10 – A comunhão (II Coríntios 13:13)

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.”

II Coríntios 13:13

Paulo, em sua segunda carta aos coríntios, deseja a eles que a comunhão do Espírito Santo com eles esteja. O que representa o termo “Espírito Santo” mencionado aqui por Paulo? Ao lermos toda a segunda carta de Paulo, poderemos ter uma idéia mais clara, pois afinal o verso que estamos lendo acima é o último verso desta carta. Sendo o último, naturalmente está fundamentado no pensamento tratado nos capítulos anteriores desta própria carta, ou mesmo da primeira carta aos coríntios. Na primeira carta de Paulo aos Coríntios, encontramos o seguinte texto:

Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.I Coríntios 1:9:

Em sua primeira carta aos coríntios, Paulo afirmou que eles haviam sido chamados à comunhão de Jesus Cristo. Na segunda carta, Paulo os exorta à reconciliação com Deus, para que pudessem ter novamente comunhão com Ele:

18  Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,

19  a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.

20  De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.II Coríntios 5:18-20

Paulo roga aos coríntios, em nome de Jesus, que se reconciliem com Deus Pai e possam novamente ter comunhão com Ele. Isto fica explícito quando lemos a seqüência da carta, na qual Paulo, que já havia admoestado os coríntios para que se reconciliassem a Deus Pai e tivessem comunhão com Ele, adverte-os para que não tenham comunhão com os incrédulos:

14 Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?

15  Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?

16  Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. II Coríntios 6:14-16

Nos versos acima, vemos que, além de admoestar os coríntios a não se porem em comunhão com os incrédulos, Paulo mostra que ao se afastarem dos incrédulos, eles poderão gozar também não só da comunhão do Pai, mas também do Filho, o Senhor (I Cor. 8:6):

17  Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei,

18  serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.II Coríntios 6:17-18

Percebemos, portanto, que em sua segunda carta aos coríntios Paulo estava chamando-os à comunhão com o Pai e com o Filho. O final de sua carta, portanto, deve somente concordar com o raciocínio apresentado em seu meio. Se a carta, na saudação final, contradissesse o que afirmou em seu meio, esta não teria nexo e certamente cairia em descrédito. Assim, podemos com segurança entender que no último verso de sua carta (II Coríntios 13:13), ao mencionar a comunhão do “Espírito Santo”, Paulo estava se referindo à comunhão com o Pai e com o Filho. Este entendimento corrobora com o que o apóstolo João escreveu:

O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” I João 1:3

Assim, entendemos tanto pela análise do contexto da passagem quanto pela comparação com outras passagens bíblicas que a “comunhão do Espírito Santo”, a qual se refere o texto bíblico de II Cor. 13:13 é a comunhão com Deus Pai e com Seu Filho Jesus Cristo.

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