Apócrifos, SIM OU NÃO? Conheça a Bíblia de Ellen G. White!

Você já deve ter ouvido falar que alguns dos profetas bíblicos, quando recebiam uma visão ou mensagem do Céu, experimentavam fenômenos físicos sobrenaturais. Daniel, por exemplo, no capítulo dez de seu livro, conta que viu coisas que outros perto dele não viram (vs. 7); experimentou uma perda de força natural (vs. 8) e em seguida foi dotado com força sobrenatural (vs. 10, 11, 16, 18, 19). Ele ficou totalmente inconsciente de suas circunstâncias imediatas (vs. 9) e não respirou durante este espaço de tempo (vs. 17).

Esse é um dos argumentos que nós, adventistas, costumamos usar em defesa do ministério profético de Ellen G. White, uma vez que ela também experimentou fenômenos físicos como esses ao receber suas primeiras visões. Aquela moça franzina de apenas 17 anos parecia adquirir super-força, enquanto estava literalmente sob inspiração divina!

Era como se Deus quisesse impressionar também visualmente os presentes, como fez com as líguas e fogo sobre os apóstolos no Pentecostes.

Segundo o Centro de Pesquisas Ellen G. White do Unasp, embora os fenômenos físicos que algumas vezes acompanhavam as visões não sejam um teste em si, eles satisfazem, nas mentes da maioria das testemunhas oculares, a evidência da obra do poder divino. Aqueles que testemunharam pessoalmente Ellen White em visão observaram muito cuidadosamente o que ocorria. Dos relatos disponíveis podemos formar o seguinte resumo::

1. Antes de uma visão, tanto a Sra. White quantos os que estavam no aposento sentiam uma profunda impressão da presença de Deus.

2. Quando a visão começava, Ellen White exclamava: “Glória!” ou “Glória ao Senhor!”, repetidas vezes.

3. Ela experimentava uma perda de força física.

4. Subseqüentemente, ela muitas vezes manifestava força sobrenatural.

5. Ela não respirava, mas seu batimento cardíaco continuava normal, e a cor em suas faces era natural.

6. Ocasionalmente ela proferia exclamações indicativas da cena que lhe estava sendo apresentada.

7. Seus olhos ficavam abertos, não com olhar distante, mas como se estivesse atentamente assistindo algo.

8. Sua posição podia variar. Às vezes ela ficava sentada; às vezes reclinada; às vezes andava em volta do aposento e fazia gestos graciosos enquanto falava sobre os assuntos apresentados.

9. Ela ficava absolutamente inconsciente do que estava ocorrendo ao seu redor. Não via, ouvia, sentia, nem percebia de modo algum o ambiente ou os acontecimentos que a cercavam.

10. O final da visão era indicado por uma profunda inspiração, seguida em aproximadamente um minuto por outra, e logo sua respiração natural recomeçava.

11. Imediatamente após a visão tudo parecia muito escuro para ela.

12. Dentro de pouco tempo ela recuperava sua força e habilidades naturais.

Fonte: http://centrowhite.org.br/perguntas/vida-e-ministerio-de-ellen-g-white/

A história de Ellen White segurando uma grande Bíblia é fato ou ficção?

egwbibleNo início de 1845, enquanto estava em uma visão na casa de seus pais em Portland, Maine, Ellen Harmon (mais tarde White), então com 17 anos, tomou a grande Bíblia da família e a segurou com seu braço esquerdo estendido por cerca de 20 a 30 minutos. A história foi documentada por J. N. Loughborough, que entrevistou as pessoas que testemunharam a visão, incluindo o pai, a mãe e a irmã de Ellen. A Bíblia, em exposição ainda hoje no White Estate, (veja fotos acima) pesa 8 quilos e foi impressa por Joseph Teal em 1822.

William C. White, o filho de Ellen White, também relatou ter ouvido o incidente de seus pais. Há outros relatos de Ellen White segurando grandes Bíblias enquanto em visão, incluindo o de uma testemunha ocular, impresso em Spiritual Gifts, vol. 2, p. 77-79.

Tais experiências não deveriam ser consideradas prova de inspiração divina, já que os profetas devem satisfazer aos testes apresentados nas Escrituras; mas esta experiência, assim como outros fenômenos físicos notáveis, eram vistos por muitos dos primeiros adventistas como evidência de que as visões de Ellen Harmon eram de origem sobrenatural.

Leitores superficiais de uma discussão de 1919 a respeito da “grande Bíblia” concluíram erradamente que o presidente da Associação Geral, A. G. Daniells, questionou a historicidade do incidente. Eles não compreenderam o ponto de vista de Daniells, que ele esclareceu quando lhe perguntaram se estava duvidando do milagre ou declarando que ele não usaria tais manifestações como uma “prova” de inspiração. Ele respondeu: “Não, eu não descreio nem duvido deles; mas eles não são o tipo de evidência que eu usaria com estudantes ou com descrentes…. Não os questiono, mas não acho que eles são o melhor tipo de prova para se apresentar” – (Minutes of the Bible and History Teachers’ Council, 30 de julho de 1919, p. 2341-2344, 2360-2362).

E referindo-se mais diretamente à questão das histórias sobre Ellen White segurar uma Bíblia grande e pesada sobre a mão estendida enquanto em visão, olhando não para as páginas, mas em outra direção, mas citando os textos para os quais um dedo da mão oposta apontava, o pastor Daniells declarou: “Eu não sei se isso foi feito ou não. Eu não tenho certeza. Eu não vi isso, e eu não sei se já falei com alguém que o viu”.

Não precisamos ir longe para descobrir por que Daniells não havia testemunhado um evento desta natureza. Houve apenas quatro ocasiões onde Ellen White segurou uma Bíblia em visão: três vezes em 1845 e uma em 1847. Arthur Daniells só nasceu em 1858, pelo menos 11 anos depois que ocorreu o último incidente registrado de Ellen White segurar uma Bíblia.

A pesquisa mostra que os fenômenos físicos eram mais característicos dos primeiros tempos da experiência da Sra. White. Na verdade, a última “visão aberta” registrada ocorreu numa reunião campal em Portland, Oregon, em 1884, somente seis anos depois que Daniells entrou no ministério evangélico.

Não nos causaria surpresa, portanto, que Daniells nunca tenha visto a Sra. White segurando uma grande Bíblia em visão. Ele provavelmente viu muito poucas outras manifestações de fenômenos físicos, que cessaram logo após ele ter entrado para o ministério. Também não é de surpreender que ele não tenha encontrado nenhum contemporâneo que tivesse observado tais fenômenos – eles provavelmente também eram muito jovens!

Alguns críticos afirmam que as evidências por trás de pelo menos duas histórias do fenômeno de segurar a Bíblia não são confiáveis porque as histórias só foram registradas 45 anos depois que os eventos ocorreram; e porque foram relatadas por um escritor denominacional que não era um historiador formado. Embora possa haver alguma validade nesta preocupação, o fato permanece que o White State ainda possui em seu cofre um relato de uma testemunha ocular do evento, que se sabe ter sido escrito em alguma ocasião entre 1847 e 1860. O observador foi Otis Nichols, e o incidente que ele relatou ocorreu durante a visão que foi provavelmente a mais longa de Ellen White, em Randolph, Massachusetts, no inverno de 1845.

Durante esta visão, que durou aproximadamente quatro horas, Ellen Harmon (que não era casada naquela época) segurou “uma grande e pesada Bíblia de família” e a ergueu “tão alto quanto ela podia alcançar”. A Bíblia estava “aberta em uma das mãos”, e ela então começou “a virar as folhas com a outra mão e a colocar seu dedo sobre certas passagens e corretamente dizer suas palavras” – tudo isto com sua cabeça virada em outra direção!

Nesta atividade “ela continuou por um longo período”. Ellen White acreditava que este relato fosse um registro acurado de uma experiência genuína, porque ela citou três parágrafos dele num relato autobiográfico publicado em 1860.

Arthur G. Daniells nunca disse que o evento não aconteceu, como os críticos alegam. Em vez disso, ele simplesmente disse que não o viu e não conhecia ninguém que o tivesse visto. Contudo, se o pastor Daniells (que era membro da comissão de depositários do Patrimônio White) tivesse feito o esforço de ir ao cofre e examinar a evidência documentária que ainda está preservada lá, não teria tido qualquer dúvida quanto a Ellen White já ter segurado uma Bíblia em visão, ou quanto a se ela respirava durante suas visões públicas diurnas.

Leia também: http://centrowhite.org.br/perguntas/perguntas-sobre-ellen-g-white/o-dom-profetico-em-operacao/

ellenwhite-vision

A Grande Bíblia da Família White continha os Apócrifos

Um detalhe curioso e importante em relação a essa grande e pesada Bíblia que Ellen White manteve erguida e folheava enquanto apontava versículos citados sem olhar para ela é que essa Bíblia continha os chamados livros apócrifos ou deuterocanônicos das Bíblias católicas. O exemplar pertencia a seus pais e está guardada no White Estate à disposição dos visitantes, como vimos nas fotos acima.

Na lombada, os nomes de Robert e Eunice Harmon estão gravados com letra dourada. O espesso volume foi impresso em Boston por Joseph Teal, no ano de 1822 e é ilustrado com vinte e seis belas gravuras. Entre o Antigo e o Novo Testamentos, uma folha contém o registro da família, preenchido por Tiago White. Em seguida, ainda entre os Testamentos, estão os livros apócrifos do Antigo Testamento, ausentes nas chamadas Bíblias protestantes.

Apesar da localização de supostas citações indiretas de obras apócrifas como “O Livro dos Justos”, traduzido para o inglês em 1840, prática apontada como evidência de plágio por críticos de Ellen White, não há qualquer documentação ou evidência quanto à citação direta de passagens dos apócrifos católicos por iniciativa dela em suas primeiras obras impressas.

Por ocasião da republicação dos relatos de suas primeiras visões no livreto intitulado “Uma Palavra ao Pequeno Rebanho”, Tiago White, esposo e editor dos livros da mensageira do Senhor, incluiu nas notas de rodapé oito referências a passagens bíblicas e sete referências aos livros apócrifos de II Esdras e Sabedoria de Salomão. Esses versículos foram usados para relacionar o conteúdo das visões de sua esposa com textos bíblicos confirmatórios de sua veracidade e procedência divina.

Na parte inferior das páginas 15 e 17, por exemplo, há citações do apóccrifo de II Esdras acrescentadas ao texto de Ellen White:

E no meio deles havia um homem jovem de estatura alta, mais alto do que todo o resto, e em cima de cada uma das suas cabeças ele colocou coroas, e foi mais exaltado; que fiquei muito maravilhado. — 2 Esdras 2:43.

E, como muitas fontes que mana leite e mel, e sete poderosas montanhas, quando então lá crescem rosas e lírios, em que eu vou preencher os teus filhos com alegria. — 2 Esdras 2:19.

Essa é uma das poucas vezes em que textos de Ellen White aparecem conectados diretamente aos livros apócrifos da Bíblia King James. Esse pequeno livro de Ellen White continha relatos de suas primeiras visões sobre a Nova Terra e o Santuário celestial, com ênfase na perpetuidade da Lei de Deus.

Evidentemente, Tiago White apontou semelhanças entre o que Ellen White escreveu sobre os eventos finais e algumas informações disponíveis em II Esdras e no apócrifo da Sabedoria de Salomão. Por isso, usou essas referências do mesmo modo como costumava referenciar as Escrituras nos textos de Ellen White.

Fonte: https://text.egwwritings.org/publication.php?pubtype=Book&bookCode=15MR&pagenumber=65

Em outra ocasião, segundo relatório assinado por três testemunhas oculares, menciona-se a expressão “o livro escondido” usada por Ellen White, para referir-se aos apócrifos, durante uma visão. Este é o relato:

Durante uma reunião realizada na casa do irmão Curtis, em Topsham, Maine, Ellen White foi arrebatada em visão e se levantou. Ela se pôs de pé e tomou a grande Bíblia da família de sobre a mesa, e segurou-a por algum tempo acima de sua cabeça, em um ângulo de quarenta e cinco graus. Para surpresa de todos, sem olhar para o conteúdo da Bíblia, ela disse que o “livro escondido” não estava lá.

Quando alguém quis saber se aquele exemplar da Bíblia não continha mesmo os apócrifos, o irmão Curtis respondeu que os havia retirado. Nenhum dos visitantes dispunha dessa informação, mas o Sr. Curtis e sua família sabiam que os apócrifos não estavam lá, no meio da Bíblia, como em outras edições dessa Bíblia familiar e de púlpito, porque alguns dias antes da reunião optaram por removê-los.

Assim, a fé de todos eles na origem divina das visões de Ellen G. White foi confirmada. O Sr. S. Howland, Rebecca Howland e Winslow Frances e Howland Lunt foram testemunhas oculares desse fato.

No relatório de uma visão dada a Ellen White em Oswego, Nova Iorque em 26 de janeiro de 1850, com uma cópia datada de 28 janeiro de 1850, Ellen White faz novamente uma referência ao “livro escondido”. Sua descrição do que foi mostrado a ela na visão contém muitos detalhes descritos em quatro páginas e um quarto datilografadas, mas perto do final de seu depoimento, encontramos estas palavras:

“Todos, todos os que guardam os mandamentos de Deus, entrarão pelas portas na cidade e terão direito à árvore da vida e a sempre estar na presença do amável Jesus, cujo semblante brilha mais que o sol ao meio-dia. Eu, então, vi a palavra de Deus pura e autêntica, e que devemos responder pela maneira como recebemos a verdade proclamada dessa palavra. Eu vi que ela tinha sido uma marreta para quebrar um coração de pedra em pedaços, e um fogo para consumir a escória e impurezas para que o coração possa ser puro e santo…

Agora, vem o trecho que gostaríamos de destacar:

Eu vi que os Apócrifos são o livro escondido, e que os sábios destes últimos dias devem entendê-lo. Vi que a Bíblia é o livro padrão, que nos julgará no último dia. Vi que o céu seria barato o suficiente, e que nada era muito caro a sacrificar por Jesus, e que devemos dar tudo para entrar no reino.” — Manuscript 4, 1850, (A copy of E. G. White’s vision which she had at Oswego, N.Y.).

O sentido da mensagem inspirada parece claro: A Bíblia protestante, com seus 66 livros, conforme a conhecemos, é a norma padrão pela qual todos seremos por fim avaliados. Mas nestes últimos dias seremos sábios se atentarmos para informações adicionais contidas nos chamados livros apócrifos, tanto aqueles que foram incluídos na Bíblia Católica, quanto os que compunham a “Bíblia oculta” ou “livro escondido” em mosteiros, como, por exemplo, o livro I Enoque (versão etíope) e o manuscritos encontrados nas cavernas de Qumran.

Dizer que Ellen White em nenhum momento posterior mencionou os apócrifos, embora tenha tido ocasião para chamar a atenção da igreja para o “livro escondido” e recomendar a sua leitura ou explicar sua importância e significado, seria dar mais valor ao “silêncio” do que as suas claras e inequívocas palavras registradas acima.

Outras fontes:

http://sopvindicated.org/AuthorsBlog/category/bible-1611-apocrypha/

http://archives.adventistreview.org/2002-1513/story2.html

http://sdabol.org/Apocrypha/apo-p1.htm

https://www.ministrymagazine.org/archive/1994/02/visions-and-revisions

https://www.ministrymagazine.org/archive/1966/12/the-spirit-of-prophecy-apocrypha

http://www.adventistonline.com/forum/topics/egw-endorsed-the-apocrypha

http://www.earlysda.com/flock/lflock-egwhite.html

http://archives.adventistreview.org/2002-1513/story2.html

http://answersforadventists.wordpress.com/resources/articles-2/the-apocrypha/

http://www.whiteestate.org/issues/faq-unus.html

4 comentários em “Apócrifos, SIM OU NÃO? Conheça a Bíblia de Ellen G. White!”

  1. Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. Colossenses 2:14 se foi tirada do meio de nos como e que vcs dizem que tem algum mandamento escondido

  2. Por favor, preciso de um link do livro “Ritual do Santuário” que foi publicado no site Adventistas.Com a muito tempo atrás. Aguardo.

Deixe um comentário para jadilson Cancelar resposta