As linhas entre a realidade e a imaginação estão desaparecendo. O incrível avanço da tecnologia está mudando nosso modo de pensar e credos em grande escala!
Em que ponto a ficção científica se torna uma realidade científica? Em um novo e incrivelmente relevante documentário, Transhumanismo: Recriando a Humanidade (Transhumanism: Recreating Humanity), Chuck Missler, Tom Horn e outros especialistas dos dois lados da discussão expressam suas crescentes preocupações e perigos relacionados à ideologia futurista do Transhumanismo.
Esse é um grande esforço conjunto feito por cientistas, corporações e governos para avançar a humanidade tecnologicamente desde maneiras radicais às sutis. Um dos objetivos mais expressados publicamente inclui: uma melhora (upgrade) do intelecto humano, ambiente de rede direto na mente e modificação do corpo humano através de engenharia genética.
Essa nova era de manipulação biológica, ou bio-hacking, está caindo sobre nós e em breve se espalhará e estará totalmente integrada dentro da sociedade, assim como os smartphones e Facebook.
A era do Transhumanismo não pode ser ignorada. Esse filme faz as perguntas mais importantes no quesito da bioética, motivações políticas e ideologias sinistras as quais esse movimento está cheio.
Os pensamentos mais peculiares parecem malucos ou bizarros, pois eles se diferem muito do que experimentamos como nossa realidade normal do dia-a-dia. Tomem por exemplo as revistinhas de ficção científica dos anos 50 e comparem ao espetáculo das armas e tecnologia que eles imaginavam com as verdadeiras de hoje.
A maioria das histórias podia ser categorizada como: o mocinho contra o bandido, fantasmas contra cientistas malucos ou astronautas contra marcianos. Compare com as revistinhas de ficção científica de hoje e notem uma intrincada teia de suspenses psicológicos onde as realidades são subjetivas e os personagens interagem com dimensões que são uma mistura de estados alterados de consciência que cruzam dentro da realidade física.
As linhas entre a realidade e a imaginação estão desaparecendo. O incrível avanço na tecnologia está mudando nosso modo de pensar e sistema de crença em grande escala! Nosso zeitgeist (espírito de uma era) moderno está sendo redefinido e moldado numa velocidade estúpida.
Mantos invisíveis, comunicação telepática, soldados geneticamente modificados, computação quântica, ciborgues e máquinas que modificam o tempo já não são mais tópicos de um livro de ficção científica, mas o foco de enormes investimentos financeiros e décadas de pesquisa feitas pelos EUA. Essas “fantasias” estão rapidamente se tornando nossa realidade, e os Cristãos devem estar preparados para confrontá-las com sabedoria, conhecimento e entendimento.
Cruzando a Linha
Onde está a linha limítrofe da ética de tal investigação científica? A pesquisa de células-tronco foi um debate controverso há uma década, mas quase que completamente subsidiado hoje em dia. Testes em embriões humanos não são mais ilegais em quase todos os países e parecem ser aceitos pela maioria das racionalizações científicas. De fato, a oposição contra a pesquisa de células-tronco é rapidamente repreendida para aqueles que são contra o desenvolvimento de uma humanidade melhor. Com toda a rapidez desse crescimento, estamos quebrando as barreiras entre a imaginação e a realidade.
Hollywood e a grande mídia estão condicionando a sociedade global, alterando convincentemente nossa maneira de pensar a fim de abraçarmos essas causas como sendo o progresso, apresentando a evolução de Darwin como a justificativa para aceitarmos essa modificação da humanidade como necessária.
Estamos caminhando para uma era onde acreditar numa Divindade Bíblica é ser desdenhado e ironizado, sendo substituído pela nova religião que Frank Peretti chamou de “Cientificismo”. A ciência está se transformando numa religiosidade que é caracterizada por um tipo de fé, ao contrário dos suas diretivas básicas de uma metodologia observacional e probabilística. A sociedade está sendo guiada a aceitar cegamente essas tecnologias invasivas sem considerar a caixa filosófica de Pandora que está sendo aberta.
“A Singularidade”
Num recente trailer de Hollywood intituladoTranscendence,estrelando Johnny Depp, o filme mergulha numa ideologia cunhada por Ray Kurzweil como “A Singularidade”. Ela é baseada na premissa que a inteligência artificial um dia se tornará transcendente, essencialmente um tipo de divindade ou “artilecto”, uma palavra criada pelo Professor de Cibernética, Hugo De Garis.
Esse pensamento é baseado no que é conhecido como a Lei de Moore, que é a observação de que a tecnologia duplica em poder computacional a cada dois anos. Esse crescimento exponencial foi matematicamente predito para ultrapassar todas as barreiras por volta de 2045. Não existe maneira de sabermos onde esse progresso nos levará, mas existe uma conjectura de que essa grande IA irá construir o caminho, ou de alguma forma manifestar o que o Livro de Apocalipse descreve como A Besta. Esse híbrido tecnológico de homem e máquina não é mais uma ficção científica, mas uma tempestade terrivelmente próxima e rápida objetivando ideias e invenções.
Chuck Missler nos dá um exemplo de Singularidade no recentemente lançado documentário intitulado Transhumanism: Recreating Humanity, ao ilustrar mostrando um computador para explicar a relação entre espírito e corpo.
Mesmo que um engenheiro possa conhecer cada capacitor e fio que está dentro da maquinaria do computador, ele não pode obter o conhecimento do programa instalado tentando retirá-lo fisicamente. O programa que reside no ambiente do computador não tem massa, ele pode ser enviado pelo ar e através das paredes. Ao fazer uma ponte para conectar esse mundo digital e concebermos o implante desses receptores diretamente em nosso corpo físico, Missler nos alerta que podemos estar abrindo um caminho de comunicação dupla com espíritos do reino sobrenatural. Ele continua explicando que, na demonologia, tal contato é chamado de “entrada”. Essas conexões espirituais incluem encontros metafísicos experimentados quando se brinca com o tabuleiro de Ouija, ou em outras práticas dentro de rituais ocultos, onde ambos pode levar à possessão demoníaca.
Em Transhumanism: Recreating Humanity, Rachel Haywire, uma porta-voz do transhumanismo, foi perguntada sobre a iminência da Singularidade numa entrevista e respondeu: “o transhumanismo é o próximo passo na evolução, ele vai acontecer, é inevitável.”
O que a Bíblia Diz?
Se esse movimento é tão radical quanto esse documentário nos mostra, onde toda a humanidade será eventualmente implantada e modificada por tal tecnologia, então as pessoas têm que estar alertas para as consequências. Em relação ao Transhumanismo, parece que as Escrituras possuem uma impressionante revelação. É claro que as palavras: Singularidade, Transhumanismo, Inteligência Artificial, Robótica e etc, não aparecem na Bíblia. No entanto, se tivermos uma perspectiva elevada e a capacidade espiritual de entendimento, o futuro é revelado em detalhes incríveis e surpreendentes.
“Como nos dias de Noé”, assim será quando o Messias voltar a Terra. Essa é uma referência surpreendente que tem sido geralmente entendida como que todo mundo na terra fosse viver seu dia-a-dia normal, “se casando e dando-se em casamento”. Isso leva a assumir que o tempo que imediatamente preceder o Retorno Triunfante será “ordinário” e como qualquer outro dia. No entanto, um Cristão estudioso notará que essa conclusão é exatamente oposta ao verdadeiro significado.
Para chegarmos a essa conclusão, devemos reconhecer que a Torre de Babel foi construída durante os dias de Noé, mesmo que depois do Dilúvio. Aqui, Deus faz uma declaração importante sobre a humanidade que parece ir até contra Sua própria onipotência! Deus impõe um tampão na humanidade para desencorajá-la ao aparente objetivo que desejam chegar que é tudo o que o homem puder imaginar. Essa foi a segunda vez nas Escrituras que Deus manda uma ordem que restringe a habilidade do Homem em se tornar imortal, a primeira barreira colocada por Deus para dissuadir o Homem de alcançar a divindade foi uma espada de fogo e um querubim colocado na entrada do Jardim do Éden. Isso foi instalado para impedir Adão de comer da Árvore da Vida, que resultaria em imortalidade, e o homem se tornaria como Deus.
A segunda barreira que Deus criou foi a confusão de línguas em Babel. Deus expressamente disse em Sua Palavra que “nada que eles desejarem alcançar será impossível para eles!” E se pegarmos a afirmação de Deus de forma literal, então entenderemos que estamos entrando novamente numa era onde o homem será capaz de alcançar o que ele quiser através da união de uma linguagem global.
A Nova Linguagem Comum
Entendendo que a era na qual vivemos atualmente é uma que a Bíblia diz mais sobre do que até mesmo quando o Messias andou pela terra: o tempo que precederia Seu triunfante retorno. Missler mostra que ainda existem alguns eventos que devem tomar lugar antes que esse dia chegue, mas considere isso como estando bem próximo. Estamos entrando no que Tom Horn considera ser a Era Híbrida.
Para os Cristãos bíblicos, esse não é um tema estranho. Em Gênesis nós lemos sobre um tempo onde os anjos caídos reproduziram com humanos e criaram um tipo de super-raça. Deus viu que essas criaturas eram uma abominação, pois eles ameaçavam a própria existência de Sua criação especial, a qual fora feita em Sua imagem e dentro da qual Ele soprou Vida.
Horn menciona na conclusão do filme que esses eventos deveriam engatilhar grandes debates sobre o excepcionalismo do que significa ser humano, como está mencionado nos escritos de C. S. Lewis e outros teólogos reverenciados.
O Dilúvio foi a primeira “limpeza” da humanidade, essencialmente o “conserto” de humanos criados por Deus contaminados “organicamente”.
A segunda “limpeza” aconteceu durante o tempo de Josué e os primeiros Israelitas indo até o Rei Davi em Israel. Essa foi uma tentativa de manter A Terra Prometida e o Povo Escolhido de Deus livres dos impuros, os DNAs poluídos dos Nephilim transhumanos.
Alguns tomam essa batalha como a metáfora de um jovem humana batalhando contra um obstáculo gigante em sua vida, ao invés de uma luta de verdade para a sobrevivência de espécies. Até recentemente, essa metáfora parecia mais realista. Agora, no entanto, entendemos que o conhecimento da modificação genética que se espalha, mais uma vez nos ameaça.
A comunidade científica está ganhando espaço e está rastejando em direção ao dia no qual poderemos criar uma espécie híbrida que não mais será humana, mas pós-humana. Algo que muitos dentro do movimento do Transhumanismo consideram ser uma espécie mais altamente desenvolvida, um Humano 2.0. — Fonte: www.efesios612.com