Íntegra da palestra na IASD do Voqueirão, em 14 de agosto de 2016:
https://www.youtube.com/watch?v=iFTCbXVCn2k
Bandeira da Alemanha Nazista
RESUMO |
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Igreja Nazista do Sétimo Dia?
Igreja Nazista do Sétimo Dia? Como assim? Será que o problema não estava em alguns membros e não na denominação?
A resposta vai deixar chocado o adventista sincero que ama a Cristo.
O que segue é um resumo de pesquisas acadêmicas realizadas por vários estudiosos. Todos são adventistas, com uma única exceção.
Leia a postagem e julgue você mesmo.
O caso de Hermann Kobs
“O pastor e teólogo adventista Hermann Kobs, que trabalhava na cidade de Leipzig, na Alemanha, foi suspenso porque deu um jeito para um irmão judeu assistir aos cultos. Esse irmão na fé havia sido expulso da congregação adventista por ser judeu. A suspensão de Kobs foi ordenada por sugestão dos líderes da igreja; a explicação oficial é que aquela era uma ‘medida cautelar’. Na verdade, em 1942 Kobs foi preso por causa de sua atitude amistosa com os judeus. Depois de mais de um ano de trabalhos forçados, foi libertado.”1
Existem, infelizmente, muitas histórias de adventistas perseguidos e traídos por seus irmãos de fé. Isso foi resultado da nefasta influência do nazismo na vida da IASD da Alemanha e seus membros. A história acima é apenas um exemplo. Outras histórias como essa você encontra na postagem Casos de adventistas traídos pelo adventismo.
A IASD e o nazismo
É inquestionável o envolvimento da IASD com o nazismo. Hitler, o principal expoente nazista, governou a Alemanha entre 1933 e 1945. Veja o que os próprios estudiosos adventistas escreveram sobre o assunto:
“Na Alemanha os adventistas apoiaram a política externa nazista e, finalmente, a guerra.”2
“Não se pode elogiar a Igreja Adventista do Sétimo Dia por suas ações durante o regime nazista.”3
O fato é que, por mais de dez anos, a IASD da Alemanha apoiou o nazismo, perseguiu judeus, aceitou que seus membros fossem lutar na guerra e concordou com o “decreto dominical” nazista que exigia que todos estudassem e trabalhassem no sábado.
O estranho vocabulário nazista
Neste estudo vão surgir algumas palavras que talvez você não conheça. Explico o sentido para você:
- eugenia = no pensamento nazista a eugenia era a busca do aprimoramento da raça alemã, com o nascimento de pessoas racialmente mais puras; algumas práticas eugênicas adotadas pelo nazismo foram esterilização forçada e eutanásia (inclusive o genocídio de judeus)
- Führer = “líder” ou “grande líder”, isto é, Hitler
- Gestapo = a temida e cruel polícia política nazista
- nacional socialismo = mesma coisa que nazismo
- nazismo = ideologia totalitária, defendida por Hitler, a qual pregava a superioridade da raça alemã, a eugenia, o antissemitismo, o anticomunismo e a união de todos os povos alemães4
- suástica = símbolo nazista usado, por exemplo, na sua bandeira (veja, no alto da página, imagem da bandeira nazista)
- Terceiro Reich ou, simplesmente, Reich = Terceiro Reino, a ideia de Hitler de uma Alemanha que seria gloriosa durante mil anos
O envolvimento da IASD com o nazismo
Os adventistas saúdam a chegada do nazismo
“Adolf Minck, que era diretor do ministério com jovens adventistas, estava exultante em um artigo publicado na edição de julho de 1933 do Jugendleitstem, a revista da juventude adventista. Nesse artigo ele chamou a era nazista de tempo de renovação, comparável à Reforma: ‘um espírito de reforma totalmente novo, vivificante e renovador está soprando em nossas terras alemãs… Este é um tempo de decisão, um tempo de muitas oportunidades para o jovem crente, como não acontecia há muito tempo. A Palavra de Deus e o Cristianismo serão restaurados a um lugar de honra. Há um pedido urgente para os cristãos. E esse pedido, meu querido jovem, é um chamado para nós… Não estamos despreparados para a nova ordem. Afinal, ela aconteceu porque ajudamos’.”5
A explicação para essa empolgação com a chegada do nazismo é que Adolf Hitler, o ditador alemão, não bebia nem fumava e era vegetariano:
“Os cristãos se alegram que este país esteja nas mãos de um homem que recebeu das mãos de Deus o seu cargo e que sabe que é responsável diante de Deus. … Como antialcoólico, não fumante e vegetariano ele está, mais do que ninguém, mais próximo de nossa própria ideia sobre reforma da saúde.”6
O historiador adventista Roland Blaich resume o estado de espírito que havia tomado conta do adventismo na Alemanha:
“No Terceiro Reich, a hora do adventismo havia claramente chegado. Conforme disse o presidente de uma conferência:
‘Agora, se apontarmos para o Führer e o Chanceler do Reich como o exemplo para nosso povo, teremos sucesso em conquistar muita gente para um estilo de vida ordenado por Deus.’”7
Os adventistas decidem se posicionar na política
“Em agosto de 1933 o líder adventista Wilhelm Muller escreveu uma carta circular para a União do Leste da Alemanha. Reavaliando a tradição adventista de se manter fora da política, ele defendeu que a nova situação exigia uma mudança de atitude:
‘Então veio a revolução nacional-socialista. Do dia para a noite as coisas mudaram. Tornou-se necessário assumir uma posição. Uma mera confissão religiosa já não era mais suficiente. O que era necessário era uma decisão clara a favor ou contra o estado. Surgiram questões totalmente novas. O cristão tinha de decidir qual posição tomaria na questão da Gleichschaltung e da suástica, da saudação alemã ou a Hitler, do Serviço de Trabalho do Reich, e de muito mais.’
“Mueller defendeu que os símbolos e programas nazistas não eram mais os de um partido político, mas do estado e, como tal, mereciam apoio ativo. Seu raciocínio foi:
‘o cristão se regozija por seu país estar nas mãos de um homem que recebeu seu ofício das mãos de Deus e que sabe que é responsável diante dele — como Adolf Hitler enfatizou mais de uma vez. Como antialcoólico, não fumante e vegetariano, ele está mais próximo de nossa própria visão da reforma de saúde do que qualquer outra pessoa ou grupo’.
“A Divisão da Europa Central, sediada em Berlim, escolheu a circular escrita por Mueller para impressão e distribuição a todos os membros da igreja na Alemanha.”8
Os adventistas fazem amizade com altas autoridades
Como acontece em todo o mundo adventista, na Alemanha a mensagem de saúde adventista também era vista como o braço direito da igreja. Isso escancarou as portas para a IASD ter acesso a altas autoridades alemãs.
“É bem possível que, no final das contas, o ‘braço direito’ direito da igreja, em ótimas condições, tenha sido o que impressionou o estado nazista e salvou a igreja. Enquanto o estado fechou quase todas as editoras religiosas durante a guerra, a revista Gute Gesundheit [Boa Saúde] continuou sendo publicada até 1941, e a revista Gegenwartsfragen [Questões Atuais] até o outono de 1944. O fato de, por tão longo tempo, periódicos adventistas terem recebido permissão para serem publicados é testemunho da importância de ter amigos no Ministério da Propaganda e também pode demonstrar que aqueles periódicos serviram bem aos objetivos nazistas. Mas custou caro a honra de ter, entre todas as igrejas, as revistas de vida mais longa… O preço foi uma imprensa adventista despojada de praticamente todo conteúdo religioso. Além disso, foi uma traição à doutrina adventista e à misericórdia de Cristo.”9
Os adventistas bajulam Hitler
Os adventistas celebraram o 51º aniversário de Hitler com uma menção no devocionário matutino publicado pela IASD da Alemanha. Dizia o texto:
“A confiança em seu povo deu ao Führer a força para continuar a luta pela liberdade e honra da Alemanha. A fé inabalável de Adolf Hitler permitiu-lhe realizar grandes feitos, que o honram hoje perante o mundo inteiro. Com abnegação e fidelidade, ele tem lutado por seu povo; com coragem e orgulho tem defendido a honra de sua nação. E, com humildade cristã, em momentos importantes quando podia comemorar com seu povo, ele deu honra a Deus no Céu e reconheceu sua dependência das bênçãos de Deus. Essa humildade o tornou grande, e essa grandeza foi a fonte de bênção, da qual ele sempre se deu por seu povo. Poucos estadistas se colocam tão brilhantemente ao sol de uma vida abençoada e são tão elogiados por seu próprio povo como nosso Führer. No difícil trabalho a favor de seu povo, ele se sacrificou muito em seus anos de luta e Moisés pensou quase nada em si. As incontáveis palavras que ele, com coração caloroso, dirigiu ao povo são como sementes que amadureceram e agora produzem frutos maravilhosos.”10
É impressionante a bajulação!
A IASD nega sua identidade
“A igreja procurou remover qualquer coisa que pudesse ser ofensiva ao estado nazista. Haviam ficado para trás os dias em que a igreja usava a literatura e o púlpito para proclamar assuntos proféticos, os sinais dos tempos, a Segunda Vinda e o sábado. Em algumas partes da Alemanha, publicações adventistas mais antigas, tais como O grande conflito, que talvez pudessem ser ofensivas aos policiais da Gestapo, foram voluntariamente removidas das bibliotecas da igreja.”11
O medo de ofender levou igrejas até mesmo a negarem sua identidade adventista: esconderam o livro O grande conflito, deixaram de pregar sobre assuntos proféticos e pararam de ensinar sobre o sábado.
O apoio concreto ao nazismo
O envolvimento da IASD com o nazismo se deu de modo bem prático, isto é, apoiando o nazismo de várias maneiras.
Os adventistas se envolvem com organizações nazistas
A orientação da direção da IASD alemã foi clara: os adventistas deviam participar de organizações nazistas. Alguns adventistas se filiaram até mesmo ao Partido Nazista!
“Com a crescente pressão [do governo nazista] para uma maior colaboração, muitos adventistas de todas as idades se filiaram a organizações nazistas, tais como a Juventude Hitlerista, a Associação de Jovens Alemãs, o Serviço de Trabalho do Reich e a Cruz Vermelha Alemã. Todas essas organizações voluntárias visavam o doutrinamento nazista, e [apesar disso] os adventistas … aprovaram a participação nessas organizações de serviço. O pastor Johannes Langholf deu enorme apoio ao Serviço de Trabalho do Reich. Ele escreveu em Aller Diener [revista para pastores adventistas]: ‘Esperamos que cada membro [de igreja adventista] siga a ordem divina, ‘orai e trabalhai’. Seria totalmente contrário àquilo que entendemos, caso nos recusássemos a participar do Serviço de Trabalho do Reich.’ …
“Filiar-se a uma organização partidária não era obrigatório, e alguns adventistas aderiram também ao partido.”12
A IASD orienta o voto dos adventistas
“A liderança adventista do sétimo dia não apenas se derreteu em elogios ao governo nazista, mas também foi tão longe que ‘recomendou veementemente’ a seus membros que votassem em cada plebiscito promovido pelo regime nazista.”13
Naquele período foram 5 vezes em que os alemães foram às urnas para eleições e/ou plebiscitos:
- 12 de novembro de 1933: plebiscito para a Alemanha deixar a Liga das Nações
- 19 de agosto de 1934: plebiscito para unir os cargos de presidente e chanceler
- 29 de março de 1936: eleição dos membros do parlamento e plebiscito para endossar a política de Hitler e a ocupação da Renânia
- 10 de abril de 1938: plebiscito para aprovar a anexação da Áustria e as políticas de Hitler
- 4 de dezembro de 1938: plebiscito para transferir os Sudetos para a Alemanha.14
Em todas essas votações a IASD orientou os membros a votarem de acordo com a vontade do governo.
Muitas igrejas foram proibidas de funcionar na Alemanha nazista. No caso da IASD, ela chegou a ser proscrita em 26 de novembro de 1933, duas semanas após o primeiro plebiscito, mas recuperou sua autorização de funcionamento dez dias depois.15 Depois desse breve período de proscrição, a IASD passou a orientar ainda mais os membros quanto ao voto de cada um.
Plebiscito de 1933
Em 30 de outubro de 1933 Michael Budnick, presidente da Conferência do Leste da Alemanha, escreveu uma carta circular aos anciãos e pastores a respeito do plebiscito que ocorreria em menos de duas semanas:
“Conclamo cada adventista que ama seu povo a apoiar, no dia 12 de novembro de 1933, as intenções pacíficas do governo do Reich.”16
Plebiscito de 1934
Em agosto de 1934 Emil Gugel, então presidente da União do Sul da Alemanha, escreveu às igrejas:
“Tendo em vista que nosso governo e seu chefe, o chanceler e Führer, estão, constantemente e de todas as maneiras, promovendo a segurança e o bem-estar de nossa pátria alemã, podemos participar, com boa consciência, deste plebiscito.”17
Eleição e plebiscito de 1936
No caso da votação de 1936, a Comissão Executiva da Divisão escreveu uma carta circular aos membros:
“Confiamos que todos os nossos membros participarão deste plebiscito e, como no passado, votarão ‘sim’. Lembramos a vocês a ordem divina: ‘Busquem o melhor para o país e orem por seu bem-estar’.”18
“Na cidade adventista de Friedensau o partido nazista conquistou 99,9% dos votos.”19
Plebiscito de abril de 1938
“Para o plebiscito de 10 de abril de 1938, que validou a anexação da Áustria e as invasões posteriores da Renânia, a liderança da igreja decidiu que seria bom esclarecer aos eleitores adventistas como deviam votar. Em uma circular distribuída em 4 de abril de 1938, a União Alemã recomendou que, com seu voto, os adventistas dessem ao Führer ‘um agradecido “sim”.’.”20
“Deve-se notar que esse plebiscito não foi apenas sobre o Anschluss [anexação] — que praticamente todos os alemães aceitavam de bom grado —, mas também estava associado a um endosso das políticas de Hitler.”21
Esta última frase é crucial: com seu voto os adventistas também estavam aprovando as políticas de Hitler.
Publicações adventistas apoiam o nazismo
“Para Kurt Sinz, outro proeminente escritor adventista e editor de vários jornais da IASD, o firme controle de Hitler no início do governo nacional-socialista foi algo projetado por Deus. Otto Bronzio foi além e disse no jornal oficial adventista, Der Adventbote [Mensageiro de Advento], que ‘a Revolução Nacional Socialista foi a maior de todos os tempos, porque fez da manutenção de uma herança pura a base de sua vida étnica’.22
Escolas adventistas apoiam o nazismo
“A mesma doutrina da superioridade alemã sobre as demais nações foi introduzida na educação adventista na Alemanha, incentivando-se os alunos a aprenderem a ‘desejar e pensar em alemão’. ‘Desejar em alemão’ era um conceito místico nazista, pois o partido ensinava que os alemães ‘farão’ de maneira diferente das pessoas de qualquer outra nação. O educador adventista W. Eberhardt insistiu, além disso, que as escolas adventistas fomentassem ‘o espírito nacional-socialista’ nos intervalos entre as aulas, comentando as notícias, estudando os ideais nazistas e entoando canções nacionais alemãs.”23
IASD paga taxa filiação em organizações nazistas
A IASD pagou taxa de filiação de seus membros nas mais diversas organizações nazistas: o Partido Nazista, SS, Serviço de Trabalho do Reich, Sindicato Nacional de Professores Nacional-Socialistas, etc.24
Adventistas servem nas forças armadas alemãs
“O Ministro da Guerra do governo nazista escreveu a todos os altos comandantes do exército, marinha e força aérea, instruindo-os a dispensar os soldados adventistas nos sábados entre as 9 e as 12 horas para que pudessem ir à igreja.”25
Soldados adventistas estavam servindo nas três forças e não apenas nos serviços auxiliares de saúde das forças armadas.
O bem-estar no nazismo
Os nazistas tinham uma ideia muito própria de bem-estar. O que importava não era o bem-estar das pessoas, mas da nação como um todo. E os adventistas não entenderam e confundiram isso com o amor cristão.
“Em pouco tempo, parecia que os adventistas haviam adotado os princípios do bem-estar nazista. A enfermeira adventista Hulda Jost [que coordenava todo o trabalho adventista relacionado à saúde] falou da ‘beneficência em uma base nacionalista’ e do ‘trabalho social nacionalista pela família’. Ela enfatizou que os objetivos da Igreja e os do Estado Nacional Socialista eram os mesmos. Ela assegurou aos leitores que ‘o amor pelo próximo une os cristãos e o pensamento nacional-socialista da mais esplêndida maneira’ e que ‘o cristianismo prático significa nacional-socialismo’. Anteriormente, os adventistas praticavam o bem simplesmente considerando onde era necessário.”26
No amor cristão dos adventistas alemães era possível deixar de fazer o bem a alguém que não merecesse. A palavra “graça” havia perdido seu verdadeiro sentido na IASD da Alemanha:
“Em 1935, Der Adventbote, o principal jornal da igreja, declarou que, embora o trabalho beneficente se estendesse ‘a todos os alemães, sem exceção’, era possível negar cuidados àquelas ‘pessoas associais que se revelam … indignas’. De acordo com o ethos nazista, ‘não a pessoa, mas a nação em sua totalidade’ era agora o objeto do bem-estar.”27
O bem-estar alemão: pureza étnica
Para Hitler, o bem-estar alemão requeria a pureza étnica. Era necessário todo esforço possível para melhorar a raça alemã. E isso implicava a esterilização forçada de vários grupos — esquizofrênicos, epilépticos, cegos, surdos, alcoólicos, viciados em drogas, etc. — e a eutanásia daqueles com quem os alemães não deviam ter filhos.
“A campanha de relações públicas feita pela IASD a favor do governo se tornou muito mais agressiva após o breve período em que a igreja esteve proibida de funcionar. A campanha continuou apoiando a noção de estado nacionalista, validando essa ideia e dizendo que ela estava de acordo com os princípios bíblicos. Em sua edição de dezembro de 1933 o Gegenwartsfragen, um dos periódicos adventistas, orgulhosamente proclamou que ‘também fazemos parte desta revolução — como indivíduos cristãos e também como corpo denominacional coletivo’. Esse tipo de aprovação entusiástica do estado não foi um incidente isolado. A aceitação do conceito de nacionalismo com suas conotações raciais, sua ideologia de pureza étnica e seu banimento implícito dos judeus por causa de sua herança racial foi aceita pela Igreja Adventista do Sétimo Dia como parte da proclamação do evangelho.”28
Os adventistas apoiam a esterilização forçada
“Ampliando suas concessões, a Igreja Adventista também concordou com a política de esterilização forçada, também conhecida como Leis Eugênicas. No início, a oposição a essa política foi aberta e geral entre os membros da igreja e a liderança, pois era considerada uma violação dos princípios cristãos. Mas, reagindo a essa resistência, o governo respondeu com uma campanha educativa que usou revistas adventistas para defender as novas leis eugênicas. A explicação forçada sugeria a ideia de que os cristãos ‘não deviam interferir no processo da natureza de purificar o acervo racial da nação’.”29
Os adventistas se calam diante da eutanásia
“À medida que as políticas de eugenia se tornaram lei, a oposição a esses conceitos e a essa legislação silenciou nas publicações adventistas. A esterilização foi apenas um primeiro passo nesse ataque racial; a etapa seguinte envolveu a eliminação daqueles que eram considerados elementos perigosos para o acervo genético alemão. Aqueles que se opuseram à eutanásia eram católicos e luteranos, enquanto os adventistas permaneceram em silêncio.”30
O Holocausto
O antissemitismo de Hitler o levou àquilo que os nazistas chamaram de “solução final”, o assassinato em massa de judeus nas câmaras de gás dos campos de concentração. E, com seu silêncio, os adventistas apoiaram a morte daqueles judeus.
Mas a matança dos judeus não aconteceu de um dia para outro. É interessante ver o desenvolvimento da atitude da IASD nessa questão.
Revistas adventistas fazem comentários negativos contra judeus
“Embora racismo ostensivo raramente aparecesse nas publicações adventistas, os adventistas frequentemente publicavam comentários negativos sobre os judeus, tacitamente apoiavam a esterilização de deficientes mentais e muitos se viram presos ao reavivado orgulho do nacionalismo alemão.”31
“Embora geralmente não fossem racistas, ainda assim os periódicos adventistas alemães às vezes descreveram os judeus como inimigos de valores alemães e cristãos. Por exemplo, uma edição de 1923 de Kirche und Staat acusava os jesuítas e judeus ‘internacionalistas’ de colaborar para a ruína da Alemanha. Dos dois grupos, o judeu era visto como a maior ameaça. Portanto, não causa surpresa que a imprensa adventista tenha ampliado o conceito de purificação racial para incluir os judeus. Um exemplo disso é uma edição de 1943 de Gegenwartsfragen que culpava os judeus, ‘um corpo estranho em nosso sangue’, não apenas por provocar a guerra, mas por ‘prejudicar também a alma alemã’. O editorial afirmava que o judeu, ‘que é desprovido de qualquer moralidade, quase conseguiu transformar as potências mundiais em fortalezas judaicas. Foi bem tarde quando aqueles que mantiveram sangue saudável conseguiram deter a inundação judaica’. O leitor foi advertido a não ‘se cansar na luta contra o inimigo de nossa raça, o qual vive entre as nações’.”32
IASD alemã apoia perseguição de judeus
“É irônico que, embora os adventistas tenham insistido na liberdade religiosa, eles não levantaram a voz contra a perseguição de incontáveis judeus. Em vez disso, eles até desassociaram aqueles membros de origem judaica. Numa época em que os adventistas alemães estavam publicando a revista de liberdade religiosa Kirche und Staat …, eles se calaram sobre os expurgos de 1933, quando centenas foram assassinados, e nada disseram contra a perseguição de judeus ou a ocupação de territórios estrangeiros.”33
“Embora haja a impressão de que alguns adventistas resistiram à tentação nazista, parece que nunca houve qualquer oposição oficial ativa ao regime nazista desumano como também não se permitiu tal oposição entre os membros.”34
IASD orienta a evitar até judeus adventistas
“Os judeus adventistas eram evitados e, em alguns casos, os membros das igrejas foram proibidos de visitá-los. Embora, arriscando a própria vida, adventistas tenham pessoalmente ajudado judeus e os tenham abrigado, a política normal da igreja é muito bem ilustrada pelo caso de alguém que era membro de uma igreja da Conferência de Berlim e queria ajudar uma família judia: a conferência o advertiu a não esperar qualquer apoio, caso ele tivesse problemas. Depois que os adventistas do Movimento de Reforma foram proscritos em 1936, a Igreja tomou todos os cuidados para impedir que os adventistas reformistas se unissem a Igreja Adventista. A lealdade política ao regime tinha de ser confirmada antes da realização do batismo.”35
“Acontecia, com bastante frequência, de os líderes adventistas se distanciarem de membros simpáticos aos judeus ou de atividades que tivessem a participação de judeus. Às vezes, eles rejeitavam diretamente os adventistas de origem judaica porque temiam ser denunciados como ‘inimigos públicos’ pelas autoridades nazistas, caso demonstrassem simpatia ou prestassem ajuda. Em consequência, em 1942, o jornal adventista Hlasatel Pravdy publicou o anúncio de que havia sido interrompido o envio do jornal e da revista trimestral da Escola Sabatina para judeus ou pessoas com algum sangue judeu. Distanciar-se de adventistas de origem judaica e até mesmo expulsá-los da igreja, deixar de ajudá-los e ser indiferente com eles — isso claramente levou à morte vários deles.”36
Igrejas adventistas desassociam membros judeus
Há várias histórias de adventistas judeus serem expulsos de suas igrejas pelo simples fato de serem judeus. A postagem Casos de adventistas traídos pelo adventismo apresenta algumas delas.
E o sábado?
Os adventistas mudam o nome do sábado
“Para os adventistas alemães, a questão do sábado era a mais crítica, visto que ela estava bem no âmago da identidade adventista. Desde o início, a igreja não poupou esforços para garantir que os adventistas alemães desfrutassem de plenos privilégios do sábado. Na verdade, houve algumas adaptações para se adequar aos melindres nazistas. Assim, o Sabbath (sábado) passou a ser chamado de Ruhetag (dia de descanso), e a Sabbatschule (Escola Sabatina) passou inicialmente a ser a Bibelschule (Escola Bíblica) e, mais tarde, a Schriftbetrachtung (Estudo da Palavra). Houve também esforços para separar o sábado bíblico do sábado judaico e até mesmo para estabelecer um sábado pré-cristão, ariano e nórdico.”37
A IASD libera a guarda do sábado
“Para ser lido em voz alta em todas as igrejas no sábado 6 de junho:
“Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
“No dia 18 de maio de 1936 os Departamentos competentes do governo publicaram um regulamento, que em essência diz o seguinte:
“‘O Ministro da Ciência, Educação e Instrução Nacional considera que não é mais possível manter a privilégio concedido até agora às crianças adventistas no sábado. Em consequência, ficam cancelados todos os regulamentos que dispensam crianças adventistas de frequentarem aulas aos sábado.’
“Em resposta a uma pergunta dirigida ao Departamento do Interior e também ao Departamento de Cultos Públicos sobre fazer um novo pedido de nossa parte, fui informado que essa decisão era irrevogável. Temos de entregar à Providência Divina a questão de se, em futuro próximo, haverá outra possibilidade de fazer outro pedido, mas tentaremos tudo que estiver ao nosso alcance. Como não enxergamos, por enquanto, nenhuma possibilidade de atenuar esse regulamento, devemos definir nossa atitude. Nos Estados Unidos e na Inglaterra as escolas, em geral, não funcionam aos sábados. Portanto, essa dificuldade não existe por lá. Até 1919 e 1921, respectivamente, não tínhamos problemas quanto à frequência escolar obrigatória aos sábados. Pessoas do nosso meio conseguiram aqui e ali obter dispensa. Alguns conseguiram enviando os filhos para escolas particulares. Os mais pobres não tinham nenhuma possibilidade de fazê-lo. Mas, no futuro, as escolas particulares não poderão abrir exceção. No entanto, durante 15 anos desfrutamos um privilégio que nossos irmãos e irmãs de muitos países europeus não tinham. Infelizmente, alguns de nós não gostaram tanto. Na Suíça, um país livre, as autoridades têm sido inflexíveis nessa questão. Embora alguns pais tenham pagado pesadas multas e de vez em quando tenham ido para a prisão, eles não ganharam nada com isso e finalmente tiveram de ceder. Na Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Bulgária, etc. … nossos irmãos e irmãs ali também são bons adventistas como nós aqui (que o Senhor nos conceda isso).
“Como agora já tentamos de tudo, não creio que o Senhor considere nossos filhos frequentarem escola no sábado uma verdadeira transgressão do quarto mandamento. Se fosse esse o caso, teríamos de condenar todos os nossos irmãos e irmãs fora da Alemanha, os quais, de acordo com as leis de cada país, tiveram de se sujeitar, o que é lamentável. Isso nós não faremos e não podemos fazer…
“Vocês entenderão que sinto grande responsabilidade perante Deus e a denominação neste difícil assunto. Por isso, enviei uma carta circular a todos os nossos presidentes, pedindo a opinião deles sobre essa questão, para que possam carregar essa responsabilidade junto comigo. A resposta da maioria deles é que não seria sábio, por causa dessa regulamentação restritiva, ter atitudes precipitadas que criem dificuldades desnecessárias à obra. Portanto, temos de nos sujeitar à nova decisão…”
O texto acima é de uma carta circular de 3 de junho de 1936, de Emil Gugel, presidente da União Sul da Alemanha.
Ela apresenta a lógica para liberar os adventistas de guardarem do sábado. Curiosamente é reproduzida por A. Balbach, historiador da Igreja Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma, igreja que foi banida porque sua liderança e seus membros não se curvaram ao nazismo e insistiram em guardar o sábado.38
A motivação dos adventistas nazistas
O que levou a liderança adventista a apoiar o nazismo, abandonando a guarda do sábado, permitindo que seus membros fossem para as forças armadas e expulsando de suas igrejas os membros judeus?
Preservar a imagem da igreja
“Quando alguns adventistas se recusaram a saudar a bandeira suástica e a usar a saudação a Hitler, o presidente da Conferência do Leste da Alemanha, W. Mueller, argumentou que isso era ruim para a imagem da Igreja. Ele concluiu que ‘em nenhuma circunstância um adventista tinha o direito de resistir ao governo, mesmo que o governo o impedisse de exercer sua fé. A resistência seria lamentável porque marcaria os adventistas como adversários do novo estado, uma situação que devia ser evitada.”39
Evitar banimento da igreja
“À medida que, ano após ano, as regras do estado contra a religião iam aumentando, a igreja ia cuidadosamente obedecendo a essas regras, a fim de evitar que o regime a proibisse, pela segunda vez, de funcionar.”40
Evitar destruição da estrutura da IASD
“Parecia que a sobrevivência da estrutura organizacional era mais importante do que algum princípio adventista de longa data.”41
Obter outras vantagens
“Os adventistas (que somavam cerca de 36.000 em 1933) endossaram tão sinceramente o programa nacional-socialista e foram tão bem-sucedidos em se adaptar ao novo estado — apesar de sua desvantagem inicial de, para a maioria das pessoas, se parecerem judeus —, que, entre os protestantes, apenas os seus pastores foram dispensados de portar armas.”42
Certamente houve outras vantagens. Os pastores serem dispensados de usar armas foi apenas uma.
O malabarismo exegético adventista
É claro que, sendo um grupo religioso, a IASD precisava apresentar alguma justificava teológica para decisões tão contrárias ao ensino e à prática adventistas. O resultado é que os líderes recorreram às mais absurdas explicações teológicas. A Bíblia foi feita de gato e sapato. São adventistas que reconhecem isso, como é o caso de Harold Alomía:
“Para defender a posição do governo, a liderança adventista fez, uma vez mais, uma acrobacia hermenêutica que se baseava em princípios que eram completamente contrários às crenças adventistas.”43
Não há espaço para entrar em detalhes. Seguem, então, apenas rápidas informações sobre dois “números” do malabarismo adventista.
O 4º e o 6º mandamentos
“Lembra-te do dia de sábado” e “Não matarás” são, respectivamente, o quarto e o sexto dos Dez Mandamentos. Os adventistas consideram que a guarda do sábado é obrigatória ainda hoje. E na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) os adventistas alemães já haviam violado esses dois mandamentos. A maioria deles
“defendeu o nacionalismo extremo e a colaboração militar ativa. Um autor adventista defendeu em dezembro de 1915 que ‘a Bíblia ensina, primeiro, que a participação na guerra não é contra o sexto mandamento e, segundo, que lutar no sábado não é uma transgressão da quarta lei’.”44
Após a Primeira Guerra a Associação Geral da IASD repreendeu os adventistas alemães por sua violação dos dois mandamentos, mas, pelo visto, não aprenderam a lição.
A questão racial dos judeus
“Uma série de artigos em várias revistas adventistas procurou fundamentar na Bíblia o princípio racial. ‘Qual é a visão bíblica da renovação nacional?’, perguntou um artigo que apareceu em 1933 no periódico adventista Gegenwartsfragen [Questões Atuais]. A resposta foi tranquilizadora: ‘A visão histórico-bíblica não é materialista, mas nacionalista.’ A revista para jovens Jugend-Leitstern ensinou aos jovens adventistas que a ordem nacionalista havia sido dada por Deus, era uma ordem da criação, e havia sido ‘revelada por Deus na história’. É por isso que ‘a ideia liberal de irmandade das nações’ nunca poderia ‘estar em harmonia com a vontade de Deus e as Sagradas Escrituras’. Nenhuma nação poderia desconsiderar o princípio da nacionalidade sem consequências terríveis. A nação judaica serviu de advertência para aqueles que violavam o princípio. Os judeus — defendeu o autor — se misturaram com outras nações e, portanto, incorreram na punição divina. O casamento racialmente misto de arianos e judeus era uma ‘violação da lei genética de Deus’ e da ‘doutrina do sangue puro’.”45
“Escritores adventistas tentaram minimizar os óbvios conflitos entre a tradição bíblica e a doutrina racial nazista. [Por isso, disseram que] a Bíblia previu o domínio da raça ariana, e ‘ciente de seu destino, a raça germânica se esforçou para alcançar o domínio que, segundo a Bíblia, lhe pertencia’. O autor de um artigo em Der Adventbote, a principal revista da IASD da Alemanha, disse que Jesus era judeu apenas parcialmente, do lado da mãe, já que o pai, afinal, era Deus. Uma vez que Cristo morreu por toda a humanidade, ele também nasceu para todos, não pertencia a nenhuma nação e, portanto, não era judeu. O autor ainda defendeu que o próprio Jesus se opôs ao judaísmo. ‘E será que Paulo realmente quis dizer que não havia diferença entre judeus e gregos? O que quer que Paulo tenha querido dizer, com certeza ele nunca questionou a prioridade divina das raças’.”46
A cumplicidade da Associação Geral da IASD
“Ansiosa para ajudar seus irmãos alemães, a Associação Geral [o órgão máximo da IASD] adotou e implementou uma política que impedia a publicação de qualquer comentário a respeito do nazismo ou mesmo do fascismo.”47
“Um exemplo … é o livro The new Caesars [Os novos césares], publicado [em 1937-1938] pela editora adventista Pacific Press para uso em trabalho evangelístico nos Estados Unidos. Mesmo já impresso, a Comissão Executiva da Associação Geral considerou que o livro seria prejudicial à igreja na Europa e determinou que fosse destruído.”48
Pedido de perdão 60 anos depois
Em 2005, 60 anos depois de terminada a Segunda Guerra Mundial, os adventistas alemães finalmente pediram perdão por seu erro.49 É bem verdade que, dos líderes da IASD durante a guerra, em 2005 não devia ter mais ninguém vivo. Mas pelo menos houve o reconhecimento de erros passados, mesmo que por uma nova geração.
Como diz o ditado, antes tarde do que nunca!
Uma avaliação
É triste ver líderes “cristãos” negarem a Cristo da maneira que líderes adventistas negaram o Senhor Jesus na Alemanha nazista. Agiram por medo. E tentaram justificar suas ações.
Medo
Disse Jesus: “Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará” (Lucas 9.25 = Mateus 16.25 = Marcos 8.35).
A falta de ousadia, o medo, mostra que não eram cristãos ou que, no mínimo, tinham uma ideia muito distorcida do evangelho de Jesus Cristo. O verdadeiro cristão ama a Deus mais do que todas as coisas e está disposto a sacrificar tudo, até a própria vida, pelo evangelho.
“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1João 4.18).
Justificativas durante o nazismo
“Embora essa colaboração parecesse entrar em conflito com o princípio adventista tradicional de separação entre igreja e estado, fica evidente que os líderes adventistas alemães acreditavam que circunstâncias especiais justificavam a colaboração.”50
Os adventistas alemães procuraram pretextos para justificar seu apoio ao nazismo, menosprezar os judeus e deixar de cumprir aquilo que é importantíssimo para eles, a guarda do sábado. Por quê?
O instinto de sobrevivência fala mais alto. Ninguém quer morrer. Só os verdadeiros discípulos estão dispostos a dar a vida pelo Senhor Jesus.
Justificativas após a guerra
“Depois da guerra, a liderança adventista alemã reagiu cerrando fileiras e resistiu a todas as pressões externas da Associação Geral para denunciar ou repudiar os erros que sabia-se que haviam sido cometidos. A impressão era que as ações tomadas pela liderança alemã tinham sido totalmente justificadas. Em uma carta a J. L. McElhany, o Presidente da Associação Geral, Adolf Minck [presidente da IASD da Alemanha] reagiu se defendendo, ao racionalizar que a liderança havia seguido a política da igreja, havia mantido a estrutura da igreja e também tinha tido de se adaptar para pôr em prática os mandamentos de acordo com os tempos em que viveram, tempos de guerra e não de paz, mas mantendo na mente a santidade do Decálogo.”51
Essa tentativa de justificar os próprios erros explica por que o pedido de perdão veio só 60 anos depois, isto é, quando aquela velha geração de líderes já tinha voltado ao pó.
O orgulho é terrível. Encontra desculpa para tudo.
Será que não aprenderam?
“Infelizmente, apesar de todos os elogios e apoio que a Igreja oficialmente deu ao governo, o Estado nazista decidiu proibir a Igreja Adventista em 26 de novembro de 1933.”52
Fiquei chocado com a palavra “infelizmente”. O texto acima foi escrito 65 anos após o final da guerra e reconhece que a IASD cometeu o pecado de bajulação e de apoio ao nazismo. Mas parece que quem escreveu essas palavras esperava que o governo nazista deveria ter recompensado aqueles pecados, deixando de proibir do funcionamento da IASD.
As exceções
Houve, sim, adventistas que se arriscaram tentando proteger e salvar judeus. Mas foram exceções. Os lobos que pastoreavam a IASD da Alemanha levaram a maioria dos membros a terem medo de se comprometer diante das autoridades.
Para refletir
- Por que a IASD da Alemanha saudou o surgimento do nazismo?
- Por que a IASD se calou diante do assassinato de judeus e outros grupos?
- Qual a justificativa da IASD para dispensar a guarda do sábado?
- O que você acha da cumplicidade da Associação Geral?
NOTAS |
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1. Daniel Heinz, “Painful remembrance: Adventists and Jews in the Third Reich”, Shabbat Shalom Magazine (28 de dezembro de 2017). (Disponível no site adventista https://www.shalomlc.org/index.php/resources/publications/shabbat-shalom-magazine/128-viewpoint/564-painful-remembrance-adventists-and-jews-in-the-third-reich; acesso em 9 set. 2020. Esse site é adventista, mas, como é típico de quase todo material da IASD, não há nenhuma identificação da filiação religiosa do site.)
2. Zdravko Plantak, The silent church: human rights and Adventist social ethics (Houndmills: Palgrave Macmillan, 1998), p. 19. O autor é pastor adventista e professor na Universidade Adventista de Loma Linda, nos Estados Unidos. 3. Harold Alomía, “Fatal flirting: the Nazi state and the Seventh-day Adventist Church”, Journal of Adventist Mission Studies, vol. 6, nº 1 (2010) p. 7. Harold Alomia pastoreia a IASD de College View, na cidade de Lincoln, estado do Nebraska, a maior igreja da União Centro-América. 4. Para mais detalhes sobre o nazismo, veja “Nazismo”, Wikipédia (disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo; acesso em 09 set. 2020). 5. Roland Blaich, “Religion under National Socialism: the case of the German Adventist Church”, Central European History, vol. 26, nº 3 (1993) p. 259. Blaich é pastor adventista e chefe do Departamento de História do Walla Walla University, uma universidade adventista situada no estado de Washington. 6. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 260. 7. Roland Blaich, “Health reform and race hygiene: Adventists and the biomedical vision of the Third Reich”, Church History, vol. 65, nº 3 (September 1996) p. 430. 8. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 260. 9. Zdravko Plantak, The silent church, p. 19. 10. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, 265-266. 11. Roland Blaich, “Nazi Race hygiene and the Adventists”, Spectrum (September 1996), p. 20-21. 12. Zdravko Plantak, The silent church, p. 20 13. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 261. 14. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 264. 15. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 262. 16. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 264. 17. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 264. 18. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 264. 19. Zdravko Plantak, The silent church, p. 18 20. Harold Alomía, “Fatal flirting”, p. 9. 21. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 264. 22. Zdravko Plantak, The silent church, p. 18-19. 23. Zdravko Plantak, The silent church, p. 19. 24. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 273. 25. Erwin Sicher, “Seventh-day Adventist publications and the Nazi temptation”, Spectrum, vol. 8, nº 3 (March 1977), p. 21. Erwin Sicher é professor da Southwestern Adventist University [Universidade Adventista do Sudoeste] , localizada em Keene, estado do Texas. 26. Roland Blaich, “Health reform and race hygiene”, p. 429. 27. Roland Blaich, “Health reform and race hygiene”, p. 429. 28. Harold Alomía, “Fatal flirting”, p. 8. 29. Harold Alomía, “Fatal flirting”, p. 9. 30. Harold Alomía, “Fatal flirting”, p. 9. 31. Zdravko Plantak, The silent church, p. 19. 32. Roland Blaich, “Health reform and race hygiene”, p. 435. 33. Zdravko Plantak, The silent church, p. 20-21. 34. Erwin Sicher, “Seventh-day Adventist publications and the Nazi temptation”, p. 21. 35. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 266-267. 36. Daniel Heinz, “Painful remembrance”. 37. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 268. 38. A. Balbach, The history of the Seventh Day Adventist Reform Movement (Roanoke: Seventh Day Adventist Reform Movement, 1999), p. 196-197. Alfons Balbach foi pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma. 39. Zdravko Plantak, The silent church, p. 18. 40. Harold Alomía, “Fatal flirting”, p. 9-10. 41. Roland Blaich, “Health reform and race hygiene”, p. 439. 42. Christine Elizabeth King, The Nazi State and the new religions: five case studies in non-conformity (New York: Edwin Mellen, 1982), p. 98, citado em Alice L. Eckardt, “The Protestant churches during the Nazi persecution and the Holocaust”, Faculty Publications [Lehigh University] nº 3 (1992), p. 17. 43. Harold Alomía, “Fatal flirting”, p. 9. 44. Zdravko Plantak, The silent church, p. 17-18. 45. Roland Blaich, “Health reform and race hygiene”, p. 431-432. 46. Roland Blaich, “Health reform and race hygiene”, p. 435. 47. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 266. 48. Roland Blaich, “Religion under National Socialism”, p. 266, nota 38. 49. Mark A. Kellner, “Europe: German, Austrian Churches apologize for Holocaust actions”, Adventist News Network (15 de agosto de 2005) (disponível em https://adventist.news/en/news/europe-german-austrian-churches-apologize-for-holocaust-actions; acesso em 11 set. 2020). O adventista Kellner é pastor, evangelista e jornalista. 50. Roland Blaich, “Health reform and race hygiene”, p. 439. 51. Harold Alomía, “Fatal flirting”, p. 10. 52. Harold Alomía, “Fatal flirting”, p. 8. |
Fonte: https://adventismo.com.br/2020/09/igreja-nazista-do-setimo-dia/
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