De Olho na Revista Adventista - Maio de 2000
Acabei de receber a edição de maio da Revista Adventista. Duas
coisas me chamaram a atenção:
(1) A seção "Notícias" destaca o evangelismo via Internet. Cita o Ministério
Cristo Vai Voltar do Cleandro Viana (http://www.cvvnet.org)
e a conversão do seu quase xará Cleonaldo, de Aracaju, SE, que fez o curso via
Internet e se batizou na IASD. Também mencionam o encontro da Adriana e do
Reinaldo Mendes no chat da MAB que resultou no casamento de ambos.
(2) No entanto, o que me chamou a atenção foi o artigo de capa: "Sinagoga
de Satanás", onde o autor, um doutor em divindade, dedica 4 páginas do
periódico para criticar os que criticam o sistema administrativo da igreja. Ele
acusa os acusadores de "joguetes nas mãos de Satanas", já que Satanás
é o grande Acusador. (O autor acusa todos aqueles que acusam, imitando, desta
forma, Satanás!)
Para dar forca às suas acusações contra os acusadores ele cita vários
trechos de Ellen White e argumenta que as acusações não vão resolver os
problemas da igreja. Ele acusa os acusadores de serem "dissidentes
tolos". Ele não se considera um tolo: "Não sou tolo imaginando não
haver problemas na Igreja". Posteriormente elogia a atitude da viuva que
deu ofertas para um sacerdócio corrompido. Creio que ele considerou ser esta
uma boa comparação para conseguir convencer-nos a enviar os dízimos para a
Associação. E eu concordo com ele neste ponto. A comparação é muito boa em
todos os aspectos. Os que, como a viúva, acham que enviando o dízimo para a
Associação estão cumprindo a missão evangelística dada por Cristo, devem
continuar enviando para lá. E as bênçãos não serão retiradas. Eu cria e
fazia assim durante muitos anos e sempre fui abençoado.
Mas simplesmente acusar quem acusa só vai aumentar as acusações. Temos que
discutir o mérito da questão: Por que há tantas acusações contra a
administração? Admitir que há algo errado (mea culpa) não resolve
quando nada se faz para melhorar. Dizer que "o que tem de ser consertado sê-lo-á
no tempo certo, do modo certo, e pela Pessoa certa" é colocar nas mãos de
Deus uma obra que não é só dEle. O arrependimento precede a reforma.
Os líderes judeus também tranqüilizavam suas consciências dizendo:
"Temos por pai Abraão", fazemos parte de uma instituição divina,
estamos imunes, seremos o povo de Deus para sempre. Mesmo nos corrompendo, no
fim da história Deus consertará e seremos salvos. Afinal de contas, é nosso
Deus que está no comando. E vamos matar esse Nazareno, acusador dos líderes do
sistema que Deus estabeleceu através de Moisés."
"Hoje, como nos séculos anteriores, a apresentação de qualquer verdade
que reprove os pecados e erros dos tempos, suscitará oposição... É o mesmo
expediente que tem sido adotado em todos os tempos. Elias foi acusado de ser o
perturbador de Israel, Jeremias de traidor, Paulo de profanador do templo. Desde
aquele tempo até hoje, os que desejam ser fiéis à verdade têm sido
denunciados como sediciosos, hereges ou facciosos." - O Grande Conflito,
págs. 458 e 459. - Ricardo Nicotra. Transcrito da Mab.
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