Relato de Sonho Pode Não Ser Verdadeiro

Aos irmãos em Cristo,

Causa-me tristeza ver quão longe estamos de compreender o ministério de nossa irmã, a MENSAGEIRA DO SENHOR.

Sobre o assunto de “seu” sonho, gostaria de dizer algumas coisas. 

1 - No período das trevas, 538-1798, o inimigo infiltrou tantas heresias na igreja católica apostólica romana, que hoje ela é o que é, em função de todos eles, e suas filhas arrastam consigo estas heresias. Dentre estas heresias, estão os documentos forjados que "apareceram por milagre no seio da igreja". Se o inimigo fez isso com a sua noiva, o que não tentará fazer com a noiva de Cristo? 

Não quero afirmar categoricamente que isto aconteceu (em nosso meio), mas quero alertar para a possibilidade. Afinal, sabemos que lobos devoradores se infiltraram em nossa igreja e, antes que qualquer irmão que estiver lendo estas linhas se escandalize, retroceda um pouco e procure analisar os absurdos que nossa liderança vem fazendo.

Veja por exemplo os textos neste mesmo site sobre a "igreja débil e defeituosa". Leia a introdução histórica em Mensagens Escolhidas, Vol. 3, tratando do caso de 1888. Perceba como aquele texto se torna uma espécie de vacina para que se leia o texto inspirado já com uma idéia pré-concebida. Veja o mesmo caso em Testemunhos para Ministros. Veja nos fatos recentes, em como vêm se vendendo à Babilônia. E não será difícil concluir que quem se atreveu a tanto, não encontraria dificuldade em agregar mais esse pecado a tantos outros.

Vale lembrar que o apóstolo Paulo,  em uma de suas epístolas, escritas provavelmente por um de seus "filhos" na fé, sentencia: "Vede com que grandes letras vos tenho escrito". Paulo, (com problemas de visão) fazia uso dos filhos na fé para escrever suas cartas. No entanto, visto que cartas espúrias estavam "aparecendo", como se fossem de sua autoria, ele passa a assinar as suas, de forma que não houvesse confusão e os fiéis aceitassem cartas falsas como dele.

Ora, todos sabemos que a história se repetirá. Viveremos o problema dos apóstolos em nossa própria época. Não sejamos limitados em imaginar que esse relato está lá no White Estate por acaso. Portanto, acredito que essas cartas que buscam apenas desacreditá-la junto aos irmãos não poderiam ser aceitas pelos verdadeiros fiéis, até que se provassem sua autoria.

Assim também nós, que não necessitamos de evidências auxiliares para saber que ela é uma mensageira do Senhor, pois assim como os discípulos, cartas vivas que vieram a Cristo através do ministério de Paulo, somos todos de alguma forma também cartas vivas do ministério profético desta Mensageira. E até que se prove a veracidade desses escritos, sequer devemos perder tempo em torná-los públicos. Isto creio, seria de bom senso, visto que muitos cordeiros ainda não tem maturidade para separar os pastos verdejantes (alimento puro) da urtiga.

[Nota do Editor: A tese acima faz sentido e pode estar sendo confirmada pelo irmão Ennis Meier, do Adventistas.Net. A nosso pedido, ele esteve no White Estate nesta quinta-feira (06/09/01) e pediu uma cópia da carta original, mas não a obteve. Foi-lhe fornecida apenas a cópia de uma versão datilografada da carta e ainda o obrigaram a assinar um termo de compromisso em que prometeu não publicar o conteúdo da carta por se tratar de "material inédito", embora seu conteúdo esteja disponível no Website do White Estate e num livro de Arthur White. Na terça-feira à noite, enviamos e-mail de consulta sobre o mesmo tema ao Centro de Pesquisas Ellen G. White, do Unasp, mas até o momento nenhuma resposta nos foi enviada.]

2 - A mensageira do Senhor tinha inimigos dentro da igreja tanto no passado quanto agora. Prova é que, quando da assembléia de Mineápolis, ela foi "convidada" a se retirar para a Austrália, deixando bem claro que não era a vontade do Senhor que tal se fizesse. Mas a Organização queria que o "trio" escolhido pelo Senhor se separasse e, assim, a mensagem do terceiro anjo não pudesse alcançar os sinceros. Ora, com inimigos de tal magnitude, numa época em que seu ministério é colocado em tela de juízo, quando é acusada de mudar sua visão sobre o tema em questão (lei em Gálatas e justificação) como é que ninguém trouxe a lume mais esta "heresia"? Não nos façam crer que isto não chegou ao conhecimento dos mesmos e que, só agora, nós estamos mais inteligentes, mais consagrados, mais espirituais para detectar estes erros.

[Nota do Editor: Antes da morte da Sra. White, a referida carta estaria em poder do filho dela, para quem a escreveu originalmente. Somente alguns anos depois de sua morte, teria sido entregue aos depositários de Ellen G. White. A carta é citada num livro de Arthur White, sobre a Sra. White, The Retirement Years, págs. 161-162. Observe também que, no texto que preparamos, não há qualquer alusão a estarmos supostamente mais consagrados e espirituais que nossos irmãos do passado. E essa objeção ao trabalho da irmã White, por causa de seu contato com os mortos, já aparece em publicações de protestantes e ex-adventistas. Veja, por exemplo: http://dovenet.homestead.com/files/ewdead.htm.]

3 - Considerando que o sonho realmente tenha acontecido, quem de nós estaria em condições de analisar com critério sábio tal episódio, se não somos capazes de como povo compreender e definir aquilo que é o ABC do evangelho, ou seja a "justificação pela fé"? Se somos um povo morno, destituído do poder do Espírito Santo e de Seu conseqüente discernimento, como nos aventuraremos a isto?

Creio realmente que a Mensageira do Senhor já tem inimigos de sobra que estejam lhe maculando o ministério, não é necessário que estejamos nós trocando o certo pelo duvidoso, uma vez que para todos os dispostos a encontrar erros na palavra de Deus, o mesmo Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira.

Por muito tempo tentei harmonizar o texto de Paulo: "Concluímos pois que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei" com o texto de Thiago: "Vede pois que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé." Maior “contradição” que esta impossível, mas, quando aceitei pela fé mesmo aquilo que não conseguia compreender, sabendo que a sabedoria de Deus está muito acima de nossa compreensão, e ainda, confiando que Deus me mostraria no momento certo a harmonia entre ambos, hoje, posso com segurança dizer: "Louvado seja Deus, pela excelência de sua revelação."

Ora, o mesmo espírito que revelou o plano da salvação a Paulo, revelou toda a luz sobre o grande conflito à irmã Ellen White. Portanto, não sei quem de nós, hoje, estaria à altura de poder compreender esse sonho "se" acontecido.

[Nota do editor: Aparentes contradições devem ser objeto de maior estudo, sobre o firme fundamento da Sagrada Escritura e sob a iluminação do Espírito Santo de Deus. É Ele quem esclarece, é Ele quem revela, é Ele quem está à altura, não nós. Ninguém pode ser obrigado ou estimulado a aceitar mensagem alguma, se esta não puder passar pelo crivo da segura palavra de Deus.]

Nós, como um povo esclarecido, temos nos desdobrado em argumentos para provar aos católicos, evangélicos e protestantes que a parábola do rico e o mendigo Lázaro, não é literal, ou seja, deve-se separar a lição principal que ela traz, aproveitar em vida a oportunidade que se tem, pois é a única que teremos. Temos debatido com pastores e teólogos destas corporações sem que eles consigam ver seu erro e muitos dos nossos se surpreenderiam ao ver os argumentos em favor desta doutrina com base nesta mesma parábola. Argumentos fortíssimos, tentando nos provar que a parábola apresenta claramente a doutrina do inferno "romano", onde almas estarão eternamente queimando.

Um sonho não deixa de ser uma "parábola". Jamais se pode usá-lo para fundamentar ou estabelecer uma doutrina. Ele tem sempre um objetivo prático imediato e a forma e personagens usados não podem ser considerados e, sim, sua lição principal.

[Nota do Editor: No caso dos profetas bíblicos, irmão, sonhos (e visões) são mais do que parábolas. São o meio que o Deus Eterno se utiliza para comunicar-lhes Suas mensagens. E há, com certeza, certas figuras ou representações que jamais seriam utilizadas por Deus uma vez que poderiam confundir o profeta, impedindo-o de definir a procedência da mensagem.

Do mesmo modo como Deus não utilizaria um porco para representar a Cristo num sonho, também não se utilizaria de um morto vivo-para comunicar qualquer mensagem importante à Sra. White. Como o irmão deve saber, havia um jovem e forte anjo que a conduzia em todos os seus sonhos inspirados. E se este sonho viesse de Deus, com toda a certeza, o mensageiro não teria sido o defunto Tiago White, que aguarda a ressurreição no pó da terra.]

Provavelmente, se vivêssemos na época de Moisés, iríamos tentar apedrejá-lo por levantar uma serpente na cruz e nos pedir que olhássemos para ela. Todos os que tentassem raciocinar de forma lógica refutariam este procedimento. Afinal, não estava escrito que não se devia fazer imagens? Não era a serpente o símbolo de Satanás, conforme a promessa de que sua cabeça seria esmagada?

[Nota do Editor: Observe, irmão, quão longe vai nossa confusão entre mensagem e mensageiro! Em defesa da irmã White, somos capazes de atacar a um personagem bíblico, a quem o próprio Senhor defende e exalta acima de qualquer profeta:

"Então, disse: Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele, me faço conhecer ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do SENHOR; como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés? E a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e retirou-se." Números 12:6-9.

Apesar disso, a própria Bíblia registra graves erros de Moisés, desde o assassinato do egípcio até o ferir da rocha, sem que sua mensagem, obra e credibilidade sejam por isso maculadas ou prejudicadas. Nós, porém, não queremos admitir a falibidade de Ellen G. White. Confundimos a origem divina da mensagem com a pessoa humana e falha do mensageiro.

A cabeça de Satanás seria esmagada exatamente pela crucifixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, cordeiro inocente que assumiu os pecados de todos nós. Assim, a morte temporária do Cordeiro representou a derrota definitiva da Serpente. Os israelitas que disto se apercebessem pela fé, seriam salvos.]

A pergunta que todo verdadeiro adventista do sétimo dia deve responder para si mesmo, tendo em mente que desta resposta depende seu futuro espiritual e ainda segurança de sua própria alma, é: Ellen White é ou não a Mensageira do Senhor? 

[Nota do Editor: Nosso futuro espiritual ou segurança de nossa própria alma não depende de modo algum dessa pergunta, irmão. Melhor reformulá-la completamente. A resposta só poderia ser positiva se a indagação fosse: "É Jesus Cristo o Mensageiro do Senhor?" Creremos ou não nEle? Que faremos de Jesus, chamado Cristo? Destas perguntas, sim, depende nosso destino eterno.

Não podemos dizer que Ellen White é a mensageira do Senhor. Porque Deus é o Único que é para sempre e eternamente. Ellen White, no máximo, foi, durante o curto período de sua vida. E não foi a mensageira, mas, uma mensageira. O dom profético foi prometido a toda a igreja do tempo do fim, não estando limitado à Sra. White.]

Se sua resposta é sim, esteja preparado a defender seu ministério ainda quando apareçam textos como: “Se há um pecado que...foi o de amálgama entre homem e besta”. Textos como este que hoje podem fazer tremer, abalar a veracidade desta mensageira, e que são o prato cheio daqueles que a odeiam e querem resolver tudo de forma lógica, serão o verdadeiro prêmio para aqueles que reconhecendo sua pequenez ante tamanha revelação, aguardarem pacientemente quando o Deus do céu trouxer provas irrefutáveis daquilo que revelou. Quando fósseis ainda escondidos vierem à tona e se descobrir através de modernos exames, como sejam as tomografias computadorizadas, que realmente houve esta miscigenação abominável.

Fisicamente não queremos aceitar que os antediluvianos eram mais inteligentes que nós, e igualmente. Não aceitamos que espiritualmente os hebreus do passado eram mais consagrados que nós. Possivelmente isto se deva ao fato de que não queremos aceitar que, a persistir nossa incredulidade, assim como fizeram eles duvidando do chamado de Moisés, (veja-se a rebelião de Coré) acabaremos todos espalhados pelo deserto.

Quando o apóstolo Pedro diz que há coisas difíceis de entender nas epístolas de Paulo, ele sabe o que está dizendo. O mesmo vale para os escritos de EGW. Há em realidade muito mais do que podemos captar no conselho inspirado que diz: Escutai tudo, retende o que é bom... Para se reter o que é bom, é necessário saber o que é bom.

[Nota do editor: "Examinai tudo" é o que diz a Escritura. E examinar pressupõe uma avaliação. Era assim que agiam os cristãos bereanos! Não acreditavam só porque Paulo ou qualquer outro apóstolo estivesse falando. Conferiam tudo que ouviam com aquilo que a Bíblia de seu tempo dizia.]

Quando vemos o conselho inspirado contido na carta à Laodicéia, devemos atentar para o fato de que ela não nos aconselha a ver, e sim a comprar colírio, não creio que você conheça nenhum cego que não queira ver. Assim, devemos entender que para “ver” as coisas espirituais não se trata de querer e, sim, de poder. Sem o Espírito SAnto é impossível ver, discernir, captar nossa realidade e muito menos compreender o que dizem os textos inspirados.

Portanto, assim como não podemos usar uma parábola para fundamentar doutrina, tampouco podemos usar um sonho de qualquer profeta, bíblico ou não, com o mesmo propósito. Gideão vê pães derrubando tendas, Pedro em visão vê um lençol com toda sorte de quadrúpedes...

Imagine que fosse Ellen White e não Pedro relatando que Deus lhe ordenou que matasse e comesse os animais que ali viu... Imagine que vivêssemos no período entre a visão de Pedro e a luz adicional sobre a lição que a visão encerrava. Estaríamos dizendo que Pedro não era inspirado por Deus, porque imagine se Deus iria fazer isso! 

Se amanhã, meu avô (morto) me aparecer em sonho e me disser que está gozando das delícias do paraíso, saberei que foi um sonho inspirado por Satanás, mas se ele me aparecer (em sonho) e me disser que o sábado é o dia de Deus, em que isso me prejudica? Como é que em sonho eu vou lhe dizer: "Em nome de Cristo, vai te embora!"? Num sonho, você não comanda as ações. Apenas participa e não é por opção. Você não escolhe estar ali, simplesmente está, ou não.

[Nota do Editor: O exemplo de Pedro, que cita, desmonta sua argumentação, irmão. Confira o relato bíblico:

No dia seguinte, indo eles de caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao eirado, por volta da hora sexta, a fim de orar. Estando com fome, quis comer; mas, enquanto lhe preparavam a comida, sobreveio-lhe um êxtase; então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas, contendo toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: 

-- Levanta-te, Pedro! Mata e come. 

Mas Pedro replicou: 

-- De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda.

Segunda vez, a voz lhe falou:

-- Ao que Deus purificou não consideres comum.

Sucedeu isto por três vezes, e, logo, aquele objeto foi recolhido ao céu. Enquanto Pedro estava perplexo sobre qual seria o significado da visão, eis que os homens enviados da parte de Cornélio, tendo perguntado pela casa de Simão, pararam junto à porta; e, chamando, indagavam se estava ali hospedado Simão, por sobrenome Pedro.

Enquanto meditava Pedro acerca da visão, disse-lhe o Espírito: Estão aí dois homens que te procuram; levanta-te, pois, desce e vai com eles, nada duvidando; porque eu os enviei. Atos 10:9-20

Ao contrário do que teria acontecido com Ellen G. White, o apóstolo Pedro não se calou diante de uma imagem-mensagem que contrariava instruções divinas! Pedro questionou a mensagem porque destoava dos ensinamentos bíblicos. É este o procedimento correto para um profeta!

No seu caso, se o seu avô morto lhe aparecer num sonho e disser que o sábado é o dia de guarda, o irmão compreenderá que é apenas um sonho. Ou dirá que se trata de uma mensagem de Deus? Haveria necessidade dela se isto já está revelado na Bíblia? Agora se lhe aparecesse, em sonho, a imagem de seu avô morto e este lhe comunicasse que no dia seguinte o Sílvio Santos seria seqüestrado? Mesmo que isto não lhe prejudicasse de forma alguma, tão logo o irmão acordasse e soubesse das notícias, não dobraria ali mesmo os joelhos, pedindo que Deus afastasse o demônio de sua mente e não lhe permitisse mais invadi-la?

Para o cérebro, irmão, sonho e vida real não são dimensões diferentes. Quem não reage com veemência a intromissões malignas em sonho, terá dificuldade em lidar com elas quando acordado. Isto é minha opinião pessoal. Desde criança aprendi de minha mãe que a palavra de Deus deve estar escondida em minha mente para que possa disparar versículos bíblicos -- "Está escrito!" -- contra o tentador quando este se apresentar, seja em sonho ou vida real. E tenha certeza de que ele já fugiu muitas vezes de meus pesadelos, mortalmente ferido por projéteis bíblicos.] 

Que conselho que nos é dado para discernir os fatos? "À lei e ao testemunho, se não FALAREM, assim, é porque não há luz neles!" Não somos chamados a analisar  o comportamento dos profetas, não somos chamados para analisar suas atitudes, e sim, o que dizem, o que está escrito, porque, sem dúvida nenhuma, todos são homens falhos. O Deus que nos convida a servi-lo nos apresenta um homem segundo o seu coração, Davi. E quem foi Davi? Um homem que adulterou e para esconder seu pecado acrescentou o assassinato à biografia de sua vida. Errou Deus ao escolher este homem? Será que deveríamos repensar nossos conceitos e riscar da Bíblia os salmos escritos por ele?

Quanto ao "conselho" (e repetimos, se é que houve) de seu esposo, de que ela não deveria ter participado de tantas reuniões, se envolvido tanto com a “espinha dorsal” da igreja, vejam o caso do Pastor Andrews. Curado por Deus de sua tuberculose e advertido a que não trabalhasse tanto, acabou novamente contraindo o mesmo mal por desatender esta advertência e morreu. Vítima de amor pela causa. “Misericórdia quero, não sacrifício.”

[Nota do Editor: Erraram, então, os mártires, irmão? Teriam sido ingênuos todos aqueles que deram sua vida pela pregação do Evangelho? Não creio.]

Gostaria de colocar um exemplo pessoal, apenas no sincero desejo de poder contribuir. Recentemente o Senhor me chamou a atenção para alguns erros. Eu estava estudando muito sobre a apostasia da igreja. Estava me envolvendo bastante com este assunto. E o Senhor me ordenou que deixasse este assunto de lado e me dedicasse às profecias e ao tema Justificação pela Fé, prometendo-me que eu receberia material para tanto. Fiz como o Senhor me ordenou, e recebi material da Espanha (livros de Waggoner e Jones, pelos quais vinha orando há muito tempo) de pessoas que provavelmente só conhecerei no grande dia de Deus, pessoas estas que responderam à ordem do Senhor, sem nem o saberem.

Agora, não é porque fui ordenado a deixar de lado a apostasia da igreja que isto vale para todos. Sei que Deus tem instrumentos que irão levantar com sabedoria este problema, que poderão, quem sabe, estar revirando toda a sujeira em nosso arraial, sem se contaminar com ela, o que não é o meu caso. Parece-me que, pelo que me aconselha o Senhor, não tenho este dom, nem o terei. Agradeço sinceramente ao nosso Deus, porque embora particularmente eu não consiga compreender porque Ele me pede que não pregue e não estude a apostasia, quando sabemos que é uma realidade profetizada pela própria mensageira em questão, devo reconhecer que o Senhor conhece meu coração de uma forma que eu não conheço.

“Há caminhos que ao homem parecem caminhos direitos, mas que ao seu fim são caminhos de morte”. Não posso portanto julgar os que o fazem porque Deus dá a cada um dons, pelo bem da igreja.

Espero em Deus, que todos nós aceitemos nossa condição de incapacidade em questionar aquilo que para nós possa estar hoje envolto em nuvens. Na maravilhosa certeza de que no devido tempo tudo se esclarecerá, consagremo-nos a Deus. Usemos nossos sentidos para contemplar aquilo que nos está proposto e revelado e deixemos para o Advogado a defesa daqueles que ele escolheu, tendo como exemplo a Eva que, tentando defender Deus, caiu vítima do enganador.

O tempo é curto, vem a destruição e aqueles que receberam de Deus a trombeta devem dar a ela o sonido certo. Não seja que os que a ouvirem não possam compreender nossa mensagem e, ao final, olhando em nossos olhos. sentenciem: “Vocês sabiam e não nos disseram nada!? Agora estamos perdidos e vocês são os culpados!”

Pai Celestial, perdoa-nos.
Somos um povo de lábios impuros.
Uma figueira pretensiosa cheia de folhas e nada mais.
Incapazes de ver a trave em nosso olho, 
queremos encontrar um cisco no olho daqueles que nos deram milhares de provas de que te pertencem.
Seja conosco, sonda as profundezas de nosso coração,
revela-nos nossos pecados
porque por nós mesmos somos incapazes de ver.
E tem misericórdia de nós, pobres, cegos, miseráveis, nus.
Desperta-nos Pai do céu por amor ao teu nome.
Pedimos-te em nome do Senhor Jesus, amém.
-- RB.

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