A Justificação pela Fé no Ministério de Cristo no Santuário Celestial

“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.” Romanos 3: 24-26.

“Vários me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e tenho respondido: “É a mensagem do terceiro anjo em verdade. Mensagens Escolhidas I, 372.

“A mensagem do terceiro anjo é a proclamação dos mandamentos de Deus e da fé de Jesus Cristo. Os mandamentos de Deus tem sido proclamados, mas a fé de Jesus não tem sido proclamada pelos adventistas do sétimo dia como de igual importância, a lei e o evangelho andando de mãos dadas. Não encontro palavras para expressar este assunto em sua plenitude.” Mensagens Escolhidas III, 172.

Por  que não tem sido proclamada?

“Há grandes verdades, por muito tempo ocultas sob o monturo do erro, que devem ser reveladas ao povo. A doutrina da justificação pela fé tem sido perdida de vista por muitos que tem professado crer na terceira mensagem angélica.” Mensagens Escolhidas I , 360.

“Precisamos também de muito mais conhecimento; precisamos ser esclarecidos acerca do plano da salvação. Não existe um dentre cem, que compreenda por si mesmo a verdade bíblica sobre este assunto, tão necessário ao nosso bem-estar presente e eterno. Quando começa a brilhar a luz, para tornar claro ao povo o plano da redenção, o inimigo opera com toda diligência, para que a luz seja excluída do coração dos homens.” Mensagens Escolhidas I , 360.

O que é então Justificação pela Fé?

Não é necessário teorizarmos, dificultamos a compreensão de algo tão essencial ao nosso bem-estar presente e eterno.

Vejamos a definição simples que nos dá o testemunho do Espírito de Deus:

“Quando o pecador penitente, contrito diante de Deus, discerne a expiação de Cristo em seu favor e aceita esta expiação como sua única esperança nesta vida e na futura, seus pecados são perdoados. ISSO É JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ.” Fé e Obras, 93.

“Aquele que deseja tornar-se filho de Deus tem de receber a verdade de que o arrependimento e o perdão devem ser obtidos por meio de nada menos que a Expiação de Cristo.” Reavivamento e Seus Resultados, 24.

Portanto a expiação é a forma estabelecida por Deus para reconciliar com Ele toda alma crente. É o modo pelo qual temos os nossos pecados perdoados; é o remédio divino para cura da transgressão e restauração. Deve então ser ensinado a todo filho e filha de Adão.

Para compreendermos de maneira prática a expiação (Justificação pela Fé), precisamos nos familiarizar com o Santuário terrestre, pois o que acontecia tipicamente lá, acontece em realidade no ministério do Santuário Celestial.

“Ora, do que estamos dizendo, o ponto principal é este: Temos um sumo sacerdote tal, que se assentou nos céus à direita do trono da Majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que esse sumo sacerdote também tivesse alguma coisa que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem seria sacerdote, havendo já os que oferecem dons segundo a lei, os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente  avisado, quando estava para construir o tabernáculo; porque lhe foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.” Hebreus 8: 1-5.

“Dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, que é uma parábola para o tempo presente”... Hebreus 9: 8 e 9.

A palavra está nos dizendo que o santuário terrestre é uma “Parábola.” O que é uma parábola?

É uma história que usa situações da vida real para ensinar grandes verdades.

Sendo assim o que Deus deseja que o santuário terrestre seja para nós?

“Todos devemos ter presente o tema do santuário. Não permita Deus que o acúmulo de palavras que procedem dos lábios humanos diminua a fé do nosso povo na verdade de que existe um Santuário no Céu, e que uma cópia desse santuário se edificou uma vez na terra. Deus deseja que seu povo se familiarize com essa cópia tendo sempre presente o Santuário Celestial, onde Deus é tudo e esta em todos.” Carta 233, 1904.

“E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre é feito na REALIDADE no ministério do santuário celestial.” Grande Conflito, 419 e 420.

Dentre as muitas revelações que o santuário terrestre nos faz a respeito do plano da Redenção, destacamos algumas a seguir:

PRIMEIROO sangue da vitima era o elemento principal. Se não houvesse sangue não existia perdão para o pecador arrependido, e nem trabalho para o sacerdote realizar. Pois o trabalho do sacerdote era ministrar o sangue para reconciliação do homem com Deus.

“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” Hebreus 9: 22.

“Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que faz expiação, em virtude da vida.” Levítico 17: 11.

SEGUNDODeus perdoa pecador e não pecado. A bíblia diz que o salário do pecado é morte. Portanto pecado não se evapora, pecado se transfere e no final volta pro seu originador.

E nessa transferência o sangue mais uma vez era o elemento principal.

  •    Do pecador, para a vítima.
  •  Da vítima, para o sangue derramado.
  •   Do sangue derramado, para o santuário.
  •   Do santuário, para o sumo sacerdote no dia expiação.
  •   Do sumo sacerdote, para o bode azazel.

O CORDEIRO DE DEUS

Em Cristo, e no seu ministério como cordeiro de Deus e sacerdote todas essas etapas também se cumprem.

“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.” Isaias 53: 6.

“Na Primavera do ano 31 A. D., Cristo, o verdadeiro Sacrifício, foi oferecido no Calvário. Quando Cristo bradou na cruz: “Está consumado”, o véu do templo rasgou-se em duas partes. Este véu significava a nação judaica. Era feito do mais caro material, de púrpura e ouro, e era de grandes dimensões. No momento em que Cristo exalou o último suspiro, havia testemunhas no templo que contemplaram o rasgar daquela peça forte e resistente, de alto a baixo por mãos invisíveis. Esse ato significava para o universo celeste e para o mundo corrompido pelo pecado, que se abriu à raça caída um novo e vivo caminho, que todas as ofertas sacrificais terminaram na única e grande oferta do Filho de Deus.” A Fé Pela Qual Eu Vivo,  Meditação 1959, 201.

O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE CRISTO.

“Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção.” Hebreus 9: 11 e 12.

O sangue de Jesus foi derramado, o qual deveria ser oferecido por Ele mesmo no Santuário nos Céus.” Primeiros Escritos, 253.

O sangue de Jesus foi levado para os Céus pelos seguintes motivos:

PRIMEIRO – Transferir o pecado para o Santuário Celestial.

“Como antigamente eram os pecados do povo transferidos, em figura, para o santuário terrestre mediante o sangue da oferta pelo pecado, assim nossos pecados são de fato transferidos para o santuário celestial, mediante o sangue de Cristo.” História da Redenção, 378.

SEGUNDO – Manter o pecado em registro até a expiação final.

“O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado; este ficaria registrado no santuário até à expiação final.” Patriarcas e Profetas, 370.

TERCEIRO – Cumprir as exigências da Lei, pois esta reclama a morte do transgressor.

“Mantendo ainda a humanidade, Cristo subiu ao Céu, triunfante e vitorioso. Levou o sangue da expiação, para o Santíssimo, aspergiu-o sobre o propiciatório e sobre os Seus próprios vestidos, e abençoou o povo.” Sings of The Times, 15/04/1905.

QUARTO – Para ser usado no serviço de reconciliar o homem com Deus.

“Da mesma forma Cristo, em Sua imaculada justiça, após derramar o precioso sangue, entra no lugar santo para purificar o santuário. Ali o sangue é trazido e usado no serviço da reconciliação entre Deus e o homem.” Testimonies, vol. 4 pág. 122.

“Quando no cerimonial típico, o sumo sacerdote deixava o lugar santo no dia da expiação, entrava perante Deus para apresentar o sangue da oferta pelo pecado, em favor de todos os israelitas que verdadeiramente se arrependiam de suas transgressões. Assim Cristo apenas completara uma parte de Sua obra como nosso intercessor para iniciar outra, e ainda pleiteia com Seu sangue, perante o Pai, em favor dos pecadores.” Grande Conflito, 428.

Precisamos compreender essa tão importante obra de Cristo em nosso favor, Onde como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo Ele apresenta Seu sangue para beneficio de todo aquele que encontra esse novo e vivo caminho: O caminho para o Santíssimo. E é a “mensagem do terceiro anjo, que mostra o caminho para o lugar santíssimo.” Primeiros Escritos, 260.

“Dia a dia Cristo aguarda a oportunidade de apresentar Seu sangue, esperando que homens encontrem o novo e vivo caminho. Muito poucos, porém o encontram.” Ritual do Santuário, edição 1943 pág. 195.

“Agora se está levando a cabo no Santuário Celestial a obra de intercessão sacerdotal de Cristo em nosso favor. Porém quão poucos se dão realmente conta de que nosso grande Sumo Sacerdote apresenta Seus próprio sangue diante do Pai, reclamando como recompensa de Seu sacrifício, todas as graças, que implica seu pacto para o pecador que o aceita como seu salvador pessoal. Este sacrifício se faz eminentemente capaz de salvar a todos os que vão a Deus por meio dEle, posto que vive para interceder por eles.” Manuscrito 92, 1899.

“O grande plano de redenção, conforme revelado na obra final para estes últimos dias, deve ser cuidadosamente estudado. As cenas relacionadas com o santuário celestial devem de tal modo impressionar o espírito e o coração de todos, que estes sejam capazes de impressionar também a outros. Todos precisam compreender melhor a obra da expiação que está sendo efetuada no santuário do Céu. Quando essa importante verdade for RECONHECIDA e COMPREENDIDA, os que a abraçaram trabalharão de acordo com Cristo, afim de preparar um povo que esteja em pé no grande dia de Deus e seus esforços serão bem-sucedidos.” Testemunhos Seletos, II 219 e 220.

Como acontece esse trabalho maravilhoso de reconciliação que Cristo está realizando?

“Veio outro anjo e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para que oferecesse com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que está diante do trono. E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos.” Apocalipse 8: 3 e 4.

“O Senhor tem interesse especial nas famílias de Seus filhos aqui de baixo. Os anjos oferecem o fumo do incenso fragrante em prol dos santos que oram. Portanto, de cada família suba ao Céu a oração, tanto pela manhã quanto na hora calma do pôr-do-sol, em nosso favor, apresentando a Deus os méritos do Salvador. MANHÃ E TARDE O UNIVERSO CELESTE ANOTA TODA CASA EM QUE SE ORA.” Minha Consagração Hoje. Meditação 1989, 29.

“Os serviços religiosos, as orações, o louvor, a penitente confissão do pecado, sobem dos crentes fieis, qual incenso ao santuário celestial, mas passando através dos corruptos canais da humanidade, ficam tão maculados que, a menos que sejam purificados por sangue, jamais podem ser de valor perante Deus. Não ascendem em imaculada pureza, e a menos que o intercessor, que está à mão direita de Deus, apresente e purifique tudo por sua justiça, não será aceitável a Deus. Todo o incenso dos tabernáculos terrestres tem de umedecer-se com as purificadoras gotas do sangue de Cristo. Ele segura perante o Pai o incensário de seus próprios méritos, nos quais não há mancha de corrupção terrestre. Nesse incensário reúne Ele as orações, o louvor e as confissões de Seu povo, juntando-lhes Sua própria justiça imaculada. Então, perfumado com os méritos da propiciação de Cristo, o incenso ascende perante Deus completa e inteiramente aceitável. Voltam então graciosas respostas.” Mensagens Escolhidas I 344. 

“Entre os querubins havia um incensário de ouro; e, subindo a Jesus as orações dos santos, oferecidas pela fé, e apresentando-as Ele a seu Pai, uma nuvem de fragrância subia do incenso, assemelhando-se a fumo das mais lindas cores. Por sobre o lugar em que Jesus se achava, diante da arca, havia uma glória extraordinariamente brilhante, para a qual não podia olhar; parecia-se com o trono de Deus. Subindo o incenso para o Pai, a excelente glória vinha do trono a Jesus, e dEle se derramava sobre aqueles cujas orações tinham subido como suave incenso.” Primeiros Escritos, 252.

Que maravilha! Isso é Justificação pela Fé. Quando de coração humilde contemplamos esse trabalho diário que Cristo realiza, nossos pecados são perdoados, e nosso caráter transformado, pois veja que o texto acima está dizendo que Deus responde a Jesus com uma excelente glória, e Jesus envia essa glória para aqueles cujas orações subiram com fé.

“Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna.” Grande Conflito, 487.

Até quando acontece esse trabalho?

“E eis que o homem que está vestido de linho, a cuja cintura está o tinteiro, tornou com a resposta, dizendo: Fiz como me ordenaste.” Ezequiel 9:11.

“Depois o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o lançou sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos.” Apocalipse 8:5.

“Vi anjos indo aceleradamente de um lado para o outro no Céu. Um anjo com um tinteiro de escrivão ao lado voltou da terra, e referiu a Jesus que sua obra estava feita, e os santos estavam numerados e selados. Então vi Jesus, que havia estado a ministrar diante da arca a qual contem os Dez Mandamentos, lançar o incensário. Levantou as mãos e disse: “Está Feito.” Primeiros Escritos, 279.

“Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então começará o tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda alma, e não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Ao deixar Jesus Sua posição como intercessor do homem junto a Deus, faz-se o solene anúncio: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda”. Apocalipse 22: 11. Então o Espírito repressor de Deus é retirado da terra.” Eventos Finais, 218.

“Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que Ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é da sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa.” Hebreus 10: 19-23.  

Que a benção do nosso Pai nos ajude a encontrar a cada dia esse novo e vivo caminho, tendo assim os olhos fixos no santíssimo, pois é lá que está se processando a expiação final. -- Irmãs Marta e Ângela, de Cuiabá, MT.

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