Comentários da Lição 2 à Luz da Mensagem de 1888

 

O Perdão na Bíblia Hebraica, Lição de 12 de abril de 2003.

Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual Se deu a Si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai - Gálatas 1:3 e 4.

 

Justificação Legal Por "Todos os Homens"

Em Cristo nos é dado o universo inteiro, e nos é concedida toda a plenitude do Seu poder para podermos vencer o pecado. Deus concede tanto valor a cada alma individualmente, como a toda a Sua criação. Por meio da graça, Cristo provou a morte por todos, de forma que todos os homens no mundo receberam o “dom inefável” (Hebreus 2:9; II Coríntios 9:15). “Se pela ofensa de um morreram [os] muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre [estes] muitos”. “Muitos” significa todos, já que assim como “assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Romanos 5:15, 18). [Esta “vida” é a existência atual, visto que a vida eterna não será concedida a “todos os homens”.]

Cristo é dado a todo os homens. Então, cada um recebe a totalidade de Cristo. O amor de Deus abrange o mundo inteiro, ao mesmo tempo que chega individualmente a cada pessoa. O amor de uma mãe não é diminuído quando dividido a cada um de seus filhos, de forma que estes não recebam mais que a terça, quarta ou quinta parte dele. Não, mas cada filho é objeto do pleno amor de sua mãe. Quanto mais será assim com Deus, cujo amor é mais perfeito que o da melhor mãe que possa existir (Isaías 49:15)! Cristo é a luz do mundo [João 8:12], o Sol da justiça [Malaquias 4:2]. Mas a luz que ilumina um homem em nada diminui a que ilumina outros.

Se um quarto é iluminado perfeitamente, cada um de seus ocupantes é beneficiado pela luz existente, como se fosse a única pessoa que estivesse presente naquele lugar. Deste modo, a luz de Cristo ilumina a todos os seres humanos que vêm a este mundo [João 1:9]. No coração de todo aquele que crê, Cristo mora em Sua plenitude. Plante uma semente na terra e você obterá muito mais sementes e cada uma delas terá tanta vida como aquela da qual procederam. Cristo, a verdadeira Semente [Gênesis 3:15], dá a todos a plenitude da Sua vida - Ellet J. Waggoner, As Boas Novas: Gálatas Versículo a Versículo, págs. 2-5.

 

O tempo da expiação é agora

E agora, neste tempo de consumação esperado por todas as eras, neste tempo em que o verdadeiro santuário deve ser genuinamente purificado, neste tempo em que deve ser completada a obra do evangelho e consumado o mistério de Deus, agora é o momento dentre todos os momentos que já houveram, em que aqueles que crêem em Jesus, que são os benditos destinatários do Seu glorioso sacerdócio e maravilhosa intercessão no verdadeiro santuário, participem da plenitude da Sua graça celestial de maneira que em suas vidas acabe a impureza, haja um fim para o pecado, a iniqüidade seja expiada e purificada para sempre e na perfeição da verdade recebam a tão esperada justiça.

Este é precisamente o definido propósito do sacerdócio e ministério de Cristo no verdadeiro santuário. Por acaso não é suficiente este sacerdócio? Será eficaz o Seu ministério, obtendo o cumprimento do Seu objetivo? Sim, com toda certeza. É somente desta maneira que o seu cumprimento é assegurado. Não está ao alcance de nenhum ser humano, por ele mesmo, de acabar com a impureza, pôr fim aos pecados, nem fazer reconciliação pelas iniqüidades ou trazer justiça eterna á sua própria vida. A fim de que isto ocorra, deve ser realizado obrigatória e somente pelo sacerdócio e ministério de Cristo, que deu a Si mesmo, e que foi entregue para poder cumprir isto por todas os que crêem, para torná-los santos, irrepreensíveis e sem mácula à vista de Deus.

Todo aquele cujo coração esteja inclinado para a verdade e a justiça, deseja ver isto realizado; mas somente o sacerdócio e ministério de Cristo o podem fazer, e agora é o tempo para o seu pleno e definitivo cumprimento. Por tanto, devemos crer nAquele que está efetuando isto, e confiar que Ele é capaz de levar esta obra até a completa e eterna consumação - Alonzo T. Jones, O Caminho Consagrado à Perfeição Cristã, pág. 86.

 

Moisés intercede pelo povo

Moisés no monte foi avisado da apostasia no acampamento, e ordenou-se-lhe voltar sem demora. “Vai, desce”, foram as palavras de Deus; “porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido. E depressa se tem desviado do caminho que Eu lhes tinha ordenado; fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram.” Deus poderia ter sustado aquele movimento ao início; mas permitiu que chegasse a este ponto, para que pudesse ensinar a todos uma lição em Seu castigo à traição e apostasia.

O concerto de Deus com Seu povo havia sido anulado e Ele declarou a Moisés: “Deixa-Me, que o Meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e Eu farei de ti uma grande nação.” Êxo. 32:7, 8 e 10. ...

Moisés, porém, entrevia bases para esperança onde apenas apareciam desânimo e ira. As palavras de Deus: “Deixa-Me”, compreendeu ele não proibirem, mas sim, alentarem a intercessão, implicando que coisa alguma a não serem as orações de Moisés poderia salvar Israel; mas que, sendo assim rogado, Deus pouparia a Seu povo. Ele “suplicou ao Senhor seu Deus, e disse: Ó Senhor, por que se acende o Teu furor contra o Teu povo, que Tu tiraste da terra do Egito, com grande força e com forte mão?” Êxo. 32:11.

Deus dera a entender que renunciara a Seu povo. Falara deles a Moisés como “o teu povo, que fizeste subir do Egito”. Mas Moisés, humildemente, não arrogou a si a chefia de Israel. Não eram dele, mas de Deus: “Teu povo, que Tu tiraste... com grande força e com forte mão. Por que”, insistiu ele, “hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da Terra.” Êxo. 32:7, 11 e 12. ...

Intercedendo Moisés por Israel, desapareceu-lhe a timidez ante seu profundo interesse e amor por aqueles, em favor dos quais havia sido nas mãos de Deus, o meio para se fazerem tão grandes coisas. O Senhor ouviu-lhe os rogos, e atendeu a sua abnegada oração. Deus havia provado o Seu servo; provara-lhe a fidelidade, e o amor por aquele povo ingrato e propenso ao erro, e, nobremente, resistira Moisés à prova. Seu interesse por Israel não se originara em qualquer intuito egoísta. A prosperidade do povo escolhido de Deus era-lhe mais valiosa do que a honra pessoal, mais apreciada do que o privilégio de tornar-se o pai de uma poderosa nação. Deus Se agradava de sua fidelidade, simplicidade de coração e integridade, e confiou-lhe como a um fiel pastor, o grande encargo de guiar Israel à Terra Prometida. - Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, págs. 317-319.

 

A História de Amor de Oséias e Gômer

Oséias se apaixonou por uma jovem encantadora, e esta lhe correspondeu com seu amor. Sabemos que o amor humano é sempre recíproco. Se o seu amor não é correspondido, então se trata de uma semente que não foi plantada. Você é livre, não precisa ficar ferido e decepcionado. É somente quando o amor acha uma resposta que penetra profundamente no coração, que ele se fere quando a planta é arrancada. Em outras palavras, não nos decepcionamos com quem não amamos, mas somente quando o nosso amor não é correspondido. Entre Oséias e Gômer nasceu o vínculo do amor, se uniram em matrimônio e se tornaram “uma só carne”.

Viveram felizes até que um câncer espiritual começou a destruir o coração do Gômer. Ela começou a se expor indevidamente para outros homens, até mesmo na presença do seu marido. Logo isso se transformou em um drama obsessivo, e aquela mulher de moral cada vez mais baixa tornou-se, finalmente, uma prostituta.

É aqui que acontece o inesperado e surpreendente, e o livro de Oséias nos oferece idéias completamente novas e revolucionárias: ele não teve compaixão de Gômer da mesma forma que um cavalheiro decente está acostumado a ter piedade de uma criatura ferida e digna do seu amor. Pelo contrário, ela era uma mulher de má fama, que o havia desprezado, mas estranhamente, ele ainda a ama! A miséria humana que existe hoje não é mais do que a sombra daquela doce jovem certa vez que se apaixonou; já não há nenhuma beleza ou encanto que torne atrativa. De fato, ela se tornou cada vez mais repulsiva. Mas o amor de Oséias, apesar de todo o desprezo e dos insultos recebidos, jamais perdeu a sua força. Oséias está ligado a um amor que é impossível de ser esquecido. Durante todo o tempo ele esperou por sua amada; e para ele, o amor representa aquilo que Abraham Lincoln gravou no anel nupcial que entregou à sua esposa: “o amor nunca deixa de existir”.

O que aconteceu afinal com o amor incessante e imutável de Oséis? Há um final surpreendente, que a Igreja Adventista do Sétimo Dia precisa compreender.

 

O “grande desapontamento” de Cristo: 1888

Em seus dias primitivos, “no deserto”, o povo de Israel era dedicado ao Senhor; e em seus primeiros anos de existência, a Igreja Adventista do Sétimo Dia também manifestou uma doce devoção a Cristo. Fomos seguidores fervorosos do Senhor, que nos levou através do “deserto” do grande desapontamento, em 1844. E nos anos que se seguiram, Ele nos deu provas de que éramos o objeto do Seu amor. Isto era emocionante. A cura do nosso grande desapontamento foi maravilhosa, já que o companheirismo com o Senhor se tornou mais profundo quando compreendemos a mensagem do santuário e a “bem-aventurada esperança” que estava incluída nela. Então chegou o “grande desapontamento” de Cristo: 1888. Ainda não apreciamos devidamente a dor que Ele sentiu, e ainda sente. “A decepção de Cristo foi indescritível” (Ellen G. White, Review and Herald, 15 de dezembro de 1904).

A profecia apresentada no livro de Oséias também significa boas novas para a igreja remanescente que um século depois se vê escravizada por uma uma letargia de alcance mundial, ferida por mundanismo, divisões e diversos problemas. Tão certamente como Gômer respondeu finalmente ao incessante amor de Oséias, assim a igreja responderá finalmente ao incansável amor ágape de Cristo - Robert J. Wieland, Oséias e Gômer, págs. 1 e 4.

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