A Incoerência dos Teólogos Aqui, irei abordar alguns pontos do e-mail do Dr. e prof. Rodrigo (Unasp). Não irei comentar onde, como nem porque ele fez Mestrado e Doutorado em uma instituição católica. Além do mais, ele sabe que título não significa muita coisa (e só é valido em função daquilo que ele defendeu, ou seja, o doutor não sabe tudo sobre todas as coisas; às vezes não domina bem nem o que defendeu). Ele mesmo já falou, publicamente (IASD, Asa Sul, Brasília – DF) em um J.A., o significado de PhD. O que ele falou, conforme está escrito no terceiro parágrafo do seu e-mail, em parte é verdade. Porque, nos dias atuais, existem muitas luzes que, conforme a parábola das dez virgens (se não são trevas, conduzirão às trevas da meia noite. Contudo, até mesmo o que os doutores da IASD defendem como “luz”, também, são trevas.), na última hora se apagarão. São as luzes das virgens insensatas. Abaixo, apresentarei algumas citações de Ellen G. White: “Os diferentes grupos de professos crentes do advento têm cada um deles um pouco de verdade, mas Deus deu todas essas verdades aos Seus filhos que estão sendo preparados para o dia de Deus. Ele tem dado verdades que nenhum desses agrupamentos conhece, nem entenderão. Coisas que para eles são seladas, o Senhor abriu aos que verão e estarão prontos a compreender. Se Deus tem alguma nova luz a comunicar, Ele permitirá que Seus escolhidos e amados a compreendam, sem que precisem ter a mente iluminada pelo ouvir os que estão em trevas e erro”. – (WHITE, Ellen G. Primeiros Escritos. 5ª ed. 1995. p. 124 – leia os dois parágrafos finais do capítulo.).
Essa citação faça parte de um capítulo chamado: “Falsos Pastores”. Embora ela esteja tratando dos pastores das outras denominações, fala, também, de vários grupos de “crentes do advento”. Portanto, é um assunto que envolve os nossos dias. Por isso, aplica-se a IASD (e o Movimento de Reforma), às suas várias ramificações, bem como aos seus vários grupos. Dá citação acima, destacarei as cinco afirmações de Ellen G. White. A primeira diz: “Os diferentes grupos de professos crentes do advento têm cada um deles um pouco de verdade”. Resta saber que grupos são esses que surgiram após 1844, e que verdade em especial, cada grupo defende. A segunda diz: “Deus deu todas essas verdades aos Seus filhos que estão sendo preparados para o dia de Deus”. Certamente, quando ela disse “filhos”, ela está falando de cada pessoa individualmente e não da instituição IASD. Embora, muitos ou poucos pertençam a IASD. A terceira diz: “Ele tem dado verdades que nenhum desses agrupamentos conhece, nem entenderão”. Certamente, também, podemos afirmar que dentre estas verdades não consta à trindade. Pois, esta, todos os grupos ou quase todos, incluindo às ramificações da IASD dizem que conhecem; mas, por outro lado, é um mistério. Por essa terceira afirmação, podemos entender que tudo o que “os filhos” de “Deus” conhecem (conhecerão) e entendem (entenderão) todas as verdades que esses grupos defendem e ensinam. A quarta diz: “Coisas que para eles são seladas, o Senhor abriu aos que verão e estarão prontos a compreender”. Aqui está o motivo pelo qual esses grupos (e pessoas individualmente) não entenderão. Estão “seladas” não porque o Senhor selou, mas porque os grupos e pessoas individualmente não “estarão prontos a compreender”. No Grande Conflito Ellen G. White escreveu:
“As verdades mais claramente reveladas na Escritura
Sagrada têm sido envoltas em dúvida e trevas pelos homens doutos
que, com pretensão de grande sabedoria, ensinam que as Escrituras
têm um sentido místico, secreto, espiritual, que não transparece na
linguagem empregada. Estes homens são falsos ensinadores. Foi a
essa classe que Jesus declarou: ‘Errais vós em razão de não saberdes as
Escrituras nem o poder de Deus’. S. Marcos 12:24. A linguagem da Bíblia
deve ser empregada de acordo com o seu óbvio sentido, a menos que seja
empregado um símbolo ou figura. ...”.
“Muitas porções das Escrituras que os homens doutos declaram
ser mistério, ou que não consideram como tendo importância, estão
repletas de conforto e instrução para aquele que aprende na escola de
Cristo. Um dos motivos por que muitos teólogos não têm compreensão mais
clara da Palavra de Deus é o cerrarem os olhos às verdades que não desejam
praticar. O compreender a verdade bíblica não depende tanto do vigor do
intelecto posto à pesquisa como da singeleza de propósito, do fervoroso anelo
pela justiça”. “A Bíblia foi destinada a ser guia a todos os que desejassem familiarizar-se com a vontade de seu Criador. Deus deu aos homens a segura Palavra da profecia; os anjos e mesmo o próprio Cristo vieram para tornar conhecidas a Daniel e S. João as coisas que em breve deveriam acontecer. Os importantes assuntos que dizem respeito à nossa salvação não foram deixados envoltos em mistérios. Não foram revelados de tal maneira a tornar perplexo e transviar o honesto pesquisador da verdade. ...”. (Idem. O Grande Conflito. 33ª ed. 1987. pp. 526 e 604-605.). A quinta diz: “Se Deus tem alguma nova luz a comunicar, Ele permitirá que Seus escolhidos e amados a compreendam, sem que precisem ter a mente iluminada pelo ouvir os que estão em trevas e erro”. Por essa afirmação, entendemos que é perigoso ficar com a mente exposta ao erro, onde quer que se encontre.
“... Deus Se desagrada de nós quando assistimos ao erro sem a
isso ser obrigados; pois a menos que Ele envie a essas reuniões onde o
erro é inculcado ao povo pelo poder da vontade, Ele não nos guardará. Os
anjos cessam seu vigilante cuidado sobre nós, e somos deixados aos
açoites do inimigo, deixados a ser entenebrecidos e debilitados por ele e pelo
poder dos seus anjos maus; e a luz ao nosso redor fica contaminada com as
trevas.” “... Enquanto falsas doutrinas e perigosos erros são impingidos à mente, esta não pode estar posta na verdade que deve capacitar e preparar a casa de Israel para estar em pé no dia do Senhor”. (Primeiros Escritos. 5ª ed. 1995. p. 125.). O prof. Rodrigo, também, descreveu oito pontos (da letra “a” até a letra “i”) que, segundo ele são características de grupos de pessoas apostatadas ou em vias de. Não farei comentários a respeito deles; contudo, apresentarei o resumo onde percebemos total incoerência dele e da IASD. Quando o assunto é a IASD - Movimento de Reforma, os erros que eles apresentam, basicamente, são dois. O primeiro – ter saído da IASD para fazer uma reforma de fora para dentro (por isso acusam-na de apostasia). O segundo: chamar a IASD (a mãe da IASD – Movimento de Reforma) de Babilônia. Quando o assunto são os grupos que continuam tentando fazer uma reforma dentro da IASD, eles (os ditadores da IASD) dizem que a reforma deve ser individual. Não dá para entender porque eles ainda continuam ensinando e pregando. Principalmente fazendo encontro de casais e retiros vários, será que a IASD tornou-se um Clube social? E as infindáveis semanas de mordomia? Será que esses pastores (não todos é claro) estão querendo apenas os dízimos e as ofertas das ovelhas? Abaixo descreverei alguns dos principais motivos que, segundo entendo (sem falar do Messias e do Espírito Santo), deva ser a causa de não haver reforma coletiva na IASD. Na primeira Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo declara: “E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo. Leite vos dei por alimento, e não comida sólida, porque não a podíeis suportar; nem ainda agora podeis; porquanto ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja e contendas, não sois porventura carnais, e não estais andando segundo os homens?”. (1Cor. 3:1-3 - AVR). Percebemos claramente, que este foi o mesmo princípio esboçado pelo Messias. “Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora”. (João 16:12 – AVR). Na Carta aos Hebreus, o autor declara: “Sobre isso temos muito que dizer, mas de difícil interpretação, porquanto vos tornastes tardios em ouvir. Porque, devendo já ser mestres em razão do tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que precisais de leite, e não de alimento sólido. Ora, qualquer que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, pois é criança; mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal”. (Heb. 5:11-14 – AVR). Portanto, semelhantemente aos judeus, a IASD (liderança e liderados) continua, individual e coletivamente, alimentando-se de leite. No capítulo 6 (seis), continua o relato e uma advertência aos hebreus e, naturalmente, À IASD. “Pelo que deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento de arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e o ensino sobre batismos e imposição de mãos, e sobre ressurreição de mortos e juízo eterno. E isso faremos, se Deus o permitir. Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério”. (Heb. 6:1-6 – AVR). O Dicionário Aurélio nos dá os seguintes significados à palavra rudimentos: “Elemento inicial; princípio, começo”. Mas o que mais se prega e ensina nas igrejas, hoje em dia, são “os rudimentos da doutrina de Cristo”. Talvez, este seja o principal motivo que impede a IASD tomar a decisão (ensinando e pregando) dizendo aos membros: “prossigamos até a perfeição”. Precisamos nos alimentar com “o alimento sólido” que “é para os adultos”. É claro que estes itens abordados: “o fundamento de arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e o ensino sobre batismos e imposição de mãos, e sobre ressurreição de mortos e juízo eterno”, todos eles devem ser ensinados; contudo, somente aos que estão sendo evangelizados e não a quem já foi batizado. No final do seu e-mail, ele diz: “Mas, tenho uma dúvida sincera e gostaria de saber o que vcs acham. Devemos continuar dando importância a esses ‘focos’? Às vezes penso que sim, pois há pessoas sinceras que pedem esclarecimento. Mas como na maioria absoluta das vezes os principais defensores da nova idéia jamais mudam seu pensamento, a despeito daquilo que lhes seja mostrado, pergunto se não é essa uma armadilha de satanás para nos fazer ficar ocupados com esse tipo de coisa e, com isso deixarmos de pregar o evangelho. Algo a se pensar... Um abraço em Cristo, Pr. Rodrigo.”. Ellen G. White escreveu o seguinte: “... Os judeus recusaram-se a receber a Cristo porque não veio conforme sua expectativa. As idéias de homens finitos eram consideradas infalíveis porque estavam encanecidas pela idade”. (Idem. Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos. 3ª ed. 1993. p. 64).
“Mas vemos que o Deus do Céu às vezes comissiona homens para ensinarem o que é considerado contrário às doutrinas estabelecidas. Visto aqueles que uma vez foram os depositários da verdade se tornarem infiéis ao Seu sagrado depósito, o Senhor escolheu outros que receberiam os brilhantes raios do Sol da Justiça e defenderiam verdades que não estavam de acordo com as idéias dos líderes religiosos. E então esses líderes, na cegueira de sua mente, dão ampla vasão ao que se supõe ser justa indignação contra aqueles que puseram de lado fábulas acariciadas. Agem como homens que perderam a razão. Não consideram a possibilidade de eles mesmos não terem compreendido corretamente a Palavra. Não abrem os olhos para discernir o fato de que têm interpretado e aplicado mal as Escrituras, edificando falsas teorias e chamando-as doutrinas fundamentais da fé”
Em outro capítulo, ela diz:
“Como examinaremos as Escrituras, para compreender o que elas
ensinam? Devemos estudar a Palavra de Deus com coração contrito, um
espírito suscetível de ser ensinado e pleno de oração. Não devemos
pensar, como os judeus, que nossas próprias idéias e opiniões são infalíveis,
nem como os católicos, que certos indivíduos são os únicos guardiões da
verdade e do conhecimento, que os homens não têm o direito de examinar as
Escrituras por si mesmos, mas devem aceitar as explanações dadas pelos
Pais da igreja. Não devemos estudar a Bíblia com o propósito de manter
nossas opiniões preconcebidas, mas com o único objetivo de aprender o que
Deus disse.
Temem alguns que se reconhecerem estar em erro,
ainda que seja num simples ponto, outros espíritos
serão levados a duvidar de toda a teoria da verdade. Têm, portanto,
achado que não se deve permitir a pesquisa; que ela tenderia para a
dissensão e a desunião. Mas se tal é o resultado da pesquisa, quanto mais
depressa vier, melhor. Se há aqueles cuja fé na Palavra de Deus não
suportará a prova de uma pesquisa das Escrituras, quanto mais depressa forem
revelados melhor; pois então estará aberto o caminho para lhes mostrar
seu erro. Não podemos manter a opinião de que uma posição uma vez
assumida, uma vez advogada a idéia, não deve, sob qualquer circunstância ser
abandonada. Há apenas Um que é infalível: Aquele que é o Caminho, a
Verdade e a Vida.
Os que permitem que o preconceito
ponha na mente uma barreira contra a recepção da verdade, não
podem receber a iluminação divina. No entanto, ao ser apresentado
um ponto de vista das Escrituras, muitos não perguntam: Isto é verdade -
está em harmonia com a Palavra de Deus? mas: Por quem é defendido?
e a menos que venha pelo instrumento que lhes agrada, não o aceitam.
Tão plenamente satisfeitos estão com suas próprias idéias que não examinarão a
evidência escriturística com o desejo de aprender, antes recusam ser
interessados, meramente devido aos seus preconceitos. Freqüentemente o Senhor trabalha onde menos O esperamos; surpreende-nos pela revelação de Seu poder em instrumento de Sua própria escolha, ao mesmo tempo que passa por alto os homens a quem temos olhado como sendo aqueles por cujo intermédio deve vir a luz. Deus deseja que recebamos a verdade em seus próprios méritos - porque é a verdade.
Não deve a Bíblia ser interpretada
para agradar às idéias dos homens, por mais longo que seja o tempo em que têm
considerado verdadeiras essas idéias. Não devemos aceitar a opinião de
comentaristas como sendo a voz de Deus; eles eram mortais, sujeitos ao
erro como nós mesmos. Deus nos tem dado a faculdade do raciocínio tanto
como a eles. Devemos tornar a Bíblia o seu expositor. Devem todos ser cuidadosos quanto à apresentação de novos pontos de vista sobre as Escrituras, antes de terem dado a esses pontos completo estudo, e estarem plenamente preparados para sustentá-los com a Bíblia. Não introduzais coisa alguma que cause dissensão, sem a clara evidência de que nisto Deus está dando uma mensagem especial para este tempo.
Mas acautelai-vos de rejeitar o que é verdade.
O grande perigo de nosso povo tem sido o de confiar nos homens e
tornar a carne o seu braço. Os que não têm o hábito de examinar a Bíblia
por si mesmos ou de pesar as evidências, confiam nos dirigentes, e
aceitam as decisões que estes fazem, e assim rejeitarão muitos as próprias
mensagens que Deus envia a Seu povo, se esses irmãos dirigentes não as aceitarem. A verdade é eterna e o conflito com o erro somente tornará manifesto o seu poder. Nunca devemos recusar examinar as Escrituras com os que temos razões para crer, desejam saber o que é a verdade. Suponde que um irmão conserve um ponto de vista que difere do vosso, e venha a vós propondo que vos assenteis com ele e façais um estudo desse ponto das Escrituras; levantar-vos-íeis, cheios de preconceito e condenaríeis suas idéias, ao mesmo tempo que recusais dar-lhe sincera atenção? A única atitude certa seria assentar-vos como cristãos e pesquisar a posição apresentada, à luz da Palavra de Deus, que revelará a verdade e desmascarará o erro. Ridicularizar-lhe as idéias não lhe enfraqueceria no mínimo a posição, se esta fosse falsa, nem vos fortaleceria a posição, se esta fosse verdadeira. Se as colunas de nossa fé não suportarem a prova da pesquisa, já é tempo de o sabermos. Entre nós não deve ser alimentado o espírito de farisaísmo”. (pp. 105-107).
“Devemos estudar a verdade nós mesmos. Não se deve
esperar que qualquer homem pense por nós. Não importa quem seja, ou em
que posição esteja colocado, não devemos esperar que qualquer homem seja
critério para nós. Devemos aconselhar-nos e estar sujeitos um ao outro,
mas ao mesmo tempo devemos exercer a habilidade que Deus nos deu para aprender o
que é verdade. Cada um de nós deve buscar a Deus para obter a iluminação
divina. Devemos desenvolver, individualmente, um caráter que suporte a
prova no dia de Deus. Não devemos ficar apegados às nossas idéias,
e pensar que ninguém deve interferir em nossas opiniões.
Ao ser chamada a vossa atenção para algum ponto de doutrina
que não compreendeis ide a Deus, de joelhos, para
poderdes compreender o que é verdade e não serdes encontrados, como os judeus,
lutando contra Deus. Ao advertir os homens de que se acautelem de aceitar
qualquer coisa, a menos que esta seja a verdade, devemos também
adverti-los a não porem em perigo a sua alma, rejeitando mensagens de luz,
mas que se apressem em sair das trevas pelo estudo fervoroso da Palavra de
Deus.
Quando Natanael foi a Jesus, o Salvador exclamou:
‘Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!’ Disse-Lhe
Natanael: ‘De onde me conheces Tu?’ Jesus respondeu: ‘... te vi Eu
estando tu debaixo da figueira’. E Jesus também nos verá nos lugares
secretos de oração, se a Ele formos em busca de luz, para podermos saber
o que é a verdade.
Se um irmão ensina um erro, os
que estão em posições de responsabilidade devem sabê-lo; e se ele está
ensinando a verdade, devem eles tomar posição ao seu lado. Todos
nós devemos saber o que está sendo ensinado entre nós; pois, se isto for
a verdade, devemos sabê-lo; o professor da Escola Sabatina deve sabê-lo;
e cada aluno da Escola Sabatina deve compreendê-lo. Todos nós estamos
na obrigação, para com Deus, de compreender o que Ele nos envia. Deu Ele
direções pelas quais possamos provar cada doutrina: ‘À Lei e ao
Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.’
Mas se ela satisfizer a prova, não estejais tão cheios de preconceito que não
possais reconhecer um ponto simplesmente porque ele não concorda com vossas
idéias. É impossível que mente alguma compreenda toda a riqueza e grandeza de uma única promessa divina que seja. Um apreende a glória de um ponto de vista, outro a beleza e graça de outro ponto, e a alma enche-se da luz celestial. Se víssemos toda a glória, o espírito desfaleceria. Mas podemos suportar, das abundantes promessas divinas, revelações muitíssimo maiores do que agora desfrutamos. Meu coração fica triste ao pensar como perdemos de vista a plenitude da bênção reservada para nós. Contentamo-nos com lampejos momentâneos de fulgor espiritual, quando poderíamos andar dia a dia à luz de Sua presença”. (Ibidem. pp. 109-111.). Quanto ao texto de Mateus 28:19, muito ainda será escrito. Contudo, em primeiro lugar, quero esclarecer a quem fez o desafio ao prof. Rodrigo. Quem fez o desafio de maneira equivocada, levou o professor A responder de maneira não precisa. Pois assim ele redigiu o e-mail: “...Ao contrário do texto trinitário de I João 4 ([1João 5:7] que é reconhecidamente apócrifo), Mateus 28:19 passa em todos os crivos técnicos disponíveis e pode ser tomado como legítimo. Bem, com isso eu creio ter cumprido com o prometido e mostrado que o texto existe. Porém, pelos e-mails que recebi, não sei se será o bastante para fazer alguns mudarem de idéia, (embora foi dito na frente de todos que bastava eu mostrar a procedência desse texto)”. No entanto, percebemos a insegurança do prof. Rodrigo, nas linhas que para alguns foi uma afirmação, mas ele sabe que não foi. “Mateus 28:19 passa em todos os crivos técnicos disponíveis e pode ser tomado como legítimo”. Neste período ele transmite insegurança ao dizer: “crivos técnicos disponíveis”. Mas principalmente, quando diz: “pode ser tomado como legítimo”. Aqui, ele não afirmou que o texto é legítimo. Ele apenas afirmou que “pode ser”. Por que, então, ele não afirmou? Ele diz: “Bem, com isso eu creio ter cumprido com o prometido e mostrado que o texto existe”. Mostrar que “o Texto de Mat. 28:19 existe”, na Língua Grega, não é difícil. O prof. Rodrigo, ele sabe muito bem sobre a importância das preposições, do artigo e dos casos na Língua Grega. A expressão: “em nome” ou “no nome”, melhor seria traduzida assim: “para o nome”. Porque os três termos pertencem ao caso acusativo, e dão a idéia de um movimento, aonde um discípulo passa de um lugar (de uma jurisdição) para outro (a outra jurisdição). Portanto, em função do desafio feito ao prof. Rodrigo, não se pode duvidar de que ele tenha cumprido a palavra. Contudo, teríamos que indagar o seguinte: qual a origem do Texto? “Existem atualmente cerca de 5 500 mss. [manuscrito] gregos completos ou fragmentários do NT, sem falar nos quase 13 000 mss. das versões e nos milhares de citações dos antigos Pais da Igreja. ...” - (PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do NOVO TESTAMENTO. 1ª ed. São Paulo – SP, Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1993. p. 19.). – [Texto acrescentado]. Ainda tem um outro dado importante. Ele sabe que existem vários tipos de Textos: “Textos Locais”; “Texto Alexandrino”; “Texto Ocidental”; “Texto Cesareense”; “Texto Bizantino”; etc. (Ibidem. pp. 81-87.). Podemos acrescentar outro detalhe a quem não conhece. “A ciência que procura restabelecer o texto original de um trabalho escrito cujo autógrafo não mais exista é denominada crítica textual”. “Autógrafo: termo técnico que designa o manuscrito original de uma obra.” – (Ibidem. p. 13.). O professor Wilson Paroschi, em seu livro, ainda registrou o seguinte: “Quando lemos hoje o NT, será que de fato estamos lendo aquilo que Lucas, João, Paulo e os outros autores escreveram tantos séculos atrás? ...Tais perguntas não se destinam meramente a levantar dúvidas quanto aos documentos em que baseamos a fé, mas a chamar-nos a atenção sobretudo para o tipo e o tamanho do problema com que lida a crítica textual. E tal problema torna-se ainda mais evidente quando nos lembramos, em primeiro lugar, de que todos os autógrafos do NT desapareceram por completo e mais nenhuma colação com eles pode ser possível”.
“Colação: confronto da cópia de um ms. com o original ou com outra cópia, para verificar a correspondência entre os respectivos textos e assim analisar a maior ou menor autoridade para a escolha do texto exato”.
“A razão para a perda prematura dos autógrafos neotestamentários certamente foi a pouca durabilidade do material em que, conforme o uso da época, escreviam-se livros e cartas: o papiro, o qual não era mais durável que nosso moderno papel. ...”.
“As cópias dos autógrafos, por sua vez,
converteram-se em originais no que diz respeito a outras cópias, e assim
sucessivamente. Durante esse processo de cópias e recópias manuais,
que se estendeu por 14 séculos até a invenção da imprensa,
inevitavelmente muitos e variados erros foram cometidos, resultado natural da
fragilidade humana. E, à medida que aumentavam as cópias, mais se
multiplicavam as divergências entre elas, pois cada escriba acrescentava os seus
próprios erros àqueles já cometidos pelo escriba anterior. ...”. “... É opinião unânime entre os críticos textuais que não possuímos nenhum ms. que tenha preservado sem nenhuma variação o texto original dos 27 livros do NT, nem sequer de apenas um deles. ...”. (Ibidem. pp. 15-16 e 20.). Um outro detalhe que poderíamos observar é quanto à Língua original em que foi escrito o livro de Mateus. “... Em primeiro lugar, Papias aparentemente disse que Mateus ‘dispôs os oráculos no dialeto hebraico’. Essa afirmação parece indicar que Mateus escreveu em hebraico ou em aramaico, e eruditos ressaltam que o Evangelho de Mateus não dá indicação de ser uma tradução dessas línguas. ...”. – (Editor do NT. SILVA Moisés. Bíblia de Estudo de Genebra. Introdução aos Evangelhos e Atos. ed. de 1999. Editora Cultura Cristã (São Paulo - SP) e Sociedade Bíblica do Brasil (Barueri - SP). p. 1100).
“Alguns eruditos opinam que os três evangelhos sinóticos se basearam sobre um ou mais documentos em comum. Pensam-se em dois documentos originais, aos quais Papias se referiu (morreu ele em 163 d. C.): um por Mateus, contendo os oráculos ou ditos de Jesus (Lógia), em hebraico; e o outro por Marcos, proveniente de Pedro. ...”. – (Tradução. WATSON. D. Ana e Dr. S. L. Conciso Dicionário Bíblico. 15ª ed. Rio de Janeiro – RJ, Imprensa Bíblica Brasileira – JUERP, 1987. p. 69. - B). Entendemos que realmente o prof. Rodrigo apresentou o texto de Mat. 28:19. No entanto, ele mesmo sabe que o que ele apresentou não acrescenta nada. Portanto, diante de tudo o que foi mostrado (citado) acima, o que se espera é mais coerência por parte dos líderes e de alguns pastores, doutores e professores. Não dá para fundamentar uma crença nem de batismo trinitário nem da trindade propriamente dita, em função de Mateus 28:19. – josielteli@hotmail.com EMENDA AO ARTIGO: "A Incoerência dos Teólogos que Oferecem Mamadeira para Adultos" No referido artigo, sei que não fui bem compreendido. Por isso, quero ratificar o que já escrevi outras vezes sobre Mat. 28:19. Portanto, no que diz respeito a esse Texto, podemos afirmar que ele não é uma prova sobre a existência da trindade. O grande problema que ele, aparentemente, nos trás, é em função das traduções feitas a partir do Texto da Língua Grega e conseqüentemente à interpretação que se faz em função dela, para defender a trindade. A expressão: “em nome” ou “no nome”, melhor seria traduzida assim: “para o nome”. Porque os três termos pertencem ao caso acusativo, e dão a idéia de um movimento, aonde um discípulo passa de um lugar (de uma jurisdição) para outro (a outra jurisdição). Além do mais, não se pode isolar Mat. 28:19, dos versos 18 e 20. No verso 18, o Messias diz: “Toda a autoridade me foi dada no Céu e na Terra”. No verso 19, Ele continua: “Indo, portanto, fazei discípulos...” e no verso 20, Ele conclui: “... E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. Como se percebe, o destaque tanto do verso 18 quanto do 20, é o Filho. Em função disso, não se pode deixar de entender, que o destaque do verso 19, também, seja Ele. Pois foi Ele quem deu a ordem aos apóstolos. Por isso, eles batizaram somente em nome (como representantes) do Messias, e “para o nome”, pois estavam resgatando pessoas do poder (autoridade) de Satanás para o poder (autoridade) do Filho e conseqüentemente, do Pai e do Espírito Santo. Portanto, os apóstolos foram usados como instrumentos na salvação das pessoas. Estas estavam saindo da jurisdição de Satanás para a jurisdição do Pai e do Filho e do Santo Espírito. Os defensores da trindade utilizam-se de Mateus 28:19, para fundamentar o batismo trinitário, mas desconsideram o Livro de Atos e as Epístolas do apóstolo Paulo. Em função disso, percebemos que esta chamada formula batismal de Mat. 28:19, também, não pode ser um fundamento doutrinário para defender a trindade. No livro do Prof. Wilson Parosch, Crítica textual do NOVO TESTAMENTO, nas páginas 213-214, tem o seguinte comentário sobre as últimas descobertas cientificas de manuscritos encontrados nas cavernas de Qumram:
Não foi minha intenção trazer descrédito (ou descrença) ao Texto Sagrado. O objetivo foi, além de mostrar uma grande quantidade de Textos, que registram Mat. 28:19, que, também, existe uma grande possibilidade do Livro de Mateus ter sido escrito na Língua Aramaica. Em função disto, qualquer Texto que queira provar a autenticidade de Mat. 28:19, deve ser apresentado na Língua Aramaica. E quanto ao Texto de Mat. 28:19, na Língua Grega, não tenho dúvida da sua existência. Também posso afirmar que tanto o contexto do capítulo 28 de Mateus (em especial os versos 18-20) levando-se em conta, principalmente, os casos, as preposições, os artigos e as figuras de linguagem da Língua Grega; podemos interpretar, perfeitamente, o que o Messias disse aos discípulos. Sem dúvida Ele não ensinou uma trindade. Além do mais, como já disse outras vezes, se alguém quiser fazer um estudo detalhado do Livro de Mateus, entenderá que ele não ensina a crença da trindade (Mat.11:27; 16:17, 27 e 24:36). A manifestação do Espírito Santo no batismo, apenas nos ensina sobre a existência do Espírito Santo como um poder, enviado pelo Pai ao Filho, para que Este começasse o Seu ministério. Portanto, em função do desafio feito ao prof. Rodrigo, não se pode duvidar de que ele tenha cumprido a palavra. Contudo, teríamos que indagar o seguinte: qual a origem do Texto?
Contudo, não podemos esquecer o que Ellen G. White escreveu:
Portanto, entendo que o Texto de Mat. 28:19 é verdadeiro, mas foi escrito na Língua Aramaica e não Língua Grega. No entanto, a Escritura Sagrada é um conjunto de Textos e não apenas um texto isolado. – josielteli@hotmail.com Leia também: |
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