Microfone aberto em Pequim expõe diálogo sobre transplantes de órgãos e longevidade
Na quarta-feira, 3 de setembro de 2025, o mundo foi surpreendido por uma cena insólita. Durante o desfile militar em Pequim, transmitido pela TV estatal chinesa, um microfone aberto captou uma conversa reservada entre os presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Xi Jinping (China). Ao lado deles, caminhava Kim Jong-un, da Coreia do Norte, em plena Praça da Paz Celestial, sob os holofotes da imprensa internacional.
O que se ouviu não foi sobre política imediata, guerra ou economia, mas sim sobre imortalidade e transplantes de órgãos. O tradutor de Putin deixou escapar:
“A biotecnologia está em constante desenvolvimento. Órgãos humanos podem ser continuamente transplantados. Quanto mais você vive, mais jovem você fica e pode até alcançar a imortalidade.”
Xi respondeu em mandarim:
“Alguns preveem que, neste século, os seres humanos poderão viver até 150 anos.”
https://www.youtube.com/shorts/cSDE_fh0fOY
Putin, mais tarde, confirmou a jornalistas que, de fato, tratava com Xi sobre “um aumento significativo da expectativa de vida humana” graças às inovações médicas.
Expectativa de vida: até onde podemos chegar?
O tema não é novo. Cientistas como João Pedro de Magalhães (Universidade de Birmingham) e David Sinclair (Harvard) defendem que os avanços em genética, biotecnologia, rejuvenescimento celular e órgãos cultivados em laboratório podem ampliar o limite humano atual — oficialmente de 122 anos — para algo próximo a 150 anos.
Historicamente, a expectativa média de vida já cresceu bastante. No Brasil, em 1925, era de apenas 35 a 40 anos. Em 2025, chega a 76,4 anos, graças a saneamento, antibióticos, vacinas e tratamentos cardiovasculares.
Mas falar em imortalidade ainda soa mais como especulação política do que realidade científica.
Entre linhas: uma indireta a Donald Trump?
Aqui surge a pergunta que dominou os bastidores diplomáticos: teria a conversa sido apenas uma reflexão filosófica ou uma mensagem velada?
Fontes ligadas à imprensa americana apontam que o presidente Donald Trump estaria enfrentando sérios problemas de saúde em meio às disputas judiciais e ao retorno à cena eleitoral nos EUA. Rumores de fragilidade física circulam nos corredores de Washington, ainda sem confirmação oficial.
Nesse contexto, Putin e Xi falarem abertamente — e em frente às câmeras — sobre viver até 150 anos ou mesmo alcançar a imortalidade soa, para alguns analistas, como um recado indireto:
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Uma provocação ao Ocidente, onde o possível retorno de Trump é visto como ameaça.
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Uma forma de projetar a imagem de vitalidade e longevidade dos líderes autoritários, contrapondo-se à fragilidade de um rival político americano.
Geopolítica da longevidade
A escolha do momento também não foi casual. O desfile do “Dia da Vitória” reuniu, em Pequim, líderes de países que se colocam como alternativa à ordem mundial liderada pelos EUA. Além de Putin e Kim, Xi recebeu figuras como o presidente iraniano Masoud Pezeshkian. A mensagem de resistência ao Ocidente foi clara.
Ao discutir biotecnologia, transplantes e imortalidade, Xi e Putin não falavam apenas de ciência. Eles reafirmavam a ideia de que sua permanência no poder é indefinida e inevitável, em contraste com democracias ocidentais onde líderes são transitórios.
Conclusão: ciência ou política?
De um lado, a ciência confirma que estamos, sim, diante de uma revolução da longevidade — mas nada que justifique a palavra “imortalidade”.
De outro, a política mostra que cada gesto de Putin e Xi é carregado de simbolismo. A conversa captada ao vivo pode ter sido espontânea, mas também pode ter sido um recado cuidadosamente ensaiado, sugerindo que seus regimes se projetam para durar séculos, enquanto os líderes ocidentais, envelhecidos e fragilizados, teriam seus dias contados.
Pergunta ao leitor: Você acredita que essa conversa foi apenas um devaneio sobre o futuro da medicina ou um recado político a Trump e ao Ocidente?