escrito pelo Sr. J.W.Gresham ("A Mensagem, o Mistério e os Equívocos de 1888") disponibilizado através do site www.adventistas.info, tive a sensação que, da maneira como esta redigido, estÁ fugindo da essência da mensagem de 1888. E isto muito me preocupa.

Estou enviando anexo alguns comentários sobre este capítulo com a intenção de ajudar e não de polemizar.

Um forte abraço,

Cleiton Heredia.


Comentários ao Capítulo 6 do livro A Mensagem, o Mistério e os Equívocos de 1888, de Joe W. Gresham:

A doutrina do pecado:

“Uma vez que a maioria do mundo cristão (inclusive muitos adventistas do sétimo dia) aceitam de uma forma ou outra a doutrina católica do pecado original, creio que é justamente sobre esse ponto que deveríamos  prosseguir em nossas considerações. Uma definição simples de pecado original diz que somos condenados e culpados diante de Deus unicamente porque nascemos na família humana. Essa é uma das razões por que a Igreja Católica pratica o batismo infantil. Será que essa doutrina é bíblica? Poderia esse ensino ser aceito pela igreja remanescente? Se sim, então um bebê recém-nascido deveria ser batizado imediatamente para a remissão do pecado, com receio de que se ele morresse por alguma razão, estaria para sempre perdido. Você pode ver, caro amigo, o funesto erro de tal ensinamento?”

Comentários:

Inicialmente o autor demonstra não concordar com a “doutrina do pecado original” por ser ela de origem católica e levar ao batismo infantil. É como se ele dissesse: o batismo infantil é errado, logo a doutrina do pecado original que deu origem ao batismo infantil é igualmente errada. Esta argumentação esta equivocada! É a mesma coisa que eu concluir que a doutrina da volta de Jesus está errada por ter dado origem ao engano do arrebatamento secreto. O batismo infantil, bem como o arrebatamento secreto são distorções de doutrinas biblicamente corretas.

 

A doutrina do pecado:

“Outro aspecto da doutrina da culpa por nascimento, ou natureza, é que quando Adão transgrediu, ele perdeu a capacidade de não pecar. Portanto, ele tinha, por necessidade, de continuar pecando pelo resto de sua vida e nós, como seus descendentes, estamos destinados a pecar, sem nenhuma esperança de vencer o pecado.”

Comentários:

Esta corretíssimo! A essência da conseqüência do pecado é a separação de Deus, e separado de Deus, Adão perdeu a capacidade de não pecar. Separado de Deus, ele estava sentenciado a continuar pecando pelo resto de sua vida (é por isso que em Efésios 2:1 o homem em pecado é comparado a um morto – que escolha pode ter um morto?). Talvez o texto ficaria mais claro se o autor acrescentasse a expressão “Sem Cristo” na frente da frase: “Estamos destinados a pecar, sem nenhuma esperança de vencer o pecado.” . Sem Cristo este seria nosso inevitável destino.

Ellen White explica isso muito bem:

“Declarou-se-lhes (a Adão e Eva), porém, que sua natureza ficara depravada pelo pecado; haviam diminuído sua força para resistir ao mal, e aberto o caminho para Satanás ganhar fácil acesso a eles.” Patriarcas e Profetas pág. 61

“É nos impossível, por nós mesmos, escapar ao abismo do pecado em que estamos mergulhados. Nosso coração é ímpio, e não o podemos transformar. João 14:4 e Rom.8:37. A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano...não podem mudar o coração; são incapazes de purificar as fontes da vida.” Caminho a Cristo pág. 18

“Em si mesmo”, o homem não teria a força nem o desejo de parar de pecar.

 

A doutrina do pecado:

“Agora, consideremos: se o pecado é por opção, então somos responsáveis pelas escolhas que fazemos, mas, se é por natureza e, ipso facto, inevitável  que permaneçamos em pecado a despeito de nossas preferências, então a inevitabilidade, a necessidade, excluem toda responsabilidade. Logo, a questão que precisa ser primeiramente respondida é: O que é pecado? É ele o modo que somos ou o caminho que escolhemos? Ele acontece quando nascemos ou quando consentimos em errar? Se a culpa vem por herança, então, onde se encaixa a responsabilidade?”

Comentários:

Somos pecadores por natureza e por opção. A separação de Deus que o pecado nos ocasionou é tão grave que corrompeu totalmente nosso ser (Romanos 3:9-18 explica bem isso). Portanto o pecado não se resume em atos errados, mas tem haver com nossa condição alienada de Deus que nos leva aos atos errados.

 

A doutrina do pecado:

“A Bíblia define pecado como nossa escolha espontânea, para exercitar nossa natureza decaída em oposição à vontade de Deus. “Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados.” (Hebreus 10:26). “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tiago 4:17). Jesus verteu mais luz sobre isso quando disse: “Se Eu não viera e não lhes falara, não teriam pecado; mas, agora, não somente viram, mas também odiaram tanto a Mim como a Meu Pai... Se Eu entre eles não tivesse feito tais obras, quais nenhum outro fez, não teriam pecado...” (João 15:22 e 24). “Se fôsseis cegos , não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Nós vemos, permanece o vosso pecado.” (João 9:41)”

Comentários:

Se alguém está com uma doença mortal e não sabe, pois não foi comunicado, sua ignorância não o impedirá de ser uma pessoa doente. E mais, sua ignorância não o impedirá de morrer.

Se um cego esta sujo e maltrapilho, o fato dele não ter condições de ver e perceber sua real situação, não significará que ele está limpo e alinhado. Ele pode até pensar que está, mas aqueles que podem ver sabem que não é esta sua realidade.

Os versos utilizados pelo autor indicam que se Deus não nos mostrasse a verdadeira condição em que nos encontrávamos, jamais teríamos condições de percebê-la por nós mesmos (João 16:8). É isso que Jesus quer dizer com a expressão: “não teriam pecado”. Por outro lado, quando passamos a ver (perceber nossa real condição) pela ação direta de Deus em nossas vidas, passamos a nos ver como realmente somos, pecadores “destituídos da glória de Deus”.

 

A doutrina do pecado:

“Note que pecado não é algo recebido por herança. A culpa não procede da natureza, mas é resultado de conhecer o que é certo e praticar o errado.”

Comentários:

Salmos 51:5 deixa claro que todos nós nascemos com uma natureza pecadora. Ellen White fala de “tendências herdadas e cultivadas para o mal”. A culpa procede, sim, de nossa natureza, pois é com base nela que tomamos as decisões que nos leva aos atos pecaminosos. Mateus 15:19 deixa claro que é do coração (não convertido) que procedem todos os maus pensamentos, assassínios, adultérios, prostituições, furtos, etc.

 

A doutrina do pecado:

“Tenha presente, amigo leitor, que não seremos responsáveis pela luz que não conhecemos, mas por aquela à qual temos resistido e rejeitado.”

Comentários:

Se não seremos responsáveis pela luz que não possuímos, então porque existe a ordem para pregar o evangelho a toda tribo, língua e nação? Para que trazer sobre eles a condenação? Deixemos como estão, sem luz e ignorantes, pois assim eles não terão o que recusar e não serão condenados.

 

A doutrina do pecado:

“O livro de Atos contém uma passagem que intrigou muitos do povo de Deus através dos anos. “Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam.” (Atos 17:30) Se considerarmos, todavia, essa passagem à luz do que a mensageira de Deus nos falou, descobriremos seu claro significado: ‘A luz manifesta e condena os erros que se ocultavam nas trevas; e, ao chegar a luz, a vida e o caráter dos homens devem mudar correspondentemente, para com ela se harmonizarem. Pecados que eram outrora cometidos por ignorância, devido à cegueira do espírito, já não podem continuar a merecer condescendência sem que se incorra em culpa.’”

Comentários:

“Os pecados cometidos na ignorância”. Pelo fato dos atos terem sido cometidos na ignorância, não deixaram de ser caracterizados como “pecado”.

A palavra “culpa” no texto acima é no sentido de “violação da consciência”. Antes de sabermos diferenciar o certo do errado não temos “culpa” perante Deus, ou seja, não violamos nossa consciência. A partir do momento que o Espírito de Deus nos dá discernimento entre o certo e o errado passamos a ter “culpa”, ou seja, passamos a violar nossa consciência perante Deus.

 

A doutrina do pecado:

“Outro aspecto do pecado que deveria ser abordado é se há culpa em pensamentos ou desejos maus. A “nova teologia” (que em realidade nada mais é que teologia protestante, a qual, por sua vez, é meramente catolicismo agostiniano) ensina que há culpa no desejo, mesmo quando resistido através do exercício da vontade. Um dos primeiros proponentes desse ensino dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia declarou abertamente: “Há culpa nos maus desejos, mesmo quando dominados pela vontade.” Todavia, a Palavra de Deus diz: “Cada um, porém, é tentado e atraído quando engodado pela sua própria concupiscência, então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz ao pecado; e  o pecado, sendo consumado, gera a morte.”  (Tiago 1:14 e 15)  Aqui vemos o desenvolvimento do desejo ao pecado efetivo; assim, pecado é resultado de ceder ao desejo.”

Comentários:

Mas mesmo que eu não ceda ao desejo, minha natureza continua poluída. As pessoas educadas e polidas podem não sair por aí falando palavras de baixo calão, mas isso não que dizer que a educação transformou seu coração corrompido pelo pecado. O que a educação fez, foi simplesmente passar um verniz de aparências exteriores, quando na verdade a natureza permanece inalterada (corrompida). Só o ato sobrenatural da graça de Deus em nosso coração (natureza) pode transformá-lo.

 

A doutrina do pecado:

“Dessa maneira, não é o nascimento, a natureza ou o pensamento resistido que nos condena diante do Universo, mas tornamo-nos pecadores por causa da nossa contumaz rebelião em ignorar a vontade de Deus.”

Comentários:

“Tornamo-nos pecadores”? Nós não nos tornamos pecadores, nós nascemos pecadores (separados de Deus). Ver Rom.3:18; Sal.51:5; Rom.7:14,18.

Uma árvore não é reconhecida como laranjeira por produzir laranjas, mas ela produz laranjas porque é uma laranjeira. Não nos tornamos pecadores pelo fato de cometermos pecados, mas cometemos pecados porque somos (nascemos) pecadores.

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