O silêncio da Liderança Adventista: Por que não falam mais sobre APOCALIPSE 13?

Um Tempo em Que Profecia Era Prioridade

Se você tem um pouco mais de tempo de igreja, vai se lembrar de uma época em que profecia era prioridade. Uma época em que Apocalipse 13 não era um capítulo esquecido ou evitado — era o centro das campanhas evangelísticas.

Quem não se lembra do impacto do seminário Revelações do Apocalipse? Era impossível assistir e sair o mesmo.

E quem liderava esse movimento? Um evangelista corajoso e incisivo: Luís Gonçalves. Ele subia no púlpito com a Bíblia em uma mão e o dedo apontado nas profecias com a outra, denunciando sem medo:

  • Chamava o papado de “ponta pequena”.

  • Expunha as alianças perigosas entre religiões, impérios e poderes.

  • Advertia sobre o decreto dominical e a perseguição ao povo de Deus.

Sua coragem chegava a incomodar. Houve uma ocasião em São Paulo em que ele precisou sair escoltado de uma igreja, após uma de suas mensagens — diretas demais para os ouvidos sensíveis dos dias modernos.


Outros Tempos, Outras Vozes

Não era só ele. Pr. Arilton de Oliveira, durante anos, apresentava o programa Bíblia Fácil na Novo Tempo, guiando multidões por dentro dos livros de Daniel e Apocalipse, capítulo por capítulo, verso por verso.

Ele deixava claro:

  • Quem é a besta do Apocalipse.

  • Quem representa o falso profeta.

  • Como os eventos finais se desenrolariam.

Esses eram tempos de ousadia profética.


O QUE ACONTECEU COM ESSA VOZ PROFÉTICA?

Mas e hoje? O que aconteceu com essa ousadia?

Por que os sermões que denunciavam o sistema religioso que se opõe a Deus desapareceram dos púlpitos?

Por que Apocalipse 13 se tornou um tema proibido?

  • É medo?

  • É censura?

  • É conveniência política?

Ou será que a Igreja Adventista está entrando, pouco a pouco, em um silêncio profético que Ellen White jamais aprovaria?


A TRANSFORMAÇÃO: DE PROFECIA A POLÍTICA

Ao assistir aos principais pronunciamentos da Conferência Geral de 2025, uma inquietação tomou o coração de muitos fiéis atentos.

A liderança parece cada vez mais preocupada com sua imagem diante do mundo.

Existe um esforço evidente para deixar de ser vista como uma seita apocalíptica e se transformar em algo “aceitável, palatável e inclusivo”.

E como isso está sendo feito?

  • Aproximação com outras igrejas.

  • Alianças comunitárias e projetos inter-religiosos.

  • Reuniões de cooperação ecumênica.

Soa bonito, respeitável… mas é aí que mora o perigo.


A MENSAGEM DILUÍDA: O EVANGELHO INOFENSIVO

Não estamos falando apenas de ações humanitárias. Estamos falando da diluição de uma mensagem que custou a vida de reformadores.

A Conferência Geral já declarou oficialmente que os adventistas devem ser “cooperadores conscientes com outras igrejas”, desde que seja para “proclamar o evangelho” e atender a “necessidades humanas urgentes”.

Mas que evangelho é esse que não expõe o papado, não menciona Babilônia e não alerta sobre a marca da besta?

Será mesmo o evangelho eterno? Ou apenas uma versão genérica, ecumênica e inofensiva, feita para não ofender ninguém?


O SILÊNCIO QUE GRITA

Hoje, os púlpitos sussurram onde antes se bradava com coragem.

  • Quantas vezes você ouviu, nos últimos meses, sermões sobre a besta do Apocalipse?

  • Quantas vezes falaram sobre a imagem da besta, o decreto dominical ou o falso profeta?

Compare com os anos 90, quando a mensagem profética era o coração das campanhas evangelísticas.

Você acha mesmo que é coincidência?


A VERDADE DESCONFORTÁVEL

E seja honesto:

  • É possível sentar à mesa com Roma e continuar denunciando Roma com a mesma força?

  • É possível estar lado a lado com líderes católicos e evangélicos e ainda proclamar as três mensagens angélicas sem filtro?

Não é ingenuidade pensar que isso não muda nada.

Ellen White já havia alertado:

“Quando a igreja começa a agradar ao mundo, ela perde o poder do alto.”


A ORDEM PROFÉTICA AINDA ESTÁ EM VIGOR

O Espírito de Profecia é claro:

“O Senhor chamou seu povo e o encarregou de proclamar uma mensagem. Chamou-o para expor a maldade do homem do pecado, que fez da lei dominical um poder distintivo.” (Testemunhos para Ministros, p.118)

Mas onde estão os homens que deveriam proclamar isso dos púlpitos? Onde estão os vigias nos muros de Sião?


CONCLUSÃO: QUEM VAI FALAR SE ELES SE CALAM?

A igreja que nasceu do sangue dos mártires hoje parece ter medo de manchetes negativas.

A igreja que foi levantada para confrontar o dragão hoje sorri e aperta a mão da besta.

Mas se os pastores se calam, os leigos fiéis terão de falar.

Ellen White profetizou que, no tempo do fim, os esquecidos e desprezados levantarão com poder para proclamar a última mensagem ao mundo, enquanto muitos líderes desaparecerão no vento da sacudidura.

A pergunta é: você vai estar entre eles ou será encontrado dormindo?


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