Logomarca da IASD é evidência de apostasia há mais de 25 anos

O que muitos chamaram de “modernização” foi, na verdade, o início de uma grande apostasia. A substituição da logomarca dos três anjos em 1996 não foi um detalhe estético — foi um rompimento simbólico com a missão profética de Apocalipse 14, o início silencioso de um desvio doutrinário profundo. Por trás da aparência “moderna” e institucional, escondeu-se a negação da tríplice mensagem angélica, a diluição profética e a adesão progressiva ao espírito ecumênico.

Mais que uma Logomarca: A “Logo-Máscara” da IASD

A primeira releitura do logotipo da IASD que fizemos aqui, há mais de 25 anos, teve cunho humorístico, mostrando que o símbolo da Organização poderia ser reinterpretado à luz das recentes transformações para pior sofridas pela igreja. IASD, Instituição Arrecadadora do Seu Dízimo… (Clique para ver.)

Posteriormente, colocações ainda mais sérias feitas por nossos leitores indicaram a presença subliminar de estranhos símbolos pagãos e satânicos, como serpentes, o número 666, símbolo da fertilildade e outros no logotipo oficial. (Clique.) Uma leitura subliminar mais aprofundada revelou também a inclusão de uma pirâmide e cabeça de bode no logotipo. (Clique.)

Por essas e outras razões, houve quem pedisse o logotipo dos três anjos de volta (clique) e também quem dissesse que esse tipo de abordagem comprometeria a credibilidade da página. (Clique.)

Um novo estudo indicou então a clara intenção ecumênica que pode existir por trás do logotipo, que reúne a cruz (característica católica), a Bíblia (símbolo do apego protestante às Escrituras somente) e a chama identificadora do carismatismo espiritualista. (Clique.)

Nas tentativas oficiais de explicação, que incluíram um extenso documento atribuído ao pastor Tércio Sarli, repetiu-se apenas a argumentação de que os ícones apresentados resumem os principais elementos da fé adventista, que se baseia na Bíblia, centralizando-se na cruz e circunda o mundo com a tríplice mensagem (implícita nas três linhas que circundam um globo invisível), através da ação do Espírito Santo, simbolizado pela chama.

Quanto às razões para a adoção da logomarca mundial, o que nossos leitores ouviram de seus pastores foram evasivas, promessas de pesquisa que nunca se realizaram e até explicações absurdas, como revela este e-mail: “O que eu sei é que essa mudança ocorreu, devido aos anjos estarem sendo confundidos com três fantasmas. Por isso, houve a mudança. E diante disso, peço que, por favor, esclareçam: por que vocês querem de volta isso, que pode ser confundido com três fantasmas?”

Pode parecer brincadeira ou invenção nossa, mas não é. E cremos que este irmão, de fato, recebeu essa informação de seu pastor. Como ele, milhares de outros membros da igreja podem estar desinformados quanto a importância da tríplice mensagem angélica para o adventista e especialmente sobre os verdadeiros objetivos da imposição dessa logomarca a todas as congregações adventistas do planeta.

Essas implicações negativas da adoção da logomarca já foram assunto parcialmente tratado aqui no Adventistas.Com (clique). Esperamos que sejam mais satisfatoriamente explicadas neste novo artigo, fruto de pesquisa e oração.

Outubro de 1996

O logotipo oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi lançado para uso global em outubro de 1996, sendo adotado pela Comissão Executiva da Associação Geral em 07/10/96. O noticiário oficial anunciou que a iniciativa era histórica porque era a primeira vez que a Igreja Mundial decidia identificar-se por uma logomarca após 150 anos de história.

A gravura estilizada de três anjos que se aproximam com trombetas de uma representação do planeta e outros logotipos adotados isoladamente, como aquele brasileiro das três pombas, nunca teriam sido oficialmente uma logomarca mundial da IASD, segundo informou Gerry Karst, na época assistente do presidente da Associação Geral conferência e diretor da Comissão para Projeto da Imagem Corporativa da Associação Geral (General Conference Corporate Image and Design Committee).

“A adoção dessa logomarca é o começo do estabelecimento de uma respresentação visual consistente nos 206 países em que o Adventismo está representado”, afirmou Karst. Até então, segundo ele, a igreja permitia que suas muitas organizações e instituições desenvolvessem e mantivessem logotipos independentes da imagem corporativa usada pela matriz em Silver Springs, Maryland, EUA.

Ainda segundo o noticiário oficial, tão importante quanto o lançamento do logo mundial foi a divulgação do manual gráfico de seus padrões de utilização, que agora disponibilizamos em português para você. (Clique.) São dezenas de regras quanto ao uso apropriado e impróprio da logomarca.

Bom seria que a IASD tivesse com seu conjunto de crenças distintivas o mesmo cuidado milimétrico que dispensa ao uso de seu logotipo!

Novo começo, nova identidade… Nova igreja?

Observe bem as palavras escolhidas pela Associação Geral e incluídas na introdução do Manual de Padrões de Utilização Global para descrever o que significou a adoção desse logotipo para a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

“De uma certa forma, esse é um novo começo para nós, uma nova iniciativa de comunicação e uma nova identidade visual para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Temos o prazer de apresentar a você algumas informações sobre o novo logotipo.

“Essa nova identidade para a Igreja Adventista reflete nossa profunda e inabalável crença em Jesus Cristo como o centro de nossa vida e de nossa fé. Nossa oração é de que essa representação gráfica de quem nós somos seja usada por todo o mundo como um símbolo familiar de nossa Igreja e seus valores.

“…Com o uso consistente e continuado, o símbolo pode, por si próprio, tornar-se sinônimo do nome Adventista do Sétimo Dia.

“O símbolo foi desenhado para ser mais do que uma coleção de referências simbólicas. O desenho, como um todo, pretende refletir o espírito e o caráter de sua igreja dinâmica e em crescimento…

Assim, começam a tornar-se mais evidentes os reais objetivos da imposição desse logotipo à Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o mundo. Renegava-se a ênfase doutrinária do passado, centrada na esperança do segundo advento e da santidade do sábado, buscando-se “um novo começo”, “uma nova identidade” e até se invocava a ajuda de Deus (!) para que o novo logotipo se tornasse um substituto para o nome “adventista do sétimo dia”, modificando-se a imagem que o mundo tinha da igreja.

Logo-Máscara

Embora a Organização pretendesse tornar-se conhecida de forma uniforme e diferenciada pelo novo logotipo, quatro anos depois, de acordo com a revista Adventist Today, o novo símbolo da igreja era novidade para muitos na reunião da Associação Geral em Toronto. Eles o descreviam como uma Bíblia aberta, com uma cruz projetada ao meio, circundada por espirais triplas de DNA. Também havia um murmúrio conservador de que o logotipo distintivo dos três anjos havia sido substituído por esse novo logotipo não-ofensivo.

Essa havia sido a real intenção do projetista gráfico Bryan Gray, da Genesis Design, que foi o responsável direto pela criação do novo logotipo para a Igreja. Depois de graduar-se na Design School, de Pasadena, Califórnia, EUA, e trabalhar como professor de arte na Universidade Adventista de Montemorelos, no México, Bryan Gray dirige hoje o seu próprio negócio em Boise, estado de Idaho, EUA. É o presidente da PositiveID (Identidade Positiva), empresa que criou em 1997 para prestar serviços à Corporação Adventista, uma vez que, como parte do contrato para a criação do logotipo, foram-lhe dados direitos exclusivos de explorar a marca na criação de produtos que utilizem o logotipo da igreja.

Ele também descreve seu trabalho como “o primeiro logotipo oficial da igreja, uma imagem corporativa global, que se está tornando rapidamente reconhecida mundialmente como um símbolo daquilo que somos e acreditamos”. Bryan Gray afirma ainda que criou a o logotipo como um recurso para que o adventista pudesse se identificar positivamente ao mundo. Disso deriva o nome de sua empresa, a PositiveID, que criou produtos como relógios, chaveiros (foto), bottons, bandeiras e até monumentos, contendo o logotipo para, segundo ele, representar a IASD de forma mais consistente e qualitativa.

Ainda sobre esse assunto seria conveniente pesquisar se a empresa 3d Design, que monopoliza a confecção de logotipos e letreiros em metal para fachadas das igrejas adventistas, dispõe de autorização e presta contas a Bryan Gray por esse trabalho.

Há necessidade também de verificar os critérios de sua escolha para a realização desse trabalho para as milhares de comunidades adventistas de todo o Brasil, interessando especialmente detalhes quanto a possível parentesco, laços de amizade ou acordo comercial não declarado com dirigentes da Obra e também quanto a margem de lucro praticada na prestação de serviço às igrejas. (Clique)

Mais que uma logomarca, o plano da Associação Geral, confiado a Bryan Gray, visava a criar uma espécie de “logo-máscara” que, sob o pretexto de proporcionar uma identificação “positiva” da igreja, inicialmente, desviasse a atenção do desgastado nome “adventista do sétimo dia”; posteriormente, o substituísse; e finalmente o suplantasse.

Colocado acima do letreiro Igreja Adventista do Sétimo Dia (raramente ao lado), o novo logotipo é sempre um “ruído” que atrapalha a captação da mensagem presente no nome que nos foi dado por Deus, porque retém a atenção do cérebro, que tentará primeiro decodificá-lo para depois prosseguir com a leitura.

Note ainda que, embora o Manual “proíba” que se omita o nome da igreja ao utilizar-se o símbolo, tanto na foto do chaveiro acima quanto na deste púlpito ao lado, usado na divulgação da empresa 3D Design, o logotipo já está sendo utilizado isoladamente, omitindo a frase “Igreja Adventista do Sétimo Dia”.

Plano diabólico

Um plano diabólico, sem dúvida, uma vez que desrespeita as claras orientações divinas quanto ao nosso nome denominacional e sinal distintivo. Confira as citações e previsões de Ellen G. White, dadas pelo Espírito de Profecia, sobre o tema:

Não nos Envergonhamos de Nosso Nome

Somos adventistas do sétimo dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: “Não, não! Não nos envergonhamos. É o, nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas.” Carta 110, 1902.

Somos adventistas do sétimo dia, e desse nome nunca nos devemos envergonhar. Cumpre-nos, como um povo tomar firme posição ao lado da verdade e da justiça. Assim glorificaremos a Deus. Havemos de ser livrados de perigos, e não enredados nem corrompidos por eles. Para que isto aconteça, precisamos olhar sempre a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé. Carta 106, 1903.

Nosso Sinal Distintivo

A bandeira do terceiro anjo tem a inscrição: “Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Nossas instituições tomaram um nome que salienta o caráter de nossa fé, e dele nunca nos devemos envergonhar. Foi-me mostrado que esse nome significa muito, e ao adotá-lo seguimos o esclarecimento que nos foi dado pelo Céu. … O sábado é o memorial de Deus, de Sua obra criadora, e é um sinal que deve ser mantido perante o mundo.

Não deve haver nenhuma transigência com os que estão cultuando um repouso idólatra. Não devemos gastar nosso tempo em controvérsia com os que conhecem a verdade, e sobre quem a luz da verdade tem estado a brilhar, quando eles desviam os ouvidos da verdade para se volverem às fábulas. Foi-me dito que os homens empregarão todos os métodos para tornar menos manifesta a diferença entre a fé dos adventistas do sétimo dia e a dos que observam o primeiro dia da semana. Todo o mundo empenhar-se-á nesse conflito, e o tempo é breve. Não é tempo de arriar nossa bandeira.

Foi-me mostrado um grupo sob o nome de adventistas do sétimo dia, que estava aconselhando que a bandeira ou sinal que nos torna um povo distinto não devia ser tão chocantemente defendida; pois pretendiam não ser o melhor método para obter êxito para nossas instituições. Esta bandeira distintiva deve ser levada pelo mundo até ao fim do tempo da graça. Descrevendo o povo remanescente de Deus, diz João: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Apoc. 14:12. Esta é a lei e o evangelho. O mundo e as igrejas estão-se unindo em harmonia no transgredir a lei de Deus, em arrancar violentamente o memorial de Deus, e no exaltar um dia de repouso que traz a assinatura do homem do pecado. O sábado do Senhor teu Deus, porém, deve ser um sinal para mostrar a diferença entre os obedientes e os desobedientes. Vi alguns estendendo as mãos para remover a bandeira, e obscurecer-lhe a significação. …

Quando o povo aceita e exalta um falso sábado, e afasta almas da obediência e lealdade para com Deus, chegará ao ponto a que chegou o povo nos dias de Cristo. … Há de alguém então preferir ocultar sua bandeira, afrouxar sua devoção? Há de o povo a quem Deus tem honrado e abençoado e feito prosperar, recusar-se a dar testemunho em favor do Seu memorial no próprio tempo em que esse testemunho deveria ser dado? Não hão de os mandamentos de Deus ser mais altamente estimados quando os homens lançam desprezo sobre Sua lei? Manuscrito 15, 1896. — Mensagens Escolhidas, vol. 2, “Um Nome e um Povo Distintos”, págs 384-386.

Para representar a fé adventista um logotipo mundial, se adotado, deveria apontar para a obediência à lei de Deus, especialmente quanto ao quarto mandamento, e, com certeza, também para a fé em Jesus. Questionamos, porém, a necessidade disto, uma vez a expressão Adventista do Sétimo Dia jamais poderia estar em segundo plano à luz de tudo o que lemos acima. — Robson Ramos, em janeiro de 2002. 

Fontes principais:

  1. http://www.adventistu.baznica.lv/en/about-sda-logo_en.php
  2. http://www.adventist.org.uk/news/news018.htm
  3. http://www.atoday.com/magazine/news/July252000.shtml
  4. http://www.genesis-online.com/logo/
  5. http://www.logo.offc.com/
  6. http://www.logo.offc.com/new811.html
  7. http://www.ac.org.br/logomarca.htm

Leia também:

VIDA DE GADO: Povo marcado é povo feliz

 

Desculpem-me, irmãos, não consigo escrever sobre essa questão de marcas sem que as palavras de velhas canções seculares, a quem já admirei no passado, venham-me à mente.

Uma delas, intitulada “Admirável Gado Novo” diz: Vocês que fazem parte dessa massa / que passa nos projetos do futuro / é duro tanto ter que caminhar / e dar muito mais que receber. / E ter que demonstrar sua coragem / à margem do que possa parecer / e ver que toda essa engrenagem / já sente a ferrugem te comer. / Ê, ô, ô, vida de gado / Povo marcado é… povo feliz! Que constatação terrível esta! Estaria isto acontecendo conosco?

Uma coisa é pertencer ao rebanho do Senhor e termos nossos nomes gravados na palma de Suas mãos, outra coisa é descobrirmos que nos tornamos propriedade de uma Organização que nos marca como “seus membros” e coloca sua marca sobre as igrejas que nós construímos. E se a questionamos nos rotula como hereges, rebeldes, perdidos.

É esse o aspecto mais grave dessa discussão. Nem tanto o formato da marca, mas o fato de que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não existe como uma instituição jurídica. É apenas uma marca registrada pertencente

à Organização, identificada pela polêmica logomarca oficial, da qual a administração franquia ou proíbe o uso, segundo critérios basicament

e financeiros. Mesmo assim, nós a defendemos. Quando reclamamos o fazemos como um escravo que não se ressente da dor provocada pelo ferro quente, mas apenas por não gostar do desenho que a cicatriz vai ter!

Neste ponto, sugiro que interrompa esta leitura, para clicar no título abaixo e entender melhor o que lhe estou dizendo:

Disparada

Prepare o seu coração pra coisas que eu vou contar… / Na boiada já fui boi, mas um dia me montei… / Boiadeiro muito tempo, laço firme, braço forte / Muito gado, muita gente pela vida segurei / Seguia como num sonho e boiadeiro era um rei / Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo / E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando / As visões se clareando, até que um dia acordei / Então não pude seguir, valente, lugar tenente / E o dono de gado e gente, porque gado a gente marca / Tange, ferra, engorda e mata / Mas com gente é diferente… / Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo / E já que um dia montei, agora sou cavaleiro / Laço firme, braço forte, de um reino que não tem rei…” — Robson Ramos, em Dezembro de 2001

A Marca e a Cicatriz: Identidade, Controle e a Logomarca da IASD

Entre os símbolos mais reconhecíveis do mundo religioso moderno está a logomarca oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD). Composta por uma chama estilizada envolvendo uma Bíblia e atravessada por uma cruz, essa imagem é hoje o emblema visual de uma organização mundial. Mas por trás dessa aparente simplicidade gráfica esconde-se uma realidade incômoda: a transformação da igreja em marca registrada, e do rebanho espiritual em “povo marcado”.

O Fim dos Três Anjos: A Supressão Profética

Durante mais de um século, o símbolo dos três anjos voando em meio ao céu foi o emblema profético do movimento adventista. Sua base teológica era clara: Apocalipse 14, a última mensagem de advertência ao mundo. No entanto, em 1996, esse símbolo foi oficialmente substituído por uma logomarca moderna, “marca” esta que passou a ser usada como identificação exclusiva e controlada pela sede mundial. A razão? Segundo justificativas institucionais, tratava-se de modernização da comunicação visual.

Mas segundo diversas fontes não-oficiais, incluindo artigos do site Adventistas.com, houve pressão externa e interna para abandonar a representação profética. Agências internacionais, parceiros ecumênicos e mesmo membros mais liberais da liderança consideravam o símbolo dos três anjos “divisivo”, “rúdico” ou “pouco inclusivo”. A imagem foi trocada, não por apelo espiritual, mas por estratégia de marketing e gestão de imagem.

A Igreja Como Marca Registrada

Poucos membros sabem que o nome “Igreja Adventista do Sétimo Dia” e sua logomarca atual são marcas registradas da corporação General Conference of Seventh-day Adventists. Isso significa que, legalmente, não somos parte de uma comunidade religiosa no sentido tradicional. Participamos de uma rede de filiais licenciadas a usar essa marca, desde que obedeçam à estrutura hierárquica e financeira imposta. Igrejas que se separam por questões doutrinárias perdem automaticamente o direito ao nome e ao uso da imagem institucional.

A gravidade disso é dupla: não apenas somos “propriedade” administrativa, como também perdemos a dimensão simbólica do chamado profético que nos formou. A logomarca não representa mais a missão, mas a instituição.

Rebanho do Senhor ou Povo Marcado?

Uma coisa é pertencer ao rebanho do Senhor, com os nomes inscritos nas mãos de Cristo. Outra é ser marcado por uma estrutura que nos vê como ativos de uma franquia global. É o que expressa o desabafo citado no Adventistas.com, quando compara-se a situação dos membros com a letra da canção “Admirável Gado Novo”:

“É esse o aspecto mais grave dessa discussão. Nem tanto o formato da marca, mas o fato de que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não existe como uma instituição jurídica. É apenas uma marca registrada pertencente à Organização, identificada pela polêmica logomarca oficial, da qual a administração franquia ou proíbe o uso, segundo critérios basicamente financeiros.”

Conclusão: Entre o Nome e o Caráter

É chegada a hora de perguntarmos: somos defensores da missão ou da imagem? Seguidores de Cristo ou consumidores da marca? Está escrito que Deus selaria os Seus com um nome em suas testas — mas não com um logotipo corporativo.

A logomarca atual da IASD não é apenas um recurso visual, mas um espelho da transformação e institucionalização de um movimento profético em uma agência global com linguagem empresarial. Rejeitar essa marca não é rebelião. Pode ser, na verdade, o começo da verdadeira fidelidade.


Referências:

  1. Adventistas.com – artigos sobre logotipo, três anjos e identidade institucional.
  2. Registros de propriedade intelectual da General Conference (trademark database EUA).
  3. Relatos de membros e ex-obreiros sobre o abandono da simbologia profética.
  4. Documentos de comunicação institucional de 1996 sobre a mudança da logomarca.
  5. Apocalipse 14:6-12 (mensagem dos três anjos).

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