Como Intimidar a Oposição, Manipular as Decisões e Amordaçar os Fiéis Adventistas
Nova série de artigos: A Ideologia do Poder na IASD e as Lições de Ellen White aos Presidentes de Associação e Outros Administradores
Dentre os muitos artigos publicados neste site, nos últimos meses, um chamou a minha atenção ao descrever com extrema clareza e lucidez as estruturas de poder e os esquemas de dominação, do homem pelo próprio homem, idealizados e implementados através dos séculos e, também e infelizmente, presentes na nossa querida IASD. A título de introdução, para auxiliar os leitores na compreensão do estudo que passamos a desenvolver sobre esse tema, tomo a liberdade de reproduzir abaixo uma parte do referido artigo, escrito pelo Dr. Tales Fonseca. Lembro, desde já, que o objetivo em vista não é fomentar discórdias e rebeliões mas, sim, dar uma humilde contribuição aos membros e líderes da IASD na avaliação e, se julgarem necessária, correção de rumos no que tange ao modelo administrativo adotado e práticas implementadas pelos nossos presidentes de associações e demais diretores de departamentos e instituições adventistas.
Permita-me dizer-lhe, Dr. Tales, que este seu último parágrafo é a mais fidedigna expressão do cumprimento da seguinte profecia: “Qualquer que tenha coragem, coragem moral para chamar as coisas pelo nome certo, e que se recuse a cair na armadilha estendida pelo incauto, que não se deixa roubar sem protestar não será olhado com favor por aqueles a quem desagrada”, afirma a Sra. Ellen White. Por falar nisso, soube que o senhor, Dr. Tales, está sofrendo sérias ameaças pelo telefone, até de morte, aí na Associação Espírito-Santense, devido ao seu “pecado” de denunciar a “mágica” do sumiço de R$ 300.000,00, a perda dos US$ 10.000 do transmissor contrabandeado, comprado pela Rádio Novo Tempo, a incompetência dos administradores da AES – que a levou a ser condenada a pagar R$ 1.000.000,00 (haja números!!! Um milhão de reais) em indenizações trabalhistas, etc, etc. Respire aliviado, prezado irmão, a Sra. Ellen White já havia previsto, e predito, este tipo de represálias... Diz ela: “Membros de conselhos e comissões que não apóiam a extorsão e a hipocrisia, mas que se posicionam firmemente pelo direito, não serão convidados a estar presentes onde esses planos são discutidos”. Ellen White, Carta 4, 1896, pp. 13-16 (01 de julho, 1896 – Para Homens em Posições de Responsabilidade).
Ideologia: Instrumental Teórico e Mecanismos de Validação do Poder e Justificação dos Abusos e Tirania na IASD Para se entender bem como esta ação despótica é exercida, por muitos administradores da nossa obra, – estendendo os seus tentáculos, suprimindo a liberdade de expressão, renegando a autocrítica, primado maior da razão e sensatez, sufocando toda oposição e, como lembra Ellen White, premiando os hipócritas e bajuladores: São esses, via de regra, os convidados a comporem as mesas administrativas... – é necessário ir à raiz da questão: Localizando e redefinindo os mecanismos através dos quais este poder se instala, se consolida, se legitima e se perpetua na IASD. Num breve histórico, veremos que o termo “ideologia” – primeiramente usado pelo filósofo francês Destutt de Tracy, em 1796, para descrever seu projeto de uma nova ciência que estaria interessada na análise sistemática das idéias e sensações – revestido de seus novos significados, por estudiosos tais como Marx e Engels, adquire o status de um instrumental crítico e componente essencial de um novo sistema teórico para análise das relações de poder. “Ideologia”, define John B. Thompson, “é um sistema de idéias que expressa os interesses da classe dominante, mas que representa relações de classe de uma forma ilusória”. Uma vez que essas idéias expressam os interesses da classe dominante, elas, em essência, se caracterizam por um distanciamento da verdade; pois, em cada época ou circunstâncias, elas se prestam exclusivamente à justificação ou legitimação dos mecanismos de domínio exercidos ou aplicados contra a classe dominada. É importante ressaltar que essas idéias podem até fundamentar-se na verdade, mas, num dado momento histórico ou instante, tendo em vista a defesa dos interesses da classe dominante e a manutenção do estado de servidão e obediência cega por parte dos dominados, elas se “descolam” da realidade. “Essas idéias ou representações”, explica Marilena Chaui, “no entanto, tenderão a esconder dos homens o modo real como suas relações sociais foram produzidas e a origem das formas sociais de exploração econômica e de dominação política. Esse ocultamento da realidade social chama-se ideologia. Por seu intermédio, os homens legitimam as condições sociais de exploração e de dominação, fazendo com que pareçam verdadeiras e justas”.
Exemplos ou Fragmentos do Discurso Ideológico Aplicando este significado ou representação ao termo “ideologia”, verificaremos que todos os apelos comerciais da mídia – os meios de comunicação de massa – as mensagens políticas, e muitas das mensagens ou apelos religiosos, estão carregados de conteúdo ideológico. Exemplos:
Fragmentos do Discurso Ideológico na IASD:
Quantos presidentes de uniões se dirigem para as Assembléias, Trienais ou Quadrienais, com um (ou vários) nome(s) no “colete”? Quantas dessas assembléias teriam os mesmos resultados, caso fosse observada a vontade da Maioria? Quantos irmãos, trabalhadores fiéis e sinceros, se sentem espoliados em seus direitos básicos, roubados mesmo, ao participarem dessas assembléias? Quantos outros, centenas de membros, não querem mais participar destas assembléias – principalmente nos campos da UEB – por se sentirem violentados emocionalmente e espiritualmente no desrespeito à sua voz e direitos? Conclusão Os nossos líderes têm enveredado por caminhos e atalhos que, nem sempre, tem sido os melhores para a Igreja, para a Causa e para si próprios. É preciso, portanto, com humildade, fazer um “mea culpa” e ouvir, ler, e acatar as advertências e críticas, por mais duras que sejam: “Precisam nossos ministros e líderes reconhecer a necessidade de buscarem o conselho de seus irmãos que há muito estão no trabalho, e que alcançaram profunda experiência nos caminhos do Senhor. A disposição de alguns de se fecharem dentro de si mesmos e de se julgarem competentes para planejar e executar, segundo seus próprios juízos e preferências” [este é o padrão administrativo do “Presidente Pinto” que, para esconder a incompetência, resolve “cantar de galo”; não é à toa que a Bíblia faz a seguinte advertência quanto aos critérios para a escolha de líderes na Igreja: “não seja neófito*, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo”, I Timóteo 3:6] “leva-os a posições difíceis. Tal maneira independente de trabalhar não é correta, e não deve ser seguida. Devem os ministros e professores de nossas Associações trabalhar unidos com seus irmãos experientes, solicitando-lhes o conselho, e dando atenção aos seus avisos”. – Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 501-502 (Liderança Cristã, também de Ellen White, págs. 109-110). No próximo artigo, a parte II, daremos prosseguimento ao assunto em questão e veremos como Deus recomenda, através da Sua Mensageira, a Sra. Ellen White, que tratemos os líderes prepotentes da obra – que desprezam a opinião dos membros de Igreja e de outros pastores, mais experientes. Aguardem! Observações:
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