Como Separar a "Palha" do "Trigo" nos Escritos da Sra. White sobre o Dízimo

O debate sobre o dízimo está sendo muito interessante, mas migrou para o debate acerca da autoridade doutrinária de Ellen G. White, no qual duas posições são defendidas:

(1) Tudo o que ela escreveu é inspirado. Implicação: Então não há como negar a obrigatoriedade do dízimo em nossa época. Vale o dízimo!

(2) Mas se aceitarmos que ALGUNS textos que ela escreveu não são inspirados e se colocarmos o dízimo neste pacote de escritos não inspirados, então não dá para provar a validade atual do sistema de dízimo usando apenas os escritos de EGW. (Afinal quando saber se falou ou não inspirada?) 

Portanto, supondo que alguns de seus textos podem não ter sido inspirados deveremos provar TUDO o que ela escreveu pela Bíblia.

Acho que estamos numa sinuca!

E há um agravante: A possibilidade de adulteração dos textos de EGW pela IASD, escondendo o que não é conveniente.

E agora: Qual deve ser a nossa posição diante dos escritos de EGW? Tudo foi inspirado? Caso contrário, como separar o joio do trigo?

Ricardo (Transcrito da Mab)

Resposta do Editor:

Não há sinuca, Ricardo. Todo profeta deve ser avaliado pela Bíblia. Até Jesus Cristo sujeitou-se às Escrituras de Seu tempo! Exemplos:

Mateus 5:17 -- Jesus afirma que não veio para contradizer nem anular as antigas Escrituras. Veio cumpri-las.

Lucas 4:16-21 -- Jesus credencia Seu ministério, descrevendo-o com palavras do profeta Isaías.

João 5:39 -- Jesus desafia Seus adversários a estudarem as Escrituras e verificar como estas testificam dEle.

João 2:22 -- A conformidade de Cristo com as Escrituras foi a prova decisiva para os discípulos de que Ele era o filho de Deus.

Lucas 24:25-42, 44-47 -- Após a ressurreição, Jesus fortalece a fé dos discípulos, avaliando-Se à luz das Escrituras.

E mais:

Apocalipse 22:18-20 -- Ao encerrar Sua revelação essencial à raça humana, Jesus proíbe qualquer acréscimo à mensagem bíblica. Mais uma razão para que qualquer escrito posterior passe pelo crivo das Escrituras, que hoje incluem os livros e epístolas do Novo Testamento.

Ora, se o Filho de Deus se sujeita à Bíblia, por que as mensagens de Ellen G. White ou de qualquer outro escritor ou pregador não podem passar pela mesma avaliação?

O mesmo Jesus que afirmou que aqueles que recebiam os apóstolos, estavam recebendo a Ele próprio, alertou também para que tivéssemos CUIDADO com os falsos profetas:

Mateus 7:15 -- "ACAUTELAI-VOS dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores."

Paulo ensinou que a Igreja deve JULGAR as mensagens proféticas:

1 Coríntios 14:29 -- "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros JULGUEM."

João recomenda que coloquemos os profetas À PROVA:

1 João 4:1 -- "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, PROVAI os espíritos se procedem de Deus, porque muitos FALSOS PROFETAS têm saído pelo mundo fora."

O parâmetro para a avaliação é a BÍBLIA.

Isaías 8:20 -- "À LEI e ao TESTEMUNHO! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva."

Luz progressiva

Quanto à inspiração da Sra. White, é preciso corrigir a errônea idéia de que se uma de suas mensagens contradiz o que a Bíblia afirma sobre determinado tema, tudo que ela escreveu deve ser imediatamente rejeitado e atribuído a Satanás, como um falso dom profético. Entre a inspiração divina e a contrafação satânica, existe uma terceira alternativa, que é a opinião humana do profeta, fundamentada em seu conhecimento ou compreensão bíblica sobre o tema, até aquele momento.

As coisas não são assim tão preto ou branco como a gente muitas vezes imagina. Entre um e outro ponto extremo, há diferentes tons de cinza e esse degradê faz parte inclusive da vida cristã. Diz a Bíblia que a vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando cada vez mais (clareando) até ser dia perfeito.

A descrição, em minha opinião, vale também para o conjunto dos escritos da Sra. White. Excetuando-se os assuntos em que teve uma clara e direta revelação de Deus sobre os mesmos, como a reforma pró-saúde e outros aspectos da prática religiosa em nossos dias, a luz da compreensão que ela obteve sobre muitos temas também foi progressiva, como acontece com todos os filhos de Deus. 

Penso que entre esses assuntos estejam, por exemplo, as questões da carne de porco, da árvore de Natal e do dízimo. Ela avançou da beneficência sistemática (1%) para o conceito levítico de dízimo (10%), mas parou por aí, sem chegar à compreensão de que no Novo Testamento recomenda-se que a nossa justiça exceda à dos fariseus, que aliás eram dizimistas!

Jesus pede até 100% das riquezas que temos, mas não obriga ninguém a doar-Lhe. Ele próprio ensinou que Deus ama ao que dá com alegria! Veja o caso dos primeiros cristãos, no período do Pentecostes. Estavam todos juntos e vendiam tudo (100%) que tinham para partilhar com todos, especialmente os carentes. Esse é o modelo do Novo Testamento. Não 10%, mas até 100%. E não por obrigatoriedade, mas por amor genuíno, fruto da ação do Espírito de Deus no coração. 

De Deus ou do diabo?

Entre as citações da própria Sra. White que costumam ser feitas, quando se discute esse tema, uma das primeiras que costumam surgir é a seguinte:

"Sejam os Testemunhos julgados por seus frutos. Qual é o espírito de seus ensinamentos? Qual tem sido o resultado de sua influência? Todos os que o desejarem, podem familiarizar-se com os frutos dessas visões. ...Deus, ou está ensinando a Sua igreja, reprovando-lhe os erros e fortalecendo-lhe a fé, ou não está. Esta obra, ou é de Deus ou não é. Deus não faz coisa alguma de parceria com Satanás. Minha obra... traz o selo de Deus, ou o do inimigo. Não há, meio-termo neste caso. Os testemunhos procedem do Espírito de DEUS, OU DO DIABO." Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 286.

Bem, com relação ao dízimo, por exemplo, "o resultado da influência" daquilo que muitos irmãos entendem como "Testemunhos" tem sido que muitas pessoas imaginam-se estar em dia com Deus simplesmente por entregar 10% de seus vencimentos à Associação. Elas se fundamentam para isso em citações compiladas da Sra. White sobre o título de Conselhos sobre Mordomia e não estudam a Bíblia para compreender que a responsabilidade é individual e que, hoje, Deus exige mais que a terceirização da pregação do Evangelho.

Outro aspecto importante é que muitos usam a palavra "Testemunhos" para referir-se a qualquer texto da Sra. White. Mas, obviamente, sabemos que a expressão era usada originalmente para descrever casos específicos de verdades reveladas através de visões sobre particularidades da vida de irmãos contemporâneos de Ellen White, que necessitavam corrigir-se e foram divinamente aconselhados, através dela. Em alguns casos, não houve visão, mas, após informar-se sobre o que estaria acontecendo exatamente, a Sra. White produziu mensagens apropriadas para aquela pessoa.

É em relação a esse tipo de revelação ou mensagem específica que a irmã White radicalizou, dizendo que ou eram de Deus ou do diabo, sem meio termo. Fora disso, não cabe a aplicação. Veja o caso de Pedro. Num minuto, era elogiado porque o Espírito de Deus lhe revelava que Jesus era o Cristo, filho de Deus, e no minuto seguinte, Cristo percebia Satanás por trás de suas palavras.

Deus nada faz em parceria com Satanás, mas na transmissão de Suas mensagens inspiradas torna-se parceiro de homens finitos e falhos, o que pode comprometer o trabalho até certo ponto. Afinal, trata-se da mensagem divina, através de instrumentos e linguagem humanos. "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós." I Coríntios 4:7.

Respostas bíblicas

É assim que entendo as contradições internas e externas, em relação à Bíblia, de algumas declarações da Irmã White quanto ao dízimo. Elas refletem a compreensão parcial da mensageira do Senhor sobre o tema das finanças na Nova Aliança. Por isso, em lugar de citá-la a todo momento, recomendo a todos a leitura pura e simples dos Evangelhos, onde Jesus deixa muito claro como deve ser nosso relacionamento com o dinheiro e como deve o ministério evangélico sustentar-se.

Precisamos ter cuidado para não sermos flagrados segurando vela acesa depois que a energia já voltou e as lâmpadas da casa já se acenderam. Luz menor perde o brilho diante da luz maior. É no estudo e compreensão da Bíblia que devemos estar concentrados. Esse foi o objetivo de Deus, através do ministério da Sra. White, trazer-nos de volta à Bíblia. Quando os escritos dela inibem o avanço na compreensão do texto bíblico, é porque estão sendo usados de maneira equivocada.

"Se tivésseis feito da Palavra de Deus o objeto de vossos estudos, com o propósito de atingir o padrão bíblico e a perfeição cristã, não necessitaríeis os Testemunhos." -- Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 280.

"Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados." -- Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 29.

"O Senhor deseja que estudeis a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra." -- Ibidem.

"Um 'Assim diz o Senhor' é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruída a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White." -- Ibidem.

"O irmão J. procura confundir os espíritos, esforçando-se por fazer parecer que a luz que Deus nos concedeu por meio dos Testemunhos constitui um acréscimo à Palavra de Deus, mas com isto apresenta os fatos sob uma luz falsa. Deus houve por bem chamar por este meio a atenção de Seu povo para a Sua Palavra, a fim de conceder-lhes uma compreensão mais perfeita da mesma." -- Idem, págs. 30-31.

"Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeitai-os." Idem, pág. 32.

Observe que toda vez que um assunto está sendo debatido e alguém vem com um pacotão de citações da Sra. White, inibe-se a troca de idéias e não há avanço algum na compreensão da Palavra de Deus. A pessoa quer ajudar e acaba atrapalhando, porque usa com freqüência os escritos da irmã White como camisa de força para o pensamento alheio. 

Não era assim no tempo dos pioneiros. Primeiro, estudavam a Bíblia até que o assunto fosse realmente esgotado. Então, posteriormente, quando Deus julgava por bem confirmar, complementar ou corrigir suas conclusões, nossa irmã Ellen era tomada em visão. Mas isso não acontecia sempre.

Quanto ao dízimo, não houve revelação específica a igreja adventista. Primeiro, adotou-se o plano denominado Beneficência Sistemática, em que cerca 1% da renda anual era destinado ao ministério evangélico. Anos depois, por influência do pastor Canright, que posteriormente abandonou a igreja, adotou-se o sistema levítico de dízimo (10%). Embora o irmão Tiago White fosse contrário à idéia da cobrança de 10% da renda dos membros, sua esposa adotou os argumentos e linha de raciocínio de Canright.

Constituição cristã

Você já deve ter ouvido falar que nenhuma regulamentação publicada depois que uma lei entra vigor pode criar novas obrigações para o cidadão. Uma portaria ou resolução, por exemplo, podem apenas detalhar melhor a forma de aplicação de uma determinada lei sem exigir nada que já não esteja previsto no decreto original. É que, se entendi direito, a Constituição brasileira assegura que “ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer qualquer coisa a não ser por força de lei”.

Aplicando-se esse princípio à religião, creio que é correto pensar que nada que tenha sido escrito depois da Bíblia pode ter para nós a mesma autoridade que tem o texto sagrado. As Escrituras – e somente elas! – formam a Constituição Cristã. Tudo que se produziu depois dela é apenas explicação e comentário.

Ou seja, por mais inspirados que alguns autores evangélicos se sintam ou sejam considerados, nenhum de seus textos pode ser aceito como acréscimo ou complemento da Bíblia. A menos que essa fosse uma conclusão da maioria dos cristãos fiéis do planeta, sob a direção do Espírito de Deus, como aconteceu na formação do cânon bíblico.

Isso significa que muitos de nós, adventistas do sétimo dia, precisamos reavaliar a aplicação que damos aos escritos de Ellen G. White. Não podemos usá-los, por exemplo, para obrigar os irmãos a fazerem, ou deixarem de fazer, isto ou aquilo, que não esteja claramente previsto na Bíblia, livro padrão pelo qual seremos julgados. Ela própria considerava o que escrevia como “uma luz menor” para guiar os leitores à Luz Maior, que é a Bíblia. 

A luz máxima é Cristo. E é nos evangelhos e no Apocalipse que a encontramos em sua forma mais concentrada e brilhante. Aquilo que não pôde dizer aos discípulos enquanto esteve na Terra, disse posteriormente o Senhor a João em Patmos. Tudo o mais, seja no Antigo Testamento ou nas epístolas do Novo Testamento e mesmo nos supostos escritos de Ellen G. White, deve ser entendido sob o prisma da revelação (luz) máxima sobre Deus, que foi o próprio Cristo.

Além disso, a correta compreensão do que representam as mensagens de Ellen White previne-nos contra desilusões diante das freqüentes acusações de plágio (apropriação ilegal de textos de terceiros) e informação equivocada que têm sido encontradas em livros dela.

Outro problema é limitarmos o dom profético ou "testemunho de Jesus/espírito de profecia", característica da igreja remanescente, apenas ao ministério da Sra. White, especialmente porque ela está morta há 87 anos. Em favor dos vivos, citar-se-ão apenas os mortos, até quando? E ainda que o façamos, o critério para a avaliação é a comparação com o relato bíblico. Se não estão de acordo, é porque não foram inspirados. 

Convém relembrar mais uma vez que há diferença entre uma pessoa inspirada (24 h por dia, seja o que for que ela diga ou escreva) e mensagens inspiradas (ocasionalmente).

Equívocos

Jesus não exigiu dízimos, embora fosse o único e suficiente Sacerdote da ordem de Melquisedeque. Também não autorizou os discípulos a cobrá-lo. A igreja primitiva não adotou o sistema levítico de dízimos e, portanto, não é verdade que Deus sempre utilizou esse método para sustento do ministério.

Neste caso, a Sra. White, no mínimo, equivocou-se ao dizer que desde o princípio era esse o plano de Deus. Aliás, ela disse o mesmo quando da cobrança de 1% apenas... Para completar, como já demonstramos em artigo anterior até oferta (em dinheiro) pelo pecado ela pretendeu exigir. Estava, portanto, completamente errada NESSE ASPECTO, a menos que o texto seja mais um acréscimo de seus secretários, editores e depositários.

Note que não a estou chamando de mentirosa ou falsa profetisa, nem dizendo que estava completamente errada EM TUDO. Apenas creio que ela recebeu mensagens divinamente inspiradas em vários momentos de sua vida e, em outra vezes, como neste caso do dízimo, também falou de suas próprias convicções. O problema maior é que os tais depositários misturaram tudo no mesmo pacote e fazem dela alguém inspirada 24 horas por dia, quando se sabe que a inspiração divina é ocasional, do tipo: "Aos tantos dias do ano tal, do rei fulano, veio a mim a Palavra do Senhor, etc, etc..." Inspiração ocasional, esse é o padrão bíblico.

Outro equívoco é imaginar o profeta como um mensageiro infalível e invulnerável quando está sob inspiração. O profeta continua sendo apenas um ser humano, embora a mensagem de que é portador seja divina. Os pensamentos são de Deus, mas as palavras são do profeta!

Há quem cite Ellen G. White, dizendo: "Não é contra mim que estais tão exasperados. É contra o Senhor, o qual me deu uma mensagem a ser transmitida para vós." Carta 66, 1897. Mas ao profeta não convém falar em defesa própria nem pode se confundir com a mensagem ou seu Autor. Ele não é nada, a mensagem, sim, é tudo, desde que vinda realmente de Deus por revelação especial. Como dissemos no início, a Bíblia nos manda avaliar o trabalho dos profetas e estes devem sujeitar-se ao que dizem as Escrituras. Afinal, repito, o profeta é ser humano, falível, sujeito a erros e não pode ser idolatrado. Bom só existe Um!

Portanto, irmão, se quer dedicar seu dízimo ao caixa da Associação ou a ministérios independentes, faça-o. Se preferir um trízimo (30%), tudo bem. Seja fiel aos seus votos. Mas lembre-se que isso é assunto seu com Deus. Faça-o com alegria, sem qualquer divulgação. E se quiser destiná-lo ao sacerdote do Novo Concerto, encaminhe sua doação àqueles que se fizeram pobres para evangelizar, àqueles que estão sendo perseguidos e até ameaçados de prisão por causa do Evangelho, àqueles de quem o mundo não é digno pois são embaixadores do Céu, estrangeiros anunciando boa-nova em terra estranha. É com eles que Cristo se identifica.

Resumo final

Não existe fundamento bíblico para a defesa da validade atual do sistema dizimal levítico. A obrigatoriedade do dízimo perdeu seu sentido na cruz, como o fim da necessidade de sacrifícios pelos levitas. 

Também não adianta reunir dezenas de citações da Sra. White favoráveis à cobrança do dízimo, porque ela própria ao falar sobre o tema contradiz-se e contradiz também a Bíblia, que, segundo ela mesma, deve ser nossa única regra de fé e prática. 

Não creio que a Sra White tenha mentido propositadamente sobre o dízimo. Como já disse a princípio, creio que escreveu a (sua) verdade segundo a luz ainda parcial que possuía sobre o assunto naquela ocasião.

Para que se compreenda que equívocos em relação a um determinado assunto não invalidam todo o trabalho de um profeta de Deus, talvez seja melhor dizer que cada mensagem (e não o mensageiro) deva ser avaliada à luz do que diz a Bíblia.

Não creio que o profeta seja divinamente inspirado 24 horas por dia. Creio, sim, que, ocasionalmente receba mensagens divinamente inspiradas, mas isso não faz dele um super-cristão, infalível e invulnerável.

Creio que a Sra. White foi portadora de muitas mensagens inspiradas, mas falhou, juntamente com seus auxiliares, ao juntar todos os seus escritos em um pacote só, como se todos fossem divinamente inspirados.

Não creio que nenhum dos textos da irmã Ellen White proceda do diabo, embora acredita que tenha sido enganada por ele por ocasião do sonho em que acreditou estar conversando com seu marido, Tiago White, depois de morto.

Temos razões de sobra para crer que os originais da Sra. White não foram preservados, houve interferência de terceiros em seu conteúdo e há manipulação na divulgação desses materiais e objetivo ideológico-financeiro nas compilações.

Diante de tudo isso, creio que todo texto da Sra. White deve ser verificado junto à Bíblia, para que se defina se procede de Deus diretamente, ou de suas opiniões pessoais. Assim, ainda que de um modo atravessado, somos obrigatoriamente remetidos à Bíblia conforme Deus planejou.

Creio ainda que o Espírito de Profecia se manifestou entre os adventistas do sétimo dia não apenas através da Sra. White, mas também em seu tempo e ainda hoje, através de mensagens inspiradas vindas de Deus por diferentes fontes para Sua igreja. -- Robson Ramos.


Escreve o leitor

Estimado irmão em Cristo, Robson Ramos

Agradeço-lhe pelas elucidativas matérias sobre o dízimo que você tem apresentado no seu importante site. Deus lhe guarde e ilumine o seu ministério. Se dispuser de uma seleção de tudo escrito e divulgado sobre o dízimo, favor enviar.

Embora tenha uma apreciação muito grande pela obra da Sra. White e creia que a mesma foi usada pelo Seu Espírito, estou achando, depois de 38 anos de fé adventista, que homens perversos, talvez mafiosos, dizendo-se crentes em Cristo, alteraram seus escritos originais, inserindo neles aquilo que Deus não autorizou, satisfazendo os seus desejos.

Um forte abraço.

Maranata.

Paulo

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