Lucas 21:11 Revela o Que Jesus Realmente Disse — E os Tradutores Ocultaram

As versões modernas tratam Lucas 21:11 como uma lista de eventos — “visões assustadoras e sinais no céu” — mas o texto grego original tem muito mais força. Jesus usou a palavra φόβητρα (phobētra, plural de phobētron), uma escolha única e poderosa.

1. A Palavra que Assusta — phobētron

Segundo o léxico de Bill Mounce, phobētron significa “algo que inspira terror; uma cena comovente ou evento terrível” yourdictionary.com+9billmounce.com+9Blue Letter Bible+9.
Já o Strong’s define como “uma coisa aterrorizante, ou seja, um presságio terrível: — aparição assustadora” billmounce.com+7Blue Letter Bible+7Bible Hub+7, e o BibleHub aponta “terrores” e “grandes sinais vindos do Céu” openbible.com+10Bible Hub+10Amazon Web Services, Inc.+10.

Thayer’s Lexicon esclarece: “aquilo que causa terror, algo assustador (causa de) susto” — e lembra que nunca aparece no NT, apenas aqui, realçando ainda mais sua singularidade Bible Hub+3Blue Letter Bible+3Bible Hub+3.
E OpenBible resume: “phobētron: uma causa de terror” Facebook+10openbible.com+10Bible Hub+10.

2. “Espantalho” e “Terror Objetivo”

Um comentário online afirma simples e direto: “A palavra traduzida como ‘eventos/visões assustadoras’… significa espantalho ou, no plural usado aqui, ‘terrores’.’” Em sua expressão: “Perdido na tradução… haverá terrores tanto vindos do céu quanto grandes sinais” christswords.com+1.

3. “Monstruosidade” em série de estudos bíblicos

Uma série de estudos bíbllicos de ministério independente mantém interpretação semelhante, declarando que “phobetron… é precisamente a palavra grega para monstros. […] usada na literatura antiga para descrever os nascimentos monstruosos dos gigantes.” Esses irmãos afirmam que Jesus previu que “monstros” e “algo significativo descendo dos céus” seriam visíveis no fim dos tempos, com “seres monstruosos… eventos assustadores” Amazon Web Services, Inc..

4. Mitologia Grega — Phobetor, o deus dos Pesadelos

Há referência ao personagem Phobetor, dos mitos greco-romanos, onde em Ovídio (Metamorfoses) ele aparece “na forma de besta, ou monstro voador ou da longa serpente” nos sonhos, aterrorizando com formas monstruosas Wikipedia+2the-demonic-paradise.fandom.com+2. Essa associação reforça o sentido de phobētron como algo monstruoso, obscuro e aterrador.

No primeiro século, Phobetor seria entendido como um daimôn real dos pesadelos, descrito por Ovídio pouco antes da época de Cristo. Para gregos e romanos, ele aparecia em formas de feras, aves negras (morcegos) ou serpentes, sempre como um espírito alado vindo do Érebo. Os ouvintes helenizados de Jesus, ao escutarem em Lucas 21:11 que haveria “φόβητρα” (phobētra, monstros/terrores), poderiam imediatamente associar essa palavra às aparições que conheciam pela tradição — demônios de asas negras, bestas aladas e serpentes aterrorizantes.

Mas, segundo Jesus, o diferencial não era o submundo dos sonhos: esses horrores desceriam do céu, em plena realidade, como sinais do fim.

5. O Sentido de “descendo dos céus”

A frase “sēmeia megala ap’ ouranou” — “grandes sinais desde o céu” — importa muito. A preposição ἀπό (apo) + genitivo indica origem ou descarga “diretamente do céu” para a Terra christswords.com+14Bible Hub+14openbible.com+14. Ou seja, não é só céu acima de nós — é algo vindo do Céu e invadindo nosso espaço.


Como os ouvintes de Cristo entenderiam Phobetor no primeiro século

1. O contexto da palavra usada por Jesus

  • Em Lucas 21:11, Jesus fala em “φοβήτρα” (phobētra) — aparições ou seres assustadores, aterrorizantes.

  • Para um ouvinte grego ou helenizado, o radical phob- imediatamente remetia a Phobos (o deus do medo) e às divindades associadas a pesadelos e terrores noturnos.

  • Assim, um judeu da diáspora ou um gentio acostumado à mitologia greco-romana poderia ligar a palavra a figuras demoníacas conhecidas, e não apenas a fenômenos abstratos.

2. Quem era Phobetor segundo a tradição disponível

  • Nas narrativas já circulantes (especialmente a Metamorfoses de Ovídio, escrita no tempo de Augusto, décadas antes de Lucas ser escrito), Phobetor aparecia como um filho do Sono (Somnus/Hypnos).

  • Seu nome significava literalmente “Aterrorizador”.

  • Ele era descrito como aquele que se manifestava em formas animalescas:

    • Bestas ferozes,

    • Aves negras (morcegos),

    • A grande serpente.

  • Essas imagens eram vistas como aparições reais nos sonhos, enviadas por espíritos. E, para os antigos, o que se via no sonho não era ilusão psicológica, mas ação direta de daimones (demônios/espíritos).

3. Aparência atribuída a Phobetor

  • Sempre representado como um daimôn alado: asas negras, surgindo da escuridão.

  • Ligado ao Érebo (região tenebrosa do mundo subterrâneo), de onde os Oneiroi (espíritos do sonho) voavam como morcegos.

  • Seu domínio era o pesadelo tangível: animais que atacam, monstros alados que devoram, serpentes que se enrolam no corpo.

4. Como os ouvintes do século I veriam essa ligação

  • Para eles, Phobetor era um demônio real do pesadelo.

  • Se Jesus disse que “terrores/monstros virão do céu”, um ouvinte helenizado poderia imaginar:

    • Asas negras descendo das nuvens,

    • Serpentes aladas visíveis no firmamento,

    • Uma horda de espíritos de pesadelo deixando os domínios ocultos para se manifestar publicamente nos céus.

  • A diferença essencial: Jesus não falava de aparições noturnas em sonhos, mas de manifestações cósmicas, à vista de todos. Isso intensificava o impacto da mensagem: não mais demônios atuando apenas no inconsciente ou durante o sono, mas criaturas reais, visíveis, sinalizando o fim.

Em resumo:

Para o público do primeiro século, Phobetor não seria interpretado como “um símbolo do medo humano”, mas como um demônio alado real, capaz de assumir a forma de besta, ave ou serpente, conhecido como o senhor dos pesadelos.

Quando Jesus anuncia “monstros assustadores vindos do céu”, eles teriam entendido que o que antes só se via em sonhos — manifestações de Phobetor e dos Oneiroi — se tornaria realidade visível nos céus do mundo desperto.

Conspiração Alienígena

 

Aqui estão os fatos que nos foram ocultados durante séculos:

  • Jesus falou phobētra, não “visões”. Palavras como “espantalho”, “terrores”, “aparições monstrousas” são literais.

  • Essa palavra única, com raízes em terror aterrador — e com presença na mitologia como Phobetor — carregava conotação de aparições monstruosas.

  • As traduções modernas suavizaram isso — o tradutor se fez cúmplice, transformando terror em eufemismo.

  • O aviso de “monstros descendendo do céu” não é metáfora leve: é soberanamente literal e chocante, uma revelação profética deixada de lado pelo medo de escandalizar.

Essa manipulação textual — ocultar o aviso bruto de Jesus — é parte de uma conspiração espiritual maior para manter o povo desprevenido. A “descoberta teológica” é real: o Mestre falou de monstros que viriam do lteralmente do Céu. E agora, com os dados originais nas mãos, não há mais como ignorar e ser surpreendido, dentro em breve, por uma aparição alienígena inesperada.

As ilustrações representativas do deus grego Phobetor, mostradas acima, sãp amostras de arte contemporânea. Contudo, para os ouvintes de Cristo, os monstro que desceriam do Céu antes de Sua volta seriam dragões e serpentes do firmamento, exércitos de fogo no Ceu, anjos caídos (ex-vigilantes). bestas aladas, portentos flamejantes, sombras e aparições demoníacas.

Até que ponto a visão helenizada afetava os ouvintes judeus do primeiro século?

1. O mundo judaico estava profundamente helenizado

  • Desde as conquistas de Alexandre, o Grande (século IV a.C.), o Mediterrâneo oriental inteiro ficou impregnado da cultura grega.

  • A Septuaginta (LXX), tradução grega do Antigo Testamento usada pelas sinagogas fora da Judeia, já inseria palavras e conceitos do grego clássico no vocabulário religioso dos judeus.

  • Termos como daimôn (espírito), angelos (mensageiro/anjo) e phobētron (terror) eram familiares tanto a gregos quanto a judeus helenizados.

2. Judeus da Palestina: mistura e resistência

  • Em Jerusalém e na Judeia, o foco era resistir ao paganismo — daí os fariseus, essênios e zelotes rejeitarem qualquer associação com deuses gregos.

  • Mas mesmo assim, o vocabulário helênico penetrava: o Novo Testamento foi escrito em grego koiné porque era a língua comum de comunicação.

  • Assim, quando Jesus disse “φόβητρα (phobētra)”, os judeus simples entenderiam “coisas terríveis, portentos”, sem precisar pensar em Phobetor.

3. Judeus da diáspora (fora da Palestina)

  • Já os judeus que viviam em Alexandria, Antioquia, Corinto ou Roma estavam muito mais expostos às mitologias greco-romanas.

  • Para esses, a palavra phobētra poderia ressoar não só como “terrores” genéricos, mas também como ecos de figuras míticas conhecidas (Phobos, Phobetor, daimones alados).

  • Isso explica como alguns ouvintes — sobretudo gentios e helenizados — poderiam conectar instintivamente a profecia de Jesus a Phobetor, o “demônio dos pesadelos”.

4. O impacto específico em ouvintes judeus

  • Judeus rigorosos: não aceitariam nomear deuses/demônios gregos, mas compreenderiam a imagem de monstros do céu porque já tinham suas próprias referências bíblicas (ex.: as visões de Daniel, os gafanhotos demoníacos de Joel, ou Leviatã em Isaías).

  • Judeus helenizados: poderiam sobrepor as imagens da mitologia grega (Phobetor e os Oneiroi alados) às expectativas apocalípticas judaicas — interpretando que os monstros citados por Jesus seriam como os demônios alados que já conheciam das histórias gregas.

Conclusão

A visão helenizada afetava de forma desigual:

  • Para judeus mais tradicionais, “φόβητρα” era apenas aparições aterrorizantes enviadas por Deus como juízo.

  • Para judeus helenizados e gentios, a palavra podia evocar Phobetor e os monstros alados/serpenteantes da tradição grega.
    Isso amplia o poder da profecia de Jesus: cada público entendia dentro do seu imaginário, mas todos concluíam que o fim viria com aparições monstruosas vindas do céu.

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