Pegadinha do Ted Wilson: Presidente da Associação Geral diz que voto sobre a ordenação de mulheres não muda nada

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Agora que a 60ª Sessão da Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia acabou, vamos cair na real e entender exatamente o que aconteceu por lá. Muitos cantaram vitória após a votação do tópico referente à ordenação de mulheres, sem prestar atenção no teor do voto que foi tomado. Ted Wilson aprendeu com seu pai, Neal Wilson, a mascarar o real significado das votações da CG. (Convém sempre lembrar que o pai de Ted Wilson — Neal C. Wilson –foi quem disse que a administração adventista é hierárquica, como a da Igreja Católica, e que, portanto, o cargo de presidente da AG corresponde ao de papa adventista!)

O que estava realmente em votação era a continuidade da Conferência Geral como autoridade máxima sobre a IASD, enquanto se divulgava que a votação seria pela “ordenação das mulheres” como pastoras. Imaginou-se que a vitória do NÂO significasse que estaria proibido paraa Igreja inteira o ministério pastoral de mulheres.

Contudo, qual foi a pergunta feita aos delegados? “É aceitável que as comissões diretivas das divisões, por sua própria iniciativa julguem apropriado em seu território fazer provisão para a ordenação das mulheres ao ministério evangélico?” A vitória do NÃO significou apenas que as Divisões não poderão autorizar a ordenação de mulheres ao ministério pastoral, mas a Conferência Geral pode.

E eles se referem apenas à ordenação feminina como “pastor ordenado”. Como diaconisas, anciãs e pastoras licenciadas as mulheres continuarão sendo ordenadas, como jávem acontecendo em várias Divisões. Pegadinha do Ted Malandro, glu-glu-ié-ié!

Veja abaixo o noticiário oficial:

PRESIDENTE DIZ QUE VOTO SOBRE ORDENAÇÃO FEMININA NÃO ALTERA A POLÍTICA ATUAL

NAD DIZ QUE VAI CONTINUAR A ENCORAJAR MULHERES A SERVIREM NO MINISTÉRIO EVANGÉLICO.

July 10, 2015 | San Antonio, Texas, EUA | Andrew McChesney, Adventist Review / ANN staff

O presidente da Associação Geral, Ted N. C. Wilson, disse sexta-feira que a votação desta semana sobre a questão da ordenação de mulheres significava “mantemos a política atual”.

Wilson disse aos delegados na Assembleia da Associação Geral em San Antonio, Texas, que a votação de quarta-feira simplesmente impedia as Divisões mundiais da Igreja de tomarem decisões sobre a ordenação de mulheres.

Ele disse que a votação não tem nada a ver com as mulheres serem ordenadas como anciãs locais, uma prática baseada nas praxes da Igreja em vigor há várias décadas. Além disso, disse ele, a votação não se relacionava com os ministros comissionados, que podem ser do sexo masculino ou feminino no âmbito das mesmas praxes.

“Por isso, vamos ser claros quanto ao que foi votado na quarta-feira”, disse Wilson.

“Estamos agora de volta ao nosso entendimento original, e recomendo vigorosamente que todos adiram ao que foi votado. Mas não coloquem na votação outras coisas que não foram incluídas nela. Precisamos ser justos, precisamos estar abertos, e todos precisamos aceitar o que é votado numa assembleia da Associação Geral. Wilson pediu a presidentes de Divisão para esclarecerem o significado da votação de quarta-feira em seus territórios.

Pouco depois que Wilson falou, o presidente da Divisão Norte-Americana, Daniel R. Jackson, divulgou um comunicado dizendo que a divisão “iria cumprir com o voto da Igreja a nível mundial”.

Ele disse que a Divisão reconhecia que “o voto proibia que as 13 Divisões mundiais da Igreja ou qualquer de suas entidades tomassem suas próprias decisões a respeito da consideração e possível implementação da ordenação de mulheres para o ministério do evangelho”.

Mas, acrescentou, a votação não proibia as mulheres de servirem como pastores da Igreja comissionadas; como mulheres servirem como anciãs ordenadas na igreja local, e a ordenação de diaconisas. “Uma vez que a decisão não desautorizava essas coisas, continuamos a incentivar aquelas que têm servido nessas funções a continuarem a fazê-lo”, disse Jackson.

Ele acrescentou: “É vital entender que a DNA vai continuar a seguir as instruções contidas nas Praxes Operacionais da Associação Geral permitindo que as Associações e Uniões licenciem mulheres como ministras comissionadas no ministério pastoral. Vamos também continuar a incentivar a utilização dos serviços de mulheres como anciãs e diaconisas locais ordenadas”.

Wilson na sexta-feira também disse que pediu às Divisões para cuidarem de itens específicos que surgem no seu território. Ele não deu mais detalhes, dizendo apenas que a liderança da Associação Geral esperava que tais assuntos se resolvessem sem problemas e contava com a assistência das Divisões sobre os mesmos.

Ele disse que os líderes de Divisão têm um espírito de defender o que a Associação Geral decide em votos da assembleia. As decisões tomadas pela Associação Geral em assembleia têm a mais alta autoridade na Igreja.

Wilson, por sua vez, buscou desfazer preocupações de alguns membros da Igreja de que uma revisão do ‘Manual da Igreja’ que os delegados aprovaram anteriormente viessem limitar a autoridade ou atividades da Associação Geral. “A razão para a formulação é limitar quaisquer recursos frívolos. . . que sejam levantados através do sistema”, disse Wilson.

A alteração dá às Divisões o direito de impedir que uma disputa chegue ao nível da Associação Geral. Os níveis a que um recurso pode ser considerado numa Divisão incluem o da igreja local, associações e uniões. Wilson esclareceu que, de qualquer modo, a Associação Geral geralmente opera através das Divisões e seus vários níveis na resolução de apelos. “Então, por favor, não imaginem coisas que, em meu entendimento, nem estão lá”, disse ele.

Fonte: http://news.adventist.org/pt/todas-as-noticias/noticias/go/2015-07-10/gc-president-says-ordination-vote-doesnt-change-current-policy/

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