Até o Diabo Acredita em Deus, Mas Tem Gente na AES que Parece que NÃO...
A igreja com o passar do tempo aperfeiçoa (ou corrompe, depende do ponto de vista) suas doutrinas. Recentemente vimos no site “adventistas.net”, de Ennis Meyer, e depois neste, um grande debate sobre a Trindade. Assim soubemos que a doutrina da Trindade, que no início não era aceita pela nossa igreja, foi depois incorporada às suas “crenças fundamentais”. A verdade é imutável, mas seu descobrimento é progressivo (e também, seu abandono...) Sou um tanto reticente em aceitar novas doutrinas substituindo ao que creio, sem um exame profundo e desapaixonado da questão. Muito mais importante, entretanto, que todo este barulho feito pelos sites independentes, foram as mudanças doutrinárias realizadas na Associação Espírito-Santense nos últimos anos. Na calada da noite, silenciosamente, sem que os membros percebessem, várias doutrinas sofreram modificações. Algumas foram abolidas e novas foram criadas. Caso publicadas, tais mudanças causariam alvoroço no meio adventista, impedindo sua implantação. E o interesse dos que fizeram as mudanças não era aparecer ou ficar famosos, apenas obter ganhos materiais e, por outro lado, poder usar a estrutura da igreja para fazer uma cruel e suja vingança pessoal. E isto é melhor fazer sem chamar atenção.
Mudanças radicais Alguém pode pensar que estamos brincando, ou que é algum tipo de ironia. Mas é a mais pura e triste realidade. O assunto doutrinário é complexo, não me sinto com conhecimento teórico suficiente para nomear e classificar doutrina após doutrina. Mas, nós leigos conhecemos as doutrinas fundamentais na prática, e sabemos reconhecer quando há mudanças radicais. Assim como não é preciso ser especialista em futebol para notar que há algo errado se os jogadores começarem a jogar a bola com as mãos, ou o juiz passar a ele mesmo bater os pênaltis que marca. Assim, proponho que o amigo leitor venha nos fazer uma visita para ver de perto as novidades. Se for mulher e vier à Santa Teresa, cidade onde moro, procure vir de saia ou de vestido. Se for homem, não use bermudas. Mas se for parente ou amigo do presidente, aí pode vir como quiser, inclusive com brincos e maquiagem.
Doutrina da canela de fora A primeira grande contribuição da igreja adventista do Espírito Santo para a teologia mundial foi a “teologia das canelas”. Mulher com canela de fora, homem com canela escondida, e tudo o mais é secundário. O verso mais importante da Bíblia aqui foi Deuteronômio 22:5. A igreja puniu uma irmã que usava calça comprida em seu trabalho. (Na igreja ela só ia de saia ou vestido). O pastor (Antônio Valderi) fez uma pregação, mostrando que mulher não pode usar calça comprida e as que usam não são mulheres honradas – ele insinuou um pouco mais que isso. Homens não podiam usar bermudas. O presidente da Associação apoiou integralmente seu pastor, inclusive argumentou comigo, que enquanto fosse pastor jamais permitiria que as irmãs de sua igreja usassem calças compridas. Sua esposa e suas filhas usavam na época, continuaram usando e é bem provável que estejam vestidas com calça comprida no momento em que você lê isto aqui. Hoje ele é departamental no Rio de Janeiro, e como se sabe, as mulheres adventistas lá não usam calça comprida... Se alguma usa, este pastor não está cumprindo sua palavra. E se mudou de opinião, deveria vir aqui pedir perdão para todos que foram ofendidos, inclusive para vários que deixaram de freqüentar a igreja desde aquela época, há mais de cinco anos, devido a este problema. Mas provavelmente ele não está nem um pouco preocupado com isso, pois há uma segunda mudança doutrinária importante feita por aqui, esta, muito bem resumida e explicada pelo pastor Maurício Pinto Lima, presidente da Associação, que em homenagem ao seu poder de síntese, poderia ter seu nome associado a ela.
A Lei de Maurício: Os administradores erram, sim. Mas isso não é da conta de ninguém. Erram, mas não precisam prestar contas de seus atos, e, principalmente, não podem receber qualquer tipo de punição. Só os leigos podem ser punidos. Sei que homenagear o pastor Maurício poderá causar protestos, pois este site já foi palco de inúmeras denúncias de membros que reclamavam de injustiças. Mas, assim como alguém teve a idéia de dar o nome de Pelé a um asteróide, e na semana passada, o nome de um ator de Hollywood a uma formiga, tive a idéia primeiro, e, proponho dar a esta lei o nome do pastor Maurício, com mérito. Ele a sintetizou tão claramente, e expôs este princípio em uma ocasião tão propícia, enquanto menosprezava o sofrimento de um leigo perto de um gravador, que seria injusto não homenageá-lo. A propósito, pastor Maurício, enquanto uns debatem a existência do Espírito Santo, não consigo acreditar que uma pessoa que acredite em Deus, o Pai, possa agir com essa sua frieza, sua indiferença ante a injustiça. Até o Diabo acredita, e teme. Quem não teme nada, não deve acreditar em nada. Seria uma mudança mais radical ainda na Trindade, onde, ao invés de três, ou duas pessoas Divinas, não teríamos nenhuma. Seria um avanço teológico definitivo, onde os fortes teriam enfim total liberdade para oprimir e explorar os mais fracos. Na ausência de um poder superior, o homem seria deus! Esta seria uma outra doutrina importante criada aqui.
Redução nos mandamentos No dia 09/12/1997, foi dado um importante passo nesta direção. A igreja adventista, representada pelo presidente da União Este Brasileira – que já não acreditava no sétimo mandamento – tomou uma decisão que corrompe o primeiro, o segundo, o nono e o décimo mandamentos. Tal decisão ficou registrada em ata, mas, meu amigo, não adianta a gente ir lá, eles não mostram. Trinta e cinco pessoas participaram do evento. Destas, dezesseis disseram que não eram Deus. Mas dezenove tomaram uma decisão que só Deus poderia tomar. Entre estes dezenove, alguns eram leigos, assustados e com fome, que jamais votariam contra o presidente da União. Alguns já se arrependeram. Mas falar sobre esse assunto aqui é difícil. Todos têm medo. Houve muito, muito sofrimento depois daquela noite mal-assombrada. O diretor do EDESSA foi retirado do cargo devido a isso, embora a explicação oficial tenha sido... preparem-se, vocês não vão acreditar... que as alunas no colégio usavam calça comprida... Por que a pessoa tem medo? Porque naquela noite houve um assassinato. Assassinato espiritual, não adianta chamar a polícia. E o morto foi colocado na sala do presidente, quando a gente entra lá, depois de algum tempo, sem fixar os olhos, percebe-se o vulto do caixão junto à parede, com um homem dentro. Ele não pode ser sepultado, pois do caminho da Associação até o cemitério mais perto, haveria ajuntamento popular, revolta, a televisão faria reportagens ao vivo... e também não podem ressuscitá-lo, pois os que mataram não possuem este poder, de ressuscitar. Desde aquela época, o presidente que trabalha naquela sala é o Guardião do Cadáver. E eles perseguem implacavelmente todos os que ainda demonstram repulsa àquela tramóia. Há milhares de pessoas que estão tristes com o ocorrido e esperam justiça, mas quem falar no assunto fica sem ocupar cargos e sem pregar por muitos anos.
A sociedade do caixão O que causa mais medo é que, desde aquela noite onde os poderes das trevas venceram, os mentores da trama fizeram um pacto de defesa mútua. Fundaram a “sociedade do caixão”. Alguns até saíram da obra para ajudar a manter o caixão lá custe o que custar. Assim podem usar métodos que os obreiros não podem. Os mais agressivos gostam de dizer aos leigos e visitantes que possuem dossiês, documentos, que estiveram nas reuniões secretas... mas é puro blefe. Se você encontrar algum destes, com o gogó empinado e falando grosso que possuem documentos e dossiês, diga a ele para mostrar. Você tem um dossiê, meu filho? Então, mostre... O grande mentor, que teceu a toda a trama, foi o pastor Correia. Logo depois do ocorrido, pedi (por escrito) que calculassem o número do nome do pastor José Orlando Correia somado aos seus 15 anos de União. Assim como aprendemos a somar Vicarivs Filii Dei. Mas ninguém levou a sério, somar 651 (L+D+C+I), o número do nome, com seus 15 anos de trabalho na União não faz sentido, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Faria mais sentido se o pastor Vilson tivesse desconfiado de tantas viagens a Juiz de Fora... Meu amigo, me perdoe se você mora no exterior e não está entendendo nada, mas tenho que tomar cuidado com a sociedade do caixão, alguns de seus membros ameaçam processar... Eles são perigosos. Quando não podem atingir a gente, procuram atingir alguém da família. Por isso muitos têm medo. Eu confesso que também tenho medo, mas pensando bem, eu acredito em Deus, eles não. Pois se acreditassem, temeriam. Eu tenho meus pecados, mas não estou na mesma situação que eles, tendo que proteger uns aos outros para evitar que a verdade aflore ou que o defunto saia andando por entre os corredores da Associação. Se algum dia a Lei de Maurício for abolida, vai ser preciso o secretário da igreja fazer hora extra para tantas exclusões.
Outras mudanças Há outras novidades doutrinárias. Por exemplo, você aprendeu desde pequenininho que nós não podemos usar nada que é dos outros sem permissão, e que não devemos oprimir os órfãos e as viúvas. Pois nos anos de 1999 e 2000, o EDESSA, uma escola que estava crescendo, cheia de alunos e com bons professores, de repente se transformou em estacionamento de mulas. O irmão do tesoureiro da AES manteve lá, enquanto pôde, sete animais no pasto da escola sem pagar aluguel. Parece coisa pequena, mas isto é a ponta do iceberg. Na parte oculta do iceberg há trezentos mil reais escondidos. Há a invasão do lote da viúva, a irmã Alaíde. Há o desrespeito a professores e funcionários que não podiam andar no pasto para não pisar no jantar das mulas. Tudo isto foi denunciado no site dos ex-alunos da escola. O pastor Maurício tomou uma providência enérgica: fez uma armação para desativar o site. Eles prometeram solenemente, em público, que dariam uma explicação. Não deram, nem explicação nem satisfação alguma.
A pior mudança doutrinária Como vocês devem ter notado, por trás de todas as mudanças doutrinárias, a mais importante, a que autoriza todas as outras, é a aceitação da mentira. Satanás não é o pai do adultério, não é o pai do roubo. O pecado que mais se identifica com o Diabo, sua obra prima, não é a transgressão do sábado. João 8:44: "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira." Aqui no Espírito Santo, esta questão está bem resolvida. Não é pecado mentir. Só este ano, a administração mentiu para mim várias vezes. O pastor Maurício mente. Onde estão os trezentos mil que sumiram do EDESSA? Vocês disseram que iam explicar. Como não explicaram, mentiram. Mentem em público, mentem do púlpito, mentem nas reuniões e transferem as mentiras para as atas.
Está chegando a hora! O reloginho e a contagem regressiva no cabeçalho do Adventistas.Com indicam que está chegando a hora da quadrienal, quando será eleito o novo “guardião do cadáver”. A dificuldade para mudar reside em parte na outra doutrina fundamental que é praticada aqui: todos têm o direito de se expressar, desde que a favor da administração. Quem discorda é cassado, é considerado “sujo”, “rebelde”, etc. Mas esta doutrina é antiga, e é praticada em quase todas as Associações, não temos o direito de reivindicar sua criação. Assim sendo, nem todos os membros sabem da realidade. E nem todos possuem internet para ler o “adventistas.com”. Mas ouvem o presidente falar e crêem que estão frente a frente com Deus. Não tenho muita esperança que haja uma grande mudança para melhor. Mas seria tão bom se, na liderança, fossem eleitas pessoas normais, com falhas e imperfeições, mas que fossem mais ou menos honestas. O assassinato do pastor Alcy foi espiritual, mas o tempo vai passando, e a gente vê os lá de cima no “bem bom”, viajando para os Estados Unidos... Por alguns momentos, dá uma vontade de chorar, de gritar: CHAMEM A POLÍCIA! Mas o problema da superlotação nos presídios talvez se agravasse demais, melhor não... A cadeia, que dizem ser escola do crime, também poderia não ter tantas vagas de uma só vez para novos professores... -- Tales Fonseca Leia também:
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