"Pr. Maurício, o Sr. Contribuiu para a Ruína do EDESSA!"

 

RELATÓRIO DA XIX ASSEMBLÉIA ORDINÁRIA DA AES (PARTE II)
Segunda pela manhã, dia 09/12/02

Logo cedo tivemos um sermão pregado pelo Pr. José Sílvio, nele ficou bem clara a posição de que os que criticam têm em grande risco a salvação. O objetivo do sermão era mostrar que, não havia necessidade da exposição dos erros e falhas dos que trabalham na organização, pois esta igreja que é de Deus não pode ser criticada. Segundo ele, nós não devemos criticar a igreja pois nós somos a igreja, e se a criticamos, estamos criticando a nós mesmos.

O pastor Wandyr fez uma bonita oração, e nela, disse que os que escrevem para a internet criticando são do diabo.

Em seguida foi proposto votar, a inserção de mais vinte delegados indicados pela Associação Espírito-Santense da IASD. Em seguida depois da grande comissão formada e já tendo atuado na escolha dos nomes da comissão de nomeações, foi proposto votar aceitar a escolha destes nomes.  No momento para as observações desta votação, eu pedi novamente a palavra:

“Antes de fazer qualquer observação importante, eu gostaria de pedir perdão aos colegas delegados, pelas palavras inflamadas de ontem à noite. Eu sinto que Deus precisa atuar nesta igreja, eu acredito nesta igreja e é por isso que estou aqui. Acredito piamente que Deus está guiando esta igreja.

 

Agora eu gostaria de fazer uma importante observação: Parece que há uma cultura de quem critica é do diabo, eu não posso acreditar nisso. Aos que pensam desta forma eu quero dar um conselho: Apaguem a História, apaguem o Grande Conflito quando a irmã Ellen White cita João Huss e Jerônimo, que foram os grandes críticos da igreja no período escuro e que contribuíram para a reforma. Foi a igreja na Idade Média que reprimiu, amordaçou e matou aqueles que criticavam.

 

Apaguem da História a citação também da irmã Ellen White, dos dois estrangeiros de Praga, que chegaram na Inglaterra na época de João Huss e Jerônimo, quando a ponto de perderem a vida, ele juraram que não iriam falar mais. Mas falaram, sabem de que maneira? Eles eram artistas e pintaram dois quadros. Um deles representava Jesus entrando em Jerusalém sob um jumento com os seus discípulos com as roupas lavadas e surradas de tanto trabalhar e um outro quadro eles pintaram uma procissão pontifical do papa com a suas vestiduras bordadas de ouro que era a prova do abuso da igreja com os fiéis daquela época. Portanto, apaguem da história estes fatos, apaguem mais, apaguem Jeremias proferindo a profecia contra os pastores infiéis de sua época que se aproveitavam da lã de suas ovelhas e as feridas não as curavam, e deixavam de lado as desgarradas.

 

Agora não venham colocar em cheque a minha salvação porque eu critico, porque eu quero ver esta obra crescer eu não posso acreditar e nem confiar nisso. Eu não posso admitir que isto aconteça.

A partir da aprovação dos nomes para comissão de nomeações, eles foram trabalhar em separado e nós ficamos para aprovar os relatórios de cada departamento. Após a leitura do relatório da tesouraria do campo, onde se  frisou que nas finanças do EDESSA não havia nenhum desvio de verbas, eu pedi novamente a palavra.

Já ficou comprovado que, não houve desvio de verbas dos R$ 300.000,00 que eu questionei ontem aqui da administração do Pr. Samuel Küster. Só que o meu maior questionamento é porque isto não foi esclarecido antes.

 

Eu, na pessoa de secretário da Associação de Ex-Alunos do EDESSA, juntamente com o presidente daquele período, nós pedimos que nos dessem satisfação e não nos foi dada.

 

Agora, que o dinheiro foi mau usado e administração foi péssima, destes fatos há provas contundentes. O Pr. Maurício recebeu informações por telefone do professor Zizion, informando que as coisas estavam caminhando mal e que as coisas iam para um rumo ruim e ele  não aceitou as orientações do professor Zizion. Prova disso é que a situação piorou tanto, que faltando poucos dias para a formatura daquele ano, na administração do Pr. Samuel Küster, foi preciso tira-lo de lá. Os alunos não mais suportavam o Pr. Samuel.

 

É importante deixar claro que eu não estou aqui para questionar a salvação do Pr. Samuel, eu desejo muito é que ele seja salvo e eu também seja salvo, porque lá no céu, embora, a minha presença  perto dele seja desagradável e a presença dele seja desagradável perto de mim aqui, lá no céu nossas presenças serão agradáveis, porque seremos todos transformados. Agora o que é certo é certo e tem que ser dito, nós não podemos ser coniventes com o que é errado. Ele perseguiu vários professores e professores de grande valor, ele cortou deste quadro ótimos professores. Contratou uma pessoa, “profissional desta área  ambientação” para saber qual seria a melhor cor para pintar cada prédio e pagou uma fortuna para que o prédio masculino fosse pintado de roxo e prédio central fosse pintado de rosinha. Os garotos ficaram revoltados. Eu acompanhei de perto estes fatos e tenho como prová-los.

Agora apoiar a ingerência nós não podemos apoiar. O EDESSA está sucateado.

 

Lembro-me de um sermão do professor Zizion, mostrando a importância das escolas dos profetas, é simplesmente formação de opinião. E a educação neste estado não vai bem, digo isto porque sou formado em educação e não fui formado numa escolinha qualquer de fundo de quintal. Eu sou formado pela Universidade Federal do Espírito Santo e fui indicado pelo Centro Pedagógico como sendo o melhor aluno da minha turma. Portanto, eu quero dizer que nós não podemos apoiar a ingerência.

 

O EDESSA vai mal. Graças a Deus entrou um homem que está lutando para que as muralhas sejam reconstruídas, mas isto vai levar um bom tempo, não vai ser com um ou dois anos não. Nós não podemos apoiar este tipo de administração.

Pastor Maurício contra-argumenta:

“Nós colocamos a tesouraria do EDESSA a disposição para

aqueles que quisessem analisar, detalhe por detalhe do que acontecia na tesouraria do EDESSA. Mas nós não temos obrigação, a não ser que esta assembléia diga que temos que ficar se reunindo com a Associação de Ex-Alunos do EDESSA, da qual eu faço parte, amo o colégio e vou continuar lutando pelo EDESSA estando aqui ou não, para ter que dar satisfação a esta Associação de que cor pinta prédio de aula, de que se trocou piso de casa de professor ou não, de que se colocou porta no banheiro ou não, estou dizendo de forma bem clara de que isto não é prerrogativa da AEXAE.

 

Aquele que quiser ir a tesouraria do EDESSA reivindicar todos os números, continuam lá a disposição porque tudo é feito de forma transparente. Agora eu imagino que a sugestão do irmão Enoch, seria termos R$ 300.000,00 na poupança, e os professores sem receberem salário, sem poderem dar comida para os seus filhos porque o dinheiro está na poupança e eu tenho que chegar aqui no final de 4 anos e dizer para esta Assembléia, olha morreram de fome, mas tenho R$ 300.000,00 reais na poupança.

 

O dinheiro foi gasto com o que precisava ser gasto, estamos aqui nesta assembléia para dar satisfação a vocês delegados do que foi feito no EDESSA. A assembléia é soberana, não gostamos do que foi feito no EDESSA, então chegou a hora de mudar toda a administração do EDESSA, mudar toda a administração da Associação, não há nenhuma dificuldade é o momento que a igreja tem para fazer isso. Mas quero deixar claro para esta assembléia, esta assembléia é a que discute o assunto, é que verifica como se avalia por isso é que estamos apresentando.

 

Eu não vou permitir, e não permitirei enquanto presidente que alguém que não é membro deste campo, não obreiro desta igreja, não é adventista nesta Associação, queira exigir de EDESSA ou de quem quer que seja, satisfações de cor faz isto ou de que isto ou de aquilo. Não permiti que fosse feito, foram escritas cartas e eu disse a resposta e satisfação deve ser dada à assembléia que é quem elege e quem define as situações do campo. Então nós esclarecemos aqui e ficou bem claro a todos os delegados a situação do EDESSA.

Eu contra-argumento:

Eu não sugeri Pr. Maurício, que o senhor desse a nós satisfação de que cor foi pintado cada prédio do EDESSA ou de que o EDESSA deveria deixar de pagar o salário dos professores. O que eu gostaria Pastor é que o senhor valorizasse mais a educação do que o lazer. O diretor do EDESSA pediu a uma certa mesa administrativa uma verba para o EDESSA e o senhor negou para que a mesma verba fosse encaminhada para o centro de lazer deste campo, que é este acampamento onde é um bom lugar para contemplação de mulheres semi-nuas. O senhor contribuiu para a ruína do nosso educandário e eu não posso admitir que apoiemos tal administração. Valorize a educação pastor, nós precisamos dela, este campo precisa do EDESSA.

Antes da aprovação deste relatório da tesouraria da AES, o Pr. Wandir traz com a secretária da comissão de nomeações o nome do novo presidente. O senhor Pr. Maurício Lima. Houve por parte da plenária uma grande salva de palmas.

Daí por diante, tudo correu de forma muito presumida e o novo quadro administrativo da AES  ficou da forma como já foi divulgado neste site.

Pude conversar pessoalmente com os pastores Wandyr, Maurício, Vilson, e vários outros pastores e delegados. Muitos vieram me procurar e me disseram coisas que me deixaram muito preocupado, e devo enviar a terceira parte do relatório em breve. -- Enoch Lellis de Oliveira.

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