Desmond Doss foi, com certeza, um valente leigo adventista do sétimo dia, que não perguntou a nenhum pastor ou líder da IASD se deveria ou não alistar-se para a guerra, mas o fez voluntariamente e decidido a não portar armas.Se perguntasse ou pesquisasse, talvez ficasse surpreso ao saber que naquele momento lideranças da IASD na Europa apoiavam a Hitler! A própria Associação Geral havia trazido para os Estados Unidos Hulda Jost, uma propagandista do nazismo.
Apesar disso, Desmond Doss não precisaria ter ido à guerra, uma vez que o serviço militar não era obrigatório como é no Brasil. Afinal, todo cristão sabe que deve amar os inimigos. Um seguidor de Cristo deve ser pacificador porque sua cidadania não é deste mundo. Assim sendo, um jovem adventista que não aceitava usar armas por uma questão de princípio religioso não deveria jamais ir à guerra e, igualmente, não deveria apoiá-la ou legitimá-la com sua presença, ainda que com supostos propósitos beneméritos.
O que fez com que Desmond Doss se diferenciasse dos outros soldados adventistas foi o absurdo fato de que ele se alistou voluntariamente para a guerra como não-combatente. O que um não-combatente iria fazer numa guerra? Aliás, foi por isso que todos estranharam a presença de Doss entre os que se preparavam para um período sangrento de lutas e sofrimento nos campos de batalha.
Se você ainda não viu o filme, ou caso decida assisti-lo no cinema ou em casa, perceberá que em uma das cenas iniciais, o irmão de Desmond Doss, que se alistou como combatente, afirma que muitos outros jovens da Igreja Adventista fizeram o mesmo. Ou seja, centenas de jovens adventistas foram para a guerra como combatentes! Para lutar em nome dos Estados Unidos, não em nome de Jesus. Aliás, a história dos dois missionários jesuítas no Japão, mostrada no filme “Silêncio” de Martin Scorcese, parece muito mais coerente com os valores de resignação e altruísmo do cristianismo do que o paseudo-heroísmo de Doss, que justifica o massacre de japoneses pelo Exército americano.
VERGONHA: Na Primeira Guerra Mundial; líderes adventistas alemães ordenaram que soldados adventistas usassem armas para defender a Alemanha mesmo no sábado. Foi quando surgiu o Movimento Adventista de Reforma. (Leia o Artigo “Amar Nosso Inimigo, Reflexões sobre o Centenário da I Guerra Mundial” da Adventist World.) Na Segunda Guerra Mundial, veio o indesculpável apoio a Hitler! Pesquise aqui no site sobre o tema.
Busque também informações sobre o Projeto Whitecoat, em que líderes da IASD nos EUA negociaram o uso de centenas de jovens adventistas não-combatentes como cobaias para a produção de armas químicas.
Hoje, embora o serviço militar continue não sendo obrigatório nos Estados Unidos, “segundo o diretor do departamento de Arquivos, Estatísticas e Pesquisas da Associação Geral, David Trim, estima-se que 6 mil adventistas sirvam nas forças armadas dos Estados Unidos atualmente. Além disso, conforme acrescenta Márcio Costa, 2,5 mil adventistas norteamericanos combateram na Guerra do Golfo.” (Informação publicada pela Revista Adventista.) E em outros países, a IASD segue apoiando a governantes corruptos e facínoras como o presidente José Eduardo dos Santos em Angola. Acesse www.angoadventistas.com e saiba de todos os detalhes.
Carona no romance. Para completar o vexame, a Organização Oportunista do Sétimo Dia e dos outros seis, tenta agora pegar carona numa versão romanceada da história desse leigo adventista que foi contra os apoiadores de Hitler, servindo como paramédico no exército americano. O cinema, que antes era proibido para adventistas, agora virou centro de evangelismo, ainda que o filme contenha forte percentual de ficção como demonstra a Revista Veja.
Outro ponto negativo do filme é o forte preconceito de raça contra os japomeses, que são apresentados literalmente como “animais” que matavam preferencialmente os médicos inimigos. É como se Desmond Doss estivesse numa guerra santa, entre cristianismo e budismo, com o filme tentando provar que Deus é americano e o Diabo, japonês.
Será que esse filme servirá como pretexto evangelístico no Japão, ou mesmo no Bairro da Liberdade em São Paulo? Convide os japoneses que você conhece para assistir ao filme e veja se o resultado será positivo… Contudo, quem sou eu para falar mal de seus pastores e suas idéias mirabolantes, amigo leitor! Sou apenas um dissidente recalcado, na opinião dos líderes da IASD, nas eu penso por conta própria e raciocino com o cérebro que Deus me deu.
A pergunta que não quer se calar neste caso é apenas uma: Poderia um Adventista do Sétimo Dia participar, como enfermeiro padioleiro ou paramédico, das ações de um grupo de extermínio de japoneses — ainda que fossem japoneses traficantes! — sem ser considerado cúmplice dos homicídios praticados por esse grupo? Não, lógico que não. Portanto, Desmond Doss não atirou, mas deu suporte para quem atirava. Aí, dá na mesma. ´
É como se o herói do filme Hacksaw Ridge houvesse dito a seus colegas de farda: “Matem o máximo de japoneses que conseguirem, que eu vou atrás e recolho os pedaços de vocês…” Aliás, se no filme da Paixão de Cristo, Mel Gibson se queimou com os judeus, ganhando fama de anti-semita, agora será conhecido também por racismo antinipônico…
PARA REFLEXÃO: Na vida real, se nenhum soldado americano fosse até lá para guerrear, quantos daqueles japoneses ou seus descendentes ainda estariam vivos e teriam chance de ouvir sobre o plano da salvação?
Numa batalha como aquela, a possibilidade de um daqueles soldados ouvirem sobre Jesus Cristo e aceitá-lo como Salvador pessoal era reduzida e encurtada drasticamente numa fração de segundos, na velocidade de uma rajada de metralhadora ou disparo de um lança-chamas. Se Doss pretendesse fazer diferença como cristão, teria ido ao Japão como missionário, portador de esperança!
Meu avô, apenas como ilustração, foi convocado pelo Exército Brasileiro para ir a essa mesma guerra. Era obrigação dele ter ido, mas não foi. Ficou por aqui porque era recém casado, já tinha um filho pequeno, meu pai, e outros estavam a caminho… E ele simplesmente não foi para a guerra nem como enfermeiro padioleiro nem como nada. Simplesmente ignorou a guerra.
Para mim, meu falecido avô foi mais herói que o irmão Desmond Doss. O suposto herói americano se apresentou como voluntário para a guerra, segundo o filme, por se sentir atingido e ultrajado pelo ataque japonês a Pearl Harbor. Achou que deveria fazer alguma coisa pelos Estados Unidos e foi dar apoio e cobertura aos seus colegas de matança de japoneses… Meu avô ignorou a guerra e proveu melhores condições de vida para sua fanília, sem maqtar nem ser cúmplice da morte de ninguém.
Meu avô poderia ter sido preso como desertor, mas não foi para a guerra matar nem dar apoio à matança ou mutilação de ninguém. E ele nem era Adventista! Era calólico. Aliás costumava dizer que religião é meio de ganhar dinheiro.
Se pesquisar direitinho por aí, talvez o leitor possa até descobrir que seus bisavós ou tataravós vieram para o Brasil exatamente para escapar também dos horrores das muitas guerras promovidas pelo Diabo neste mundo.
Ah e para não dizer que não falamos contra a Trindade neste post, o louvor que o grupo musical da igreja de Doss entoa no filme, é direcionado ao Pai, através do Filho…
Caro senhor que escreveu sobre o Doss na guerra dos EUA contra o Japão. Como Churchill disse numa guerra não há vencedores todos saem perdendo. No meu ponto de vista Doss foi um patriota defendeu o seu país até o final e infelizmente ir a guerra é um mal necessário é uma circunstância onde o soldado tenta defender os seus até o último. Quando a primeira guerra acabou Churchill já tentava alertar a nação para o pior mas muitos diziam não queremos mais guerra. Mas os Alemães não pensavam assim. Portanto antes de julgar um herói de guerra pensa no contexto todo da história
O que realmente a Igreja fez ou faz que alguma vez o senhor tenha achado bonito ou elogiado?Interessante que tudo que a igreja faz ou até mesmo deixa de fazer tem sido usado para condena-la. Parece uma obsessão em querer destruir o nome da igreja.
Leio seus artigos como observador, porém confesso que nunca vi tanto ódio de alguém em relação a uma denominação religiosa que até pouco tempo atras, o amigo fez parte. Entendo sua decepção com a organização adventista, mas não seria o caso do amigo repensar sua motivação de vida? Por que não tenta estar em um ministério de ajuda ao semelhante? Há muita coisa para se fazer e enquanto muitos estão fazendo algo de positivo, percebe-se claramente uma unica intenção, aquela de tentar aniquilar a igreja adventista.
Sei que não sou ninguém para te dar conselhos, pois como já li muitos dos seus outros artigos, o amigo, é um homem cheio de conhecimentos e sábio nas palavas, apenas estou orando para que Deus faça você repensar a forma como tem utilizado os talentos que Deus lhe deu. Abraços!