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Comentários adicionais para a Lição 7: "Perdoados pelo Amor de Deus"

 

O tema para a lição desta semana, "Perdoados Pelo Amor de Deus", possui uma alcance infinito. "Nós... amamos... porque Ele nos amou primeiro" (I João 4:19).

Como afirma a Lição, não é possível exigir o amor. Tampouco podemos comprá-lo com dinheiro. Ainda menos se tentarmos fazer isto através de ameaças. Grande parte do que normalmente se chama de amor aos demais e a Deus, não passa de amor ao ego, que é a falsificação do verdadeiro amor. Esta é uma lição que demoramos a aprender, mas o amor nunca poderá florescer em um coração dominado pelo amor a si mesmo.

A triste verdade é que nós, os seres humanos, não somos capazes de amar da forma como Deus ama. O amor humano é de uma natureza tal que ama somente aos que nos amam e correspondem. Dirige-se de maneira seletiva para aqueles que nos fazem sentir bem, ou seja, aos nossos benfeitores. Transforma-se rapidamente em amargura e ressentimento quando é traído, desprezado ou rejeitado.

O amor humano não é constante, e sempre está em busca de algo novo a fim de estimular este "sentimento" novamente. O amor de Deus é algo tão diferente que os escritores bíblicos escolheram uma palavra pouco comum do vocabulário grego para descrevê-lo: ágape. Enquanto a palavra "amor" hoje se tornou sinônimo de muitas coisas desde o infinito e abnegado amor divino até a mais repugnante sensualidade — , o amor ágape expressa de uma forma melhor o amor cristão.

Esta mensagem especial de ágape é aquilo de que Ellen White falou, definindo-a como a "mensagem do terceiro anjo, em verdade". É uma luz que ainda em nossos dias irá iluminar toda a Terra com a sua glória, uma verdade que é impossível que compreendam aqueles que acreditam na imortalidade da alma. É, portanto, a contribuição especial que Deus deseja que o povo adventista faça a este mundo.

 

Amor misterioso

Só Deus é a origem de todo amor verdadeiro, visto que só "Deus é amor" (I João 4:7 e 8). O amor é um mistério. E o amor, como acontece com a obediência surgida do coração, não pode ser forçado ou exigido.

Amar a nossos inimigos. Amar a Deus. Amar a nosso esposo ou esposa. Amar a nosso próximo como a nós mesmos. Como podemos obter tudo isso? Certamente, não pela virtude de nossos próprios esforços. Não existe nenhuma quantidade de esforços capaz de fazer que um coração frio e egoísta se disponha a amar.

Deus descreveu este amor no coração dos Dez Mandamentos, que são as Dez Promessas. Lamentamos sabendo que "em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço" (Romanos 7:18 e 19).

Como podemos responder ao chamado de amar aos outros? A Palavra nos dá a resposta: "Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não O conhece a Ele" (I João 3:1). A chave, o "como" para obter este objetivo que de outra forma seria impossível, está em "olhar", em contemplar o amor de Deus por cada ser humano. Nem mais nem menos do que isto.

O problema é que muitos de nós estamos satisfeitos em possuir e compreender breves lampejos deste amor. Não estamos olhando a Cristo a cada momento. Não paramos para escutar a Sua voz. Hoje existem muitas coisas que nos distraem, boa quantidade das quais é útil e necessária. Mas em meio ao corre-corre da vida, Deus nos chama a dedicar momentos de tranqüilidade para meditar no grande ágape que Ele tem por nós.

Se falta este contínuo olhar a Cristo e contemplar a Sua beleza incomparável, o nosso próprio coração se torna frio e insensível, e não há boas relações com todos os que nos rodeiam.

"Eis aqui o Cordeiro de Deus" (João 1:29), proclamou João Batista. Sim, temos de contemplar este surpreendente amor e sacrifício ao descer e salvar o ser humano. Considere este amor. Compreenda-o. Meça-o (se você puder). Contemple-o. Nas breves linhas a seguir, este será o nosso propósito.

 

Perda infinita

Só é possível contemplar a medida do amor de Deus pela raça humana ao considerá-lo em relação à perda infinita que experimentou ao dar o Seu amado e único Filho (João 3:16; Colossenses 1:13) a fim de salvar a raça ingrata e má (Lucas 6:35). Já seria inimaginável que Deus houvesse entregue a Seu Filho para salvar alguém justo, alguém que o merecesse. Mas a Escritura nos diz que morreu por nós quando éramos "ímpios", "pecadores", quando éramos Seus "inimigos" (Romanos 5:6-10).

Na leitura do seguinte fragmento de uma pregação de Alonzo T. Jones na Assembléia Geral de 1893, considere o que o Pai deu para salvar o homem:

Quando Jesus Cristo deixou o céu, despojou-Se, esvaziou-Se de Si mesmo. Se submergiu em nós [da natureza humana]. Por quanto tempo irá durar isto que Ele fez? Esta é a questão. E a resposta é que durará pela eternidade. O Pai nos deu a Seu Filho, e Cristo Se deu por nós, por toda a eternidade. Nunca jamais voltará a ser em todos os aspectos como foi antes. Deu-Se por e para nós. [...]

Onde Se deu a Si mesmo por nós? Em nossa carne, em nossa natureza. Até que ponto ficou ligado a nós? "Mediante vínculos que jamais se romperão". Graças a Deus por isto! Renunciou aos atributos da natureza de Deus que Ele possuía como Deus antes que o mundo existisse, e tomou a nossa natureza. E a levará consigo para sempre. Ele é o sacrifício ganho pelo coração humano.

Se houvesse acontecido, como alguns supõem, que o sacrifício de Cristo tivesse sido somente por 33 anos, morrendo então a morte de cruz, e regressando para a eternidade em todos os aspectos como era antes, poderíamos argumentar que em vista da eternidade anterior e posterior, 33 anos não é realmente nenhum sacrifício eterno. Mas quando nos damos conta de que uniu a Sua natureza com a nossa pela eternidade, aí existe um verdadeiro sacrifício. Este é amor de Deus. Nenhum coração pode raciocinar contra isto. [...]

Desde que compreendi este bendito fato de que o sacrifício do Filho de Deus é um sacrifício eterno, e que tudo foi por mim, na minha mente tem estado de forma quase contínua o pensamento: "Inclinar-me-ei humildemente diante do Senhor cada dia de minha vida" (Boletim da Conferência Geral, pág. 382).

Muitos de nós temos gasto um tempo considerável em nossa caminhada cristã, preocupados por nossos pecados. Queremos ser livres deste ou daquele pecado. Desejamos obedecer. Mas em nossos corações sentimos o desânimo por não termos visto o progresso que esperávamos. Se você deseja este progresso na senda de Cristo, contemple-O! Considere o sacrifício eterno que Cristo fez para salvar você. Contemple o Seu amor e terna misericórdia por aqueles que não merecem absolutamente nada, até pelo desprezado e depreciável. Permita que o Seu amor enterneça e converta o seu coração. Então você se sentirá irresistivelmente atraído a Ele.

Quando vier a tentação, e ele certamente virá, corra depressa até Cristo. Agarre-se nEle. Se você se sente fraco demais para correr até Ele, então simplesmente abra os seus olhos para poder contemplá-Lo. Veja-O compadecido da sua debilidade. Veja-O como o Poderoso pronto a salvar você. Permita-O que leve você para perto dEle com firmes e amorosos braços; não resiste a esta atração. O Seu amor motivará você a abandonar aquelas coisas que um dia o prenderam nos implacáveis braços do vício e do pecado.

Permita que o ágape de Cristo constranja você. Se não resistir a este amor, você será conduzido aos Seus braços, como lemos na citação de Caminho a Cristo na lição de sexta-feira. Louve a Deus por nosso Salvador e amável Pai celestial, que nos deu gratuitamente todas as bênçãos "em Cristo". -- E-mail do tradutor: EvangelhoEterno@aol.com

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