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"Prezado Irmão Francisco,..." Deus nos PERMITE JULGAR obras e palavras, próprios e alheios, segundo os critérios das santas letras. Mas julgar o coração ou motivos ("se raivoso ou não o coração?") é competência exclusiva do Eterno, pois só Ele pode conhecer e pode julgar os corações. Apenas o homem na sua soberba se dá a ousadia de julgar os motivos ocultos da alma, e os sentimentos do íntimo do coração. Apenas um homem cogitando que é o Cristo na Terra pode pensar que vê o coração, pensa que vê, pois, na verdade, fala por presunção ou suposição daquilo que desconhece... Censurai obras, palavras segundo as Santa Letras, o coração, porém, deixai para Deus. Ademais, bem sabe Deus como estou feliz e pacífico todos esses dias, Deus sabe que não tenho raiva de ninguém. Se houvesse ira em meu coração contra alguém não seria servo de Deus. "Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus" (Tia. 1:20)... Irmão, espero que exponha de onde retirou as provas cabais para externar este grave juízo! Tenho defendido sempre, paciência com os pecadores, nunca tolerante com o pecado, o pecado deve ser censurado claramente, "chamado pelo seu nome", vigorosamente reprovados, para que pelo sonido certo saiam os fieis a batalha. Não defendo o relativismo moral predominante na tese do "tudo pode" pois não "existe música santa". "Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem ensinam a discernir entre o impuro e o puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles" (Ezequiel 22:26). Repreensão Cristã Lembremos, que a linguagem incisiva e agressiva, forte e firme não é prova que a mensagem provêm de ira, ódio ou raiva, nem é prova que a mensagem é destituída do amor divino, antes pelo contrário, pois Jesus dizia:
Paulo também dizia, para um homem que estava atrapalhando a conversão de um outro: Atos 13:10 -- Ó filho do Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malicia, inimigo de toda a justiça, não deixarás de perverter os caminhos retos do Senhor? Moisés também falava: Deuteronômio 32:6 -- E assim que recompensas ao Senhor, povo louco e insensato? Malaquias, então: Malaquias 2:3 -- E espalharei sobre os vossos rostos o esterco. Isaías, nossa!
Palavras Incompreendidas Qual seria seu conselho a um irmão que hoje falasse palavras semelhantes a essas aos adventistas, que falasse dessa maneira a nós o Israel espiritual? Porventura diria: "Paulo, permita que Deus abrande esse coração raivoso, meu irmão!". Ou então diria "Isaias, dá a impressão que você se considera trigo, quanto perigo!". Ou quem sabe "Moises, você fala como aquele fariseu..." Irmão, em nenhum destes casos os servos de Deus estavam, ainda que pareça, com seus "corações raivosos", nem estavam sendo presunçosos, como aquele fariseu, nem se consideravam melhor que os outros, nem estavam ofendendo os varões denunciados, privando-lhes da reputação, mas sim os homens condenados, nestas citações, é que ofenderam a Deus privando-O da glória devida. Estavam apenas expondo com firmeza e clareza a sã doutrina. E por falarem com firmeza e clareza a verdade foram odiados, difamados, maltratados, presos, torturados e mortos... Logo é normal que o zelo do cristão seja mau compreendido ou muito resistido...Disse Jesus: "O mundo ...me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más." (João 7:7). Todavia, muitos professos adventistas hoje têm tanto desejo de ouvir coisas agradáveis que não suportam mais a sã doutrina. Como está escrito: "porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir COISAS AGRADÁVEIS, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos" (2 Tim. 4:3). Hoje eis as palavra "que dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos COISAS APRAZÍVEIS, e profetizai-nos ilusões." -- Isaías 30:10. Impressões Pessoais Quanto ao irmão, julgas-me segundo impressões pessoais pois dizes: "dá a IMPRESSÃO que você se considera trigo". Quem julga segundo impressões, julga por presunção, "quanto perigo!". IMPRESSÃO é a presunção subjetiva de uma realidade, quando vemos alguém pela primeira vez, podemos ter boa impressão ou más impressões, pois isto depende de juízos e preconceitos pessoais e subjetivos... Presunção é a suposição do razoável. O amigo presumiu, que "meu coração é raivoso", segundo os indícios pretéritos, sua presunção lhe pareceu razoável. Todos podem PRESUMIR. Apenas não havia evidências e provas que fundamentassem seu julgamento, porventura não está fundado, sobretudo, em suspeitas? Lembremos "o amor não se irrita, não SUSPEITA mal". (1Cor. 13.5). O irmão pelos fatos passados presumiu, segundo lhe pareceu razoável, que falava movido por raiva, mas presunção não é prova é apenas indício lógico. Logo, não permite julgamento, permite inquirição. Aconselha-se em tais caso, o questionamento. Ilustro: Humberto, porventura, estavas com raiva? Responderia: Não, amigo, estou APRESENTANDO A FÉ com amor e firmeza e clareza. Se o irmão alimenta alguma má SUSPEITA ou ACHA que estou errado que é melhor questionar os termos da mensagem que julgar os motivos ou a disposição do coração do mensageiro... Ou será que eu em alguma das minhas missivas pretéritas disse: "Eu sou o trigo e vós o joio"... Impressões, presunções e suspeitas são as fontes e fundamentos dos juízos temerários... Opiniões Subjetivas ATENÇÃO: até o momento não versei sobre pessoas nominalmente, nem dei qualquer juízo pessoal sobre qualquer debatedor, compositor ou músico em publico. Ao versar da questão julgo idéias, condutas e palavras, louváveis e censuráveis que qualquer um pode cometer. Não julguei pessoas, mas palavras e condutas, ao contrário do que fizeste, pois julgas o coração dos homens, que está oculto com Deus, falas daquilo que não podes conhecer... Creio que se o irmão discorda das palavras das missivas, conteste a mensagem, mas evite levar a questão para o lado pessoal (evite argumentos "ad hominem")... Opiniões subjetivas do irmão sobre os debatedores pouco enriquecem o debate. Creio que estamos aqui discutindo o assunto, não estamos discutindo os debatedores... Exposição pública de impressões subjetivas pessoais, preconceitos, injúrias e difamações são os argumentos próprios dos que não têm argumentos, logo, convém evitá-los... Se somos incapazes de contestar, por argumentos objetivos, uma mensagem, não convém degenerar o debate, com juízos subjetivos, fundados em impressões pessoais, contra o mensageiro... Julgamentos Temerários Vejamos seus julgamentos: I. "Permita que Cristo abrande esse coração raivoso" (julgas o coração dos homens, obra que apenas Cristo e Deus podem fazer); II. "Dá a impressão que você se considera trigo" (julga por IMPRESSÃO, i.e., por presunção, pois eu nunca disse isto, nem passou isto pela minha mente, porventura isto não é um juízo é temerário?) III. "Você fala como aquele fariseu" (Lucas 18:11)... Onde falei assim em minhas as missivas pretéritas, onde e passei a me louvar? Mesmo que fosse como Paulo (II Coríntios 11:5; 12:11)? Onde ouso me louvar? Espero citação em minhas missivas onde me louvei explicitamente como aquele fariseu? Espero citação da minhas missiva que comprove claramente sua afirmação. Cuidado, se mentes, transgrides a lei! (Êxodo 20:16). IV. Julgar obras e palavras, próprias e alheias, segundo os critérios bíblicos é obra do cristão... Julgar o coração, as intenções e o destino eterno do homem é obra exclusiva de Deus... Ilustro: posso censurar a EMBRIAGUEZ de Noé, denunciar a MENTIRA de Jacó, reprovar o ADULTÉRIO de Davi, o HOMICÍDIO de Moisés, para desenganar, levá-los ao arrependimento, que conduz a salvação, mas não posso censurar seus motivos, intenções e destino eterno, pois só Deus conhece estas coisas ocultas aos homens. Além disso, não podemos julgar segundo impressões, suspeitas, presunções ou indícios...Nestes casos cabe inquirição, para evitar julgamentos temerários ("Coração raivoso"; ""Dá a impressão"; "Você fala como fariseu") 490 Menos Um O amigo, por fim, escreveu: "Perdoe-me se o interpretei mal, meu irmão, mas sinceramente é essa a impressão que você passa a quem o lê. Graças a Deus Ele reservou somente a Ele a capacidade de ler pensamentos e intenções, o que O torna capaz, Ele unicamente, de julgar as pessoas, inclusive o irmão e a mim. Estou orando pelo irmão, por favor, ore por mim também!". Estás perdoado, meu amigo, e tens ainda um crédito de setenta vezes sete (menos um) portanto, prezado. Por obséquio, não repita este procedimento mais que 489 vezes! Não duvido de tua sinceridade. Nem julgo tua pessoa, limito-me a versar sobre as erros nas tuas palavras e letras de tua missiva. Nem contesto tua impressão, mas não pense que todos têm a mesma impressão que a tua. Guarda-te, por graça, de interpretar publicamente os corações dos debatedores, com base em impressões pessoais, nem intente ler suas intenções, ou as disposições dos seus corações, etc. Interprete, ao ler as missivas, as palavras e as letras, mas os pensamentos, as intenções e a disposição do coração melhor deixar para Deus, pois como disseste bem, para essa obra só Deus é capaz...Orarei por ti, Francisco, pois és meu novo e eterno amigo. Continue orando por nós. "Orai por nós, porque estamos ...desejosos de, em tudo, portar-nos corretamente." Hebreus 13:18. "A verdade e a razão não importam onde os homens nos julgam por seus sentimentos". Amigo, quanto a questão do trigo e joio, em breve, envio desenganos necessários. Paz seja contigo, Humberto Caputo. Leia também: |
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