Jairo Carvalho Responde a Questionamentos de Seus Leitores
Sobre o artigo: 4. Cristo Após a Encarnação Discordo do irmão Jairo Carvalho quanto à atual natureza de Cristo ser divino-humana. Penso como o irmão Elpídio. Jesus possuía natureza divina, mas se fez homem para que pudesse morrer por nós. Não fez, porém, esse sacrifício de abrir mão da divindade apenas por um curto período. Assim, permanece homem, embora com corpo glorificado, tendo acesso à natureza divina apenas da forma como ela está acessível também a nós. Um copo d'água não pode conter o oceano, ou seja, um corpo humano não pode conter a plenitude da divindade sem limitá-la. E se Jesus é Deus com limitações, simplesmente não é Deus. Para mim, é o Filho de Deus que se tornou Filho do Homem, para sempre. Esse é o Seu sacrifício eterno. J. A. Vieira Resposta de Jairo Carvalho: Fica difícil comentar sobre a opinião do irmão, uma vez que não é apresentada no e-mail alguma referência bíblica ou do Espírito de Profecia que apóie sua opinião. Nossa posição deve estar firmada em um claro "assim diz o Senhor", e não em argumentos como "eu acho", "eu penso", ou "é lógico". Não estou acusando o irmão de estar fazendo exatamente isto, mas sim pedindo que me coloque quais são os textos que originam a posição do irmão a fim de que possamos analisá-los com imparcialidade e confrontarmos com outros textos. Para mim, o entendimento "divino-humano" de Cristo é facilmente comprovável pela Bíblia. Apresento duas passagens bíblicas claras sobre o tema: 1 - Paulo, escrevendo sobre Jesus após a Sua ressurreição, menciona o que o próprio Pai declarou a respeito do Filho: "mas acerca do Filho: O teu trono ó Deus, é para todo o sempre." Hebreus 1:8. "Cristo, porquanto nEle, habita, corporalmente, toda a plenitude da divindade." Colossenses 2:8-9. Relativo a este segundo texto, ressalto que a Bíblia foi escrita para nós, seres humanos. Assim, quando lemos a palavra "corporalmente", temos que entender que a Palavra nos fala da maneira que nós compreendemos. Portanto, o termo "corporalmente", refere-se a corpo humano. Como podemos provar que atualmente, em Cristo, "um Deus reside em corpo humano"? Veja o texto de Atos 13:33, 34: "...ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és Meu Filho, Eu, hoje, Te gerei. É que Deus o ressuscitou dentre os mortos..." Quando ressuscitou a Cristo, o Pai o gerou novamente. Quem é gerado possui a mesma natureza e substância de quem o gerou. Somos de carne e osso porque fomos gerados a partir de nossos pais, que são de carne e osso. Temos então que quando o Pai gerou novamente a Cristo, por ocasião de Sua ressurreição, Ele gerou Cristo com a mesma natureza e substância que Ele possui. Assim, Cristo foi gerado por ocasião de Sua ressurreição como Deus assim como o Pai. O fato de Ele reter sua natureza humana eternamente explica-se por Ele existir sempre, como um Deus, em um corpo humano (aquele que levantou por ocasião da Sua ressurreição), após Sua ressurreição. Que Deus abençoe o irmão, Jairo Carvalho Sobre a série de artigos: A Natureza de Cristo Ontem, Hoje e Eternamente Caro Jairo Carvalho, Estudei com carinho a sua apostila sobre a "A Natureza de Cristo Ontem, Hoje e Eternamente" e ela veio ao encontro de minhas convicções, as quais tenho procurado passar em minha unidade da Escola Sabatina; não sem resistências, é claro! Porém, quanto a Jesus ter passado pela segunda morte não ficou claro, ou melhor, faltou embasamento bíblico. Senão, vejamos: A Segunda morte é para aqueles que não obtiverem a salvação (Apoc 20:5, 6). Sendo que na segunda e tão almejada vinda Jesus ressuscitará aos salvos mortos de todas as épocas (I Tes 4:15-17) e quanto aos vivos salvos, naquele grande dia, serão transformados (I Cor 15:50-53). E quanto a mim, porque serei merecedor da ressurreição? Porque morrerei justificado (sem pecado, pois ao confessar-me, meus pecados serão, pelo sangue de Cristo, apagados dos registros celestiais) e então NÃO passarei pela segunda morte... E isto explica a morte pela qual passou Cristo. Uma vez que Ele morreu SEM pecado, foi declarado justo pelo Pai e assim - convencendo a satanás - foi merecedor da ressurreição e jamais passaria pela segunda morte (preparada para os ímpios - Mat 25:41)! Um só pecado O desqualificaria como Redentor e satanás - o acusador - não aceitaria (e nem o Universo) a Sua ressurreição... Tenho um site e por isso fico atento a estudos que possam ser úteis para levar a palavra do Senhor a pessoas que tem dificuldades para entender o Plano da Salvação. Visite-nos: http://iasdtatui.tripod.com.br Resposta de Jairo Carvalho: Caro irmão Edilson, Todas as verdades que a Bíblia nos dá a respeito da salvação podem ser compreendidas claramente pelo estudo da doutrina do santuário. Sobre Cristo ter morrido a segunda morte, acompanhemos juntos o sacrifício da novilha, descrito em Números 19. Era trazida para o sacrifício uma novilha vermelha. Esta representava que Cristo, o verdadeiro sacrifício, receberia todos os pecados da humanidade, pois a cor vermelha representa o pecado. A novilha não deveria ter levado jugo, representando que Cristo não trazia em si mesmo o "jugo do pecado", ou seja, Ele não carregava culpa por pecados cometidos por Ele mesmo, porque nunca cometeu pecado. Esta novilha era imolada fora do arraial. Isto representava que Cristo seria sacrificado (crucificado) fora dos limites de Jerusalém. Após o sacrifício, toda a novilha era queimada - "tudo se queimará (Núm. 19:5). Esta cerimônia representava, entre outras coisas, que Cristo morreria a morte que é comparada ao fogo. A morte que é comparada ao fogo é o lago de fogo, a segunda morte, conforme expresso em Apocalipse 20:14. A cinza da novilha era misturada à água, sendo que esta mistura era aspergida sobre o que estivesse "imundo", para a sua purificação (Núm. 19:11-13). Da mesma forma, nós, seres humanos, que estamos "imundos" pelos nossos muitos pecados, podemos apenas ser purificados e termos a imagem divina restaurada em nosso caráter através da operação do Espírito Santo (simbolizado pela água), após termos aceito que Cristo pagasse o preço que nós deveríamos pagar pelos nossos pecados - a segunda morte, que é o lago de fogo. Assim como, no sacrifício da novilha, a água não podia ser utilizada para a purificação sem estar misturada com a cinza da novilha, nós, seres humanos, não podemos receber o Espírito Santo sem antes aceitarmos o sacrifício de Cristo como substituto de nossa própria morte pelos nossos pecados (ver Atos 2:37,38), e o próprio Espírito Santo Consolador não poderia ser derramado antes de Jesus morrer a Segunda Morte e ser ressuscitado e glorificado após Seu sacrifício ser aceito pelo Pai (João 7:37-39). Que Deus o abençoe, Jairo Carvalho P.S.: Aproveito o ensejo para recomendar a visita ao site: www.ministerio4anjos.com.br Sobre o artigo: Justificação, Santificação e Trasladação pela Fé Resposta de Jairo Carvalho intercalada: (Perdao pela falta de acentos. Uso teclado americano.) Esse ten sido um grande problema da divulgacao da mensagem adventista ao meu ver. Primeiro pregamos usando um montao de palavras com versiculos da biblia que indicam que nossa salvacao e completamente baseada na fe e na imputacao da justificacao a nos dada pela vida pura de Cristo. E entao, e imediatamente, revertemos o assunto nos contradizendo completamente, como no caso desse artigo, e dizemos que agora, porque temos fe em Jesus, temos que fazer um montao de obras para sermos considerados dignos da salvacao, usando agora tambem os versos que parecem indicar essa necessidade. Irmão, se observar com cuidado o texto, verificará que colocamos não foi que as obras contam para a salvação, e sim que as obras contam para a "recompensa", "galardão". A própria trasladação é um galardão. Ser trasladado, por exemplo, não significa ser apenas "justificado pela fé". Enoque e Elias, que foram trasladados, foram tão "Justificados pela Fé" quanto o foi o ladrão na cruz. É por isso que ambos estarão na nova terra. Isto é expresso pela parábola do denário. Uns andam mais tempo no caminho de Cristo, enquanto outros chegam apenas na "hora undécima", mas todos são salvos - recebem um denário. Enoque e Elias, assim como o ladrão da cruz, estarão na nova terra, mas é um fato que suas recompensas, que são o galardão outorgado por Deus aos que permitem que Ele os molde, será diferente. Enquanto Enoque e Elias já gozam a milênios a companhia de Cristo e dos santos anjos, o ladrão da cruz ainda está no pó, aguardando a ressurreição. O que determinou a diferença? O trabalho que cada um permitiu que Deus operasse em sua alma pelo Espírito Santo. Enquanto Enoque e Elias permitiram que Deus produzisse neles, pelo Seu Espírito, um caráter semelhante ao de Cristo, o ladrão não o fez. Ser trasladado significa que fui primeiramente justificado, salvo, pela fé em Cristo Jesus, e posteriormente, uma vez tendo aceitado a operação completa do poder transformador de Deus na minha vida, foi cumprida em mim, pelos méritos de Cristo Jesus, a condição pela qual eu poderia ser trasladado. Deus então decide honrar o homem no qual a imagem de Cristo foi refletida em seu caráter e obteve testemunho disto mediante as provações com este galardão. "O que cre em mim jamais morrera?" Nao estaria isso se referindo a "morte eterna" de acordo com a teologia adventista? E tambem porque a morte e simplesmente um sono, pois ao morrermos nao estamos cientes do tempo que passa? Nao vejo outra resposta, a menos que concordemos com um montao de contradicoes, ou aceitemos a teoria protestante da transladacao secreta, em Ingles chamada "SECRET RAPTURE". Quando um judeu perguntou a Cristo como deveria compreender as escrituras, Jesus lhe disse para entendê-las da forma que este lia. Quando Jesus respondeu a Satanás durante as tentações no deserto, este dizia: Está escrito. Jesus não dava interpretação às palavras das Escrituras quando tratava das promessas e ordenanças divinas. Analisando o texto bíblico da forma que Cristo analisava, temos que este nos diz: "O que crê em mim jamais morrerá". É desta forma que o texto está escrito. Como devemos compreendê-lo? Como está escrito: "Quem vive e crê em Cristo JAMAIS MORRERÁ". "CRÊS TU ISTO?" João 11:26. Que Deus o abençoe, Jairo Carvalho Nao estou aqui debatendo nada, mas simples e sinceramente expondo meus pensamentos. Ja e tempo que facamos uma decisao de crer de um modo e nao em dois modos como adventistas. Toda essa confusao cria muito desanimo entre os membros que ouvem a mesma coisa repetida dos nossos pulpitos, e que nao conseguem muita vitoria em suas vidas diarias. A maioria desses membros confiam na graca, e justificacao em Jesus, sem as quais se sentiriam perdidos se confiassem nas obras proprias. Porque continuamente os confundimos com artigos desse tipo? Eduardo Leia os últimos artigos de Jairo Carvalho: |
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