GUERRA: SEGURANÇA NO VATICANO É
REFORÇADA
Teme-se um atentado contra a cúpula da basílica de São
Pedro
JULHO ALGAÑARAZ. Cidade do Vaticano. Correspondente.
Novo grito de
alerta diante da possibilidade de um ataque terrorista dos fanáticos islâmicos
de Osama bin Laden, aponta contra a célebre cúpula da basílica de São Pedro,
na cidade do vaticano. O sub-secretário do Interior italiano, Alfredo Mantovano,
disse que "o risco não é só uma dedução abstrata; tem seu
fundamento".
O temor é que o atentado tenha lugar na véspera de Natal, quando o Papa celebrará
na basílica a missa do galo, ou em 25 de dezembro quando, diante uma enorme
multidão de peregrinos, lerá sua mensagem "Urbi et Orbi", à cidade
e ao mundo.
Em uma entrevista ao jornal La Stampa de Turín, o vice-ministro do
Interior disse que o crescente alerta para um atentado terrorista contra o
Vaticano se fundamente em que "existe uma escola de pensamento dentro do
mundo islâmico, do qual um de seus principais protagonistas é Osama bin Laden,
que prega o chamado milenarismo revolucionário".
Segundo Mantovano "esta corrente ideológica e religiosa não se limita a
especular, mas, sim, usa a violência para subverter a ordem presente das
coisas". Neste contexto, "o ''milenarismo revolucionário'', que
difunde variada literatura nos países islâmicos, sustenta que existe um complô
contra o islã, em cujo centro se encontram os EUA, Israel e o Vaticano".
Bin Laden se apresenta como uma espécie de "messias dos últimos
tempos" que quer unificar os estados islâmicos para destruir os inimigos
do islã. O vice-ministro disse que "portanto, o risco de atentados
contra o Vaticano não deriva de uma simples dedução abstrata, mas, sim, de uma
razão muito concreta".
Ontem, o Papa proclamou a oito novos beatos (todos religiosos europeus) e se
observou uma notável presença de policiais de uniformizados e à paisana.
Os 25 mil fiéis que participaram da cerimônia foram revistados nas entradas ao
lugar por policiais com detectores de metais.
Uma curiosidade: a polícia obrigou os fiéis que levavam garrafas de água
mineral a tirar as tampas das vasilhas de plástico. "Isto se fez para
impedir que se alguém lançar uma garrafa contra o Papa, o impacto tenha conseqüências
muito graves", disse um policial ao jornal argentino Clarim em uma
entrada situada entre as famosas 208 colunas de mármore que rodeiam a praça.
Fontes vaticanas asseguraram que o alerta do governo italiano, através do vice-ministro
do Interior, é "acolhido com serenidade, porque pouco é o que se pode
fazer frente a esta ameaça".
"Já adotamos tudo que nos foi solicitado", complementou a fonte.
"Mas, se seqüestarem um avião do aeroporto romano do Fiumicino e o lançarem
contra a cúpula de São Pedro, pouco será o que nós poderemos fazer."
Fonte: http://www.clarin.com/diario/hoy/i-02904.htm
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