Análise de Podcast e outras reações à remoção do Pastor Edson Nunes, da Nova Semente

PASTOR DIVULGA HERESIA EM PODCAST

Assistimos a um vídeo do pastor Eleazar Domini (https://bityli.com/CZJFDq) no qual ele analisa um podcast (https://bityli.com/CkraMk) em que os pastores Edson Nunes e Ed René Kivitz conversam sobre vários assuntos, incluindo Bíblia e teologia. Ed René é pastor da Igreja Batista Água Branca; Edson Nunes é pastor da comunidade adventista Nova Semente, ambas em São Paulo.

Demo-nos o trabalho de ouvir todo o podcast para conferir se é tudo o que o pastor Eleazar diz, e realmente a “coisa” é séria! Para facilitar a vida de quem quiser ouvir o programa, marcamos o tempo em que temas delicados aparecem na conversa:

12’50” – É dito que a tese de doutorado de Edson Nunes trata a terra como personagem, o que parece ser um “embrião” das ideias que serão desenvolvidas posteriormente por ele.

16’ – Desprezo do conceito bíblico (e de Ellen White) de que o ser humano é a “coroa da criação” e “imagem de Deus”; preferem a visão dos “povos originários” (teologia panteísta/panenteísta indígena).

18’10” – A pior parte do podcast, quando Nunes começa a descrever a heresia de que o “façamos” seria uma referência a Deus e à terra, um ponto de vista rabínico (um dos piores) que despreza um consenso cristão e a revelação dada a Ellen White, segundo a qual o “façamos” se refere a um diálogo entre o Pai e o Filho, no Céu, e não na Terra. Absurdo um pastor adventista defender a tese de que Deus estaria dizendo para o solo: “Façamos o homem à nossa imagem”! Até o Ed René se espanta com isso. Um padre da banca de Nunes chamou a atenção dele para essa heresia rabínica. Um padre!

24’50” – Relativização da verdade única. Nada mais pós-moderno. Cada rabino tem uma ideia de verdade e está tudo bem.

30’10” – Conceito estranho de verdade progressiva. Pouco depois, praticamente se comparam a Paulo, como se pudessem reinterpretar textos como os autores inspirados.

33’20” – Nunes compara o Manual da Igreja Adventista a uma reinterpretação da Bíblia [?].

35’50” – “Atualizamos a Bíblia o tempo todo.” Por afirmações como essa é que Ed René foi expulso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil.

39’30” – Questões de gênero entram no assunto (não podiam faltar…).

42’ – Nunes dá uma deixa antinomista para Ed: “A lei é dinâmica.” Só princípios como o amor são imutáveis. Evocam a velha falsa dicotomia entre lei e amor.

45’50” – “A Bíblia é autoridade, mas…” Não tem “mas”!

51’50” – Ellen White e Lutero são colocados por Ed René no mesmo patamar. Edson Nunes ficou quieto.

1h – O último tópico leva à velha e problemática questão da chave hermenêutica Jesus.

1h5 – Tudo é uma questão de política, não de teologia.

Ficamos curiosos, também, com relação ao conteúdo da tese de Edson Nunes (que pode ser lida aqui: https://bityli.com/LIbEFn). O citado e aclamado Robert Alter está na base do pensamento (saiba um pouquinho mais dele aqui: https://bityli.com/wwHoGv).

Alter lê “o Antigo Testamento com olhos treinados para seu uso singular, complexo e perito dos recursos da narrativa de ficção, tomando a Bíblia como exemplo extremamente bem-sucedido, para dizer pouco, de organização literária da linguagem”.
Nunes bate na tecla de que a Bíblia deve ser lida primordialmente como uma obra literária, exatamente como faz Alter, para quem o “narrador bíblico” é um “rótulo sob o qual se escondem os vários responsáveis pela fixação do texto em sua versão canônica”. Se tiver mais curiosidade, veja os outros autores citados na tese de Nunes.

Infelizmente, a postura de Nunes é semelhante à do Leonardo Gonçalves e do Tiago Arrais: eles têm grandes oportunidades de, com amor e respeito, pregar as verdades bíblicas defendidas pela IASD, mas preferem fazer eco às ideologias defendidas por seus anfitriões e, às vezes, fazem até pior: pregam coisas que escandalizam até os anfitriões. Lamentável, para dizer o mínimo. — Adventismo Sólido

Outras Reações

“Estamos em choque. Uma espécie de não-despedida, mas de luto.
Sempre que nos deparamos com autoritarismo, censura, arbitrariedade, fanatismo, perseguição e demais manifestações espúrias ao Cristianismo nos entristecemos, nos envergonhamos, nos indignamos. Especialmente quando partem da Instituição Igreja, da IASD. Vamos lutar para que esta decisão política, extremista, indigna e maledicente seja revertida.

Estamos feridos, magoados, inconformados, mas nem por isso deixaremos de louvar e reconhecer a grandiosidade da obra que vem realizando a Nova Semente através do pastor Edson Nunes. Por isso escolhemos esta frase de Felipe Valente para ilustrar a beleza e a profundidade desse AMOR, que NADA no mundo é capaz de abalar. NADA! — Adventistas de Esquerda

“Edson Nunes Jr, foi retirado como líder da comunidade ‘Nova Semente -SP’. É lamentável o fundamentalismo, racismo e preconceito rege a cultura Brasileira e que atingem até instituições que foi fundada na base da liberdade na sua origem. Edson Nunes Jr, foi e é um referêncial para vidas em construção existencial nessa vida de labirintos confusos.” — Fabio Nogueira

Hoje recebemos a triste notícia de que o pastor da Nova Semente Edson Nunes foi afastado por perseguição religiosa.

Edson Nunes vinha fazendo um trabalho incrível, principalmente quebrando a religiosidade tóxica e o tradicionalismo.

Pastor que estava mobilizando toda comunidade a voltar os olhos para a essencia, a entender melhor os ensinos de Cristo…

Em sua última participação hoje, a comunidade se levantou e protestou contra o afastamento administrado pela Associação Adventista de São Paulo.

O Edson agora passa a continuar como pastor da Nova Semente de modo informal. Por iniciativa da comunidade.

A luta contra o sistema religioso que manipula os membros não acaba aqui. Não vão poder calar pastores como Edson Nunes, por que como ele mesmo falou em sua última mensagem hoje: “o Espírito não se controla, ele trabalha como Ele quer”. — Thyna Ximenes

AMIGOS @edsonnunes_jr e @vanessa_nnunes

Sou grato a Deus por esta comunidade e pelo meu amigo Edson Nunes, que nesta data foi retirado do pastorado que exercia nesta comunidade há 2,5 anos. Sinto-me imensamente consternado com esta situação e me solidarizo com a indignação e as dores que os membros e amigos desta comunidade estão sentindo neste momento.

É lamentável que o fundamentalismo que tem nutrido a igreja brasileira, em todas as denominações, tem preferido o cabresto religioso fundamentalista à liberdade que o Evangelho nos convida.

Conheço o Edson Nunes, sou seu amigo, e a declaração do Conselho Administrativo da Nova Semente expressa na sequência do carrossel, evidencia o amor que a esta comunidade tem por ele, em detrimento do posicionamento da central Associação Paulistana IASD.

Oro para que Deus direcione a todos neste momento tão turbulento que estamos vivendo. Me uno em clamor a Deus, juntamente com tantos outros irmãos e amigos, para que Ele nos socorra nestes tempos sombrios que a Igreja Brasileira tem vivido, e que buscam vitimar e silenciar muitas vozes que se tem levantado para anunciar a Liberdade em Cristo para todos.

Te amo meus amigos @edsonnunes_jr e @vanessa_nnunes , e aos da comunidade @novasemente .

Uno meu coração aos seus e minha oração às suas! — @juliano_marcel

Toda a nossa solidariedade e gratidão ao Pastor Edson Nunes, por nos guiar, nos instruir e nos alimentar com o Maná Espiritual. E, em solidariedade e amor, hoje mudamos o perfil.

A Igreja Adventista, por meio da Associação Paulistana, ignorou passos de seus próprios regulamentos e encerrou de forma arbitrária o ministério do Pr. Edson Nunes como pastor da Comunidade Adventista Nova Semente.

Apesar de não fazermos parte do conselho, nós, que nos sentimos tocados pelo ocorrido, membros ou não, no livre exercício da nossa opinião, porque amamos a Cristo, a igreja e os nossos pastores, fazemos a difícil, mas necessária pergunta: Quem manda na Igreja?
Difícil, não porque não haja uma resposta, mas porque a Igreja escolheu ignorar a resposta que existe.

Não houve cooperação para averiguação dos fatos ou esclarecimento de supostos problemas teológicos com seu ministério na Nova Semente.

Ademais, a decisão de retirá-lo foi imposta sobre a comunidade sem qualquer tentativa de diálogo, e sem a tomada de qualquer medida disciplinar contra o pastor.

Esta conduta por parte da Associação Paulistana se interpõe diretamente com o manual da igreja, que afirma: “a forma de governo da Igreja Adventista do Sétimo Dia é representativa”, (p. 28).

Sabemos que procedimentos necessários não foram seguidos para averiguar os supostos questionamentos levantados contra o Pr. Edson Nunes. Portanto, o nosso apoio se faz por meio da assinatura dos nomes eletrônicos no link a seguir: https://bit.ly/3ycjBDhAdventistas Progressistas

A retirada do Pr. Edson Nunes da função de pastor titular da Nova Semente, feita pela Associação Paulistana da IASD sem explicação alguma, simboliza uma ação autoritária, como o próprio Conselho Administrativo do Grupo Adventista Nova Semente (veja mais em @novasemente).

De acordo com o REA (Regulamentos Eclesiástico Administrativos) da IASD, a medida está equivocada. Além disso, o Manual dessa igreja afirma, na página 28, que “a forma de governo da Igreja Adventista do Sétimo Dia é representativa. Esse modelo reconhece que a autoridade da igreja repousa sobre seus membros e é expressa por meio de representantes devidamente eleitos em cada nível da organização, […]”.

De que forma, portanto, a medida tomada pela Associação (@adventistas.paulistana) é justa? — Coral Nova Semente

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