Monstros vindos do céu anunciam o juízo. O retorno do Cristo anuncia a salvação
As palavras de Jesus no Monte das Oliveiras não eram serenas. Ele não falava de tempos tranquilos, mas de dias em que o próprio céu se tornaria palco de espanto. “…Haverá monstros aterrorizantes vindos do céu” (Lucas 21:11). Não eram metáforas poéticas, nem explicações astronômicas. Eram imagens de puro pavor, destinadas a sacudir o coração dos que ouviam.
O povo do primeiro século não ouviu “fenômenos naturais”: ouviu pesadelos celestes. Ao levantar os olhos, imaginaram dragões cuspindo fogo, serpentes de luz rasgando as nuvens, cavaleiros flamejantes em marcha sobre o firmamento, bestas com asas descomunais voando como predadores noturnos. Viram também estrelas-vivas que se desprendiam em labaredas e sombras deformadas pairando no horizonte. O firmamento, que sempre fora sinal de ordem, agora se mostrava instável, ameaçador, habitado por forças que escapavam ao controle humano.
Jesus descreveu um tempo em que os homens desmaiariam de terror, incapazes de suportar a visão daquilo que descia do alto. Ele anunciou que os poderes do céu seriam abalados, como se o próprio universo fosse estremecer. E de fato, Ele não poupou palavras: haveria uma aflição como nunca antes existira desde o princípio do mundo. Uma sucessão de dias tão pesados que, se não fossem abreviados, nenhuma carne sobreviveria.
Mas o discurso não terminou no terror. O mesmo Cristo que falou de monstros e sinais assustadores também anunciou a esperança. “Então verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória” (Lucas 21:27).
Depois do firmamento se encher de dragões e exércitos flamejantes, viria o sinal supremo: o Filho do Homem descendo das nuvens, não mais em humildade, mas em majestade. Ele prometeu que, quando os céus se rasgassem e o mundo parecesse à beira do colapso, os escolhidos não deveriam baixar os olhos em desespero. Pelo contrário: “Quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lucas 21:28).
O Evangelho de Cristo era duro porque descrevia a verdade do horror, mas não parava aí. Ele mostrava que o fim não seria apenas o triunfo do terror, mas também a revelação da vitória. Os dias de angústia seriam abreviados por causa dos escolhidos. Aqueles que perseverassem até o fim seriam salvos. O céu não se abriria apenas para monstros: abrir-se-ia para o Cristo em poder e glória, reunindo seus eleitos de uma extremidade do céu à outra.
A noite estrelada, que os antigos viam como um abismo habitado, será no fim palco do juízo. Mas também será o palco da redenção. Os monstros anunciam o colapso, mas o Filho do Homem anuncia a vitória. O terror vem primeiro, para que a esperança brilhe ainda mais forte.
Porque o Evangelho de Cristo não enganava ninguém: ele amedrontava ao falar do caos, mas consolava ao apontar para a redenção. O céu se rasga, os monstros aparecem, os homens desfalecem de pavor… e então, sobre as nuvens, surge o Redentor.
O Céu Rasgado: Do Terror à Redenção
Haverá dias em que o céu não será mais silencioso.
Dias em que o firmamento não será apenas beleza, mas espanto.
Dias em que os olhos dos homens não contemplarão estrelas, mas horrores.
Jesus disse: “…Haverá monstros aterrorizantes vindos do céu.”
E os ouvintes tremeram, porque entenderam.
Não eram metáforas.
Não eram símbolos vagos.
Eram monstros. Eram sinais vivos.
- Dragões cuspindo fogo.
- Exércitos flamejantes marchando nas alturas.
- Bestas aladas cruzando o firmamento.
- Estrelas que caem como tochas ardentes.
- Sombras deformadas, pairando como presságio de ruína.
Sim, os homens desmaiarão de terror.
Sim, os poderes do céu serão abalados.
Sim, haverá aflição como nunca houve desde o princípio do mundo.
E se esses dias não fossem abreviados, nenhuma carne sobreviveria.
Mas o mesmo Jesus que anunciou o pesadelo anunciou também a esperança:
“Então verão vir o Filho do Homem numa nuvem, com poder e grande glória.”
Quando o céu estiver tomado de monstros…
Quando o firmamento se encher de sinais apavorantes…
Quando os corações falharem de medo…
Então, sobre as nuvens, todos verão o Filho do Homem.
Não em fraqueza, mas em poder.
Não em silêncio, mas em glória.
Não para ser julgado, mas para julgar.
E Ele dirá: “Levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.”
Sim, haverá horror.
Sim, haverá monstros.
Mas haverá também vitória.
O céu se rasga.
Os terrores aparecem.
Os homens caem de medo.
Mas sobre as nuvens…
Surge o Redentor.
E os anjos soarão trombetas.
E os escolhidos serão reunidos.
E o fim do terror será o começo da redenção.
Esse é o Evangelho esquecido.
O Evangelho que amedronta.
O Evangelho que consola.
Primeiro o terror.
Depois a vitória.
Primeiro os monstros.
Depois o Cristo.
O REI VEM EM GLÓRIA
O céu se abriu em terror,
os monstros rugiram nas alturas,
as sombras se espalharam sobre a terra.
Mas eis que surge o Filho do Homem,
sobre as nuvens, em poder e grande glória.
Os anjos marcham ao seu lado,
as trombetas ecoam,
os exércitos celestes descem em vitória.
Os dragões caem.
As bestas se calam.
As sombras fogem diante da luz.
E uma voz ressoa sobre toda a criação:
“Levantai as vossas cabeças,
porque a vossa redenção está próxima.”