Apocalipse 17: Explicações e Comentários (Primeira Parte)

Shalom, irmão Carlos Oliveira!

Que YHWH continue abençoando e iluminando o irmão e seus familiares...

Li na sua introdução, apresentada no último artigo, a sua preocupação em deixar claro a nossa liberdade e limitações no que diz respeito ao pleno entendimento de alguns pontos da Escritura Sagrada, principalmente no que diz respeito às profecias, ainda mais futuras. Percebi e senti que a sua preocupação está voltada à interpretação moderna das profecias em oposição às tradições firmadas pela IASD. Mas uma vez repito ao irmão que a tradição que mantenho em parte da IASD é em função da abordagem e interpretação historicista das profecias. Por isso, da introdução apresentada pelo irmão, destacarei o penúltimo parágrafo que foi apresentado antes do 1º item de seu artigo.

Você disse:

Com todo o respeito, peço-lhe que não me interprete como apenas mais um crítico, mas sim como alguém que como você, procura obter o conhecimento que o Eterno revelou para o Seu povo nestes últimos dias, conhecimentos estes que abalaram todo conceito teológico que me foi transmitido durante anos. Portanto, entendo como é difícil romper com velhas tradições. É como se aquela casa que edificamos, e durante anos nos abrigamos, ruísse de repente e então ficássemos sem saber o que fazer ou mesmo para onde ir. Caso a nossa fé esteja firmada no Eterno e não em uma instituição, teremos um abrigo seguro.”

Do parágrafo acima, abordarei apenas o q está em negrito: “...o conhecimento que o Eterno revelou para o Seu povo nestes últimos dias, conhecimentos estes que abalaram todo conceito teológico que me foi transmitido durante anos...”. Aqui o irmão coloca-se como alguém que de alguma maneira recebeu revelação do Eterno para os últimos dias. Diz também que tais revelações (conhecimentos) abalaram “todo conceito teológico” que lhe transmitiram. Com certeza, em função do conjunto de interpretações da IASD, posso dizer que realmente seus conceitos foram abalados; no entanto, que seus conhecimentos atuais e modernos, de uma maneira geral estejam em conformidade e em harmonia com o Texto Sagrado.

Por outro lado, também concordo com o irmão que em função de algumas interpretações de Daniel e Apocalipse, existam muitas “velhas tradições”. Mas a minha fé não está baseada em “velhas tradições” e muito menos em uma instituição. Sou adventista por princípio e não institucional. Embora alguns não creiam mais na origem profética do “Movimento Adventista”, especialmente das 2300 tardes e manhãs, Santuário e do Juízo Investigativo, eu continuo seguro no Eterno e em Seu Messias e em tais princípios. Portanto, que fique bem claro: os princípios deram origem a uma instituição – IASD; mas a instituição (IASD) não deu origem a tais princípios.

No item 01 o irmão diz: “. Nenhuma profecia pode ser comprovada pela Bíblia.

Eu farei uma mudança em tal afirmação, direi o seguinte: “. Nenhuma profecia futura poderá ser comprovada pela Bíblia”. Caso contrário, o irmão entraria em contradição: “As profecias contidas em Dn 2; 7; 8; e II Cr 18:27 dentre outras, por exemplo, são plenamente confirmadas pela história”.

Você diz que a mulher de apocalipse, capítulo 17, é a nação dos EUA e que é a mesma besta de apocalipse 13:11. Concordo com você quanto ao 13:11. Mas no que diz respeito ao 17, mais abaixo, veremos algumas objeções.

Veremos agora, os três tópicos do primeiro item. Concordo em parte com o primeiro tópico. Você disse: a 2ª besta exerceria toda a autoridade (e domínio) da 1ª besta, na sua presença. Você colocou a 2ª besta como se ela já estivesse começado e ainda estando a exercer toda a autoridade e domínio. (Verbo no passado).

No que diz respeito á 2ª besta eu digo: a 2ª besta exercerá toda a autoridade (e domínio) da 1ª besta, na sua presença. Portanto, verbo no futuro “próximo”.

No segundo tópico você declara que os animais apresentados em apocalipse 17:3, 12:3 e 13:1 são os mesmo. Concordo quanto ao 13:1 e 17:3, mas quanto ao 12:3 o Texto Sagrado é explicito. O que tem em comum são os chifres e as cabeças. Embora eles apontem para uma mesma região geográfica não quer dizer que sejam os mesmo animais. Além do mais, existe uma diferença entre a Roma Pagã e a Roma Papal. Em apocalipse 12:3 nós temos um “grande dragão vermelho”: drákōn mégas pirros  -δράκων μέγας πυρρος. Já em apocalipse 17:3 temos uma “mulher montada numa besta escarlate”.gynaîka kathēménēn epì thēríon kókkinon - γυναικα καθημένην επι θηρίον κόκκινον. Como foi dito, em Apoc. 13:3 temos um dragão pirros e em 17:3 temos uma besta kókkinon. Portanto, não podem ser o mesmo animal. Porque em Apoc. 12:3 temos Roma Pagã. Em Apoc. 13:1 e 17:3 temos Roma Papal.

Um detalhe interessante, mas que passar despercebido da maioria ou de quase todos em Apoc. 12:4 é: “A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu... o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar a luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse”.

O detalhe a que me referi é a “cauda” do dragão. O que vem a significar o vocábulo cauda? Segundo o Dicionário Aurélio: Cauda - “A parte posterior ou o prolongamento de certas coisas”. Pelo que sabemos o reinado de Herodes (o grande) – Herodes era um rei fantoche - era um prolongamento do Império Romano. Império este que no Oriente não cresceu além da Judéia. Portanto, “deteve-se em frente da mulher”. Embora o dragão em primeiro lugar aponte para Satanás e as estrelas, para os anjos que caíram com ele, não podemos negar que em segundo lugar aplique-se diretamente a Roma Pagã, especialmente a partir de Otávio Augusto.

Portanto, só pelo fato do dragão pirros ter se detido em frente da mulher, podemos afirmar com certeza que ele não é o mesmo animal – 1ª besta, de apocalipse 13:1 e 17:3 (besta kókkinon).

Ainda no segundo tópico você disse: “Considerando-se que o cavaleiro é que exerce o domínio sobre a sua montaria, estes versos nos ensinam que um reino simbolizado por uma mulher (EUA), exerceria o seu domínio sobre o antigo Império Romano (besta com sete cabeças e dez chifres, Ap 13:1 e 17:3), atuais nações européias.”

A expressão que se traduz por “sentada sobre” é: kathēménēn epì - καθημένην επι Cujos significados são: “Estar sentado; sentar-se; viver, permanecer, estar”. Podemos entender no sentido de estabelecida.

Concordo, “que o cavaleiro é que exerce o domínio sobre a sua montaria”. Por isso, entendo que a mulher (ICAR – igreja católica apostólica romana) que esteve assentada sobre Roma e, hoje está assentada/sentada/montada sobre o Vaticano (um país, portanto um animal - besta) é que o conduz tanto no aspecto político quanto no religioso.

Analisemos apocalipse 13:12: “Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. ...”. O que temos aqui é uma afirmação ampla e explicita. “Toda a autoridade”. Na Idade Média e durante os seus domínios, Roma Papal exerceu todos os poderes que se possa imaginar, humanamente falando. Principalmente, destacam-se dois: político e religioso (e mesmo sem ter exército – o militar). Hoje, comparando a segunda besta com a primeira, percebe-se que a segunda tem apenas o poder político e militar. Mas não está longe o dia em que também terá “toda a autoridade religiosa”, igualando-se e tornando-se de fato a segunda besta de acordo com a profecia.

Ainda de acordo com o segundo tópico, não percebemos os Estados Unidos da América (2ª besta) exercendo “todo o seu domínio” “sobre o antigo Império Romano”. Este constitui a atual Europa. Não há e não se pode afirmar que a nação – EUA – 2ª besta esteja exercendo “todo o seu domínio” sobre as potencias da Europa – antigo Império Romano. Do antigo Império dos Césares surgiram várias nações e dentre elas uma ponta pequena que arrancou três chifres – povos, que haviam surgido também da Roma Pagã. Além do mais, todas as nações da Europa têm autonomia e liberdade política e religiosa.

Quanto ao terceiro tópico, já estamos analisando e ainda analisaremos a afirmação: “... Veremos que o único reino que preenche as especificações mencionadas nestes versos, são os EUA”. Essa afirmação é no que diz respeito à mulher ser a 2ª besta montada/sentada/assentada sobre a 1ª besta. Contudo, já podemos adiantar que de acordo com os aspectos históricos, geográficos, políticos e religioso, não existe uma harmonia entre os EUA sendo a mulher montada na besta. Por outro lado, há uma harmonia em se interpretar que a mulher que está montada na 1ª besta seja a ICAR (que esteve assentada sobre Roma e, hoje está assentada/sentada/montada sobre o Vaticano).

No item 02 o irmão diz: “O Vaticano já não exerce domínio ou reino sobre a Terra”.

Ao dizer: “O Vaticano já não exerce domínio ou reino sobre a Terra”, o irmão, em outras palavras está dizendo que ele (como Roma Papal – sede dos Estados Pontifícios) já exerceu domínio no passado. Por isso, o irmão neste item contestou apenas a ICAR sobre a 1ª besta (Vaticano) e não se deteve para analisar a ICAR sobre a 1ª besta Roma Papal.

“Entendia-se por Estado Pontifício o conjunto de território sobre os quais, na Idade Média, o papa exercia o poder soberano. ... A partir de 754, com a → doação de Pepino, confirmada por Carlos Magno (→ francos) incorporou-se ao patrimônio em referência o Exarcado de → Ravena e a ‘Pentápolis’ (Rimini, Pesaro, Ancona...). ...”.

“Em 1809, Napoleão incorporou o estado Pontifício ao Reino da Itália ...”.

“... Contudo, por efeito das aspirações de unificação da Itália, em 1866, acabou perdido (até o ‘Patrimonium Petri’). Em 1870, tornou-se parte da Itália. A partir de então os papas se consideravam ‘prisioneiros do vaticano’. De ↑ Pio IX a ↑ João XXIII não mais saíram da → cidade do Vaticano”. – (FISCHER, Rudolf, Wollpert. Os Papas. 2ª ed. Petrópolis – RJ, Editora Vozes. 1997. pp. 268-269).

Portanto, no que diz respeito à expressão “domínio” ou “poder soberano”, pelo que foi dito, entende-se claramente que de 754 até 1870, o papa exercia um domínio temporal. Embora de 1809 até 1870 o domínio temporal houvesse sido reduzido.

No entanto, no que diz respeito à expressão “reino”, tanto no período anterior a 1870, quanto de 1929 até os dias de hoje, não há como negar que o papa ostente um título de rei, por isso não se pode negar que ele também tenha um reino. Isso veremos abaixo:
 

Pacelli foi coroado a 12 de março de 1939. ...”.

Pacelli determinara que nenhuma despesa deveria ser evitada. Em 1878, Leão XIII fora coroado na privacidade da Capela Sistina, assim como Benedito XV, numa cerimônia austera, nos primeiros dias sombrios da Grande Guerra. Em 1922, Pio XI fora coroado num estrado diante do santuário de São Pedro. Hoje, porém, haveria uma coroação como nenhuma outra: a primeira coroação papal transmitida pelo rádio para o mundo inteiro, a primeira a ser filmada em sua totalidade, a primeira a ser realizada ao ar livre, diante de uma multidão na Praça de São Pedro, desde a elevação de Pio IX, em 1846. A intenção, no entanto, não era a de levar o papa para o meio das pessoas, mas sim distanciá-lo e eleva-lo, espantar o mundo”. – (CORNWELL, John. O Papa de Hitler – A História Secreta de Pio XII. Rio de Janeiro – RJ, Imago Editora. 2000. pp. 221 e 223.).

Nas páginas 245 e 246 do referido livro há duas fotos da coroação e da coroa (tríplice coroa) sobre a cabeça de Pacelli - papa Pio XII.

Dos tópicos do item 02, abordarei apenas os seguintes: “Quanto aos sete montes não serem literais, realmente o próprio anjo o declara ao dar a interpretação a João”.

Você é que está afirmando que os montes não são literais. O anjo não afirmou nada disso. O anjo declarou: “... As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis”. – (Apoc. 17:9). O verbo ser é citado duas vezes nesse verso. Sete montes montes – eptà ’orē eisín – επτά oρη εισίν e sete reis – kaì basileîs eptá eisin – και βασιλεις επτά  εισιν.

Diante disso, percebe-se que há duas afirmações para as sete cabeças. A primeira diz que elas são sete montes e por último diz que elas são sete reis. A última parte do verso é clara: São sete reis também ou também são sete reis ou e são sete reis. Portanto, não há como negar a dupla interpretação do anjo feita para sete cabeças. Porque em momento algum o anjo disse que os sete montes eram sete reis. Porém disse que as sete cabeças são sete montes, também são sete reis. Além do mais, a palavra grega (βασιλεις) empregada trata-se de reis e não de reino.

No item 03 o irmão diz: “A Igreja Católica foi a besta durante um período.

Nesse item o irmão apresentou 4 parágrafos. O primeiro já foi abordado acima. E claramente entendemos que o anjo deu a interpretação literal (revelou o mistério da mulher). Caso contrário à interpretação não seria interpretação e sim uma nova profecia. Pois o anjo afirmou: “Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chiefres e que leva a mulher”. – (Apoc. 17:7).

Quanto ao segundo parágrafo, também já foi dito nos comentários sobre o item 01, que os animais de Apoc. 12:3 não é o mesmo de Apoc. 17:3. Além do mais, Roma Papal (a 1ª besta) recebeu “autoridade”, “poder” e “o trono” (Apoc. 13:2 e 4) do dragão (Apoc. 12:3, 13:2 e 4) para exercer o seu domínio em Roma (Apoc. 13:2) e a partir de Roma.

O que foi dito no parágrafo anterior só vem reforçar os comentários feitos sobre o item 02. Onde foi apresentado que a primeira besta exerceu domínio e autoridade; portanto era um reino e possuía um rei – o papa.

No que diz respeito ao terceiro parágrafo podemos dizer que é visível o domínio e/ou influência religiosa da ICAR sobre as nações modernas, inclusive sobre as ruínas de Jerusalém. Por isso, espero que o irmão leia o livro o Papa de Hitler, ou outro qualquer que trate das concordatas imposta pelo Vaticano aos paises modernos.

Só pra efeito de curiosidade, a queda do comunismo ocorreu porque houve uma aliança entre as duas bestas – Vaticano e Estados Unidos. E no campo religioso basta ver o calendário mundial e as festas religiosas católicas. E finalmente, analise o que ocorre quando um presidente é eleito ou rei é coroado. Pra qual cidade/país eles se dirigem? Inclusive o presidente eleito dos EUA, a quem ele se dirige e reverencia?

Finalmente, um verso importante é apresentado no ultimo parágrafo. Dan. 7:11. Vamos analise o que foi dito pelo irmão: “o Eterno declara que esse animal, poder político religioso, fora morto”.

Em função da declaração do irmão, um animal morto já não existe mais. E se não existe, como a mulher (2ª besta) pode está sentada sobre a 1ª besta (animal e/ou poder que não existe mais)? Portanto, o animal/poder deve continuar a existir pra que alguém pudesse está montado sobre ele.

Além do mais, o animal foi morto (como fora dito pelo profeta Daniel), antes da 1ª besta surgir como uma potencia mundial. Assim também não se aplicaria aos EUA (ser a mulher) o está sentado sobre a 1ª besta.

Contudo, analisemos o verso abaixo:

Daniel 7:11 declara: “Então, estive olhando, por causa da voz das insolentes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado”.

Que animal foi morto: o dragão ou a 1ª besta? O contexto do capítulo 7 de Daniel nos apresenta 4 animais. No verso 7 é apresentado o quarto animal. Os outros ainda são mencionados (nos versos 7, 12, 17 e 19), mas do verso 7 em diante o destaque é ao quarto animal e ao pequeno chifre que surge nele.

Chegando ao verso 11 podemos entender perfeitamente que o animal que foi morto, segundo o profeta Daniel, foi o quarto animal e não a ponta pequena e 1ª besta. A partir de 1798, com a Revolução Francesa e as Repúblicas e surgimento das novas nações, o que ainda restava do Império Romano, sob a autoridade papal, com o nome de Estados Pontifícios, começou a ser fragmentado e porque não dizer, literalmente “entregue para ser queimado”.

Animal morto – o quarto animal: fim do que ainda restava do Império Romano Pagão, sob os domínios do papa.

Corpo desfeito: Isso aponta para o desmembramento, fragmentação dos domínios papais – Estados Pontifícios.

Entregue para ser queimado: As forças aliadas, principalmente o exército francês, deixam de ser aliados da 1ª besta. Ela fica entregue para ser queimada, destruída. E finalmente morta em 1870. Quando perdeu todos os seus territórios e poder temporal.

Assim podemos entender também Apoc. 17:8: “A besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição”.

De 754 a 1ª besta passou a ter domínio temporal além de religioso. Em 1870 ela perdeu todos os seus territórios temporais, que constituíam os Estados Pontifícios. Assim, de 754 até 1870 a 1ª besta ERA. De 1870 até 1929, a 1ª besta NÃO ERA. E de 1929 até os dias atuais, a besta emergiu do abismo.

 

CONCLUSÃO (da primeira parte)

Concluindo esta parte, apresentarei no próprio capítulo 17 de apocalipse alguns versos que nos mostram uma posição contrária à que o irmão defende: que a mulher de Apoc. 17:3 é a 2ª besta – os EUA. Diante dos versos veremos claramente eles não se referem à mulher – 2ª besta, mas a mulher 1ª besta – Roma Papal. Veja os versos 4 a 6 de Apoc. 17:

“Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua prostituição. Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA. Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”.

Pelo que me consta, na História não existe nenhum relato pelo qual podemos enquadrar a 2ª besta dentro destes versos citados no parágrafo acima. Deles destacarei apenas alguns pontos. Primeiro: “abominações e com as imundícias da sua prostituição”. Essa é uma expressão de cunho religioso segundo o Texto Sagrado, portanto não se aplica aos EUA. A 2ª besta, por enquanto não pode ser culpada, segundo a Escritura Sagrada, de “abominações e com as imundícias da sua prostituição”. Além do mais, na Constituição dos Estados Unidos ainda existe uma Emenda Constitucional que proíbe o Estado de interferir em assuntos de religião.

Segundo e último ponto a ser analisado: “Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”. Sobre a mulher de Apoc. 17:3 foi dito que ela está embriagadacom o sangue dos santos” e “com o sangue das testemunhas de Jesus”. Mais uma vez, pode-se afirmar que a 2ª besta ainda não está sendo culpada de perseguição religiosa aos “santos” e muito menos as “testemunhas de Jesus”. Sem dúvida a expressão “santos” (Dan. 7:25-27) é uma referência aos judeus. Mas a expressão: “das testemunhas de Jesus”, deve ser vista como uma referência aos seguidores do Messias, sendo eles judeus ou não. – (josielteli@yahoo.com.br)

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