Se Você Crê na Inspiração de Ellen G.
White, Não Pode Crer na Trindade!
Obviamente, os argumentos abaixo não são válidos para crentes pertencentes a
outras denominações, pois o dom profético da Sra. White foi dado apenas para o
povo adventista. Para nós, que acreditamos na inspiração divina às mensagens
desta irmã, convém atentar para estes escritos em que o Espírito de Profecia nos
esclarece como podemos estar seguros contra os ventos de doutrina:
Muitos se apartarão da fé e darão ouvidos a espíritos sedutores. -
Patriarcas e Profetas
e O Grande Conflito são livros especialmente adaptados aos novos na fé,
para que sejam estabelecidos na verdade.
São apontados os perigos que devem ser evitados pelas igrejas.
Os que se tornarem
inteiramente familiarizados com as lições desses livros verão os perigos
perante eles e serão capazes de discernir o caminho claro e reto traçado para
eles. Serão guardados de caminhos estranhos.
Farão caminhos direitos para seus pés, para que o que coxeia não se desvie
dele. Carta 229, 1903.
--
O
Colportor Evangelista,
págs. 129 e 130
A
mensagem do texto acima é simples: aqueles que estiverem inteiramente
familiarizados com as lições contidas nos livros Patriarcas e Profetas e
O Grande Conflito, serão guardados de caminhos estranhos. Afirma ainda
que estes farão caminhos direitos para seus pés. Assim, seguindo o conselho dado
pela própria mensageira do Senhor, se estivermos familiarizados com os conceitos
apresentados nos livros Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito
quanto à divindade, estaremos seguros de não sermos levados por ventos de
doutrinas.
Sobre
a divindade, encontramos o seguinte no livro O Grande Conflito:
Antes da manifestação do mal,
havia paz e alegria por todo o Universo.
Tudo estava em perfeita harmonia com a vontade do Criador.
O amor a Deus era supremo; imparcial, o amor de uns para com outros.
Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um na
natureza, no caráter e no propósito - o único Ser em todo o Universo que
poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. Por Cristo, o Pai efetuou a
criação de todos os seres celestiais.
"NEle foram criadas todas as coisas que há nos céus ... sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades (Col. 1:16); e
tanto para com Cristo, como para com o Pai, todo o Céu mantinha lealdade.”
-- O Grande Conflito, pág. 493, revisão de 1911
Segundo o texto acima, Cristo era um com o eterno Pai, o ÚNICO Ser em todo o
Universo que possuía essa prerrogativa, e todo o Céu mantinha lealdade para com
Cristo e com o Pai. O texto não dá qualquer margem para entendermos uma Trindade
de três deuses em um. Este texto foi revisado por Ellen G. White em 1911, pois
faz parte da edição do livro O Grande Conflito de 1911.
Isto
quebra o argumento freqüentemente utilizado por teólogos de que Ellen G. White
passou a aceitar gradativamente a doutrina de uma Trindade a partir de 1898. Se
isto fosse verdade, o texto que apresentamos acima, extraído do livro “O Grande
Conflito”, revisão de 1911, deveria apresentar o conceito de uma Trindade, ao
invés de apresentar Cristo como o único que poderia entrar nos conselhos e
propósitos de Deus.
Sobre
a edição de 1911, o Pastor G. C. White, escreveu o seguinte:
Se
ouvirdes de que parte da obra feita nesta última edição foi realizada
contrariamente ao desejo de minha mãe, ou sem o seu conhecimento, podeis estar
certos de que tais boatos são falsos, e indignos de consideração. Mensagens
Escolhidas, Vol. 3, pág. 436
Ainda
sobre esta edição, o mesmo pastor White disse:
Desde que saiu esta nova edição,
Mamãe
tem tido grande prazer em examinar e reler o livro. Dia a dia, quando eu a
visitava de manhã, ela falava a seu respeito, dizendo que se deleitava em
lê-lo de novo e que
estava contente porque o
trabalho que havíamos realizado para tornar esta edição tão perfeita quanto
possível fora completado enquanto ela vivia, podendo assim orientar o que
estava sendo feito.”
Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 437
Uma
vez visto rapidamente a visão apresentada no livro o O Grande Conflito
sobre a Trindade, vejamos o que afirma o livro Patriarcas e Profetas
sobre a divindade:
O
Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um
companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar
de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com
Deus." João 1:1 e 2.
Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em
natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os
conselhos e propósitos de Deus....
O Pai operou por Seu Filho na criação de todos os seres celestiais.
"NEle foram criadas todas as coisas, ... sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades: tudo foi criado por Ele e para Ele.
Patriarcas e Profetas, pág. 34
“O
Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua
presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação
que Este mantinha para com todos os seres criados.
O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno,
existente por Si mesmo, rodeava a ambos.
Em redor do trono reuniam-se os santos anjos, em uma multidão vasta,
inumerável - "milhões de milhões, e milhares de milhares" (Apoc. 5:11),
estando os mais exaltados anjos, como ministros e súditos, a regozijar-se na
luz que, da presença da
Divindade,
caía sobre eles.
Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser
Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos,
e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade.
O Filho de Deus executara a vontade do Pai na criação de todos os exércitos do
Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e fidelidade
daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da Terra e de seus
habitantes.”
Patriarcas e Profetas, pág. 36
Perceba que a posição apresentada nos textos extraídos do livro Patriarcas e
Profetas sobre a Divindade é a mesma que vimos no livro O Grande Conflito
– Cristo era um com o eterno Pai, o ÚNICO que poderia penetrar em todos os Seus
propósitos, e participante da criação junto com o Pai.
Temos
então que, se o próprio Espírito de Profecia aconselha que estes dois livros,
quando bem compreendidos, guardar-nos-ão de sermos levados por ventos de
doutrina e nos levarão a caminhos direitos, e ambos afirmam que Cristo era o
ÚNICO que era um com o Eterno Pai, não dando qualquer margem a aceitarmos um
terceiro que seria um com o Pai e o Filho, segundo prega a doutrina da Trindade,
percebemos que esta constitui-se um vento de doutrina que deve ser evitado e
rechaçado por aqueles que desejam andar nas seguras veredas da verdade.
Que
Deus abençoe a todos, Jairo Carvalho.
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