O fim dos celulares já tem data marcada
O Fórum Econômico Mundial, conhecido por antecipar tendências globais e influenciar políticas públicas, foi palco de declarações impactantes sobre o futuro da tecnologia. Uma delas partiu do presidente da Nokia, que afirmou com convicção que os smartphones estarão obsoletos até 2030.
Segundo ele, a chegada do 6G mudará completamente a interface de comunicação. “O smartphone, como conhecemos hoje, não será mais a principal interface. Haverá muitas tecnologias integradas diretamente aos nossos corpos”, afirmou durante uma mesa-redonda. As apostas estão em óculos de realidade aumentada, hologramas de alta definição e, principalmente, implantes corporais.
Implantes cerebrais: A nova promessa tecnológica
Essa visão não é isolada. O próprio Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, já declarou que “em 10 anos, teremos implantes cerebrais que nos permitirão sentir o que o outro sente em tempo real”. Segundo ele, com esses dispositivos será possível medir ondas cerebrais e saber imediatamente como alguém está reagindo emocionalmente, abrindo as portas para um tipo inédito de telepatia tecnológica.
Essa tecnologia, no entanto, levanta sérias questões éticas. Estaríamos caminhando para um cenário em que a privacidade mental deixa de existir? Em que nossas emoções e pensamentos mais íntimos podem ser lidos, transmitidos ou até manipulados?
O futuro da educação: microchips na sala de aula
Tal tendência já começa a aparecer de forma surpreendente em ambientes educacionais. Um documento elaborado por uma escola fundamental (Preston West Primary School), em uma simulação do futuro da educação, descreve o uso de microchips implantados nos cérebros de estudantes como algo viável e benéfico. A ideia seria promover a memória e a inteligência dos alunos por meio da fusão da mente humana com a tecnologia.
Esse projeto representa uma tentativa explícita de terceirizar a inteligência, substituindo o esforço cognitivo humano por processamento externo. É o que se chama de transumanismo educacional — uma proposta que visa melhorar a performance mental a partir da integração com sistemas artificiais.
Facebook, leitura de mentes e o controle da informação
Paralelamente, grandes corporações também desenvolvem ferramentas que colocam em xeque os limites da consciência individual. O Facebook (Meta), liderado por Mark Zuckerberg, anunciou pesquisas para desenvolver uma máquina que lê pensamentos e os converte em palavras, usando implantes cerebrais.
Zuckerberg é direto: a ideia é construir interfaces cérebro-computador que dispensem a fala ou o toque. Basta pensar — e a máquina entenderá. Mas uma vez que se torna possível ler a mente, o passo seguinte é modificá-la. Conhecer os padrões de pensamento abre margem para engenharia mental, manipulação de desejos e controle psicológico em larga escala.
Entre o progresso e a distopia
Enquanto a promessa é de uma era de “avanço”, há quem veja uma escalada perigosa em direção ao controle totalitário da mente e do corpo humano. Trata-se, afinal, de uma nova torre de Babel tecnológica, onde a arrogância de querer “aperfeiçoar o homem” pode nos afastar da essência que nos torna humanos.
Essa corrida por fusão entre homem e máquina revive a antiga tensão entre barro e ferro descrita no livro de Daniel, capítulo 2 — onde se profetiza que a união entre a fragilidade humana e a rigidez tecnológica seria instável. Hoje, essa profecia parece mais atual do que nunca.