Resposta de Leonardo Gonçalves: Cantor admite ter “errado o alvo”… Veja réplica!

Texto descritivo do vídeo, escrito pelo cantor:

pra mim, essa semana foi uma derrota. pq foi a primeira vez na minha vida em q senti q precisava desativar os comentários nas minhas redes sociais (sei q outros fazem isso corriqueiramente, mas eu nunca havia feito isso).

já sofri muitos ataques (inclusive coordenados) na minha vida. NUNCA –nem uma vez sequer!– respondi a nenhum deles, pq não sou do caminho do confronto. dessa vez, senti q precisei responder. ainda não no modo “confrontacional”, pq DEUS me deu serenidade (não apenas na hora de gravar o video, mas durante toda a semana).

se vc teve energia de me atacar –ou de atacar a dra ivone gebara (ou as mulheres incríveis q participaram da live, ou o pr. alan gentil)– sei q vc vai ter paciência de assistir na íntegra esse (admitidamente demasiadamente) longo video-resposta/depoimento.

mesmo neste video-resposta vcs encontrarão coisas com as quais não concordam; e, se procurarem direitinho, vão também encontrar coisas q considerarão erradas. a grande pergunta q se nos abre é: como vamos lidar com isso, enquanto cristãos e irmãos em Cristo, filhos criados à imagem e semelhança de DEUS?

vou liberar os comentários novamente. em todos os lugares. vamos ver o que acontece.

Réplica do Adventismo  Sólido, no Facebook:

A “NÃO COMPREENSÃO” DA TAL LIVE
 
Após a péssima repercussão da live do cantor Leonardo Gonçalves sobre teologia feminista, ele precisou desativar seus comentários possivelmente para manter o equilíbrio emocional. Diante da tragédia que foi para sua própria imagem ou para que não ficasse alguma dúvida pairando no ar, o artista buscou, por meio de outra live, explicar seu ponto de vista sobre tudo o que estava acontecendo desde então. Resultado? A emenda saiu pior do que o soneto.
 
Poderíamos enumerar diversos pontos que fizeram com que a explicação de Léo piorasse a situação em torno do tema. Mas vamos colocar apenas cinco dos principais problemas da live explicativa.
 
Antes, contudo, queremos deixar claro que este post não é contra a pessoa de Leonardo Gonçalves. Nós não podemos descartar sua sinceridade nem julgar suas intenções. Por isso, ninguém precisa sair em sua defesa como se ele fosse vítima do tão clichê “discurso de ódio”.
Vamos somente apontar os erros técnicos diante de uma abordagem que deveria ter sido mais bem pensada.
 
Vamos aos pontos:
 
1. A “não compreensão”. A impressão de quem acompanhou a explicação do Leo é de que só há duas alternativas: ou você é desprovido de inteligência porque não entendeu o que a doutora Ivone Gebara falou ou você não é sensível aos “invisíveis”. Na explicação não há a opção de você ter entendido, mas não concordar.
 
2. Sobre dar voz aos invisíveis. Em primeiro lugar, a doutora Gebara não tem nada de invisível. Ao contrário, ela é uma figura controversa. E falar sobre invisibilidade vai muito além. Poderíamos mesmo nos perguntar, diante da atual conjuntura, quais são os realmente invisíveis de uma sociedade como a nossa. Definitivamente, Gebara não se encaixa no perfil.
 
3. Quem é minha audiência? Ao emprestar seu canal e popularidade para a realização de uma live tão polêmica, Leonardo deveria ter calculado os riscos de “não compreensão” da sua audiência. Ele, melhor do que muitos, sabe que seu público é elástico tanto no sentido de faixa etária quanto no de nível cultural e classe social. Poucos artistas cristãos conseguem reunir tantos fãs com perfis tão diferentes. Dessa perspectiva, faltou “sensibilidade” da parte dele para com os incautos. Será mesmo que todo fã do artista seria capaz de entender que quando Gebara fala que a Bíblia é um livro de mitos, o mito que ela menciona não tem a conotação do imaginário popular, mas tem que ver com outro tipo de episteme?
 
4. Campo lexical/campo semântico. Se quem acompanhou a live não compreendeu a ideia de mito enquanto palavra, imagina enquanto significado? Quisera eu que a não compreensão tivesse parado por aí, mas muitas outras palavras, expressões ditas, mas principalmente as não-verbais demonstradas por aqueles que apenas consentiam com as convicções da convidada, deixaram enormes probabilidades para uma metanálise.
 
5. Inclusão. Diante dos pontos anteriores, é inevitável se perguntar: Será que a live era mesmo inclusiva? Se a audiência não foi avaliada, se os termos se restringiam ao academicismo, se as palavras não significavam exatamente o que se pensa delas, realmente só há três opções: ou a gente é mesmo desprovido de inteligência; ou a gente sofre de despreparo (não sabemos lidar com o diferente, não estamos prontos para quebrar tabus e paradigmas, não somos generosos com o contraditório); ou a live com a doutora Gebara foi apenas um bate-papo entre comadres que pensam do mesmo modo (afinal, não houve contrapartida em momento algum). Na verdade, não houve nada de inclusão. O que vimos ali foi uma reunião pública entre pares.
Quer saber de uma coisa? Acho que o público foi bastante subestimado. No fim das contas, a compreensão foi maior do que se esperava, deixando exposta a nudez de reis e rainhas.

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