GÊNESIS 6: Sete Argumentos que adventistas usam para dizer que anjos caídos não fariam sexo

Com base em um comentário enviado por um de nossos leitores, que se identificou como “Sr. Adventista”, listamos abaixo sete respostas para argumentos usados por ele e outros irmãos adventistas, inclusive teólogos, que tentam negar a interpretação literal de Gênesis 6, optando por sua alegorização.

1. “Esta questão sobre anjos terem tido relação sexual com humanos é pura bobagem.”

2. “A Bíblia não afirma tal coisa, quem afirma são pessoas dadas à teorias sobre alienígenas e que procuram na Bíblia desculpas para suas teorias.”

3.Não temos visto possessões demoníacas onde demônios tenham relações sexuais com seres humanos, nem crianças gigantes nascendo destas supostas relações.”

4. “Segundo a Bíblia tais anjos de Satanás continuam aqui na Terra.”

5. “Não ocorreu no passado e não ocorre atualmente.”

6. “E outra coisa, dever-se-ia saber que a Vida é um dom de Deus e que demônios não podem replicar. Anjos não podem dar vida e jamais poderão, mesmo personificando-se como seres humanos.”

7. “Tivessem os anjos esta capacidade que é própria humana, haveria vários anjos crianças no céu. A Bíblia relata que todos os anjos foram criados por Deus.”

Na verdade, preparamos vários textos-resposta:

Anjos Caídos e Nefilins: A Verdade Oculta em Gênesis 6 que Muitos Querem Ignorar

Introdução

Gênesis 6 é um dos textos mais misteriosos da Bíblia. Nele, lemos sobre “filhos de Deus” que tomaram esposas humanas e geraram uma raça chamada nefilins. Muitos pregadores e teólogos modernos alegam que isso não passa de uma alegoria — que seriam apenas descendentes de Sete casando com descendentes de Caim. Mas será mesmo?

O adventistas.com defende a interpretação literal: esses “filhos de Deus” eram anjos caídos, que se rebelaram, assumiram forma humana e se uniram fisicamente a mulheres, gerando uma linhagem híbrida e violenta que foi uma das causas para o juízo do Dilúvio.

Vamos responder, de forma simples e direta, às sete objeções mais comuns contra essa visão.


1. “Isso é pura bobagem!”

Não é bobagem quando o próprio Jesus apontou para os “dias de Noé” como modelo para o tempo do fim (Mateus 24:37-39; Lucas 17:26-27). Ele destacou os casamentos daquele período, dando a entender que havia algo especial — e perigoso — acontecendo.


2. “A Bíblia não fala nada disso.”

Fala sim! Judas 1:6-7 e 2 Pedro 2:4-5 descrevem anjos que abandonaram seu lugar original, cometeram pecado sexual (“outra carne”) e foram presos em cadeias de trevas. Isso está diretamente ligado ao que aconteceu em Gênesis 6.


3. “Nunca vi demônios possuindo pessoas para ter filhos, nem gigantes hoje.”

E nem vai ver. Esse foi um evento único antes do Dilúvio. Os nefilins foram destruídos com a inundação, restando apenas menções posteriores, como a dos “gigantes” em Canaã (Números 13:33).


4. “Esses anjos ainda estão soltos na Terra.”

Não os que cometeram esse pecado. Judas e Pedro dizem que esses anjos foram presos e estão aguardando o juízo final. O que existe hoje são outros demônios atuando de formas diferentes.


5. “Não aconteceu no passado e não acontece hoje.”

Gênesis 6:4 é claro: “Naqueles dias havia nefilins… e também depois”. Negar isso é negar o próprio texto.


6. “Anjos não podem gerar vida.”

Normalmente, não. Mas esses anjos caídos assumiram corpo humano real — como os anjos de Gênesis 18 e 19 que comeram com Abraão e Ló. Foi algo extraordinário, ilícito e condenado por Deus.


7. “Se pudessem, haveria crianças-anjo no céu.”

Não haveria, porque isso não é uma capacidade natural dos anjos. Foi um ato rebelde, cometido na Terra, e que resultou no juízo imediato de Deus.


Por que isso é importante?

Essa interpretação não é invenção moderna. É a mais antiga, defendida por estudiosos judeus e pelos primeiros cristãos. Só foi abandonada séculos depois, em parte para evitar que se comparasse a Bíblia com mitologias pagãs.

Além disso, ela nos ajuda a entender:

  • A gravidade do pecado antes do Dilúvio.

  • O motivo do juízo de Deus sobre aquele mundo.

  • O paralelo profético com os nossos dias.


Conclusão

Gênesis 6 não é uma lenda nem uma metáfora inocente. É um alerta sobre até onde o mal pode chegar quando anjos caídos e humanos se unem contra os planos de Deus. E Jesus avisou: o fim será como nos dias de Noé. Ignorar isso é correr o risco de repetir a história.

Texto Contra-Argumentativo à Alegoria de Gênesis 6 (Defesa da Interpretação Literal)

1. “Esta questão sobre anjos terem tido relação sexual com humanos é pura bobagem.”

Resposta: Longe de ser “bobagem”, a Bíblia oferece indícios que Jesus Arremata ao trazer à luz o paralelo com os “dias de Noé”, que incluiu “casamentos antediluvianos” — algo digno de atenção significante (Mateus 24:37–39; Lucas 17:26–27). Esse alerta serve não só como comparação ética, mas como indício hermenêutico — o texto merece ser interpretado com seriedade e lealdade histórica ao que nele está registrado. A interpretação literal respeita essa advertência de Cristo, evitando reduções alegóricas infundadas.

2. “A Bíblia não afirma tal coisa — quem afirma são pessoas que criam teorias sobre alienígenas.”

Resposta: Diversas passagens bíblicas respaldam textual e teologicamente essa visão: Judas 1:6 e 2 Pedro 2:4 falam de anjos que “não guardaram seu estado original” e “abandonaram seu domicílio”, sendo então aprisionados — indicando interação e queda literal desses seres YouTube+15adventistas.com+15adventistas.com+15. Essas frases não são fruto de especulação moderna, mas derivam da exegese direta dos textos bíblicos. O site adventistas.com sustenta que “anjos caídos estiveram aqui e produziram filhos com mulheres” (relacionando Gênesis 6 à punição em Judas 6) adventistas.com+6adventistas.com+6adventistas.com+6.

3. “Não vemos possessões demoníacas com relações sexuais nem crianças gigantes nascendo disso.”

Resposta: A ausência de manifestações contemporâneas não refuta eventos únicos do passado. Gênesis 6 descreve um fenômeno singular — os nefilins —, que desapareceram após o Dilúvio, conforme o texto bíblico (Gn 6:4), com possível reaparecimento limitado em Canaã, conforme Números 13:33 adventistas.com+1Wikipédia. A historicidade deles é naturalmente diferente de fenômenos modernos de possessão, e o foco deve ser na narrativa bíblica primária.

4. “Segundo a Bíblia, tais anjos de Satanás continuam aqui na Terra.”

Resposta: A Bíblia diz que os anjos caídos foram contidos e mantidos sob prisão espiritual (Judas 6, 2 Ped. 2:4) YouTube+15adventistas.com+15adventistas.com+15. A ideia de uma contínua atividade demoníaca corporal não se aplica ao caso desses anjos específicos, que cometeram esse pecado físico no passado e foram julgados por isso. A interpretação defendida reconhece que esses anjos não continuam a se envolver fisicamente com os humanos.

5. “Não ocorreu no passado e não ocorre atualmente.”

Resposta: O texto bíblico efetivamente descreve que isso ocorreu no passado: “Naqueles dias… os nefilins estavam na terra” (Gn 6:4). O site adventistas.com faz essa leitura literal e histórica, afirmando que os anjos caídos “visitavam a Terra, aparentando ser homens… e se reproduziram” adventistas.com+3adventistas.com+3adventistas.com+3. A ressalva “não ocorre atualmente” reforça que se tratou de um evento exclusivo, não contínuo ou mitológico.

6. “Anjos não podem replicar; demônios não dão vida nem criam descendentes.”

Resposta: Embora espiritualmente diferentes, o texto interpreta os anjos caídos como assumindo forma humana (sem asas) para intercourse com mulheres — o que teria permitido concepção física (Gn 6:2). O site afirma precisamente isso: “A união deu origem a filhos, os nefilins… incorporação sexual com fêmeas humanas” adventistas.com. A perspectiva literal requer reconhecer que, apesar de espirituais, esses anjos caídos foram capazes de interagir de modo que resultou em geração física — algo compaginado com a narrativa bíblica, ainda que excepcional.

7. “Se os anjos tivessem essa capacidade humana, haveria anjos-crianças no céu.”

Resposta: A afirmação ignora que os anjos são seres criados por Deus, distintos dos humanos, sem semente nem necessidade de reprodução (Mateus 22:30). A narrativa da coabitação em Gn 6 diz respeito ao uso temporário de forma humana por parte de anjos caídos — não uma mudança na natureza de anjos, mas um acontecimento específico para um propósito demoníaco. O site defende que eram “anjos caídos… que assumiram forma humana masculina” YouTube+5adventistas.com+5adventistas.com+5, o que implica esse uso temporário e não permanente.


Conclusão

A interpretação literal — de que “anjos caídos se relacionaram com mulheres humanas gerando nefilins” — é consistente com os textos bíblicos de Gênesis, Judas e 2 Pedro, e com a apresentação no site adventistas.com YouTube+10adventistas.com+10adventistas.com+10. Ela:

  • Respeita os termos originais (“filhos de Deus”, “nefilins”);

  • Considera a tradição hebraica e interpretações extrabíblicas judaicas (p. ex., Livro de Enoque) adventistas.com+15adventistas.com+15adventistas.com+15;

  • Enfrenta de frente os argumentos contrários com base em textos, não suposições.

Esse enfoque literal — estranho à mentalidade moderna — resta coerente com a exegese bíblica clássica e com o histórico entendimento judaico-cristão antigo, sendo sustentado por estudiosos adventistas fiéis às Escrituras.

Defesa da Interpretação Literal de Gênesis 6: “Filhos de Deus” como Anjos Caídos

1. Perspectiva Bíblica

  • “Filhos de Deus” como anjos caídos: A análise mais antiga e tradicional dos intérpretes hebraicos considera que em Gênesis 6, os “filhos de Deus” são anjos que desceram à Terra e tomaram esposas humanas — o que gerou os nefilins, também chamados de gigantes ou “homens de fama” Wikipédia+11adventistas.com+11adventistas.com+11.

  • Essa leitura é sustentada porque:

  • A argumentação alternativa — de que seriam meramente descendentes de Sete unindo-se a descendentes de Caim — é considerada uma inovação relativamente recente (apenas cerca de 300 anos), e que não encontra respaldo nas interpretações mais antigas adventistas.com+7adventistas.com+7adventistas.com+7.

2. Fundamentação Histórico-Tradicional

  • Tradição judaica e patrística: A interpretação angelical era aceita tanto em tradições rabínicas como entre os pais da Igreja primitiva e tradutores da Septuaginta adventistas.com+5adventistas.com+5Wikipédia+5.

  • Consistência com a literatura intertestamentária, como o Livro de Enoque, que relata os anjos chamados Vigilantes (Grigori) que desceram à Terra, se relacionaram com mulheres humanas, e geraram uma raça de gigantes (nefilins) adventistas.com+12Wikipédia+12Wikipédia+12.

3. Reflexão Teológica

  • Exegese fiel ao texto: A interpretação setita (descendentes de Sete) falha em reconhecer que o texto menciona claramente que os nefilins existiam “naqueles dias… e também depois”, sugerindo que não se trata apenas de uma mistura humana, mas de algo mais extraordinário adventistas.com+6adventistas.com+6adventistas.com+6.

  • Coerência narrativa: A tradição angelical ajuda a explicar a gravidade da corrupção antediluviana e a razão do juízo divino — algo que vai além de simples “casamentos mistos” entre humanos adventistas.com+1.

  • Motivação demoníaca plausível: Segundo o site, os demônios (anjos caídos) podem ter se envolvido nesses atos com o objetivo de corromper a linhagem humana para impedir o nascimento do Messias (Gênesis 3:15), sem contrapor-se à Escritura adventistas.com.


Comparativo de Interpretações

Categoria Interpretação Literal (Adventistas.com) Interpretação Alternativa (Setita/Oligárquica)
Identidade dos “Filhos de Deus” Anjos caídos (benei haElohim: seres celestiais) Homens piedosos descendentes de Sete adventistas.com+1
Origens da leitura setita Forte tradição milenar (judaica e cristã) adventistas.comWikipédia Interpretação recente (~300 anos) adventistas.com+1
Explicação para nefilins Resultantes da união entre anjos e mulheres humanas adventistas.com+1 Refere-se a homens violentos resultantes de mistura humana adventistas.com+1
Motivação teológica Corromper linhagem messiânica, desencadear juízo divino adventistas.com+1 Não aborda essa dimensão espiritual ou escatológica significativamente
Base exegética Coerência textual e uso de termos bíblicos originais adventistas.com+1 Exige suposições sobre linhagens genealógicas adventistas.com+1

Conclusão

A interpretação literal defendida pelo adventistas.com:

  • Se fundamenta diretamente no texto bíblico (Gênesis, Jó, Judas, 2 Pedro).

  • Tem respaldo na tradição clássica judaico-cristã e nas interpretações patrísticas e extrabíblicas.

  • Oferece uma explicação teologicamente coerente para a corrupção antediluviana e o julgamento do Dilúvio.

  • É exegética e não meramente especulativa.


Anjos Caídos e Nefilins: Um Estudo Detalhado em Defesa da Interpretação Literal de Gênesis 6

Introdução

A interpretação de que anjos caídos tiveram relações sexuais com mulheres humanas, gerando os nefilins, é contestada por muitos, inclusive dentro da comunidade adventista. No entanto, conforme fundamentado no adventistas.com, essa leitura não é apenas plausível, mas coerente com o texto bíblico e com a tradição histórica. A seguir, respondemos aos sete principais argumentos contrários, aprofundando a análise.


1. “Esta questão é pura bobagem.”

Resposta:
Isso não é bobagem. O próprio Senhor Jesus alude à realidade desses eventos ao afirmar que “como foi nos dias de Noé, assim será também na vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:37–39; Lucas 17:26–27). Isso não se refere apenas ao cotidiano das pessoas, mas inclui o contexto do casamento antediluviano — o que sugere que há mais profundidade que uma alegoria banal.

A tradição literal é amplamente apoiada no texto bíblico e interpretada dessa forma pelos primeiros intérpretes. É uma leitura que confere seriedade ao texto e evita reduzir sua complexidade a meros mitos simbólicos.


2. “A Bíblia não afirma tal coisa; só pessoas fantasiosas alegam isso.”

Resposta:
A Bíblia menciona anjos que “não guardaram seu estado original” e foram retidos em escuridão — e isso não é mitologia moderna, mas parte da narrativa bíblica em Judas 1:6–7 e 2 Pedro 2:4, que se conecta diretamente com Gênesis 6 adventistas.com+11adventistas.com+11adventistas.com+11adventistas.com+8adventistas.com+8adventistas.com+8adventistas.comadventistas.com.

Além disso, em Gênesis 6, os nefilins são apresentados como resultado dessa união — uma explicação consistente com o sentido literal do texto e apoiada pela teologia adventista, que sustenta que “anjos caídos tiveram coito com mulheres, gerando essa raça de gigantes” adventistas.com.


3. “Não vemos possessões demoníacas com relações sexuais, tampouco crianças gigantes nascendo.”

Resposta:
A ausência de manifestação moderna não refuta a historicidade de eventos únicos ocorridos na antediluviana “era dos nefilins”. Esses “gigantes” foram extintos pelo Dilúvio, e o texto bíblico não aponta para sua continuidade nos dias atuais, exceto por espólios esparsos em Canaã adventistas.com+10adventistas.com+10adventistas.com+10.


4. “Segundo a Bíblia, tais anjos continuam aqui na Terra.”

Resposta:
Judas 6 e 2 Pedro 2:4 ensinam que esses anjos foram reprimidos e aprisionados em abismos, não circulando livremente na Terra após o Dilúvio adventistas.com+10adventistas.com+10adventistas.com+10. A visão defendida considera que o pecado físico com mulheres foi um evento singular — não um fenômeno contínuo.


5. “Não ocorreu no passado e não ocorre atualmente.”

Resposta:
O texto bíblico afirma claramente que ocorreu no passado: “Havia naqueles dias… e também depois” — indicando que os nefilins existiam antes e após o Dilúvio adventistas.com+1adventistas.com+11adventistas.com+11adventistas.com+11. Essa leitura reconhece o texto como histórico e não meramente metafórico.


6. “Anjos não podem dar vida e não geram descendentes.”

Resposta:
Embora o ensino tradicional afirme que anjos não reproduzem, Gênesis 6 parece narrar que anjos caídos assumiram forma humana e geraram filhos com mulheres, resultando nos nefilins adventistas.com+10adventistas.com+10adventistas.com+10. A tese é que, apesar de espirituais, esses anjos puderam interagir fisicamente dessa forma — evento extraordinário, mas relatado no texto.


7. “Se anjos tivessem capacidade reprodutiva, haveria anjos-crianças no céu.”

Resposta:
A natureza dos anjos é distinta e não depende da procriação. A narrativa de Gênesis 6 descreve uma transgressão anômala — interação física com mulheres, convertendo-se em carne por propósito demoníaco. Ou seja, anjos não teriam crianças no Céu porque essa capacidade não lhes pertence normalmente, mas foi assumida temporariamente pelos que caíram adventistas.com+1.


Fundamentação Complementar

A. Tradição Histórica e Exegética

  • A expressão hebraica benei haElohim (“filhos de Deus”) aparece em contextos claramente angélicos, como em Jó 1:6, 2:1 e 38:7, e Daniel 3:25 adventistas.com+4adventistas.com+4adventistas.com+4.

  • A visão setista (descendentes de Sete) é recente—cerca de 300 anos—e surgiu em parte para afastar visões consideradas “incômodas” pelos primeiros pensadores cristãos adventistas.com+1.

  • Documentos judaicos antigos (como Livro de Enoque, Jubileus, Zohar) bem como negativares da Igreja primitiva frequentemente registraram que anjos se casaram com mulheres e geraram os nefilins adventistas.com+9adventistas.com+9Wikipédia+9.

B. Intertestamentário e Literatura Apócrifa

  • O Livro de Enoque detalha os Vigilantes (Grigori), anjos que desceram à Terra, tornaram-se humanos, e geraram gigantes adventistas.com.

  • Escritos como o Testamento de Rúben, o Zohar e outros comentam sobre anjos que se transformaram para seduzir mulheres, gerando filhos híbridos adventistas.com.

C. Teologia Cristã e Implicações Escatológicas

  • A doutrina mostra que essa corrupção antediluviana — com gusa demoníaca na humanidade — justificou o juízo do Dilúvio e reflete o intento maligno de Satanás de impedir a linhagem messiânica (Gênesis 3:15) adventistas.com+1.

  • A ligação entre Gênesis 6 e os avisos de Cristo sobre os “dias de Noé” reafirmam que essa história tem significado profético e escatológico.


Síntese Comparativa

Argumento do “Sr. Adventista” Resposta da Interpretação Literal
1. Bobagem Alertas de Jesus apontam para relevância histórica séria
2. Teorias fantasiosas Textos bíblicos textuais (Judas, 2 Pedro) sustentam tal possibilidade
3. Ausência de casos modernos Evento único e extinto após Dilúvio, conforme narrativa bíblica
4. Anjos continuam na terra Bíblia diz que foram aprisionados — não livres para tais atos
5. Não ocorreu no passado Texto menciona que “havia” e “após” — nefilins existiram
6. Anjos não geram vida Tese: anjos caídos assumiram forma física e geraram filhos
7. “Seria caos no céu” A capacidade não é inerente, foi assumida temporariamente só na Terra

Conclusão

A interpretação literal — conforme defendida pelo adventistas.com — oferece uma leitura:

  • Textual e consistente com Gênesis, Judas, 2 Pedro e Jó;

  • Tradicional e histórica, presente em antigos comentaristas judaicos e pais da igreja primitiva;

  • Internamente coerente, explicando corrupção antediluviana, juízo divino, e significado simbólico-escatológico dos “dias de Noé”.

ARTIGO ACADÊMICO

A Interpretação Literal de Gênesis 6: Anjos Caídos, Nefilins e as Objeções ao Texto Bíblico

Resumo

Este artigo examina, sob uma perspectiva exegética e histórico-teológica, a interpretação literal de Gênesis 6:1-4, que identifica os “filhos de Deus” como anjos caídos que, assumindo forma humana, uniram-se a mulheres e geraram os nefilins. A análise responde a sete objeções frequentemente apresentadas por setores adventistas que defendem a leitura alegórica (descendentes de Sete). O estudo articula evidências bíblicas, tradições judaicas antigas, literatura intertestamentária e patrística, demonstrando a consistência e plausibilidade dessa interpretação.

Palavras-chave: Gênesis 6, Nefilins, Anjos Caídos, Exegese, Tradição Judaica, Patrística.


1. Introdução

A narrativa de Gênesis 6:1-4 tem sido objeto de intenso debate hermenêutico. Duas principais correntes se destacam:

  1. Interpretação Literal — entende os “filhos de Deus” (benei haElohim) como seres celestiais que se rebelaram, tomaram esposas humanas e geraram uma linhagem híbrida conhecida como nefilins.

  2. Interpretação Alegórica ou Setita — identifica os “filhos de Deus” como descendentes piedosos de Sete e as “filhas dos homens” como descendentes ímpias de Caim.

Este artigo defende a posição literal, conforme argumentada no portal adventistas.com, e responde às objeções apresentadas pelo leitor “Sr. Adventista”.


2. Fundamentação Bíblica da Interpretação Literal

2.1. Terminologia

O termo hebraico benei haElohim aparece no Antigo Testamento em contextos exclusivamente celestiais (Jó 1:6; 2:1; 38:7; cf. Sl 29:1; 89:6). Não há precedentes no período pré-exílico para sua aplicação a humanos piedosos.

2.2. Textos correlatos

  • Judas 1:6-7: descreve anjos que “não guardaram seu estado original” e que, “como Sodoma e Gomorra”, entregaram-se a relações ilícitas com “outra carne”.

  • 2 Pedro 2:4-5: vincula o pecado desses anjos ao contexto do Dilúvio.

  • Gênesis 6:4: enfatiza que “havia nefilins naqueles dias… e também depois”.

A associação dessas passagens cria uma linha interpretativa coerente: anjos caídos interagiram fisicamente com mulheres, produzindo descendência híbrida.


3. Resposta às Sete Objeções do “Sr. Adventista”

3.1. “Isto é pura bobagem.”

A crítica é desprovida de base exegética. Jesus, em Mateus 24:37-39 e Lucas 17:26-27, aponta para os “dias de Noé” como paradigma escatológico. A referência aos casamentos antediluvianos sugere mais do que banalidade sociológica, apontando para eventos extraordinários.

3.2. “A Bíblia não afirma tal coisa.”

Afirmar que tal ideia não é bíblica ignora Judas 1:6-7 e 2 Pedro 2:4-5, que descrevem literalmente a transgressão dos anjos. A tradição judaica (Livro de Enoque, Livro dos Jubileus) interpreta tais textos como referência à união de seres celestiais e mulheres.

3.3. “Não vemos casos de possessão com relações sexuais nem gigantes nascendo hoje.”

A ausência atual não invalida a historicidade. O fenômeno foi único e limitado ao período pré-diluviano, com possível ocorrência residual em Canaã (Nm 13:33).

3.4. “Esses anjos ainda estão na Terra.”

Judas 1:6 e 2 Pedro 2:4 indicam prisão em cadeias de trevas para esses anjos específicos. A atuação demoníaca atual não implica repetição do episódio de Gênesis 6.

3.5. “Não ocorreu no passado e não ocorre atualmente.”

O texto de Gênesis 6:4 declara explicitamente que “havia… e também depois”. Negar sua ocorrência equivale a negar a historicidade do registro.

3.6. “Anjos não podem dar vida.”

A narrativa pressupõe que anjos caídos assumiram forma corpórea masculina (cf. Gn 18-19, onde anjos comem e interagem fisicamente), tornando possível a concepção.

3.7. “Se pudessem, haveria crianças anjos no céu.”

O evento foi um ato de rebelião singular, não uma capacidade natural dos anjos. No Céu, anjos não se casam (Mt 22:30); o ocorrido foi ilícito e temporário.


4. Evidências Históricas e Tradicionais

4.1. Judaísmo Antigo

Fontes como o Livro de Enoque e os Jubileus descrevem em detalhes a queda dos “Vigilantes” (anjos) e sua união com mulheres humanas.

4.2. Cristianismo Primitivo

Pais da Igreja como Justino Mártir, Irineu e Tertuliano sustentaram a leitura literal, antes de a interpretação setita ganhar força no século IV, possivelmente para evitar associações com mitologias pagãs.


5. Implicações Teológicas

A leitura literal fornece:

  • Coerência Escatológica: Explica a gravidade da corrupção antediluviana e conecta-se com a profecia de Cristo sobre os “dias de Noé”.

  • Propósito Satânico: Corromper a linhagem humana para impedir o cumprimento de Gênesis 3:15.

  • Consistência Hermenêutica: Respeita o sentido original dos termos e a intertextualidade bíblica.


6. Conclusão

A interpretação literal de Gênesis 6, conforme defendida pelo adventistas.com, está enraizada em sólida exegese bíblica, respaldada por tradições judaicas e patrísticas, e responde de forma consistente às objeções modernas. Negar essa leitura requer desconsiderar o peso do texto e da história da interpretação.


Referências

  • Bíblia Sagrada, ARA.

  • Livro de Enoque (tradição etíope).

  • Jubileus (tradição judaica).

  • Justino Mártir, Apologia I.

  • Irineu de Lião, Contra Heresias.

  • Tertuliano, De Cultu Feminarum.

  • Adventistas.com – artigos sobre Gênesis 6 e nefilins (2013-2021).

 

 

6 comentários em “GÊNESIS 6: Sete Argumentos que adventistas usam para dizer que anjos caídos não fariam sexo”

    1. 1. O Contexto de Mateus 22:30

      O texto surge dentro de um debate sobre a ressurreição, não sobre Gênesis 6.

      Os saduceus, que negavam tanto a ressurreição quanto a existência de anjos e espíritos (Atos 23:8), levantaram uma questão absurda sobre uma mulher casada com sete irmãos.

      Jesus responde dizendo que, na ressurreição, os homens e mulheres não se casam, mas “são como os anjos no céu”.

      Portanto, o ensino aqui é sobre a condição dos ressuscitados no porvir, não sobre a natureza ou limites dos anjos caídos.

      2. “Como os anjos no céu” ≠ Todos os anjos

      Jesus especifica anjos no céu, isto é, os anjos fiéis, que permanecem no estado de obediência e pureza diante de Deus.

      Ele não está falando de anjos que caíram, que abandonaram seu estado original (Judas 1:6).

      Usar Mateus 22:30 para dizer que os anjos caídos não poderiam ter relações com mulheres é um erro de contexto, pois Jesus nem tocou nesse assunto.

      3. Outras Passagens que Confirmam a Interação dos Anjos Caídos

      Gênesis 6:1-4: “Os filhos de Deus” tomaram para si mulheres humanas, gerando os nefilins. A linguagem aponta para seres espirituais que transgrediram.

      Judas 1:6-7: compara os anjos que “não guardaram seu estado original” com Sodoma e Gomorra, que buscaram relações ilícitas — deixando claro o paralelo sexual.

      2 Pedro 2:4-5: fala de anjos que pecaram, sendo lançados em prisões de trevas, conectando esse pecado com os dias de Noé.

      Essas passagens convergem: houve uma transgressão angelical real que envolveu desejo e mistura proibida.

      4. A Falha dos Saduceus e a Estratégia de Jesus

      Os saduceus não acreditavam em ressurreição, anjos e espíritos.

      Se Jesus tivesse dito que os anjos não existem ou não se casam, estaria apenas confirmando a visão deles.

      Em vez disso, Ele usa os anjos como ilustração positiva da vida celeste, mostrando que existe uma dimensão espiritual real, que eles negavam.

      Jesus fala de anjos no céu porque precisava desmontar a negação deles da existência espiritual.

      5. Conclusão

      Mateus 22:30 não nega Gênesis 6.

      A passagem não está tratando de anjos caídos, mas do estado eterno dos ressuscitados.

      Jesus fala de “anjos no céu”, ou seja, os que permanecem em obediência.

      As passagens de Gênesis, Judas e Pedro deixam claro que houve um evento real de transgressão angelical na história.

      Portanto, usar Mateus 22:30 para negar o envolvimento dos anjos caídos com mulheres humanas é uma distorção do contexto.

      1. Cada um pode acreditar no que quiser de acordo com o livre arbitrio, inclusive muitos utilizam a Bíblia para acreditar na imortalidade da alma e outras coisas e assim defendem heresias.

        1. Para o cristão que não terceiriza a leitura e interpretação das Escrituras, preferindo ler e pesquisar por si mesmo sob a guia do Espírito Santo, a verdade é como a luz da aurora, que vai surgindo e se ampliando progressivamente até ser dia perfeito. Não pare, continue investigando. O que hoje lhe parece heresia amanhã lhe será confirmado como a verdade divina. Ore e avance.

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