Arqueólogo do Unasp 2 Localiza Versículos que Deus Esqueceu de Incluir na Bíblia!

 

O que seria de Deus sem os teólogos adventistas para ajudá-Lo!? Neste mês de julho, por exemplo, o dublê de arqueólogo e professor de Novo Testamento do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, Rodrigo P. Silva. Th.D., complementou um trabalho que há séculos Deus não concluíra, reunindo e publicando na Revista Adventista versículos que ficaram fora da Bíblia mas são essenciais para a formação da "base bíblica da doutrina da Trindade". Só mesmo um "Doutor em Divindade" e, portanto, maior do que Ela, ou um Doutor em Teologia, que fez de Deus o seu objeto de estudo, seria capaz de tamanha proeza!

No artigo, intitulado "Trindade: Dogma de Constantino?", o mais ousado dos professores de Novo Testamento de que se tem notícia, afirma que: "A base bíblica da doutrina da Trindade foi apresentada por escritores que precederam o Concílio de Nicéia". Ou seja, a base bíblica da crença na Trindade está fora da Bíblia (!) em declarações de autores que viveram depois dos apóstolos e antes de Constantino! São os chamados "Pais da Igreja", cujos escritos, desde a tentativa de defesa da Trindade com base na "Didaquê" feita no número anterior da revista, compõem agora um "Novíssimo Testamento Adventista", terceira parte da Bíblia, finalmente concluída pelo intrépido Indiana Jones do Sétimo Dia.

Três testamentos, três deuses, três mandatos para o Rui Nágel... tudo a ver!

Convém selecionar e imprimir todos estes versículos e, depois, colá-los em alguma página em branco no fim de sua Bíblia. Assim, antes mesmo que o editor-chefe da Casa Publicadora Brasileira tenha a idéia de sugerir o lançamento de uma Nova Edição da Bíblia Sagrada Finalmente Completa, autografada pelo ilustre colecionador de tijolinhos e outras lembranças de Babilônia, você já terá o seu exemplar exclusivo e personalizado da Bíblia Triúna ASD, com Velho, Novo e Novíssimo Testamentos!

Já posso até ouvir o Cid Moreira, com uma música instrumental ao fundo, declamando com a voz embargada:

Novíssimo Testamento, de Rodrigo P. Silva, capítulo único:

Versículo 1:
O termo Trindade foi usado em 212 d.C. por Tertuliano, ou seja, 113 anos antes de Nicéia! Falando da Igreja de Deus, ele menciona o Espírito no qual está Trindade de uma Divindade: Pai, Filho e Espírito Santo.

Versículo 2:
Clemente de Roma, por volta do ano 96 d.C., ao falar da união da igreja, diz: Não temos nós todos um único Deus e um único Cristo? E não há um único Espírito da Graça derramado sobre nós?

Versículo 3:
Inácio, de Antioquia, por volta do ano 105 d.C., disse a cristãos perseguidos que continuassem em íntima união com Jesus, o nosso Deus. E advertiu contra aqueles que diziam que o Espírito Santo não existe e que o Pai, o Filho e o Espírito Santo seriam a mesma pessoa.

Versículo 4:
Justino Mártir, cerca do ano 160 d.C., disse num de seus textos: No que diz respeito ao verdadeiro Deus, o Pai da justiça e temperança, ao Filho e ao Espírito Profético, saibam que nós os adoramos e reverenciamos.

Versículo 5:
Atenágoras, 175 d.C.: Ora, quem não ficaria perplexo em ouvir chamar de ateus pessoas que pregam de Deus o Pai, de Deus o Filho e do Espírito Santo e que declaram serem um no poder, mas distintos na ordem? Os cristãos reconhecem a Deus e a Seu Logos. Eles também reconhecem o tipo de unicidade que o Filho tem com o Pai e que tipo de comunhão o Pai tem com o Filho. Ademais, eles sabem o que é o Espírito e que a unidade é formada destes três: o Espírito, o Filho e o Pai. Nós reconhecemos um Deus, um Filho e um Espírito Santo, os quais são unidos na essência.

Versículo 6:
Teófilo, que sucedeu Inácio em Antioquia, afirma que os três dias que antecederam os três luminares da Criação, são tipos da triunidade de Deus.

Versículo 7:
Irineu de Lion, 177 d.C., diferencia o fôlego (espírito) de vida dado às criaturas em geral, do Espírito Santo, que é Deus habitando no crente. E explicando que Deus é diferente dos homens, ele fala da Palavra e da Sabedoria do Criador como sendo duas pessoas divinas unidas a uma terceira pessoa, o Pai, numa única divindade.

Versículo 8:
Hipólito, cerca de 205 d.C., disse que a Terra é movida por estes três: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Qualquer um que omitir estes três, falha em glorificar a Deus de um modo perfeito. Pois é através desta triunidade que o Pai é glorificado.

Versículo 9:
Orígenes, Cipriano, Firmiliano e Dionísio de Alexandria são outros autores que criam na Trindade, muito antes da chegada de Constantino.

Nove versículos, três seqüências de três, notaram? São 9 versículos-bomba em favor da Trindade! Pena que não estão na Bíblia, né, Dr. Rodrigo? Aliás, o referido artigo não traz NENHUM versículo bíblico nas três páginas (uma para cada deus?) que ocupa na Revista Adventista de Julho de 2005, págs 14-16. E ainda comete a terrível indelicadeza de criticar o pioneiro J. N. Andrews, que, além de pesquisá-la com profundidade, memorizou toda a Bíblia, sendo capaz até de reescrever palavra por palavra o Novo Testamento. Mas Rodrigão não perdoa e censura o ignorante pioneiro, por discordar da crença na Trindade incluí-la entre as doutrinas que formam "o vinho de Babilônia".

O renomado descobridor dos noves versículos que faltaram na Bíblia, parte da estranha premissa de que, se puder provar que a doutrina da Trindade não foi implantada por um decreto ou concílio promovido por Constantino, estará provada sua origem bíblica! Ora, doutor, o autor da doutrina da Trindade não é outro se não Lúcifer. Foi ele quem primeiro supôs e disseminou entre os seres celestiais a heresia que havia três pessoas iguais no comando do Universo, Deus, o Pai, Jesus e ele, o enganador.

Tanto creu e pregou que seduziu a terça parte dos anjos com a idéia de que poderia ser semelhante ao Altíssimo e estabelecer seu trono em igualdade de condições. Jesus, porém, sendo Deus (isto é, possuindo natureza divina, idêntica à do Pai, de quem é a perfeita imagem) não se apegou à idéia de ser igual a Deus, em autoridade e poder. Pelo contrário, humilhou-se a ponto de se tornar humano para sempre, vivendo para interceder por nós junto ao Pai, a quem Ele próprio denomina "o único Deus verdadeiro".

Argumentar que o intrépido autor citou apenas escritores "pós-apostólicos" ou "pré-nicenos" porque seu objetivo era apenas demonstrar que Constantino não foi o inventor da doutrina da Trindade, é tentar desviar o foco da atenção do tema em debate. Afinal, o que se discute hoje na Igreja Adventista -- e tem motivado todos esses artigos na Revista Adventista e Revista Ministério -- é a existência ou não de base bíblica para a crença na Trindade como doutrina fundamental da IASD. Como não existe, é por isso que nossos "doutores" ecumênicos recorrem à tradição católica para aparentar erudição e enganar até os escolhidos...

 

Pais da Igreja e do Domingo, da Trindade, do Batismo Infantil, etc

A Bíblia é muito clara acerca da unicidade de Deus, chamado o Altísssimo. Os versos abaixo são apenas alguns exemplos do Novo Testamento, que o professor Rodrigo deveria conhecer bem:

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” - João 17:3.

“Não há outro Deus, senão um só... Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós, também por ele.” - I Coríntios 8:4 [u.p.] e 6.

“[Há]... um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.” - Efésios 4:6.

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” - I Timóteo 2:5.

Contudo, o caçador dos gigantes perdidos cita como se fossem autoridades na interpretação da Bíblia os mesmos "pais da igreja" utilizados para a "comprovação" protestante de que a santificação do domingo não é também um "dogma de Constantino" mas um suposto ensino bíblico. Veja, por exemplo, o que é dito em http://www.cacp.org.br/domingo.htm:

...É claro que esta suposição não tem respaldo histórico, haja vista existiram documentos que comprovam que o domingo já era pratica crista aceita bem antes de 135 D.C como bem atestam as seguintes cartas:

  • Justino, o Mártir: 100-167d.C. Eis aqui como Justino, o Mártir, descreveu o culto primitivo dos cristãos: “No Domingo há uma reunião de todos que moram nas cidades e vilas, lê-se um trecho das memórias dos Apóstolos e dos escritos dos profetas, tanto quanto o tempo permita. Termina a leitura, o presidente, num discurso, admoesta e exorta à obediência dessas nobres palavras. Depois disso, todos nos levantamos e fazemos uma oração comum. Finda a oração, como descrevemos antes, pão e vinho (suco de uva) e ação de graças por eles de acordo com a sua capacidade, e a congregação responde, Amém. Depois os elementos consagrados são distribuídos a cada um e todos participam deles, e são levados pelos diáconos às casas dos ausentes. Os ricos e os de boa vontade contribuem conforme seu livre arbítrio; esta coleta é entregue ao presidente (pastor) que, com ela, atende a órfãos, viúvas, prisioneiros, estrangeiros e todos quantos estão em necessidade”(Manual Bíblico, Halley)
     
  • Inácio, 100d.C., disse: “Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o Sábado, porém vivendo de acordo com o dia do Senhor (Domingo)”.  
     
  • O ensino dos Apóstolos, 90-100 obra siríaca: Encontramos um testemunho muito interessante na obra citada, que data da segunda metade do século III, segundo a qual os apóstolos de Cristo foram os primeiros a designar o primeiro dia da semana como dia do culto cristão: “Os apóstolos determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso porque mo primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou dentre os mortos, no primeiro dia da semana o Senhor subiu aos céus, e no primeiro dia da semana vai aparecer, finalmente com os anjos celestes” (Ante-necene fathers, 8668).(Enciclopédia Vida, Archer)
     
  • Tertuliano: 160-220. No início do século III, Tertuliano chegou a afirmar que: “Nós (os cristãos) nada temos com o Sábado, nem com outras festas judaicas, e menos ainda com as celebrações dos pagãos. Temos nossas próprias solenidades: O Dia do Senhor... (On indolatry 14). Em “De oratione”(23). Tertuliano insistia na cessação do trabalho no Domingo como dia de culto para o povo de Deus.

No mesmo site, em outro artigo que defende a santificação do Domingo, novas citações patrísticas são feitas, mencionando-se inclusive um paralelo entre o desenvolvimento da doutrina da Trindade e a santificação do domingo por ser o dia da ressurreição:

...No final do século João já chama o domingo de "Dia do Senhor".

Esta norma rompeu o primeiro século já como costume estabelecido entre as igrejas cristãs de então. Esse costume ao contrário do que diz Balcchiocchi, não se firmou no 4º século, mas começou no primeiro, vemos o mesmo costume no segundo, terceiro, quarto e assim por diante.

No primeiro século a ressurreição aconteceu no primeiro dia da semana, é impossível alguém desassociar o domingo da ressurreição, como é impossível alguém desassociar a morte Dele da sexta-feira, com exceção dos Adventistas da Promessa. Mas negar essa verdade histórica é fazer vistas grossas a fatos evidentes.

O que acontece é que alguns escritores cristãos gregos no século IV introduziram este nome para tornar explícito aquilo que já estava implícito na liturgia da igreja. Por exemplo, a doutrina da Trindade já existia muito antes de aparecer a Igreja Católica. O termo foi cunhado já no início do II século em sua forma grega, primeiramente por Teófilo; e em sua forma latina, por Tertuliano. Isto não quer dizer que a liturgia de adoração da igreja antes disso não se dirigia para o Deus Triúno como alegam as Testemunhas de Jeová. Algo análogo aconteceu quanto ao Domingo.

Passaremos agora a uma singela lista de escritos anteriores ao 4º século, que provam, sem sombra de dúvidas, que o domingo e sua observância sempre esteve ligado á ressurreição de Cristo. Era por este motivo que os cristãos primitivos observavam o domingo, não havia outro. Que outro fato tão importante aconteceu neste dia a não ser a ressurreição de Cristo e suas decorrências espirituais para a Igreja?

Por isso muito cedo os primeiros cristãos já associavam o evento da ressurreição com o domingo. Vejamos alguns depoimentos abaixo bem antes do século IV.

1. Inácio - (ano 107 d.C) "Deve todo amigo de Cristo observar o Dia do Senhor como festa, o dia da ressurreição, a rainha e comandante de todos os dias" (carta aos magnésios cap. IX)

2. Barnabé - (ano 125 d.C) "Eis por que celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus" (cap. 15)

3. Justino, o Mártir - (ano 160) "Mas o domingo é o dia em que todos temos nossa reunião comum, porque é o primeiro dia da semana, e Jesus cristo, nosso Salvador, neste mesmo dia ressuscitou da morte" (Apologia cap. 68)

4. O Ensino dos Apóstolos - ( ano 165 d.C) "Os apóstolos determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso porque mo primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou."

5. Clemente de Alexandria - (Ano 194 d.C) "Ele cumprindo o preceito conforme o evangelho, guarda o Dia do Senhor, quando abandona uma disposição má e assume aquela do gnóstico, glorificando em si a ressurreição do Senhor" (Livro 7 cap. 12)

6. Constituição Apostólica - (ano 250 d.C) "No dia da ressurreição do nosso Senhor, que é o dia do Senhor, reuni-vos mais diligentemente" (Livro 2 sec. 7)

7. Anatólio bispo de Laudicéia - (ano 270 d.C) "A nossa consideração pela ressurreição do Senhor que se deu no dia do Senhor, leva-nos a celebrá-lo." (cap.10)

8. Pedro, bispo de Alexandria - (ano 306) "Mas o dia do Senhor nós celebramos como um dia de alegria, porque nele ele ressuscitou." (cânon 15)

Para complementar esse ponto invocaremos a palavra de um eminente vulto da teologia protestante:

"Deve-se lembrar, contudo, que o objetivo específico do sábado cristão é a comemoração da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Todos os exercícios do dia, portanto, devem ter referencia especial a ele e ä sua obra redentora. É o dia em que ele deve ser adorado, reconhecido e louvado...É portanto um dia de alegria."(Teologia Sistemática, pág. 1273 - Charles Hodge - ed. Hagnos 1ª edição)

Vimos em todos estes testemunhos que o motivo para a observância do domingo é sempre a ressurreição. Por isso em algumas línguas esse dia até recebeu o nome não de "domingo", mas de "dia da ressurreição", Por exemplo, entre os gregos bizantinos o domingo é chamado "anastasimós". Na língua russa é chamado de "vosskresenije". Na língua basca, é chamado preferentemente de "igandea". São todos nomes que significam a mesma coisa: "ressurreição". Fonte: http://www.cacp.org.br/debate-adv2.htm

 

Ora, se os "testemunhos" dos Padres da Igreja são válidos na defesa da doutrina da Trindade, por que rejeitá-los quando se referem ao primeiro dia da semana como dia santificado pelos cristãos dos primeiros séculos? Se estavam certos quanto a(os) Deus(es), por que não estariam em relação ao melhor dia para adorá-Lo(s)? Se o fato de pertencerem ao período profético correspondente à Igreja de Esmirna e alguns deles terem arriscado à vida durante as perseguições os torna infalíveis, por que não adotamos também o seu dia de guarda e outras práticas, como o batismo infantil? (Ôpa, batismo de crianças já adotamos...)

 

Veja também outros testemunhos de Pais da Igreja, nos quais se baseiam os católicos para defender o batismo de recém-nascidos:

Segundo os ensinamentos da Patrística, em continuidade com a tradição apostólica, o batismo infantil era algo normal, não causava surpresa nem questionamentos. Estava em conformidade com o ensinamento de NS Jesus Cristo e dos apóstolos .

Os Pais da Igreja, como Santo Irineu ( século II ), por exemplo, se referem ao batismo infantil ; sendo que o próprio Orígines ( século IV ) foi batizado quando criança. Santo Irineu declara: "Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos". (Adv. Haer. livro 2)

Afirma Orígenes (185 - 255) sobre o batismo infantil: "A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos". (Epist. ad Rom. Livro 5, 9). E São Cipriano, em 258, adverte : "Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças". (Carta a Fido).

Santo Ireneu de Lião (sec III ) considera óbvia a presença de "crianças e pequeninos", entre os batizados em geral (Contra as Heresias II,24,4).

No século III, um sínodo do Norte da África determinou que era permitido batizar as crianças "já a partir do segundo ou terceiro dia após o nascimento" (Epístola 64 de São Cipriano).

Em 418, o Concílio de Cartago declara : "Também os mais pequeninos, que não tenham ainda podido cometer pessoalmente algum pecado, são verdadeiramente batizados para a remissão dos pecados, a fim de que, mediante a regeneração, seja purificado aquilo que eles têm de nascença" (Dz.-Sch., Enquirídio, nº 223). Fonte: http://geocities.yahoo.com.br/worth_2001/baptism.html

Já no século II a patrística trata o batismo infantil com naturalidade : " Santo Ireneu de Lião (+ 202) considera óbvia, entre os batizados, a presença de "crianças e pequeninos" ao lado dos jovens e adultos (Contra as Heresias II-24,4). São Cipriano de Cartago (+ 258) dispôs que se podiam batizar as crianças "já a partir do segundo ou terceiro dia após o nascimento" (Epístola 64). Esta prática foi reafirmada nos concílios de Cartago (418) e de Trento (1547). Fonte: http://geocities.yahoo.com.br/worth_2001/trentao.html

 

EGW e os "Pais da Igreja" (Grifos acrescentados)

"Tudo quanto os luteranos disseram é verdade; não o podemos negar", declarou um bispo romano. "Podeis refutar por meio de sãs razões a Confissão feita pelo eleitor e seus aliados?" perguntou outro, ao Dr. Eck. "Com os escritos dos apóstolos e profetas, não!" foi a resposta; "mas com os dos pais da igreja e dos concílios, sim!" "Compreendo", respondeu o inquiridor. "Os luteranos, segundo vós o dizeis, estão com as Escrituras, e nós nos achamos fora delas." - D'Aubigné, citado em O Grande Conflito, pág. 208

"Na presença do monarca e dos principais homens da Suécia, Olavo Petri, com grande habilidade, defendeu contra os campeões romanos as doutrinas da fé reformada. Declarou que os ensinos dos pais da igreja deviam ser recebidos apenas quando estivessem de acordo com as Escrituras; que as doutrinas essenciais da fé são apresentadas na Bíblia de maneira clara e simples, de modo que todos os homens as possam compreender." -- O Grande Conflito, pág. 243

"Todavia, não prosseguiu ele [Guilherme Miller] o seu trabalho sem tenaz oposição. Como acontecera com os primeiros reformadores, as verdades que apresentava não eram recebidas favoravelmente pelos ensinadores populares da religião. Não podendo manter sua atitude pelas Escrituras, viam-se obrigados a recorrer aos ditos e doutrinas de homens, às tradições dos pais da igreja. A Palavra de Deus, porém, era o único testemunho aceito pelos pregadores da verdade do advento. 'A Bíblia, e a Bíblia só', era a sua senha." O Grande Conflito, págs. 335-336.

"A igreja de Roma não renunciou a suas pretensões à supremacia; e, se o mundo e as igrejas protestantes aceitam um dia de repouso de sua criação, ao mesmo tempo em que rejeitam o sábado bíblico, acatam virtualmente estas pretensões. Podem alegar a autoridade da tradição e dos pais da igreja para a mudança, mas, assim fazendo, ignoram o próprio princípio que os separa de Roma, de que - 'A Bíblia, e a Bíblia só, é a religião dos protestantes'." O Grande Conflito, pág. 448.

"Ao ser a atenção do povo chamada para o assunto da reforma do sábado, ministros populares perverteram a Palavra de Deus, interpretando-a de modo a melhor tranqüilizar os espíritos inquiridores. E os que não investigavam por si mesmos as Escrituras, contentavam-se com aceitar conclusões que se achavam de acordo com os seus desejos. Por meio de argumentos, sofismas, tradições dos pais da igreja e autoridades eclesiásticas, muitos se esforçaram para subverter a verdade. Os defensores desta foram compelidos à Sagrada Escritura para defender a validade do quarto mandamento. Homens humildes, armados unicamente com a Palavra da verdade, resistiram aos ataques de homens de saber, que, com surpresa e ira, perceberam a ineficácia de seus eloqüentes sofismas contra o raciocínio simples, direto, daqueles que eram versados nas Escrituras ao invés de sê-lo nas subtilezas filosóficas. O Grande Conflito, pág. 455.

"Como examinaremos as Escrituras, para compreender o que elas ensinam? Devemos estudar a Palavra de Deus com coração contrito, um espírito suscetível de ser ensinado e pleno de oração. Não devemos pensar, como os judeus, que nossas próprias idéias e opiniões são infalíveis, nem como os católicos, que certos indivíduos são os únicos guardiões da verdade e do conhecimento, que os homens não têm o direito de examinar as Escrituras por si mesmos, mas devem aceitar as explanações dadas pelos Pais da igreja. Não devemos estudar a Bíblia com o propósito de manter nossas opiniões preconcebidas, mas com o único objetivo de aprender o que Deus disse. 

"Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num simples ponto, outros espíritos serão levados a duvidar de toda a teoria da verdade. Têm, portanto, achado que não se deve permitir a pesquisa; que ela tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o resultado da pesquisa, quanto mais depressa vier, melhor. Se há aqueles cuja fé na Palavra de Deus não suportará a prova de uma pesquisa das Escrituras, quanto mais depressa forem revelados melhor; pois então estará aberto o caminho para lhes mostrar seu erro. Não podemos manter a opinião de que uma posição uma vez assumida, uma vez advogada a idéia, não deve, sob qualquer circunstância ser abandonada. Há apenas Um que é infalível: Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. 

"Os que permitem que o preconceito ponha na mente uma barreira contra a recepção da verdade, não podem receber a iluminação divina. No entanto, ao ser apresentado um ponto de vista das Escrituras, muitos não perguntam: Isto é verdade - está em harmonia com a Palavra de Deus? mas: Por quem é defendido? e a menos que venha pelo instrumento que lhes agrada, não o aceitam. Tão plenamente satisfeitos estão com suas próprias idéias que não examinarão a evidência escriturística com o desejo de aprender, antes recusam ser interessados, meramente devido aos seus preconceitos. 

"Freqüentemente o Senhor trabalha onde menos O esperamos; surpreende-nos pela revelação de Seu poder em instrumento de Sua própria escolha, ao mesmo tempo que passa por alto os homens a quem temos olhado como sendo aqueles por cujo intermédio deve vir a luz. Deus deseja que recebamos a verdade em seus próprios méritos - porque é a verdade. 

"Não deve a Bíblia ser interpretada para agradar às idéias dos homens, por mais longo que seja o tempo em que têm considerado verdadeiras essas idéias. Não devemos aceitar a opinião de comentaristas como sendo a voz de Deus; eles eram mortais, sujeitos ao erro como nós mesmos. Deus nos tem dado a faculdade do raciocínio tanto como a eles. Devemos tornar a Bíblia o seu expositor." Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 105-106.

"Em lugar da autoridade dos chamados Pais da Igreja, Deus nos pede aceitar a palavra do Pai eterno, o Senhor do Céu e da Terra. Aí somente se encontra a verdade sem mistura de erro. Davi disse: 'Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos Teus testemunhos. Sou mais prudente do que os velhos; porque guardo os Teus preceitos.' Sal. 119:99 e 100. Que todos os que aceitam a autoridade humana, os costumes da igreja ou as tradições dos Pais, atendam à advertência envolvida nas palavras de Cristo: "Em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens."  -- O Desejado de Todas as Nações, pág. 398.

Robson Ramos, 6 de julho de 2005.

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