1888 - 5

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18/04/04


  10 Grandes Verdades Sobre 1888 - 5 

Ao vir em nossa busca, Cristo percorreu todo o caminho até onde estamos, tomando sobre si mesmo a "semelhança de carne de pecado, e a causa do pecado, condenou ao pecado na carne". É assim o Salvador que está "próximo, à mão, não afastado". É "o Salvador de todos os homens", inclusive até do "primeiro" dos pecadores. Agora bem, o pecador tem liberdade para rejeitá-lo.

 

O ensino bíblico

(a) Seu nome é "Emmanuel... Deus conosco" (Mat. 1:23).

(b) "Embora de condição divina", foi feito "um pouco menor que os anjos", "nascido de mulher, nascido sob a lei", "em tudo semelhante a seus irmãos", "ao que não tinha pecado, Deus o fez pecado por nós" (Fil. 2:6; Heb. 2:9, 17; Gál. 4:4; 2 Cor. 5:21).

(c) "Por quanto os filhos participam de carne [sarx] e sangue, Ele também participa do mesmo" (Heb. 2:14).

(d) "Foi tentado em tudo segundo nossa semelhança, mas sem pecado" (Heb. 4:15).

(e) Quem não reconhece esta realidade de que "Jesus Cristo veio em carne [sarx]", "este é do anticristo", a essência da falsificação Católica Romana do evangelho (1 Juan 4:1-3).

 

Waggoner viu Cristo como "próximo, à mão"

"Cristo tomou sobre si mesmo a natureza do homem, e como conseqüência esteve sujeito à morte. Veio ao mundo a fim de morrer; e assim desde o começo de sua vida nesta terra esteve na mesma condição em que estão os homens a quem veio salvar.

Não retroceda horrorizado; não estou implicando que Cristo fora um pecador. Uma das coisas que mais ânimo proporcionam na Bíblia é a constatação de que Cristo tomou sobre si a natureza do homem, o saber que seus antecessores segundo a carne foram pecadores. Tiveram todas nossas paixões e debilidades. Nenhum homem tem o menor direito de desculpar seus atos pecaminosos em razão da herança. Se Cristo não tivesse sido feito em todas as coisas como seus irmãos, então sua vida impecável não teria significado alento algum para nós. Poderíamos contemplar com admiração, mas seria a admiração que levaria ao desespero.

Desde sua mais terna infância, a cruz esteve sempre ante Ele" (Waggoner, The Gospel in Galatians, P. 60-62, seleção).

"Sua humanidade somente velou sua natureza divina, pela qual estava conectado inseparavelmente com o Deus invisível, e que foi mais que capaz de resistir com exito a debilidade da carne. Houve em toda sua vida uma luta. A carne, afetada pelo inimigo de toda justiça, tendia a pecar, entretanto sua natureza divina nunca abrigou, nem por um momento, um mau desejo, nem vacilou jamais seu poder divino" (Waggoner, Cristo e sua justiça, P. 12).

 

Jones vê o amor de Deus manifestado na encarnação, como poderosa motivação

"A eleição de glorificar a Deus é a eleição de que o eu se esvazie e se perca, e que só Deus apareça, por meio do Jesus Cristo. É que todo o universo e cada parte dele reflitam a Deus. Tal é o privilégio que Deus deu acima de tudo ao ser humano. Qual foi o custo de nos trazer esse privilégio? O preço infinito do Filho de Deus.

Veio Cristo a este mundo para retornar tal como era antes, de modo que fizesse um sacrifício por 33 anos? A resposta é que o fez pela eternidade. O Pai nos outorgou seu Filho , e Cristo se deu a si mesmo por toda a eternidade. Jamais voltará a ser em todos os aspectos como foi antes.

‘Aquele que era um com Deus se vinculou aos filhos dos homens mediante elos que não irão se romper nunca mais. No que se vinculou conosco? – Em nossa carne, em nossa natureza. Esse é o sacrifício que move o coração dos homens. Muitos consideram que o sacrifício de Cristo foi só por 33 anos, para morrer então a morte de cruz e retornar tal como era. À vista da eternidade anterior e posterior a esses 33 anos, não se trataria certamente de um sacrifício infinito. Mas quando consideramos que absorveu sua natureza em nossa natureza humana por toda a eternidade, isso é um sacrifício. Esse é o amor de Deus. Nenhum coração pode argumentar contra. Seja que o homem creia ou não, há nele poder subjugador, e o coração não pode a não ser inclinar-se em silencio ante essa sublime verdade. Direi-o uma vez mais: desde que compreendi o bendito fato de que o sacrifício do Filho de Deus é um sacrifício eterno, e de que tudo foi por mim, vivi continuamente meditando nas palavras: ‘Andarei humildemente todos meus anos’ " (Jones, General Conference Bulletin, 1895, P. 381 e 382, seleção).

 

Waggoner viu piedade prática nessa verdade

"Tem me sido feitas duas perguntas, que podemos agora considerar: ‘O santo ser que nasceu da virgem Maria, nasceu em carne de pecado? E tinha essa carne que lutar com as mesmas tendências ao mal que a nossa?’ Nada sei sobre o particular, salvo o que leio na Bíblia. Passei pelo desânimo e abatimento. O que durante anos me desanimou foi em parte o conhecimento da debilidade de meu próprio eu, e o pensamento de que aqueles que segundo minha estimativa estavam procedendo retamente, assim como os santos homens de antigamente no relato sagrado, possuíam uma constituição diferente à minha. Encontrava que o mal era a única coisa que podia fazer...

Se Jesus, que veio aqui me mostrar o caminho da salvação, o único em quem há esperança, se sua vida nesta terra foi uma fraude, onde ficaria a esperança? ‘Mas –dirá alguém –, a pergunta pressupõe o contrário, que Ele era perfeitamente santo, tão santo que jamais teve mal algum contra o que disputar’.

A isso é precisamente ao que me refiro. Leio que ‘foi tentado em tudo segundo nossa semelhança, mas sem pecado’. Leio como passou toda a noite em oração, em uma agonia tal que de sua fronte caíam gotas de sangue. Se tudo isso foi fictício, se não foi realmente tentado, que proveito tem para mim? Fico pior que antes.

Mas, Ah!, Se houver Um –e certamente o há–; Melhor direi: posto que há Um que passou tudo aquilo a que posso passar, que resistiu mais do que jamais se me possa pedir que resista, que foi constituído como eu em todo aspecto só que em circunstâncias ainda piores que as minhas, que enfrentou todo o poder que o diabo pode exercer mediante a carne humana, e entretanto não conheceu pecado, então posso me alegrar. O que fez há 1.900 anos é igualmente capaz de fazê-lo a todos os que acreditem nele" (Waggoner, General Conference Bulletin, 1901, P. 403-405, seleção).

A imaculada concepção nega a verdade bíblica sobre a natureza de Cristo. "É imprescindível que cada um de nós reflita se está fora da igreja de Roma ou não. Muitos levam ainda as marcas dela. Não vêem que o conceito que pretende que a carne de Jesus não foi como a nossa (pois sabemos que a nossa é pecaminosa) implica necessariamente a idéia da imaculada concepção da virgem Maria?

Suponham que aceitamos a idéia de que Jesus estava tão separado de nós, que era tão diferente que não tinha em sua carne nada contra o que disputar –que tinha carne impecável. Podem ver que o dogma católico romano da imaculada concepção se converte então em uma conseqüência necessária. Mas por que deter-se aí? Podemos ir até a mãe da virgem María, e assim até Adão. Resultado? Nunca houve a queda (o pecado). Nisso podemos ver como a essência do catolicismo romano é o espiritismo.

Cristo foi tentado na carne, sofreu na carne, mas tinha uma mente que não consentiu jamais em pecar. Estabeleceu a vontade de Deus na carne, e estabeleceu que a vontade de Deus pudesse realizar-se em toda carne humana e pecaminosa".

 

Jones, em perfeito acordo

"Nestes dias de geral aceitação do catolicismo por parte dos ‘protestantes’, deveríamos conhecer por nós mesmos a doutrina de Cristo e as conseqüências naqueles que aceitam o dogma [da imaculada concepção da María].

Eis aqui algumas declarações de pais e “santos” católicos: ‘[María era] muito diferente do resto do gênero humano, foi-lhe comunicada a natureza humana, mas não o pecado’. ‘Foi criada em uma condição mais sublime e gloriosa que toda outra natureza’. O texto anterior situa a natureza da Maria imensamente além de toda semelhança real, ou relação com a raça humana. Em palavras do cardeal Gibbons: ‘Afirmamos que a segunda pessoa da bendita Trindade, o Verbo de Deus, quem é em sua natureza divina, da eternidade, engendrado do Pai, consubstancial com ele, vindo o cumprimento do tempo, foi novamente engendrado ao nascer da virgem, tomando assim para si mesmo, da matriz materna, uma natureza humana da mesma substância que a dela’.

Indevidamente, em sua natureza humana, o Senhor Jesus acaba sendo ‘muito diferente’ da raça humana, imensamente além de toda semelhança real, ou relação conosco neste mundo. Mas a verdade é que o Senhor Jesus em sua natureza humana tomou nossa carne e sangue tal qual as conhecemos, com todas suas enfermidades. Será bom conhecer verdadeiramente quão próximo está.

Jesus, a fim de poder devolver ao homem à glória de Deus, em seu amor, rebaixou-se até aí mesmo, compartilhou sua natureza tal como esta é, sofreu com ele e até inclusive morreu com ele, tanto como por ele, na natureza humana pecaminosa que é comum aos homens. ‘Foi contado com os perversos’. Isso é amor. Vem a nós ali onde nos encontramos, a fim de poder nos elevar desde nós mesmos até Deus. ‘Por quanto os filhos participaram de carne e sangue, ele também participou do mesmo’ (Heb. 2:14).

Encontramos nesta única frase todas as palavras que cabe empregar, a fim de fazê-lo claro e positivo. Longe de ser certo que Jesus, em sua natureza humana, esteja tão afastado que não tenha semelhança alguma nem relação conosco, é certo o contrário: é nosso parente mais próximo na carne e sangue. Esta grande verdade da relação de sangue entre nosso Redentor e nós está claramente apresentada no evangelho, no livro de Levítico. Quando alguém tinha perdido sua herança, o direito de resgate recaía sobre seu parente de sangue mais próximo. Não simplesmente sobre um que estivesse próximo, e sim, sobre o mais próximo (Lev. 25:24-28; Rut 2:20; 3:12 e 13; 4:1-12). Por conseguinte Cristo tomou nossa mesma carne e sangue, e se fez assim nosso parente mais próximo. É o mais próximo a nós de entre todas as pessoas do universo.

Isso é cristianismo. Negar que Jesus Cristo veio, não simplesmente em carne, a não ser na carne, a única carne que no mundo existe, carne pecaminosa; Negar isso é negar a Cristo. ‘Porque muitos enganadores tem entrado no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne’. Confesse a Ele seus pecados: nunca abusará de sua confiança. Conte-lhe seus pesares. Levou ‘nossas enfermidades e sofreu nossas dores’, é ‘varão de dores, experimentado em dores. Te consolará com o consolo de Deus" (Jones, The Immaculate Conception of the Virgin Mary, 1894, seleção).

"Se não tivesse sido feito da mesma carne que aqueles a quem veio redimir, então não serve absolutamente de nada o que se fizesse carne. Mais ainda: Posto que a única carne que há neste vasto mundo que devia redimir, é esta pobre, pecaminosa e perdida carne humana que possui todo homem, se essa não for a carne da que foi feito, então não veio realmente jamais ao mundo que precisa ser redimido. Se veio em uma natureza humana diferente da que existe neste mundo, então, apesar de ter vindo, para todo fim prático de alcançar e auxiliar ao homem, esteve tão longe dele como se nunca tivesse vindo...

A fé de Roma em relação com a natureza de Cristo e de Maria, e também de nossa natureza, parte dessa noção da mente natural segundo a qual Deus é muito puro e santo para morar conosco e em nós, em nossa natureza humana pecaminosa: tão pecaminosos como somos, estamos muito distantes dele em sua pureza e santidade, muito distantes como para que ele possa vir a nós tal como somos.

A verdadeira fé –a fé de Jesus– é que, afastados de Deus como estamos em nossa pecaminosidade, em nossa natureza humana que ele tomou, veio a nós justamente ali onde estamos; que, imensamente puro e santo como ele é, e pecaminosos, degradados e perdidos como somos nós, Deus, em Cristo, através de seu Espírito Santo, quer voluntariamente morar conosco e em nós, para nos salvar, para nos limpar, e para nos fazer Santos.

A fé de Roma é que devemos necessariamente ser puros e santos a fim de que Deus possa morar conosco.

A fé de Jesus é que Deus deve necessariamente morar conosco, e em nós, a fim de que possamos ficar puros e santos" (Jones, O Caminho consagrado à perfeição cristã, P. 26, 29 e 30).

 

E. White foi, não só favorável, mas também entusiasta

"Na sábado de tarde [em South Lancaster] foram tocados muitos corações, e muitas almas se alimentaram do pão que desceu do céu... Sentimos [Jones, Waggoner e E. White] a necessidade de apresentar a Cristo como a um Salvador que não está afastado, e sim, próximo, à mão... Houve muitos, inclusive entre os pastores, que viram a verdade tal como é em Jesus, e em uma luz em que nunca antes a tinham visto" (RH 5 março 1889).

"Mas muitos dizem que Jesus não era como nós, que não era como nós no mundo, que ele era divino, e que nós não podemos vencer como ele venceu. Mas isso não é certo; ‘Porque de certo, não veio para ajudar aos anjos, e sim, aos descendentes do Abraão... E como ele mesmo padeceu ao ser tentado, é capaz de socorrer aos que são tentados’. Cristo conhece as provas dos pecadores; conhece suas tentações. Tomou sobre si mesmo nossa natureza... As tentações mais fortes [do cristão] virão do interior, dado que tem que batalhar contra as inclinações do coração natural. O Senhor conhece nossas debilidades... Cada luta contra o pecado, cada esforço por conformar-se à lei de Deus, é Cristo operando mediante suas agências assinaladas no coração humano. OH, se pudéssemos compreender o que Cristo é para nós!" (Cristo Tempted As We Are, P. 3, 4, 11; 1894).

"Teria sido uma humilhação quase infinita para o Filho de Deus revestir-se da natureza humana que Adão possuía na inocência do Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a espécie se achava debilitada por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os efeitos da grande lei da hereditariedade. E a história de seus antepassados terrestres demonstra quais eram aqueles efeitos. Mas ele veio com uma herança tal para compartilhar nossas penas e tentações, e nos dar exemplo de uma vida sem pecado" (DTG 32).

"[Cristo] tomou sobre sua natureza impecável nossa natureza pecaminosa, a fim de que pudesse saber como socorrer aos que são tentados" (Medical Ministry, P. 181).

 Robert Wielland  


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