Lobos Disfarçados, Ovelhas Perseguidas e as Bestas do Apocalipse como Parceiras

A ilustração que abre este editorial é tão impactante quanto verdadeira: lobos disfarçados de cordeiro, de mãos dadas com as duas bestas do Apocalipse, perseguem um pequeno grupo de ovelhas magras e assustadas. Parece exagero? Não é. Representa a aliança vergonhosa da liderança adventista com o Vaticano e com governos tirânicos — inclusive o dos Estados Unidos — para perseguir e até matar irmãos leigos que escolheram permanecer fiéis a Deus e à sua consciência, guiados pelo Espírito Santo.

Hostes Espirituais no Controle da Igreja

Vivemos num mundo dominado por “hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Efésios 6:12), e isso não poupa nem a liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia. As estruturas de poder da denominação foram sequestradas por homens corruptos, comprometidos com agendas políticas e ecumênicas que envergonham o evangelho. Esses líderes repetem exatamente o padrão do mundo: alianças com elites econômicas e políticas, silenciamento de vozes proféticas e apoio a práticas desumanas — tudo em nome da “ordem” e da “obediência institucional”.

E este padrão não é novo. A história já registrou alianças religiosas com regimes assassinos. Nos anos 1930 e 40, pastores adventistas na Alemanha apoiaram abertamente Adolf Hitler, descrevendo-o como um “instrumento de Deus” para restaurar a moralidade e a ordem no país. Enquanto isso, milhares de judeus foram perseguidos e mortos, e a liderança adventista alemã se manteve em silêncio ou colaborou com o regime nazista, demonstrando que o instinto de autopreservação institucional sempre falou mais alto que a fidelidade a Cristo.

Huambo, Rwanda e Waco: Sangue nas Mãos da Liderança

O mesmo espírito de submissão às bestas do Apocalipse reaparece no presente. Em Huambo, Angola, 2015, centenas de adventistas rotulados como “dissidentes” foram massacrados pela polícia, com mulheres e crianças executadas a sangue frio, enquanto a liderança institucional mantinha um silêncio covarde.

Em Rwanda, 1994, líderes adventistas colaboraram com o genocídio que exterminou quase um milhão de pessoas, inclusive irmãos de fé assassinados dentro de igrejas da denominação. Até hoje, essa mancha não foi plenamente reconhecida ou tratada com a seriedade que merece.

E em Waco, Estados Unidos, 1993, a liderança adventista não apenas se calou, mas legitimou o massacre de famílias e crianças ligadas a um grupo identificado como dissidente, mas com raízes adventistas, permitindo que o braço armado do Estado esmagasse vidas em nome da “ordem”.

Apostasia Institucional e Alianças Ecumênicas

A situação atual não é diferente. Sob o comando de líderes como Ted Wilson e agora Elton Kohler, a igreja institucionalizada se afasta cada vez mais do evangelho puro. Kohler, o novo presidente da Conferência Geral, organizou e promoveu encontros ecumênicos que reuniram em ambiente festivo lideranças tidas como “cristãs” e não-cristãs, incluindo grupos orientais e de origem afro-pagã. Trabalhou durante dois anos para reunir esses grupos sob o manto da “unidade cristã”, enquanto perseguiu e silenciou leigos fiéis que se opunham a essas práticas.

Como se não bastasse, Kohler já é conhecido entre líderes sul-americanos por seu estilo ditatorial, comparado ao de políticos autoritários e corruptos da América Latina. Na última Conferência Geral, como em eleições regionais anteriores, delegados que ousam discordar da liderança são afastados, e qualquer tentativa de resistência é abafada com ameaças veladas e censura descarada.

A Religião Pura que Foi Abandonada

Enquanto isso, a liderança institucional vive de alianças políticas e financeiras, repete o modelo hierárquico do Vaticano e, em subserviente parceria com Roma, ignora os princípios bíblicos mais básicos. Mas a Palavra de Deus continua clara e inalterável:

Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; defendei a causa da viúva.” (Isaías 1:17)

A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se incontaminado do mundo.” (Tiago 1:27)

Cristo também não deixou dúvidas:

Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era estrangeiro e me hospedastes; estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; preso e fostes ver-me.” (Mateus 25:35-36)

Nada disso combina com a prática atual de líderes que apertam as mãos do Vaticano, recebem apoio de governos opressores e silenciam diante do sofrimento dos fiéis perseguidos.

A Escolha Final: Cristo ou a Besta

Estamos novamente diante do mesmo dilema de Elias no Monte Carmelo:

Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-o.” (1 Reis 18:21)

A liderança institucional adventista já fez sua escolha — e não foi por Cristo. Cabe agora a cada adventista decidir se continuará ajoelhado diante dos lobos disfarçados de cordeiro ou se seguirá o Cordeiro verdadeiro, mesmo que isso signifique ser perseguido como uma das poucas ovelhas fiéis retratadas no cartum inicial.

Porque, como Jesus advertiu:
E por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” (Mateus 24:12-13)

Deixe um comentário