Clipping: Papa Diz que Ir à Missa Domingo é Obrigação

João Paulo II diz que celebrações não são "uma opção a mais entre mil atividades"

Roma (AFP) 31/01/04 – O papa João Paulo II lembrou ontem que para os católicos a missa de domingo é "obrigatória" e não pode ser considerada "uma opção a mais entre mil atividades". A advertência do Sumo Pontífice foi feita durante um encontro com um grupo de bispos franceses que cumpriam a tradicional visita "ad limina", que ocorre a cada cinco anos na Santa Sé.

"Em algumas comunidades a missa dominical perdeu o lugar que merecia", afirmou o papa, que pediu aos bispos que não deixem de lembrar aos fiéis a obrigação de comparecer à missa todos os domingos.

O papa também se referiu à família e pediu uma defesa dos valores morais. "Não podemos assistir impotentes a ruína da família", comentou. "A Igreja deseja participar de uma profunda mudança de mentalidade e comportamento, para que triunfem os valores positivos relacionados à vida conjugal e à família, e para que as relações não estejam baseadas apenas nos interesses pessoais e no prazer pessoal", afirmou.

Contracepção

João Paulo II pediu também aos católicos que usem métodos naturais para regular os nascimentos e defendeu que os cientistas continuem pesquisando essa área, em uma mensagem dirigida aos médicos. O Sumo Pontífice convidou os cientistas e os casais cristãos a defenderem "os métodos naturais de regulação da fertilidade". "É preciso educar e formar os casais, os noivos e os jovens de maneira geral para que conheçam todos os aspectos e possam regular a fertilidade de forma natural, desde os princípios até os aspectos práticos", afirmou o papa em uma mensagem lida pelo monsenhor Luigi Moretti.

Fonte: http://tudoparana.globo.com/gazetadopovo/componentes/index_noticia.phtml?mcont=216957


O contexto atual da busca da unidade entre os cristãos

Fala o secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 29 de fevereiro de 2004 (ZENIT.org).- A impaciência é uma grande tentação contra o ecumenismo, afirma o secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o bispo Brian Farrell, L.C.

Ao concluir a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o prelado irlandês traçou nesta entrevista concedida a Zenit um balanço do estado no qual se encontra a busca da plena unidade entre os discípulos de Cristo.

--Em que estado se encontra atualmente a busca da unidade entre os cristãos, separados em diferentes confissões?

--Dom Farrell: Há luzes e sombras. É possível constatar conquistas ecumênicas significativas em nível de paróquias, dioceses, associações. Está-se promovendo todo tipo de atividades e de cooperação.

Em geral, chegou-se à convicção de que não há retorno no caminho da busca da unidade que Cristo deseja para seus seguidores. Há um novo interesse no ecumenismo «espiritual», ou seja, na oração pela unidade e na purificação da imagem que as comunidades têm umas das outras.

Há também sombras. Alguns se desalentam pelo fato de que este caminho leva tanto tempo. Nem sempre é fácil envolver os jovens, que talvez não conhecem por experiência como mudaram as relações entre os cristãos divididos nas últimas décadas.

Também, e isto é importante, depois que os diferentes diálogos ecumênicos passaram a centrar-se nos aspectos que os cristãos têm em comum, estamos enfrentando agora as diferenças mais profundas entre as Igrejas, e isto requer um esforço mais paciente e profundo. A impaciência é uma grande tentação contra o ecumenismo.

--Como são as relações entre a Igreja Católica e as Igrejas ortodoxas?

--Dom Farrell: Houve enormes progressos nos últimos anos na melhoria das relações e na cooperação com as diferentes Igrejas ortodoxas de maneira individual.

Praticamente com a maioria delas se dá um contato regular e um intercâmbio de idéias. Há freqüentes visitas de delegações. É impossível fazer a lista de todas elas.

Há um crescente esforço para enfrentar juntos os desafios comuns, especialmente na Europa. Infelizmente, tudo isto em certas ocasiões fica obscurecido pela insistência dos meios de comunicação nas tensões e mal-entendidos que em alguns casos podem e devem existir.

Na nova situação na qual se encontra a Europa do Leste após a queda do comunismo, a presença católica é mais visível, e em certas ocasiões é percebida como uma ameaça pela ortodoxia. Eles têm um conceito mais amplo do proselitismo que o que temos no Ocidente, e isto gera tensões. Isto se dá particularmente em muitos dos acontecimentos que rodeiam o ressurgimento da Igreja greco-católica na Ucrânia.

Somente com um amor fraterno, que exclui a rivalidade e a competição, e com um autêntico intercâmbio de dons podemos superar estas sérias dificuldades.

Outro sinal importante é o do grande esforço que se fez por ambas partes por começar o diálogo teológico internacional entre a Igreja Católica e todas as Igrejas ortodoxas juntas, que se havia estancado nestes últimos anos. O comitê de coordenação do diálogo se reunirá dentro de pouco tempo para sugerir o caminho que há que seguir.

--Como são as relações com as Antigas Igrejas do Oriente?

--Dom Farrell: Trata-se de Igrejas que ficaram fora da influência do Império Romano e que desenvolveram suas próprias tradições em aspectos teológicos e eclesiásticos: os coptas, os assírios ortodoxos, a Igreja apostólica armênia, a Igreja Ortodoxa da Etiópia, a Igreja Malankar. O Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos começou com estas Igrejas um novo diálogo teológico.

Está havendo também nestes momentos o diálogo com a Igreja Assíria do Oriente. Estas Igrejas estão presentes de maneira particular no Oriente Médio. Na atual situação de conflitos e divisões, os líderes das Igrejas do Oriente são conscientes da necessidade de reforçar sua cooperação em nível pastoral e social. Em nível ecumênico, tendem cada vez mais a trabalhar juntos, como uma família de Igrejas.

Depois de um encontro preparatório com representantes destas Igrejas aqui em Roma no ano passado, a primeira sessão de diálogo acontece esta semana no Cairo. A Santa Sé estará presente, representada pelo cardeal Walter Kasper, e se espera que este encontro possa, antes de tudo, reforçar as formas de cooperação e comunhão já existentes.

--Como são as relações com a Comunhão Anglicana?

--Dom Farrell: Como todos sabem, este último ano foi particularmente intenso neste sentido. A primeira visita do novo arcebispo de Canterbury, o doutor Rowan Williams, ao Papa foi um autêntico êxito na consolidação da natureza especial das relações entre anglicanos e católicos, e na preparação do terreno para estabelecer contatos mais freqüentes e «quase institucionais».

De todas as formas, as dificuldades internas à Comunhão Anglicana terão necessariamente sérias conseqüências para as relações ecumênicas. Agora a Comunhão Anglicana tem de esclarecer a maneira em que quer manter-se unida, enquanto Comunhão.

Nosso diálogo teológico continuará, mas o outro instrumento oficial do diálogo anglicano-católico, a Comissão Internacional Anglicano-Católica para a Universidade e a Missão (IARCCUM, por suas siglas em inglês) não se encontrará como instituição, mas trabalhará através de uma subcomissão especial para tirar à luz, a partir de declarações já aprovadas, os princípios eclesiológicos que deverão ser de ajuda nestes momentos.

Como você pode ver, longe de enfraquecer nosso diálogo, este momento de desafio deu uma nova intensidade a nosso intercâmbio ecumênico.

--Como são as relações com as comunidades surgidas da Reforma?

--Dom Farrell: Desde a assinatura solene da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação em Augsburgo, em 1999, as relações entre católicos e luteranos e outras comunidades surgidas da Reforma seguiram desenvolvendo-se e melhorando-se. Há encontros anuais e toda uma série de discussões e conversações.

Um repasse dos últimos anos mostra a importância que alcançou esta comunhão espiritual na oração e no culto. Os encontros humanos e as discussões teológicas contribuem para afirmar o objetivo da unidade plena e visível da Igreja.

Representantes da Federação Luterana Mundial e do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos se encontram regularmente ao menos uma vez ao ano para estabelecer consultas entre os membros diretivos de ambos organismos, alternadamente em Roma e Genebra, sobre todas as questões importantes que enfrentam suas relações.

A Comissão Conjunta Internacional para o Diálogo Católico-Metodista celebrou seu trigésimo quinto aniversário em 2002, e começou uma nova e promissora fase de diálogo. Os metodistas estão analisando a possibilidade de ratificar oficialmente os acordos alcançados pela Declaração Conjunta da Doutrina da Justificação entre a Igreja Católica e a Federação Luterana Mundial.

Com a Aliança Mundial das Igrejas Reformadas o diálogo avança na atual terceira fase buscando os fundamentos bíblicos e teológicos de nosso testemunho comum no mundo. Se dá também toda uma série de conversações promissoras com os menonitas com a Aliança Batista Mundial (e) os Discípulos de Cristo.

Desde 1972, deu-se um diálogo internacional católico-pentecostal com grupos de líderes e comunidades do pentecostalismo clássico. Isto permite enfrentar os mútuos mal-entendidos e aprender a entender melhor os matizes das expressões dos outros e as maneiras de viver a mensagem cristã.

Há um constante contato e interação entre o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Conselho Mundial das Igrejas em Genebra.

--Em todo este trabalho, qual é a motivação que move estes esforços?

--Dom Farrell: Como pode ver, o mundo ecumênico é sumamente amplo e variado. A imagem global deste mundo é de conquistas e progressos. Sabemos que a unidade será um dom de Deus e não uma conquista humana.

É importante regressar ao coração do movimento ecumênico, ao impulso que lhe apoiou e inspirou desde o início, e desenvolver com estes alicerces uma nova energia e um novo compromisso a favor do autêntico diálogo.

Ao início do movimento ecumênico foi crucial o ecumenismo espiritual que inspirou a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e que a segue sustentando. O ecumenismo de vida e amor deve renovar-se em todos os níveis, desde a teologia até a atividade pastoral.

Se a cooperação ecumênica pudesse criar cada vez mais «lugares de encontro de unidade na diversidade», isso abriria um campo de intenso aprendizado e de ação; ofereceria a experiência de uma comunhão reconciliadora e enriquecedora como caminho para aprofundar nos laços que unem os cristãos, em virtude de seu batismo comum e da fé no único Senhor Jesus Cristo. --
Código: ZP04012920. Data de publicação: 2004-01-29.

Fonte: http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=48163


Encerramento em Roma da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Cardeal Kasper pede um exame de consciência, pois não há ecumenismo sem perdão

ROMA, segunda-feira, 26 de janeiro de 2004 (ZENIT.org).- A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos foi encerrada este domingo com um chamado a todos os discípulos de Cristo a superar suas divisões, conscientes de que só se poderá conseguir com a ajuda de Deus.

Esta foi a mensagem central deixada pelo cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, na celebração ecumênica de encerramento, que presidiu na Basílica de São Paulo Extramuros.

Do encontro, participaram representantes de várias Igrejas e comunidades cristãs e numerosos fiéis da diocese de Roma.

O cardeal comentou em particular o tema que inspirou este ano a Semana, “Minha paz vos dou”, para afirmar que “na cruz, Cristo fundou a paz e cravou o ódio e a violência”.

Em seguida, como recolhe uma crônica de “Rádio Vaticano”, invocou a paz sobretudo para o Oriente Médio, sublinhando que “a paz não é só o silêncio das armas”.

Neste ano, o Programa da Semana de Oração foi redigido por um grupo ecumênico da cidade de Alepo (Síria), de modo que o futuro desta atormentada região esteve presente também nos encontros de oração ecumênicos.

A paz, acrescentou o cardeal Kasper, é “a ordem querida por Deus, é a paz entre as nações, dentro de um povo, no íntimo do coração”.

“Um coração --sublinhou-- que se enche de vergonha porque o testemunho das Igrejas no transcurso da história mais que a favor da paz tem sido de antagonismo”.

Graças ao “Espírito infundido por Cristo --disse-- nas últimas décadas cumprimos grandes progressos. Já não recorremos a recíprocas expressões de ódio ou de ridicularização. Desenvolveu-se um novo espírito de irmandade”.

“Vivemos, trabalhamos e rezamos juntos. Nos convertemos em amigos”, destacou.

Apesar destes progressos, seguiu reconhecendo Kasper, “não podemos fingir que tudo é perfeito” e não constatar “os sinais de cansaço ecumênico e os intentos de minar o caminho para a unidade”.

“Não pode haver ecumenismo sem conversão”, seguiu dizendo, uma conversão que “deve começar antes de tudo em nós mesmos”.

Como em várias ocasiões repetiu João Paulo II, “o ecumenismo nos alenta a fazer autocrítica, tem também a função de um exame de consciência e deve ser uma exortação a pedir perdão”, concluiu. --
Código: ZP04012606. Data de publicação: 2004-01-26.

Fonte: http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=47983

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