Paixão pela Terceira Pessoa da Trindade Deixa Pastor Cego
Não sei se o evangelista da Associação Sul-Paranaense, pastor Ari Celso Cidral, costuma preparar esboços de seus sermões. Mas, se teve bons professores de Homilética e Oratória, como o Dr. Horne P. Silva do antigo IAE, acredito que antes de pregar o sermão deste domingo à noite na Igreja Adventista do 7º Dia, central de Campo Grande, MS, deve ter preparado alguma coisa estruturalmente semelhante ao esquema que se segue, destacado com letras azuis. Cidral faltou, porém, com certeza à aula em que ensinaram que sermões expositivos correspondem muito mais ao ideal da pregação, que é exaltar a Palavra de Deus, do que sermões temáticos, que tendem a ser como uma mera colcha de retalhos, na qual a Palavra de Deus é substituída por doutrinas de homens, que reúnem textos isolados, sem nenhum respeito ao contexto e às regras de hermenêutica, apenas para tentar dar legitimidade ao que pretendem dizer, como se aquilo que apresentam se tornasse Mensagem Divina apenas por citarem a Bíblia. Com isto em mente, analisemos esta obra-prima na distorção da verdade acerca do Espírito de Deus: 4 Provas e 4 Símbolos da Pessoa do Espírito Santo
Como você pode ver, o sermão iniciou-se com uma inverdade contra irmãos de Curitiba, PR, pois é mentira que eles não crêem no Espírito Santo ou o estejam rejeitando e expulsando de sua vida. Os irmãos a que ele se refere como portadores de "uma doença", simplesmente não crêem que o Espírito Santo seja uma terceira pessoa divina, integrante de uma suposta Trindade. E eles assim o fazem por certificarem-se de que esse não é um ensino bíblico. Crêem, sim, na existência do Espírito Santo, como o poder infinito dAquele que é Todo-Poderoso, o qual nos criou e salvou através de Seu Filho unigênito. E acreditam também que é esse poder sobrenatural que atua na mente do pecador, atraindo-o para Deus e levando-o a aceitar o sacrifício de Jesus Cristo na cruz e Sua mediação no santuário celestial. Estão certos de que, mediante esse mesmo poder, Deus, o Pai, habilita-nos a resistir às tentações e fazer a Sua vontade, além de capacitar-nos para o testemunho. Sabem também que foi pela inspiração do Espírito Santo que a Bíblia foi escrita. Portanto, o que o pastor disse sobre esses irmãos de Curitiba é uma mentira. João 8:44 afirma que o mentiroso é filho do diabo: "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira." O livro do Apocalipse coloca os mentirosos em péssima companhia e adverte que, caso não se arrependam, serão condenados à destruição: "Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte." Apocalipse 21:8. "Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro." Apocalipse 21:27. "Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira." Apocalipse 22:15. Por outro lado, ao delinear o perfil dos que integrarão o seleto grupo dos 144 mil, o apóstolo João afirma: "São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula." Apocalipse 14:4 u.p. e 5. Esse mesmo pastor, em ocasião anterior (15/02/03), um sábado em que esteve pregando na IASD do Capão da Imbuia, em Curitiba, referiu-se a "essa turma que não acredita no Espírito Santo", dizendo: "Irmãos, ah! se eu pegasse alguns deles! Como gostaria de pegá-los. Eles não passaram por aqui?" Então, a Igreja respondeu: Não! E ele continuou: "Quando chegar alguém deles por aqui, irmão, passa veneno neles, extermine-os, expulse-os." (Para mais detalhes sobre o caso, clique aqui.) Numa situação semelhante, em que os discípulos propuseram fazer descer fogo do céu para consumir samaritanos que não quiseram receber a Jesus, o Filho de Deus lhes disse: "Vós não sabeis de que espírito sois" (Lucas 9:55). Portanto, com toda a certeza, essa sugestão de envenenar, expulsar e exterminar os que não crêem no Espírito Santo como uma pessoa, não foi um conselho de um pastor que tivesse o Espírito de Cristo. "E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." Romanos 8:9.
Final infeliz Se começou assim, desacreditando e descredibilizando logo de início o pregador, imagine como avaliaremos a incrível experiência sobrenatural, usada para concluir o sermão em clima emocional!? Pode você acreditar que o Espírito Santo, em pessoa, tenha dito a alguém para vender seus cigarros a terceiros e, ainda por cima, com preço superfaturado? O vício que não serve para um, também é prejudicial para qualquer outro. Jamais a Divindade estimularia qualquer ser humano a explorar a fraqueza do próximo, cobrando muito mais que o valor de um determinado produto que, para piorar, é nocivo à saúde! E mais: Deus não aceita também que pais de família imponham suas decisões espirituais a terceiros, ainda que estes sejam sua esposa e filhos. Falemos agora das chamadas "provas", que nada provam, e dos "símbolos", que não simbolizam a pessoa, mas sim o poder, chamado Espírito Santo.
1ª "Prova": Efésios 4:30
O texto é muito claro para ser tão distorcido a ponto de o pastor Cidral pretender que essa afirmação acerca da possibilidade de o Espírito de Deus ser entristecido, constitua uma prova de que seja uma pessoa separada e diferente do próprio Deus e de Seu Filho, integrante de uma Trindade de coiguais e coeternos. Nesse trecho de sua carta aos Efésios, Paulo afirma implicitamente apenas que o Espírito de Deus é como um selo, ou marca de propriedade divina, colocada por Deus em nós como uma garantia de que seremos por Ele redimidos. Não fala de um Deus Espírito, mas do Espírito de Deus. Refere-se à essa energia revificadora e todo-poderosa, que nos faz novas criaturas em Cristo Jesus, a divina e misteriosa influência, que realiza em nossa mente uma espécie de novo nascimento, como se Deus invisivelmente soprasse outra vez seu fôlego de vida em nossas narinas como fez com Adão, libertando nossa vontade da escravidão do pecado e possibilitando-nos nova vida, pela contínua comunhão com o Céu, através de Cristo Jesus. A carta aos Efésios contém vários outros textos que descartam a idéia de que Deus seja uma Trindade. Por isso, dissemos ao início que regras de hermenêutica, como o respeito ao contexto, foram desconsideradas e que o pastor tentou empurrar-nos sua própria (in)compreensão do assunto como se fosse Mensagem divina. Essas passagens demonstram também o grau de cegueira causada pelo apego e defesa irracional e apaixonado de uma crença não-bíblica, a ponto de tantos outros textos contidos na mesma epístola serem desconsiderados.
5. Efésios 3:5 confirma que esse espírito de sabedoria e revelação acerca de Cristo, que é concedido pelo Deus e Pai de Jesus Cristo, é o Espírito Santo: "O qual [Cristo], em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito." 6. Paulo não orava a uma Trindade, mas unicamente ao Pai, a quem solicitava não o auxílio de um terceiro Deus, mas o poder interior de Seu Espírito Santo, o qual nos possibilita viver como Jesus viveu, pois desenvolve em nós a mentalidade de Cristo, como se, pela fé, tivéssemos Ele próprio vivendo em nosso interior: "Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor." Efésios 3:14-17. 7. Paulo afirma claramente que o Espírito Santo é o poder do Todo-poderoso, que opera em nós: "Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!" Efésios 3:20-21. 8. Paulo diz que esse poder, o Espírito de Deus, que habita em cada crente é um só e que, portanto, o corpo da Igreja deve manter-se unido por esse vínculo. Afirma ainda que não há três ou mesmo dois senhores co-iguais, mas apenas um, a quem nos devemos submeter, Jesus Cristo. E para que não haja dúvidas, repete que apenas o Pai é Deus, soberano do Universo: "Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos." Efésios 4:4-6. 9. Paulo esclarece que os chamados "dons espirituais", como capacitação especial para a realização de tarefas espirituais, procedem do Pai, através de Seu Filho: "E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas. E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo." Efésios 4:7-12. 10. Paulo ensina o que devemos fazer para nos encher com o Espírito de Deus: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, [1] falando entre vós com salmos, [2] entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, [3] dando sempre graças por tudo [A Quem?] a nosso Deus e Pai, [Em nome de Quem?] em nome de nosso Senhor Jesus Cristo." Efésios 5:18-20. Onde está, pois, a Trindade em Efésios, pastor Cidral? 11. "Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo." Efésios 5:24-25.
2ª "Prova": Tiago 4:5 "Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?" Esse texto foi citado numa versão que, segundo a ginástica interpretativa do pastor Cidral, queria dizer que o Espírito Santo seria a terceira pessoa da Trindade, responsável pelo cuidado de todos nós na atualidade. Nada disso, porém, é dito no texto e há controvérsia quanto a seu real significado, o que é atestado pelas diferentes versões dadas ao versículo:
Confira também esta nota adicional da Bíblia de Jerusalém sobre o versículo, a qual confirma o que já dissemos sobre o Espírito ser uma centelha do poder e da mentalidade divina posta em nosso interior:
Acrescentem-se ainda estas duas provas reais (mais que evidências!) e contextuais da inexistência de uma Trindade, composta por três pessoas ou deuses coiguais e coeternos, encontradas na epístola de Tiago: 1. A saudação inicial de Tiago diferencia a pessoa de Deus da pessoa do Senhor Jesus Cristo e refere-se apenas aos dois: "Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações." Tiago 1:1. 2. Tiago diz que aquele que crê que Deus é um só, está agindo bem. E que até os demônios reconhecem essa verdade, acerca da singularidade de Deus, o Pai: "Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem." Tiago 2:19. A superioridade e soberania de Deus, o Pai, que faz com que até os demônios tremam, não incutem respeito nem sequer reverência e submissão nos pastores adventistas, que se julgam em condição de redefinir a divindade, de um modo que julgam ser melhor que o adotado pelos escritores bíblicos.
3ª e 4ª "Provas" "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós." João 14:16-17. Esse e outros versículos do capítulo 14 do Evangelho de João já foram analisados aqui no site em ocasiões recentes. Por isso, cremos não ser necessário repetir todos os argumentos já incluídos no debate. Basta que você consulte, apenas como exemplo, estes links abaixo para compreender a linguagem figurada utilizada por Cristo para descrever o modo como atuaria EM Seus discípulos após a ascensão:
Caso, por alguma razão, esteja lendo este texto impresso em papel e não tenha acesso aos textos linkados acima, observe com atenção o contexto de onde a citação bíblica foi retirada: 1. Logo no início do capítulo 14, Jesus distingue a confiança em Deus, o Pai, da fé nEle como Seu Filho, referindo-se ao Céu como a casa de Seu Pai e não de uma Trindade: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também." João 14:1-3. 2. Numa Trindade representada triangularmente, existiriam sempre dois caminhos entre um deus e outro. Estando, porém, esses deuses em um mesmo patamar ou linha horizontal de igualdade, não seria necessário caminho algum, pois qualquer um deles poderia ser acessado diretamente, como propõem os pastores que agora nos ensinam a orar diretamente ao Espírito Santo, sem a mediação de Jesus Cristo. Jesus, porém, que já havia declarado ser menor do que o Pai, posicionando-se assim em linha vertical em direção a Deus, com toda razão afirma ser Ele próprio o único caminho para o Pai, destruindo totalmente o conceito trinitariano acerca da Divindade: "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." João 14:6. 3. Em João 14:16-17, Jesus reforça a idéia de que continuaria sob autoridade do Pai, mesmo após a ressurreição e que deixaria de estar COM Seus discípulos para estar EM Seus discípulos. A vinda do Consolador seria em realidade Seu retorno espiritual para junto dos apóstolos, habitando o interior destes. "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre CONvosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita CONvosco e estará EM vós. Não vos deixarei órfãos, VOLTAREI para vós outros." João 14:16-18. 4. O texto do capítulo 15, citado pelo pastor Cidral, nada diz também em favor da crença em uma Trindade. Pelo contrário, coloca o Espírito Santo, abaixo do Pai e de Cristo, uma vez que afirma que este procede do Pai e é enviado pelo Filho. Descarta ainda qualquer possibilidade de que o verdadeiro Espírito Santo inspire, por exemplo, um sermão acerca de si mesmo, quando diz o Consolador dará apenas testemunho de Cristo. "Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim." João 15:26.
Símbolos que Não Simbolizam Quando falou do vento, da água, do fogo e do azeite, como símbolos do Espírito, embora se referisse a este como uma pessoa, conseguiu apenas reforçar o pensamento anti-trinitariano, uma vez que a maior tempo falou dele como "o poder de Deus", lembrando-se apenas em alguns momentos de corrigir-se e referenciá-lo como "a pessoa do Espírito Santo".
Em Ezequiel 37:1-14, Deus mesmo esclarece que fala de Seu próprio Espírito e não de uma terceira pessoa divina:
Em João 4:9-15, Jesus apresenta o Espírito Santo, representado pela "água viva", como "o dom de Deus" e a Si mesmo como o Messias, enviado por Deus:
Logo nos versos seguintes, Jesus afirma que o conceito monoteísta absoluto dos judeus acerca Deus era correto, inclui-Se como adorador do Deus verdadeiro e afirma que os verdadeiros adoradores "adorarão o Pai" (não à Trindade) e que "o Pai" (não uma Trindade) procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade:
Não há texto bíblico mais claro, porém, acerca deste tema do que a declaração do próprio Filho de Deus, encontrada em João 17:3: "E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste."
Atos 2:1-3 NÃO descreve o derramamento do Espírito SAnto no Pentecostes como a chegada de um terceiro Deus ao mundo, mesmo assim foi citado pelo pastor Cidral como base pra simbolismo da suposta terceira pessoal da Trindade como "fogo":
Ora, caso se tratasse realmente da chegada de um ser que é tido como o substituto de Cristo por pastores adventistas e padres católicos, a descrição apostólica do evento não teria se dado dessa forma, supostamente alegórica, em que nenhuma referência direta é feita a uma tal terceira pessoa. A manifestação não teria sido também localizada e restrita à casa onde estavam assentados, pois a vinda de um Deus onipresente, como dizem ser o Espírito Santo, teria de encher toda a Terra e ser percebida por todo ouvido. O apóstolo Pedro ao explicar esse fenômeno sobrenatural ocorrido no dia de Pentecostes, descreve-o como cumprimento da promessa feita por Deus, o Pai, em Joel 2:28-29. E acrescenta que, ao ser exaltado, Jesus Cristo teria recebido de Deus a promessa do Espírito Santo e, então, teria derramado "ISTO que vedes e ouvis". Não há qualquer reverência a uma terceira pessoa divina sendo enviada ao planeta para substituir a Jesus:
Considere também estas outras revelações acerca da Divindade e do Espírito Santo, encontradas no primeiro capítulo do livro de Atos, versículos 4 a 8: 1. Jesus se referia ao Espírito Santo como promessa do Pai, proferida por Ele (Jesus). 2. Jesus admitia existir assuntos reservados pelo Pai à Sua "exclusiva autoridade". 3. Jesus disse aos apóstolos que eles receberiam PODER (e não uma terceira pessoa da Trindade) ao descer sobre eles o Espírito Santo.
Como o batismo com água, de João Batista, representava apenas uma lavagem ou purificação exterior, o batismo COM o Espírito Santo seria superior, uma vez que os transformaria interiormente, capacitando os apóstolos a serem testemunhas do amor de Deus, o Pai, revelado por Seu Filho Unigênito. É isto que o livro de Atos ensina, pastor Cidral. Não há nele qualquer margem para a defesa de uma suposta triunidade de Deus.
A conhecida parábola das dez virgens, registrada em Mateus 25:1-13, nada também ensina acerca do Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, nem mesmo há qualquer referência, comparando o Espírito Santo ao azeite para as lamparinas, embora possamos fazer essa aplicação. Mas o ensinamento básico da parábola, no contexto em que esta se encontra, é que devemos estar preparados para uma demora um pouco mais prolongada até o estabelecimento do reino dos Céus neste mundo:
Conclusão Como já dissemos, as evidentes distorções de textos bíblicos apresentadas pelo pastor Cidral como "verdade bíblica", só confirmam sua voluntária cegueira para com outros textos existentes nos mesmos livros bíblicos que citou em seu sermão. E o pior tipo de cego é exatamente este, aquele que não quer ver! Tem condições de fazê-lo, mas se recusa e enxergar. O pior é que esse seu posicionamento não é um caso isolado, mas representa o da grande maioria dos pastores adventistas. Cegos guias de cegos! Deve ter sido com tristeza que a Sra. White escreveu que a manifestação do PODER de Deus nas igrejas adventistas não seria reconhecida nos últimos dias, porque nossos ministros manteriam ou se apegariam a uma posição equivocada acerca do Espírito Santo:
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