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Os autores do livro A Trindade insistem que o livro bíblico Apocalipse "oferece evidências da plena divindade de Cristo..." Quer saber o que pensamos disto?

Os autores acima referidos estão cobertos de razão em relação à divindade de Cristo! O livro de Apocalipse é claro e preciso ao apresentar Jesus Cristo como Filho de Deus e por conseqüência, plenamente divino e merecedor de adoração.

Que Nosso Senhor é plenamente divino, concordamos em gênero, número e grau com os doutores da Andrews University; só não podemos concordar quando os doutores propõem que o Pai e o Filho, sejam uma única e a mesma pessoa.

"Não parece óbvio que João se sente confortável ao falar-nos que Cristo, nosso sumo sacerdote, é ninguém menos que o Senhor (YHWH, Yahweh ou Jeová) citado pelo profeta Isaías no Antigo Testamento?" A Trindade, pág. 31.

Para que o Pai e o Filho fossem ao mesmo tempo o Deus Jeová do Antigo Testamento, precisariam Eles estar de alguma maneira unidos formando uma única pessoa.

A pretensa identidade única (Deus Jeová) do Pai e do Filho que é proposta no livro A Trindade, em momento algum está presente no livro de Apocalipse.

O que se apresenta no Apocalipse, pelo contrário, é uma clara distinção entre a pessoa do Pai e de seu Filho Jesus.

"E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raíz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos. (...) E veio, e tomou o livro da destra do que estava assentado sobre o trono." Apocalipse 5:5,7.

Não há dúvidas que o Pai e o Filho são pessoas distintas em todos os sentidos. Elas, as pessoas do Pai e do Filho, em momento algum estão unidas formando uma única pessoa. A união que existe entre o Pai e o Filho é de natureza completamente diferente daquela que é proposta pelos defensores da Doutrina da Trindade.

Não existe um único Deus formado pela união de duas pessoas distintas, o Pai e o Filho, simplesmente porque a união dos dois não faz surgir uma nova pessoa.

O Dom Profético afirma que a união entre os seres divinos é de mente, desígnio e caráter apenas.

"A unidade que existe entre Cristo e seus discípulos, não anula a personalidade de nenhum. São um em desígnio, mente, em caráter, mas não em pessoa. É assim que Deus e Cristo são um." A Ciência do Bom Viver, pág. 422.

Posto que a união entre o Pai e o Filho não os torna uma única pessoa (Deus), a definição trinitária de Deus, está completamente errada.

O primeiro verso do livro de Apocalipse já se coloca eloqüentemente contrário à definição de Deus que é feita pelos trinitarianos.

"Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo." Apocalipse 1:1.

A revelação é de Deus e o Deus que revela só pode ser o Pai. O Deus que revela não é um Deus triúno, pois se o fosse, Cristo não apareceria como tendo recebido a mensagem de Deus, sendo que Ele próprio é Deus ou faz parte de Deus.

Os que estão apegados à Doutrina da Trindade não se preocupam em procurar entender as Escrituras como um todo coeso que revela as verdades de Deus. Simplesmente estão procurando isolar textos do contexto geral e com essa metodologia espúria, falsear as verdades do Pai e do Filho.

Quando o Filho de Deus atribui a Si mesmo as expressões: Alfa e Ômega, Princípio e Fim, Primeiro e Último, apressadamente e tendenciosamente concluem os trinitarianos que Ele os utiliza porque Deus é uma trindade e Ele, como parte da trindade, os pode usar com toda propriedade.

Os doutores da Andrews não conseguem ver que quando Cristo reivindica para si as expressões: primeiro e último, princípio e fim, alfa e ômega, Ele o faz dentro de sua condição de Filho de Deus.

Cristo é o primeiro e o último Filho de Deus, o princípio (originador) de toda a criação e o sentido de e para toda a criação, o alfa e o ômega que revela toda a grandiosidade do Pai.

Quando o Pai se utiliza das mesmas expressões, Ele o faz dentro de sua condição de Todo Poderoso, Gerador da vida nunca gerado, Origem sem origem, Princípio sem princípio.

O livro de Apocalipse em momento algum indica a possibilidade da existência de uma pessoa de "única identidade mas de múltipla personalidade".

O que o livro de Apocalipse claramente apresenta é a existência de duas pessoas divinas com identidades e personalidades diferentes entre si.

O que o livro de Apocalipse mostra é que existe um Deus Todo Poderoso (o Pai), e seu Filho Jesus, leão da tribo de Judá que venceu e nos resgatou para Deus, seu Pai.

Também nos escritos do Dom Profético não há indicação da existência de uma pessoa de "única identidade e múltipla personalidade".

O que também o Espírito de Profecia nos mostra é a presença de dois seres pessoais e completamente distintos. Um não mantém nenhum tipo de união com o outro que não seja de propósito, objetivo e pensamento.

Estão tão separados um em relação ao outro, que os veremos pessoalmente e individualmente.

"Nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso." Apocalipse 21:22. "O povo de Deus tem o privilégio de entreter franca comunhão com o Pai e o Filho." Agora vemos por espelho em enigma." I Coríntios 13:12." Contemplamos a imagem de Deus refletida como em espelho, nas obras da natureza e em seu trato com os homens; mas então O conheceremos face a face, sem um véu obscurecedor de permeio. Estaremos em Sua presença, e contemplaremos a glória do Seu rosto."  O Conflito dos Séculos, pág. 682-683.

Tentar usar o livro de Apocalipse para demonstrar a provável existência de um Deus triúno, é cair no erro que o próprio livro nos adverte para que não caiamos.

"...se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro." Apocalipse 22:18,19.

Os salvos verão no céu a face do Pai e a face de seu Filho Jesus. Eles existem como pessoas de identidade individual única e personalidade individual única. Jamais os salvos verão um Deus Triúno com "única identidade e múltipla personalidade", simplesmente porque este Deus, o Deus dos trinitarianos, não existe. Elpídio da Cruz Silva, adventista há mais de 20 anos. [Edição: Robson Ramos.]

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