Vergonha: Mais de 11 mil pessoas já assinaram pedido de averiguação transparente de crimes sexuais cometidos por pastores na IASD

Anderson Silva, casado com Keila Silva, é pai do Paulo, João e Tiago. Pastor Senior da Igreja Vivo por Ti, em Brasília. Teólogo, escritor, líder apostólico da Igreja em Movimento (rede de plantação de igrejas), líder mobilizador de projetos sociais e missionais que visam a construção de um impacto de santidade social no País, convida:

Leia e assine esta importante petição!

https://www.change.org/p/membros-da-igreja-adventista-do-sétimo-dia-averiguação-transparente-de-casos-de-crimes-sexuais-cometidos-por-pastores-da-iasd

Acesse o facebook do pastor Anderson Silva: https://www.facebook.com/AndersonSilva.org/

“Profeta do caos”, pastor lidera projeto contra assédio sexual na igreja

Em 2018, 66 mil pessoas foram vítimas de estupro no Brasil, segundo o 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em setembro do ano passado. Há ambientes nos quais, em tese, as vítimas deveriam se sentir seguras, mas os assediadores não têm limites e agem em diversos lugares. A igreja é um deles. Com o objetivo de ajudar essas pessoas que são atacadas por predadores sexuais dentro de templos religiosos, surgiu o projeto Nossas Histórias Curam.

A rede de apoio é liderada pelo pastor Anderson Silva, de Brasília, e atua no enfrentamento de abusos cometidos contra mulheres e crianças sob aval da religião. Segundo Anderson, pastores de todo o país o criticam e já o apelidaram de “profeta do caos” e “justiceiro de Jesus”, mas seu propósito de vida o faz seguir em frente com os 25 projetos sociais liderados por ele. “O Nossas Histórias Curam nasceu com o meu sentimento de indignação de que a religião se torna perpetuadora desse tipo de violência”, destaca.

“Cada projeto desses é consequência de um tipo de indignação. Eu tenho que fazer algo com essa ira, porque, se eu não fizer, ela é contrária a mim, ela me destrói. Eu canalizo o meu sentimento de ira e de indignação com a injustiça criando um projeto capaz de amenizar essa realidade”, explica o pastor.

Segundo Anderson, há um “submundo nas igrejas”, em que os casos de assédio ocorridos são amenizados e restruturados, com narrativas que fazem a vítima ter medo de denunciar o autor do crime.

“As vítimas têm medo do poder que o pastor ou sacerdote pode ter e teme acabar com o casamento do agressor ou com a igreja”, detalha. Ao tomar conhecimento do que acontece e dos crimes que são omitidos por parte da própria congregação, o líder espiritual tomou a atitude de criar um ambiente que acolhesse a vítima da melhor forma.

“Os nossos principais objetivos são ajudar quem sofre e denunciar o causador do sofrimento, o autor do crime”, conta o pastor. O religioso explica que nem sempre a vítima quer fazer denúncia formal, mas o projeto é um lugar onde elas podem se sentir amparadas da mesma forma, mesmo que não haja a vontade de enfrentamento legal.

A rede oferece tratamento terapêutico, pontua o religioso, o que ajuda as vítimas a lidarem com a dor de modo humanizado. “Somos mais de 40 advogados e 40 psicólogos voluntários em nível nacional”, ressalta.

A psicóloga e pesquisadora do Grupo Saúde Mental e Gênero da Universidade de Brasília (UnB) Maísa Guimarães defende a importância e a complexidade de atender essas vítimas de assédio sexual: “É um atendimento amplo (…). Há o tratamento psicológico, o acolhimento dessa vítima para que ela possa cuidar das suas dores, entender o que aconteceu, mostrar que não é culpa dela, que não é uma questão de responsabilidade da pessoa, nomear essa situação enquanto uma violação e só então pensar em recursos de enfrentamento”.

“É preciso entender que é uma situação muito grave, que vai repercutir de formas diversas, emocional, psiquicamente, e que essas emoções podem durar anos, principalmente se não forem cuidadas, não forem tratadas”, enfatiza a psicóloga.

Segundo Maísa Guimarães, quando os assédios ocorrem dentro do ambiente religioso, coloca-se, “a priori, a relação hierárquica de poder”. “Se para os seguidores de determinada religião a ação da pessoa que ocupa um lugar de poder dentro do determinado âmbito (um padre, um pastor ou um sacerdote, por exemplo) é tida como um representante de Deus, uma divindade…, surge uma grande dificuldade para a vítima da violência sexual perceber aquilo como um crime ou até assimilar o ato como violentador.”

Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/profeta-do-caos-pastor-lidera-projeto-contra-assedio-sexual-na-igreja

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