O Altíssimo, o Deus Que Nunca Foi Visto - Parte 7 Textos Anteriores A Palavra dos discípulos Em todo o Novo Testamento a palavra Deus é empregada cerca de 1.354 vezes. Destas, somente 8 são aplicadas diretamente a Jesus, e com possíveis explicações para cada uma delas. E nem todas as traduções são unânimes nesses versos. Agora, num universo de 1.346 restantes, 99% afirmam que o único Deus é a pessoa do Pai, qual a razão da insistência de alguns em querer tornar a Jesus um Deus semelhante ao Pai? Muito rapidamente vamos citar cinco pessoas que conviveram com Jesus e o que elas declaram a esse respeito:
1)
João – O discípulo
amado:
2)
Paulo – O Apóstolo dos gentios:
3)
Tiago – O irmão do
Senhor Jesus:
4)
Pedro – O líder dos
discípulos: 5) Judas – O irmão de Tiago, irmão de Jesus: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, queridos em Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo...Ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amem.” Judas 1 e 25. Nos versos acima tivemos as palavras de: Jesus, do discípulo João, os dois irmãos de Jesus – Tiago e Judas; Pedro, o líder dos discípulos e o apóstolo S.Paulo. Todos afirmando que só há um Deus e Este é a pessoa do Pai, o qual nunca foi visto. Deus não é uma roupa ou indumentária que Ele pode deixar de lado e tomá-la de volta quando a quiser. Deus não é simplesmente um atributo, um nome, título ou razão social que pode ser descartada e retomada outra vez. Assim, não podemos afirmar que Jesus deixou de ser Deus por alguns instantes, tornou-se ser humano de carne, osso e sangue como nós e depois voltou a ser Deus novamente, como se simplesmente Ele tivesse tirado a “roupa de Deus” e depois a colocado de novo.
Lúcifer, na jogada Como os trinitarianos não crêem nos testemunhos desses humanos, talvez, com o testemunho de alguém que reside ou que residiu no Céu, eles possam acreditar. No início do artigo anterior onde falamos de Lúcifer, que conviveu com Jesus no Céu e que durante o ministério messiânico na terra, jamais o chamou de Deus. A postura de Lúcifer foi: “Se Tu és o Filho de Deus...”, veja que ele trata a Jesus como o Filho do Altíssimo. Isso é, era intenção dele levar Jesus a duvidar de quem era. Lúcifer jamais afirmou, ou deu a entender, que Jesus é tão Deus quanto o Pai. Ficou mais que provado que o Jesus é apenas o filho do Altíssimo; e não mais um “Deus” igual ao Altíssimo. Uma das missões de Jesus era libertar os cativos dos poderes de Satanás e seus anjos. Esses seres (não sabemos por quanto tempo), tiveram o privilégio de conviver com o Pai e o Filho. Eles participaram das glórias celestial, mas não conservaram a sua pureza e, juntamente com seu líder maior, Lúcifer, foram expulsos do Céu e a Bíblia diz que eles foram expulsos para a terra. Veja: “Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele. Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite... Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Mas ai da terra e do mar! porque o Diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta”. Apoc.12:8-10,12. Observe, querido leitor, que Satanás foi expulso diretamente para a Terra. Existe uma escritora cristã que diz que antes de vir para a Terra, Lúcifer ficou vagando pelo universo tentando outros mundos, mas nenhum caiu em seus enganos. Cuidado, isso não é bíblico! S.Pedro diz: Porque se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservado para o juízo”. II S.Ped.2:5. Esses anjos que pecaram foram lançados no inferno (tártaro, que foi traduzido da palavra hebraica Sheol = que significa lugar de punição e não um lugar queimando eternamente, como o conceito popular o diz). Isso é, segundo o Apocalipse esses anjos foram lançados na terra e, segundo o apóstolo Pedro, eles foram reservado as trevas. Quando folheamos a Bíblia ela nos diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Gên.1:1 e 2. Os estudiosos afirmam que entre os dois primeiros versos e o terceiro há um intervalo de tempo que não temos a menor idéia de quanto o foi. O que nos interessa é que antes da terra receber toda “inspiração de Deus” na sua formação, ela era sem forma, vazia, havia trevas e um enorme abismo. O interessante que a palavra Sheol significa abismo, também. Se ligarmos uma coisa a outra, isto é, o Apocalipse e II S.Pedro com o Gênesis iremos descobrir que esses seres ficaram por muito tempo presos nas trevas. Depois, quando o Criador deu forma e vida a nossa Terra, eles foram liberados das trevas, mas não do juízo. Por outro lado, esses seres se encontram em profundas trevas espirituais; pois estão longe da fonte da luz, que é o Pai.
Os demônios sabem quem é Jesus Bem, esses seres passaram a conviver com os humanos e tentaram, ao máximo, atrapalhar o plano de Deus para com a humanidade. Quando Jesus esteve na terra como humano, eles tinham feito milhares de criaturas de Deus vítimas de seus enganos, incluindo o aprisionamento espiritual. Uma das missões de Jesus foi libertar os cativos de Satanás. Repetindo uma profecia de Isaías, afirmou Jesus: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR”. S.Luc.4:18 e 19. Por diversas vezes encontramos Jesus e os discípulos tendo que fazer exorcismo. O que chama a nossa atenção nesses incidentes, especialmente os que envolviam diretamente a pessoa de Jesus, era a forma como esses seres, que viveram nos Céus, conheciam muito bem ao Pai e ao Filho. Assim, eles sabiam muito bem diferenciar um do outro. Portanto, eles sabiam quem era O Deus Único e Verdadeiro. Gostaria de chamar atenção dos amigos trinitarianos, especialmente para esse ponto: se Jesus fosse de fato Deus tanto quanto o Pai o é, como esses seres O teriam tratado, não seria de “outro Altíssimo”? Algum trinitariano poderia mostrar pelo menos uma só passagem bíblica onde esses seres excluídos dos Céus chamam a Jesus de Deus? Ou o tratam como Deus? Os discípulos, aqueles que foram testemunhas oculares de muitos dos milagres de Jesus, incluindo a libertação de pessoas das possessões demoníacas, em nenhum momento registram esses seres reverenciando a Jesus como se fosse um Deus. Lucas, o médico de Paulo, teve o privilégio de ouvir os relatos diretamente dos discípulos de Jesus e Marcos, o sobrinho de Paulo, também. Assim, vejamos alguns dos casos relatados por eles mesmos:
2) Que temos nós contigo, Jesus, nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus. S.Mc.1:24; 3) “E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes. Pois Jesus lhe dizia: Sai desse homem, espírito imundo. E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu-lhe ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. S.Mc.5:7-9. 4) “Quando ele viu a Jesus, gritou, prostrou-se diante dele, e com grande voz exclamou: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes. S.Luc.8:28 Você deve ter notado, prezado leitor, que esses excluídos da eternidade tratam o Cristo tão somente de: Jesus, Filho do Deus Altíssimo; o Santo de Deus. Caso esses demônios estivessem ante a mais um Poderoso Deus, você acha que eles teriam tratado a Jesus simplesmente como O Filho do Deus Altíssimo? E mais, eles chamam a Jesus de O Santo de Deus. O santo aqui é aquele que foi separado para os propósitos de Deus, o Pai. Eles não negam a filiação de Jesus ao Pai, mas o distingue em hierarquia: O Santo de Deus; e não o Santo Deus. Bem, mas os amigos trinitarianos podem dizer: não aceitamos os testemunhos de seres excluídos dos Céus, por serem mentirosos e causadores de todos os males entre os seres humanos. Muito bem, então, vamos procurar um testemunho de outro ser que não foi expulso do Céu.
É a vez de Miguel O livro do Apocalipse revela uma grande batalha que houve no Céu, numa época e dimensão que não temos a menor idéia de quando foi. Porém, o apóstolo João descreve o seguinte: Então houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam”. Apoc.12:7. Os Adventistas do Sétimo Dia são unânimes em afirmar que Miguel é o nome de Jesus antes de vir a Terra. O verso afirma que Miguel liderou a expulsão de Lúcifer e todos os anjos rebelados, do céu. Logo, essa figura majestosa e poderosa comandava um grupo de anjos de excelso poder. Como foi essa batalha? Não sabemos! Quanto tempo durou? Não temos a menor idéia! Porém, uma coisa é certa, este Miguel conhece profundamente a pessoa de Lúcifer e seus anjos e vice-versa. Judas, o irmão do Senhor Jesus, muito antes de João mencionar a Miguel, ele afirma em sua pequena carta o seguinte: Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda. Judas 1:9. Querido leitor, veja qual o grau de hierarquia de Miguel nas cortes celestiais: Arcanjo. Judas afirma que quando houve a batalha pelo corpo de Moisés, Miguel disse: “...O Senhor te repreenda”. Ora, se Miguel é Jesus e se Jesus é Deus em igualdade e semelhante ao Pai, qual a razão dele mesmo não ter repreendido a Lúcifer? Com isso, podemos concluir que Miguel reconhece que há um Senhor mais poderoso que Ele. E quem é essa pessoa? É óbvio que a pessoa do Pai, o Deus único e verdadeiro – O Altíssimo. Será que Satanás seria tão ousado assim na presença do Todo-Poderoso? Creio que não. Pelo contrário, se fosse de fato a Pessoa do Deus Todo-Poderoso, Lúcifer não teria nem ousado a se aproximar do corpo de Moisés, muito menos discutir ou disputar o corpo dele com o Poderoso Deus. O que vemos aqui são dois seres hierarquicamente posicionados: O Arcanjo Miguel e o Querubim Lúcifer, ambos disputando o corpo de Moisés. Um representando o reino da luz e o outro o das trevas.
O testemunho de Gabriel Certa vez, o Anjo Gabriel se encontrava numa feroz batalha e, quase não dando conta do recado, foi preciso a intervenção de Miguel. Veja o que ele mesmo relata ao profeta Daniel. “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia”. Dan.10:13 Você deve ter observado que Gabriel chama a Jesus de: Miguel, um dos primeiros príncipes. Ora, Jesus não é Deus? Então, porque chamá-lo tão somente de príncipe? Qual a diferença entre o Deus e um príncipe? Na linguagem hebraica príncipe tem a mesma conotação que capitão ou comandante. Gabriel afirma que Miguel é um dos primeiros príncipes. Bem, se ele é um dos primeiros, é porque há um segundo, um terceiro e sei lá quantos príncipes há nas cortes celestiais; e isso pouco interessa. O que chama nossa atenção é que Miguel é um príncipe, e não mais um Deus, e isso basta. Outro detalhe importante é quando Gabriel afirma: “...e eu o deixei ali com os reis da Pérsia”. Gabriel não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo, por isso, não podia atender a Daniel e nem combater o rei da Pérsia, daí a necessidade do auxílio de Miguel. Todavia, a expressão que ele usa é: “...eu o deixei ali com os reis da Pérsia”. Bem, se Miguel ficou lá, combatendo no lugar de Gabriel, isso significa que o próprio Miguel não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo, da mesma forma como Gabriel. Assim, Gabriel e Miguel não são oniscientes; atributo que pertence somente ao Único e Soberano Deus, O Altíssimo. E um outro detalhe mais intrigante ainda é quando ele diz: “...e eu o deixei ali...”. Afinal, quem recebe ordem de quem? O que dar a entender é que Gabriel disse ao Príncipe Miguel: “por favor, Miguel, fique aqui enquanto eu vou atender a solicitação de Daniel, pois saiu a ordem para eu dirimir as suas dúvidas”. Caso Jesus fosse Deus igual ao Pai como Gabriel teria se dirigido a Ele? Veja como os anjos se comportam na presença do Altíssimo:
Querido leitor, deu para você ver a diferença no tratamento entre a pessoa do Deus Altíssimo, o Todo-Poderoso, para a pessoa de Seu Filho Jesus? Sem dúvida você deve ter notado a gritante diferença como os seres angelicais tratam O Altíssimo e a Jesus. Poderíamos continuar tecendo outros comentários a respeito de Miguel, O Príncipe, e não Miguel, o Deus igual ao Pai. Mas cremos que, por enquanto, isso basta. O que observamos aqui, caro leitor, são dois seres celestiais: o Anjo Gabriel e Arcanjo Miguel. Gabriel conhece muito bem a pessoa de Miguel e jamais o confundiria ou O trataria simplesmente como mais um príncipe entre muitos outros existentes nos céus, caso Miguel fosse, de fato, Deus em essência igual ao Pai. Mas aguarde o próximo artigo. Até breve.Obs. Se você mora em Sorocaba e região e gostaria de saber mais sobre este e outros assuntos. Entre em contato comigo. Terei um imenso prazer em lhe revelar, através do estudo da Bíblia, um Deus maravilhoso, que tem profundo interessa em derramar em sua vida não somente o Seu eterno e sublime amor, mas faze-lo conhecer a Sua real vontade. Entre em contato comigo pelo e-mail logo abaixo. E grato por estar acompanhando este tema. Que Deus te abençoe. -- Pr. Lindenberg Vasconcelos. -- pastorlindenberg@yahoo.com.br
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