Embora Michelson Borges use citações de Ellen White para exigir que membros da Igreja Adventista creiam no “globo”, ou “mundo esférico” todas as visões e sonhos dados por Deus a ela envolveram o cenário da “cosmologia da terra plana”, inclusive a escalada de uma “parede” ou “muralha alta, lisa e branca”, nos limites onde a terra encontra o céu.
E apesar disso, tanto o áudio quanto o texto oficial da crença adventista na Criação, embora com diferenças, não incluem a fé no “globo”, defendida por Michelson Borges:
6 — A Criação
“Deus comunica por meio das Escrituras o relato autêntico e histórico de sua atividade criadora. Ele criou o universo; e, em uma criação recente, que durou seis dias, o Senhor fez “os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” e descansou no sétimo dia. Assim Ele estabeleceu o sábado como memorial perpétuo da obra que Ele realizou e terminou em seis dias literais que, junto com o sábado, constituem a mesma unidade de tempo que hoje chamamos de semana. O primeiro homem e a primeira mulher foram formados à imagem de Deus como obra-prima da criação, foi-lhes dado domínio sobre o mundo e atribuiu-se-lhes a responsabilidade de cuidar dele. Quando o mundo foi concluído, ele era “muito bom”, proclamando a glória de Deus.”
Gn 1–2; 5; 11; Êx 20:8-11; Sl 19:1-6; 33:6, 9; 104; Is 45:12, 18; At 17:24; Cl 1:16; Hb 1:2; 11:3; Ap 10:6; 14:7
Fonte: https://www.adventistas.org/pt/institucional/crencas/
No áudio, a criação acontece totalmente em seis dias, seguidos pelo primeiro sábado da história humana. No texto, existe um intervalo entre a criação do Universo (“big bang”) e a criação do mundo em que vivemos, sem menção ao globo nos dois casos…
A expressão bíblica “os céus e a terra”, adotada pela IASD, em sua crença número seis, para referir-se ao nosso mundo, descreve a cosmologia bíblica hebraica do universo, com a terra (solo), jovem e imóvel, sobre as profundezas do mar (abismo), coberta por um domo (raqia’ no hebraico) sólido, ao qual o próprio Deus chamou “céus”, uma vez que separou as águas de cima das águas de baixo, dando origem ao “primeiro céu”, por onde circulam as nuvens e pássaros; um “segundo céu” (face inferior do domo), onde foram fixados o Sol, a Lua e as estrelas no quarto dia; e um “terceiro céu” (mostrado a Paulo), acima das águas de cima, onde está o trono, santuário celestial e a Nova Jerusalém.
Logomarcas
A recente mudança na logomarca registrada da Igreja Adventista do Sétimo Dia eliminou a figura do globo que havia em sua primeira versão:
E conforme já reportamos aqui, a Logomarca de plano de ação da IASD 2015-2020 assume cosmologia da Terra plana:
Além disso, logomarcas regionais de Igrejas Adventistas também começam a incluir referências implícitas à cosmologia hebraica da terra plana, coberta por um domo sólido. É o caso, por exemplo, da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Turlock, na Califórnia, EUA:
Nem na Terra “pizza”.
Caro irmão, reescrevemos e adicionamos ilustrações ao texto para facilitar-lhe a compreensão. Por favor, releia-o. E lembre-se que a expressão bíblica “os céus e a terra”, adotada pela IASD, em sua crença número seis, para referir-se ao nosso mundo, descreve a cosmologia bíblica hebraica do universo, com a terra (solo), jovem e imóvel, sobre as profundezas do mar (abismo), coberta por um domo (raqia’ no hebraico) sólido, ao qual o próprio Deus chamou “céus”, uma vez que separou as águas de cima das águas de baixo, dando origem ao “primeiro céu”, por onde circulam as nuvens e pássaros; um “segundo céu” (face inferior do domo), onde foram fixados o Sol, a Lua e as estrelas no quarto dia; e um “terceiro céu” (mostrado a Paulo), acima das águas de cima, onde está o trono divino, santuário celestial e a Nova Jerusalém.