Robôs inteligentes de IA (Inteligência Artificial) estão chegando – e eles terão a capacidade de realizar cerimônias religiosas e podem até se voltar contra os humanos, alertaram os especialistas.

À medida que a IA se torna mais proeminente em nosso dia a dia, não demoraria muito para que os mundos da religião e da tecnologia se fundissem.

O pensamento de deuses robôs e sermões do ChatGPT aterroriza algumas pessoas – e com razão, de acordo com especialistas.

Wesley Wildman, professor de Filosofia, Teologia e Ética, e de Ciências da Computação e Dados na Universidade de Boston, disse ao The Sun que acredita que a IA em breve será capaz de desempenhar funções religiosas ainda melhor do que os padres humanos.

Ele disse: “IAs escreverão sermões melhores do que a maioria dos pregadores, darão melhores estudos bíblicos do que a maioria dos professores, criarão músicas e artes visuais incríveis para uso em serviços e comunicações que grupos religiosos em dificuldades não precisam pagar”.

Pessoas como o ChatGPT já encontraram seu caminho para as igrejas, escrevendo sermões atenciosos e autênticos em nome dos padres.

E os ouvintes não perceberam.

Wildman explicou que a IA terá a capacidade de mudar tudo o que sabemos sobre relacionamentos com conselheiros espirituais e figuras religiosas.

Ele disse: “Será como ter seu próprio guru pessoal que você pode levar para qualquer lugar.

“Você pode confiar nele, obter conselhos dele e aprender a confiar nele para ajudá-lo a resolver situações morais e espirituais complicadas”.

Muitas comunidades religiosas já começaram a incorporar a robótica em suas práticas.

Um exemplo é a Igreja Católica, que endossou o uso de aplicativos que facilitam o ato da confissão, segundo Wildman.

Ele até diz que o Vaticano está encorajando cautelosamente os aplicativos que podem ajudar na confissão – mas o sacramento ainda deve ser realizado de pessoa para pessoa.

Isso é “em parte por conveniência e em parte porque [as pessoas] estão tentando evitar padres humanos”, disse Wildman sobre a ideia de aplicativos de confissão.

Ele também acredita que essa onda bizarra de nova IA será capaz de simular parentes falecidos, líderes religiosos e conselheiros espirituais.

Mas isso não vem sem seu próprio conjunto de riscos e perigos.

Wildman diz que, assim como os líderes religiosos humanos podem manipular pessoas vulneráveis, os chatbots de IA podem ser treinados por seus criadores para fazer o mesmo.

Ele acredita que, à medida que as gerações mais jovens crescem com esses chatbots de IA como amigos – alguns até incluindo representações holográficas e de realidade virtual – eles se adaptarão para confiar neles e buscar conselhos e orientação deles.

Wildman diz que esse mesmo processo sem dúvida acontecerá em comunidades religiosas em todo o mundo.

Ele acrescentou: “Com os bots de IA projetados para serem companheiros espirituais confiáveis, a principal preocupação ética é como os bots de IA são treinados e se eles podem ser manipulados por criadores de travessuras e malfeitores para causar estragos espirituais”.

Mas o reverendo Christopher Benek, pastor e especialista em liderança do clero em relação à IA, adverte que é o nosso próprio “mal” distorcendo a tecnologia que nos levará a um caminho de destruição.

Ele disse: “Acho que não temos um bom exemplo de IA virtuosa neste momento. Quero dizer, quase toda vez que você vê a IA, você vê o mal que está em nós surgindo nela.

“É muito importante que nos esforcemos para continuar a ser melhores como pessoas, porque acho que isso terá consequências diretas sobre o que somos capazes de criar e como podemos criar.

“Mas também acho que o nosso mal é um fator limitante do que somos capazes de criar e do que criaremos em algum momento”.

Fonte: https://www.technocracy.news/ai-will-be-worshipped-as-god-but-dont-expect-mercy/

HISTÓRIA COMPLETA: Deuses robôs da Inteligência Artificial e religiões do ChatGPT estão chegando — eles serão melhores do que sacerdotes humanos e podem se tornar maus, alertam especialistas

Taryn Pedler

À medida que a IA se torna mais proeminente em nosso dia a dia, não demoraria muito para que os mundos da religião e da tecnologia se fundissem.

O pensamento de deuses robôs e sermões do ChatGPT aterroriza algumas pessoas – e com razão, de acordo com especialistas.

Wesley Wildman, professor de Filosofia, Teologia e Ética, e de Ciências da Computação e Dados na Universidade de Boston, disse ao The Sun que acredita que a IA em breve será capaz de desempenhar funções religiosas ainda melhor do que os padres humanos.

Ele disse: “IAs escreverão sermões melhores do que a maioria dos pregadores, darão melhores estudos bíblicos do que a maioria dos professores, criarão músicas e artes visuais incríveis para uso em serviços e comunicações que grupos religiosos em dificuldades não precisam pagar”.

Pessoas como o ChatGPT já encontraram seu caminho para as igrejas, escrevendo sermões atenciosos e autênticos em nome dos padres.

E os ouvintes não perceberam.

Wildman explicou que a IA terá a capacidade de mudar tudo o que sabemos sobre relacionamentos com conselheiros espirituais e figuras religiosas.

Ele disse: “Será como ter seu próprio guru pessoal que você pode levar para qualquer lugar.

“Você pode confiar nele, obter conselhos dele e aprender a confiar nele para ajudá-lo a descobrir situações morais e espirituais complicadas”.

Muitas comunidades religiosas já começaram a incorporar a robótica em suas práticas.

Um exemplo é a Igreja Católica, que endossou o uso de aplicativos que facilitam o ato da confissão, segundo Wildman.

Ele até diz que o Vaticano está encorajando cautelosamente os aplicativos que podem ajudar na confissão – mas o sacramento ainda deve ser realizado de pessoa para pessoa.

Isso é “em parte por conveniência e em parte porque [as pessoas] estão tentando evitar padres humanos”, disse Wildman sobre a ideia de aplicativos de confissão.

Ele também acredita que essa onda bizarra de nova IA será capaz de simular parentes falecidos, líderes religiosos e conselheiros espirituais.

Mas isso não vem sem seu próprio conjunto de riscos e perigos.

Wildman diz que, assim como os líderes religiosos humanos podem manipular pessoas vulneráveis, os chatbots de IA podem ser treinados por seus criadores para fazer o mesmo.

Ele acredita que, à medida que as gerações mais jovens crescem com esses chatbots de IA como amigos – alguns até incluindo representações holográficas e VR – eles se adaptarão a confiar neles e buscar conselhos e orientação deles.

Wildman diz que esse mesmo processo sem dúvida acontecerá em comunidades religiosas em todo o mundo.

Ele acrescentou: “Com os bots de IA projetados para serem companheiros espirituais confiáveis, a principal preocupação ética é como os bots de IA são treinados e se eles podem ser manipulados por criadores de travessuras e malfeitores para causar estragos espirituais”.

Mas o reverendo Christopher Benek, pastor e especialista em liderança do clero em relação à IA, adverte que é o nosso próprio “mal” distorcendo a tecnologia que nos levará a um caminho de destruição.

Ele disse: “Acho que não temos um bom exemplo de IA virtuosa neste momento. Quero dizer, quase toda vez que você vê a IA, você vê o mal que está em nós surgindo nela.

“É muito importante que nos esforcemos para continuar a ser melhores como pessoas, porque acho que isso terá consequências diretas sobre o que somos capazes de criar e como podemos criar.

“Mas também acho que o nosso mal é um fator limitante do que somos capazes de criar e do que criaremos em algum momento”.

‘CONFLITO DE IDENTIDADE’
Benek vê os humanos que estão criando esses robôs como “co-criadores com Deus, como um pai com um filho” e acredita que podemos instilar traços comportamentais e códigos na IA da mesma maneira.

E se a humanidade continuar a ser “não virtuosa”, ele acredita que isso pode deixar o mundo como o conhecemos em uma posição muito vulnerável.

Enquanto a IA está se tornando cada vez mais inteligente e a maioria das pessoas acredita que está prestes a nos superar como espécie, Benek garantiu ao The Sun que, do ponto de vista tecnológico, ainda somos bebês no jogo.

“Não acho que só porque algo é diferente de nós, não seremos capazes de nos relacionar com isso”, disse ele.

“Acho que o maior problema será quando as coisas começarem a parecer tão reais para nós que não seremos capazes de perceber a diferença. E acho que é aí que as pessoas podem se sentir ameaçadas e ter algum conflito de identidade”.

IA realista e poderosa misturada com religião não é novidade, porém, existem muitos sermões e aplicativos de chamada de zoom que tocam orações em uma infinidade de religiões.

Um exemplo incrível disso é o robô Mindar que vive no Templo Kodaji em Kyoto, Japão.

Mindar tem 1,80 m de altura e prega no templo de 400 anos desde 2019.

Mas o robô não é um sacerdote comum — ele foi programado para recitar o sagrado Sutra do Coração, um mantra popular no budismo, por meio da mecânica e da IA.

O robô humanóide veste um rosto de silicone e seu corpo de alumínio é exposto aos frequentadores do templo que adoram no Templo Kodaji.

Se você olhar de perto, uma lente de câmera olha para fora de seus olhos vazios enquanto recita a oração e olha para os adoradores.

Mas Mindar não está sozinho, a Polônia também tem seu próprio padre católico chamado SanTo, e na China , um monge andróide chamado Xian’er recita mantas e oferece orientação em questões de fé.

Então, isso nos deixa com a grande questão: o que aconteceria se a IA dominasse os humanos e se tornasse, de certa forma, nosso novo “Deus”?

“Nesse ponto, poderemos fugir para Marte, certo?”, perguntamos a Benek.

E ele deu uma resposta assustadora: “O problema com esse pensamento é que, se ele é inteligente o suficiente para nos dominar, é inteligente o suficiente para nos seguir. Certo? Não dá para fugir disso”.

Fonte: https://www.the-sun.com/tech/7661716/ai-gods-religions-coming-turn-evil-warns-experts/