Aquele que Purificou o Templo e Purifica o Santuário do Céu, Quer Purificar-nos e Morar Conosco
(
Comentário da Lição 7, para 15 de fevereiro)

 

Contemplando a Jesus Cristo na cruz, é nosso privilégio sentir a certeza do perdão. Deus não nos pede que façamos algo a fim de aproximar-nos dEle, mas nos pede que apreciemos a forma em que Ele veio em nossa busca e pôs toda a nossa inimizade, rebelião, vergonha, todo o nosso pecado, sobre Seu Filho amado.

"Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53:6). Logo nos disse: "Apaguei as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para Mim, porque Eu te remi" (Isaías 44:22).

Em outras palavras, PRIMEIRO nos dá evidência inequívoca do Seu amor restaurador, para logo nos convidar a recebê-Lo e aceitá-Lo: "Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu sou Deus, e não há outro" (Isaías 45:22). "E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas" (Colossenses 2:13). - Luis Bueno, Torna-te para Mim, porque Eu te remi, pág. 2

 

Habitarei entre eles

Jesus, estando certo dia no templo, disse para a multidão que estava presente: "Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e Tu o levantarás em três dias? Mas Ele falava do templo do Seu corpo" (João 2:19-21). Quando Jesus, no templo, falou estas palavras às pessoas, Se referindo ao "templo do Seu corpo", na realidade pretendia, como havia feito durante toda a história passada deles, que pudessem perceber que o grande propósito do templo e seus serviços sempre foi que através do ministério e serviços ali efetuados, Deus pudesse andar e morar neles mesmos, da mesma maneira em que morava no templo. Tornando santa a Sua habitação neles mesmos, do mesmo modo que a Sua morada no templo tornava este lugar em santo: assim os seus corpos seriam verdadeiros templos do Deus vivo, ao Deus morar e andar neles. Veja II Coríntios 6:16; I Coríntios 3:16 e 17; Levítico 26:11 e 12 e  II Samuel 7:6 e 7.

No entanto, nem sequer então compreenderam ainda esta verdade. Não queriam ser reformados. Não queriam que o objetivo do santuário se cumprisse neles mesmos -que Deus morasse neles-. Rejeitaram Aquele que veio pessoalmente para lhes mostrar este verdadeiro propósito e o verdadeiro Caminho. ...

É preciso enfatizar mais uma vez que o santuário terrestre, o templo com o seu ministério e serviços propriamente ditos, não eram mais que uma figura do verdadeiro, o que existia então no céu, com o seu ministério e serviços. Quando foi apresentado a Moisés pela primeira vez o conceito do santuário para os israelitas, o Senhor disse: "Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou". (Hebreus 8:5; ver também Êxodo 25:40; 26:30; 27:8). O santuário da Terra era, portanto, uma figura do verdadeiro, no sentido de ser uma representação do mesmo. O ministério e os serviços do terrestre, eram "figura do verdadeiro", no sentido de ser um "modelo", "as figuras das coisas que estão no céu". Hebreus 9:23 e 24.

O verdadeiro santuário de que o terrestre era figura, o original de que este era modelo, já existia então. Mas nas trevas e confusão do Egito, Israel havia perdido a clara noção disto, da mesmo modo que de tantas outras coisas que haviam estado claras para Abraão, Isaque e Jacó; e através desta lição, Deus lhes proporcionaria o conhecimento do verdadeiro santuário. Não era, portanto, uma figura no sentido de ser um tipo que algo que viria, e que ainda não existia; mas uma figura no sentido de ser uma lição objetiva e representação visível daquilo que existia, mas era invisível, a fim de exercitá-los em uma experiência de fé e verdadeira espiritualidade que lhes capacitaria a ver o invisível.

E por meio de tudo isto, Deus lhe estava revelando, do mesmo que revela a todos em todo momento, que é pelo sacerdócio, ministério e serviço de Cristo no santuário ou templo celestial que Ele mora entre os homens. Estava-lhes revelando que nesta fé de Jesus eram ministrados aos homens o perdão dos pecados e a expiação ou reconciliação, de forma que Deus habita neles e anda no meio deles, sendo Ele o seu Deus e eles o Seu povo; e são separados assim de todos os povos que habitam a face da terra: separados para Deus como Seus autênticos filhos e filhas para ser edificados em perfeição, no conhecimento de Deus. Veja Êxodo 33:15 e 16; II Coríntios 6:16-18; 7:1. - Alonzo T. Jones, O caminho consagrado, págs. 55 e 56

 

Vamos prosseguir até a perfeição

Neste primeiro santuário e serviços terrestres, "todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados". Mas no serviço do santuário e do verdadeiro tabernáculo, Cristo, "havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus, daqui em diante esperando até que os Seus inimigos sejam postos por escabelo de Seus pés. Porque com uma só oblação [ou oferta] aperfeiçoou [ou santificou] para sempre os que são santificados". Hebreus 10:11-14.

Assim, em todos os aspectos, a perfeição é obtida através do sacrifício e sacerdócio de nosso grande Sumo Sacerdote sentado à direita do trono da divina Majestade nos céus, ministrando no santuário e verdadeiro tabernáculo que o Senhor edificou, e não o homem. "E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito: Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as Minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: E jamais Me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado". Hebreus 10:15-18. - Idem, pág 61

Eis algumas razões que nos motivam a prosseguir até a perfeição prometida por Deus.

(1) A fé e coragem como dádivas divinas: "Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus";

(2) Cristo enfrentou e venceu cada situação pelas quais passamos: "pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne";

(3) possuímos um poderoso Salvador: "tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus";

(4) podemos estar certos de que é possível vencer como Jesus venceu: "cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa";

(5) temos uma promessa inigualável: "retenhamos firmes a confissão da nossa esperança"; e

(6) possuímos um Deus que nunca falha: "porque fiel é o que prometeu". Hebreus 10:19-23.

Através do amor ágape de Deus, o juízo constitui maravilhosas Boas Novas, não restando nenhum temor: "Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual Ele é, somos nós também neste mundo" (I João 4:17).

Ao contemplarmos o ágape de Deus, todo o medo desaparece totalmente: "No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor" (verso 18). A nossa certeza não se baseia no amor que temos a Deus (sendo este amor imperfeito), mas sim no infinito ágape do próprio Deus para conosco: "Nós O amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro" (verso 19). Pense nisto! Caminhar confiantemente na própria presença de Deus, entre os anjos santos! Isto supera toda a imaginação. -- Tradutor: Matheus. E-mail: EvangelhoEterno@aol.com.

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