Apócrifos “escondidos” localizados depois da visão de EGW ajudaram na compreensão da Bíblia

isaiah-scroll.l

TEXTO ATUALIZADO LOGO ABAIXO, EM 29/11/2025. LEIA:

Ao final do texto Apócrifos: SIM ou NÃO? Conheça a Bíblia de Ellen G. White! mencionamos o registro de uma visão que lhe foi concedida em 26 de janeiro de 1850, durante visita a uma família em Oswego, Nova iorque.

Nesta visão, Deus revelou que alguns adventistas não estavam preparados para a volta de Jesus, porque se preocupavam mais com os seus bens materiais do que fazer sacrifícios para difundir o evangelho. Perto do fim do registro que temos de sua visão, Ellen White ressalta a importância da Bíblia e faz uma referência única e irrepetível em relação aos chamados livros apócrifos:

“Todos, todos os que guardam os mandamentos de Deus, entrarão pelas portas na cidade e terão direito à árvore da vida e a sempre estar na presença do amável Jesus, cujo semblante brilha mais que o sol ao meio-dia. Eu, então, vi a palavra de Deus pura e autêntica, e que devemos responder pela maneira como recebemos a verdade proclamada dessa palavra. Eu vi que ela tinha sido uma marreta para quebrar um coração de pedra em pedaços, e um fogo para consumir a escória e impurezas para que o coração possa ser puro e santo…

Eu vi que os Apócrifos são o livro escondido, e que os sábios destes últimos dias devem entendê-lo. Vi que a Bíblia é o livro padrão, que nos julgará no último dia. Vi que o céu seria barato o suficiente, e que nada era muito caro a sacrificar por Jesus, e que devemos dar tudo para entrar no reino.” — Manuscript 4, 1850, (A copy of E. G. White’s vision which she had at Oswego, N.Y.).

Como dissemos, o sentido da mensagem inspirada é muito claro: A Bíblia protestante, com seus 66 livros, conforme a conhecemos, é a norma padrão pela qual todos seremos por fim avaliados. Mas nestes últimos dias seremos sábios se atentarmos para informações adicionais contidas nos chamados livros apócrifos, tanto aqueles que foram incluídos na Bíblia Católica, quanto os que compunham a “Bíblia oculta” ou “livro escondido” em mosteiros, como,por exemplo, o livro I Enoque (versão etíope) e o manuscritos encontrados nas cavernas de Qumran.

É por isso que sugerimos a leitura do texto abaixo e perguntamos se esses livros seriam também como uma luz menor que aponta para a luz maior, como acontece com os escritos de Ellen G. White? Leia e comente, por favor.

Clique no link para baixar o artigo “Os Manuscritos de Qumran e a Teologia do Cristianismo Antigo”, de Edgar Leite, disponibilizado em PDF.

ATUALIZAÇÃO EM 29:11/2025:

Quando escrevi, há mais de dez anos, minha primeira análise sobre as visões e declarações de Ellen G. White envolvendo os livros apócrifos, eu não imaginava a profundidade da questão. Naquela época, eu me limitei a um comentário superficial, preso à ideia de que os apócrifos eram apenas textos periféricos ou curiosidades históricas. Eu nem suspeitava — porque não sabia — do uso amplo, natural e frequente que Ellen White e os pioneiros faziam desses livros, nem da importância que eles atribuíam a escritos que suas Bíblias realmente continham.

Hoje vejo nitidamente o equívoco daquele meu primeiro comentário: eu subestimei completamente a gravidade do assunto. Em vez de perceber o peso profético da revelação, foquei apenas no surgimento de manuscritos adicionais e deixei passar o óbvio — aquilo que agora salta diante dos olhos com força quase explosiva.

O texto que escrevi remetia à visão de Ellen White em 26 de janeiro de 1850, em Oswego, Nova York. Naquele registro, ela adverte os adventistas por priorizarem bens materiais e negligenciarem o sacrifício missionário. E então, na parte final da visão — a parte que hoje se revela colossal — Ellen White declara:

“Eu vi que os Apócrifos são o livro escondido, e que os sábios destes últimos dias devem entendê-lo. Vi que a Bíblia é o livro padrão, que nos julgará no último dia […]”.
Manuscript 4, 1850

Na leitura apressada que fiz há anos, eu concluí apenas que a Bíblia protestante permaneceria como norma e que os apócrifos ofereceriam “informações adicionais”. Hoje percebo: essa conclusão era pequena demais diante do que realmente está dito.

O impacto dessa citação é muito maior do que eu havia reconhecido.
Ellen White não apenas menciona os apócrifos — ela os classifica como o “livro escondido” reservado para os sábios dos últimos dias. Ela está fazendo eco direto ao Mandato de 2 Esdras 14: “Guarda alguns livros para que os sábios do teu povo os encontrem no tempo do fim.” E isso muda tudo.

Descobri que:

  1. Ellen White usava os apócrifos extensivamente, em linguagem, conceitos, estruturas e temas.

  2. A maioria dos pioneiros possuía Bíblias com apócrifos — e os consideravam edificantes, úteis e, em muitos casos, inspirados.

  3. James White vendeu apócrifos pela Review.

  4. Chamberlain os distribuiu em 1851 “no tamanho ideal para carregar no bolso”.

  5. A própria Associação Publicadora Adventista anunciou em 1869 que lançaria uma edição do Apócrifo.

Diante desse quadro, minha análise antiga simplesmente não faz mais sentido. Hoje, com todos os documentos reunidos, não dá para suavizar:

O que Ellen White descreve em 1850 é uma ordem profética para que os remanescentes estudem o “livro escondido” — exatamente como a voz angélica ordenou a Esdras.

Não se trata de uma nota de rodapé, mas de um sinal escatológico.
Não se trata de curiosidade literária, mas de um mandato profético ignorado por 150 anos. Não é “informação adicional”, é restauração de conteúdo que deveria nunca ter sido removido.

Com isso, a pergunta antiga — “Os apócrifos seriam uma luz menor como os escritos de Ellen White?” — era rasa demais.
A pergunta correta é:

Por que a igreja rejeitou justamente aquilo que a própria mensageira descreveu como ‘o livro escondido’ destinado aos sábios do tempo do fim?

E mais:

Como seria hoje a teologia adventista se a geração pioneira não tivesse perdido esse material?

Se eu tivesse percebido tudo isso na época — se tivesse visto o peso da revelação de 1850 à luz de 2 Esdras 14, da história dos pioneiros e da estrutura profética bíblica — minha conclusão teria sido completamente diferente.

E é por isso que hoje retomo o tema, reconhecendo o erro anterior e convidando você a revisitar a pergunta com a seriedade que ela exige:

Os apócrifos não são apenas uma luz menor. Eles são parte da luz perdida. A luz escondida. A luz reservada aos sábios do último tempo.

E agora que sabemos disso, ignorar esse chamado não é apenas descuido histórico — é desobediência profética.

Deixe um comentário