O rebanho do mundo será conduzido ao abismo por aceitar a narrativa satânica dos últimos dias como salvação. O remanescente seguirá o Cordeiro, mesmo quando isso significar caminhar contra a multidão.
Vivemos dias em que a verdade se tornou produto raro. No lugar dela, surgiram narrativas bem formuladas, desenhadas por partidos, sistemas, mídias, igrejas e inteligências artificiais — todas disputando o controle da mente humana. A verdade, hoje, não precisa ser provada: basta ser contada com autoridade, repetida por vozes influentes e disseminada até que se torne “consenso”. Mas isso não é verdade. É construção. É dominação. É engenharia.
Em meio a esse cenário distorcido, Cristo está reunindo os Seus. Não os mais religiosos, nem os mais obedientes a placas ou cargos eclesiásticos — mas os fiéis à Revelação. Homens e mulheres que não se dobram à narrativa única, seja ela do mundo, do Estado ou da própria igreja institucionalizada. Eles sabem que a verdade não nasce da conveniência nem da repetição, mas da luz que vem de cima.
Revelação, e não narrativa
A Bíblia não é uma narrativa criada por homens para controlar outros homens. É Revelação Divina: a voz do Eterno soprada através de séculos, cruzando culturas, profetas, poetas e mártires. É um testemunho vivo, espiritual e eterno. Diferente das narrativas humanas, que precisam ser impostas, adaptadas ou defendidas com força, a Verdade de Deus só exige uma coisa: fé.
“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” — João 17:17
A verdadeira fé não depende de coerção, não se mantém por decretos institucionais, não se resume a uma lista de doutrinas aprovadas por concílios ou comissões. Ela nasce da experiência com o Espírito, da leitura sincera da Palavra, e da liberdade que Deus concedeu ao homem desde o Éden: o livre arbítrio.
O remanescente não tem placa
Cristo não disse que reconheceria Seus filhos pelas carteirinhas de membresia, nem por seus títulos eclesiásticos. Ele busca aqueles que ouvem a Sua voz, mesmo que em silêncio, mesmo que sozinhos, mesmo que excluídos por instituições que se afastaram do Espírito e se aproximaram do mundo.
“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem.” — João 10:27
O remanescente fiel não será medido pelo número de sermões ou reuniões que participou, mas pelo quanto resistiu às imposições contrárias à Palavra, mantendo-se firme mesmo quando isso lhe custou prestígio, segurança e conforto.
Ele é conhecido pelo céu, mesmo que esquecido pela terra.
Ele carrega o selo do Espírito, não o carimbo da instituição.
Ele se move pela fé, não por doutrina aprovada por maioria.
A Verdade que liberta não é negociável
Vivemos a era da conformação religiosa: aceitar a doutrina vigente, mesmo quando ela se contradiz, silenciar-se diante de erros por “lealdade à liderança”, e colocar a “unidade” acima da verdade. Mas essa unidade imposta é falsa. Cristo orou por unidade na verdade, não na conveniência.
A verdade da Revelação é incômoda. Ela não se adapta ao mundo. Ela separa luz e trevas, verdade e engano, remanescente e rebanho. Ela não pode ser domesticada por conselhos administrativos ou algoritmos de visibilidade. Ou ela é aceita com fé e temor, ou é rejeitada com justificativas humanas.
O remanescente e o julgamento final
Quando o último ato da história humana se desenrolar, a separação não será entre membros e não-membros, mas entre selados e marcados:
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Os selados por Deus — reconhecidos pela fidelidade à verdade revelada, guiados pelo Espírito, e marcados pela obediência sem idolatria institucional.
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Os marcados pela besta — aqueles que aceitaram a narrativa dominante, confiaram em sistemas humanos, e renunciaram ao livre arbítrio em nome da segurança, da reputação ou da conveniência.
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” — João 8:32
O rebanho do mundo será conduzido ao abismo por aceitar a narrativa satânica dos últimos dias como salvação. O remanescente seguirá o Cordeiro, mesmo quando isso significar caminhar contra a multidão.
✍️ Conclusão
A verdade revelada por Deus não precisa de reforço institucional, nem de narrativas humanas para sustentá-la. Ela é firme por si mesma. Ela liberta. Ela transforma. E ela separa.
Em tempos de controle narrativo, confusão doutrinária e fé programada por sistemas, Cristo continua chamando os Seus — um a um — pelo nome. Não para formar uma nova instituição, mas para reunir um povo fiel, de todas as nações, tribos, línguas e denominações.
Um povo que não se curva à narrativa satânica dos últimos dias, porque está de pé sobre a rocha da Revelação eterna.