Saiba Como Foi a Reunião da Igreja da Penha, SP, Para a Qual Deus Não Foi Convidado

 

O relato abaixo foi redigido por uma pessoa que presenciou a votação da exclusão de 5 irmãos adventistas da Igreja da Penha, em São Paulo, Capital, por não mais crerem na doutrina católico-adventista da Trindade.

Cargos que ocupavam: 2 anciãos, 1 vice-diretora de desbravadores, 1 diretora da Escola Sabatina e 1 Diaconisa.

O motivo foi explícita e exclusivamente a Trindade. As pessoas foram visitadas em casa, interrogadas e, após confirmarem que não criam mais na Trindade, foram avisadas que seriam "eliminadas". Isto ocorreu no último dia 1º de Maio.

Curiosamente, a reunião não teve oração inicial. Parecia que o pastor não queria que Deus estivesse presente e observasse o que iria acontecer ali. Proibiu até que acendessem as luzes e ligassem os microfones.


IASD / Penha:
Sábado, 01 de maio de 2004

Uma reunião administrativa foi marcada para às 16:30h, e diversas vezes anunciada durante o culto divino. Iniciou-se às 16:50h aproximadamente, com a plataforma composta pelo Pr. Junqueira, o 1º ancião João Luiz Divino e o ancião Sued (secretário da comissão).

A reunião iniciou-se sem uma oração sequer. A igreja estava com as luzes apagadas e com os microfones desligados. Algumas pessoas solicitaram que as luzes fossem acesas e os microfones ligados, mas o Pastor Junqueira não permitiu. (Por quê? Será que foi por que alguém estava filmando e eles temiam o que poderia ser gravado? Quem não deve, teme?).

Para iniciar, o Pr Junqueira fez um discurso arredio, dizendo que as doutrinas da igreja não surgiram do acaso, mas que foram fruto de muitas orações e estudos e que o rumo das pessoas começa a divergir do da igreja quando surgem as dúvidas.

Disse ainda que a assembléia havia sido convocada para uma votação, que não haveria debates, afirmou e reafirmou que não permitiria e nem queria discursos, discussões e considerações sobre o assunto, que não queria que fossem abertos livros e demais materiais porque não se fazia necessário e que, se existissem dúvidas, aquele não era local e nem hora para esclarecê-las!

Disse que a assembléia estava ali para ouvir a decisão da comissão, observar, mas não debater.

O ancião e secretário da comissão extraordinária iniciou a leitura da ata do dia 26/04/04, afirmando EM ALTO E BOM SOM que o voto havia sido por unanimidade dos membros presentes à comissão e o motivo alegado para a exclusão foi baseado na página 187 itens 1 e 2 do Manual da Igreja.

Após a leitura, como de costume, foi pedido e apoio e logo após, o pastor solicitou para que todos os membros da comissão que propuseram a ata, fossem até a frente! Para quê?

No momento das observações, um dos membros que estavam sendo disciplinados por exclusão (Elias), pediu um momento de defesa, como reza a Constituição Brasileira, o que foi de pronto e enfaticamente negado pelo pastor, alegando que estavam em uma instituição religiosa (Mas esta não é submissa às leis do País?) e ressaltou que os membros que estavam em questão tiveram o direito de falar sobre o assunto com os anciãos.

O irmão Elias ainda insistiu, alegando que quem julga a proposta da comissão é o plenário, o que mais uma vez foi rebatido pelo pastor, dizendo que a comissão é representativa. O irmão Elias, ainda mais uma vez, tentou dizer que a igreja iria julgar o que não conhece, e propôs (em seu direito ainda como membro da igreja) que fosse feito um voto para decidir se ele deveria ou não expor, o que foi prontamente negado.

Eu, (assistente) que estava ali presente, a certa altura argumentei dizendo que a comissão apenas estava propondo, e que quem julgaria seriam a assembléia. Se não, para que aquela convocação? Os membros da igreja não têm direito ao raciocínio e a tomarem suas próprias decisões?

O secretário da igreja então falou que todas as instituições têm regras e com a igreja não é diferente e que a Igreja Adventista do Sétimo Dia crê na trindade: Deus Pai, Deus Filho e deus Espírito Santo e que posteriormente haveria estudos na igreja a respeito.

Neste momento, o pastor insinuou que minha observação havia sido combinada previamente para gerar tumulto! Levantei-me e disse com todas as letras que ele estava me julgando, insultando e que não tinha este direito, e falei: “Não julgueis para que não sejais julgados!”

Uma irmã se levantou e, como membro ativo da comissão (mas não presente no dia da reunião que propôs a exclusão), falou que estava escandalizada e assustada porque a igreja não estava tratando o assunto com amor, e que não via o porquê de pessoas que estavam apenas estudando serem cortadas da igreja.

O primeiro-ancião João Luiz respondeu aos questionamentos dizendo apenas que o assunto havia sido tratado com amor e que, se os membros que ora estavam sendo cortados se arrependessem, poderiam voltar e ser rebatizados!

A irmã Ana de Mônaco (que também estava sendo excluída) solicitou mais uma vez a oportunidade de esclarecimento, ao que o pastor respondeu bem rispidamente, solicitando aos 5 irmãos que iriam ser cortados que se colocassem em pé e que respondessem apenas com um SIM ou NÃO se criam na trindade. A esta altura, fez isso já aos gritos!

Neste momento, um outro membro solicitou que o pastor dissesse qual era o primeiro mandamento, mas ele o ignorou por diversas vezes, e quando lhe deu ouvidos, disse que se ele também não concordava com as doutrinas da igreja que fosse embora da igreja!

Um rapaz então se levantou e falou que ele esteve acompanhando tudo desde o começo, porque tudo havia se iniciado na casa dele com um grupo de oração de algumas irmãs e que, orando, começaram a estudar o assunto do Espírito Santo. Disse que ele acreditava que de onde há muita oração não pode vir coisas más, e se o motivo da exclusão era este, que podiam excluí-lo também.

O pastor que já estava bastante transtornado, seguiu então à votação, solicitando que quem estivesse de acordo permanecesse assentado. Muitos irmãos não entenderam e pediram para que repetisse. E ele o fez. "QUEM ESTIVER DE ACORDO COM A EXCLUSÃO FIQUE SENTADO E QUEM FOR CONTRA, LEVANTE-SE!"

A secretária da igreja foi à frente e anotou o nome de todos os irmãos que se levantaram, demonstrando serem contrários à exclusão. O pastor em seguida iniciou a "oração final", a qual, na verdade, seria inicial uma vez que essa não havia sido feita!

Lamentáveis e sofríveis os fatos ocorridos nesta data, porque acredito que, em nenhum momento, alguém sentiu a presença de Deus naquele local. Ele não estava dirigindo aquela fatídica reunião, que só veio ressaltar a personalidade difícil e agressiva daquele que deveria ser "um servo do Senhor".

Por outro lado, acredito que muitas pessoas que não concordaram com a maneira como a reunião foi conduzida, puderam ser tocadas pelo Espírito Santo de Deus e abriram seus olhos. Tenho certeza de que poderão estudar e compreender um pouco mais sobre a VERDADE do Deus Único, anteriormente pregada pela Igreja Adventista, nos tempos em que era a menina dos olhos de Deus.

Assinado: Assistente da Reunião

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