Se Jesus é Realmente Filho de Deus, Como Pode Ser Chamado "Pai da Eternidade"? Respostas às Dúvidas de Alguns Leitores Sobre a Trindade
Se Jesus foi gerado por Deus em algum momento, como pode ser chamado de "Pai da Eternidade" em Isaías 9:6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz"?Resposta do editor: Esse versículo é uma profecia messiânica, ou seja, um texto do Antigo Testamento, que descreve o futuro trabalho do Filho de Deus, como o Messias enviado do Céu para resolver o problema do pecado na Terra. Mas para que entendamos melhor sua abrangência e o período de seu cumprimento, convém observarmos o contexto em que essa maravilhosa profecia está inserida. E o faremos, de maneira simplificada, lendo apenas o versículo anterior e o posterior:
Essa é, portanto, uma profecia cujo cumprimento se inicia como o nascimento do Filho de Deus como ser humano, mas se estende até o fim da execução do plano da salvação da humanidade, o qual só estará concluído com a purificação deste planeta através do fogo. É por essa razão que entendemos que esse aspecto da profecia relacionado a nome, ou títulos dados a Jesus Cristo, pode estar dividida em quatro fases: "Maravilhoso Conselheiro" -- O ministério terrestre de Jesus Cristo, revelando a verdade sobre Deus e Sua boa vontade para com os homens. "Deus Forte" -- O divino Filho de Deus enfrenta a ira das hostes demoníacas e derrota o diabo para sempre, ao morrer em nosso lugar na cruz, ressuscitar, defender-nos perante Deus contra as acusações do inimigo e destruir para sempre a morte, no lago que arde como fogo e enxofre. "Pai da Eternidade" -- A eternidade de que o profeta fala aqui, não significa um período ilimitado de tempo, sem começo nem fim. Neste caso, fala-se de uma eternidade que tem início, um ponto de origem, um pai. Equivale às expressões "paz sem fim" ou "desde agora e para sempre". É sinônimo da vida eterna, que se iniciará, de fato, para os salvos a partir da destruição do pecado e de suas conseqüências e início de uma história realmente feliz, pois nunca terá final, em um novo céu e uma nova terra. Então, para a multidão dos remidos, Jesus Cristo, nosso irmão mais velho, será também "o Pai da Eternidade", Aquele por meio de quem receberemos de Deus, Pai, a vida eterna. Isso é muito bem explicado em Hebreus 2:10-14:
Quem dirá a Deus "Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu", é Jesus Cristo. "Príncipe da Paz" -- Terminado o grande conflito, terá início a vida eterna, pois a morte nem pranto, nem dor já não existirão. Então, Jesus Cristo, o Filho de Deus, após ter sido coroado Rei dos Reis por Sua vitória definitiva contra o Mal, entregará mais uma vez toda a autoridade do Universo a Seu Pai, ocupando outra vez Sua condição de Príncipe. "E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos." I Coríntios 15:24-28. Não há, portanto, dificuldade alguma entre a profecia que antecipa para Cristo o título de "Pai da eternidade" para os remidos e o fato de o Filho de Deus haver sido gerado em algum longínquo momento antes que houvesse tempo. O próprio Jesus Cristo deixou muito claro que tinha vida em si mesmo por concessão do Pai e que, exatamente por causa dessa concessão do Pai, poderia oferecer vida eterna (eternidade) aos que nEle cressem: João 5
Estou precisando de ajuda no entendimento do texto de 1 João 5:20: "Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento parareconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna". -- Almeida Revista e Atualizada "Sabemos também que o Filho de Deus já veio e nos deu entendimento para conhecermos o Deus verdadeiro. A nossa vida está unida com o Deus verdadeiro, unida com o seu Filho, Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro, e esta é a vida eterna". -- Nova versão da Linguagem de Hoje Qual seria a tradução mais correta com o original? Quem é o Deus verdadeiro nessa passagem, o Pai ou o Filho? Resposta do editor: Prezado irmão, A Bíblia de Jerusalém, que considero a melhor tradução em português por sua fidelidade e atualidade, facilita as coisas, colocando V maiúsculo na palavra Verdadeiro, para que entendamos que o [Deus] Verdadeiro é Aquele a quem acessamos através de Seu Filho Jesus Cristo.
A frase "Este é o Deus verdadeiro e a vida eterna" refere-se ao Verdadeiro, em quem estamos através de Seu Filho Jesus Cristo. Caso contrário, João estaria se contradizendo, uma vez que ele próprio escreveu que Jesus afirmou ser o Caminho para Deus, o Pai, e que a vida eterna consiste em conhecer a Deus, o Pai, como o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, como Seu enviado. (Ver João 14:6; 17:3.) Perceba que no versículo 18 João se refere a Jesus como "o Gerado por Deus", que nos guarda do Maligno. Leia também I Tessalonicenses 1:9-10: "Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura." Portanto, embora opte por uma paráfrase em lugar da tradução palavra por palavra, a tradução na linguagem de hoje parece-nos mais próxima do sentido original. O que me diz dos textos de E.G.W no livro Evangelismo, pág. 614, que afirmam que "há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste"; "Cristo é o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo"; "que o Espírito Santo... é tanto uma pessoa como o próprio Deus; "o Espírito Santo tem personalidade"; "o príncipe da potestade do mal só pode ser mantido em sujeição pelo poder de Deus na terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo"... Resposta do editor: Já tratamos desse texto no site, irmão. Mas resumindo, esclareço: 1. Nenhuma doutrina denominacional pode estar fundamentada em escritos de EGW. Nossa regra de fé e prática é a Bíblia e a Bíblia somente. 2. Os escritos de EGW ou de qualquer outros que se apresentem como profeta devem ser avaliados, através de comparação com a Bíblia ("à Lei e ao Testemunho"). Se contradizem a Bíblia, devem ser rejeitados. 3. O fato de haver trechos atribuídos a EGW que discordam da Bíblia, não significam que ela não tenha sido inspirada, porque: a) A inspiração divina é ocasional e não vitalícia. Nem sempre o profeta fala por inspiração de Deus. No caso dos profetas bíblicos, era costume informar a data de cada mensagem: "Aos tantos dias, do ano tal, do rei tal, veio a mim a Palavras do Senhor, dizendo..." E houve, por exemplo, um incidente em que o profeta Natã disse a Davi que ele construiria o templo, mas Deus obrigou Natã a voltar lá e desdizer, informando que seria Salomão quem edificaria o templo. b) A inspiração divina também não equivale a infalibilidade, nem proporciona correção automática a tudo que o profeta diz ou escreve. c) Infelizmente, EGW permitiu que terceiros participassem da elaboração de muitas das mensagens que publicou como inspiradas por Deus. d) Lamentavelmente, EGW permitiu que, de certo modo, seu dom se corrompe-se, pois o transformou em fonte de renda para si, seus herdeiros e a igreja. d) Houve interferências não-autorizadas, ainda que bem-intencionadas nos escritos de EGW, antes e depois de sua morte. e) Após a morte de EGW, houve manipulação, alteração e inclusão de pensamentos alheios a ela em seus escritos. f) Mesmo vários anos e décadas após a morte de Ellen White, foram lançadas compilações, que se fundamentam em folhas soltas de papel datilografado sem autenticidade confirmada, que tanto podem ser de EGW quanto de algum auxiliar literário seu 4. A tradução em português acrescentou a palavra "trindade", que nunca foi escrita por EGW, a esses textos que o irmão menciona. Esse ato de má fé é admitido e tenta-se corrigi-lo no livro A Trindade, mas depõe contra a idoneidade dos que sempre se disseram defensores da Verdade. 5. O filho dileto da Sra. White negou que sua mãe pudesse ter feito tais declarações, pois discordavam de sua forma de pensar.Para William C. White, EGW cria em duas pessoas divinas e um poder sobrenatural delas emanado, conhecido como Espírito Santo. Leia as doutrinas da igreja em 1911 e veja qual era o pensamento dos pioneiros adventistas em relação a esse tema. Leia mais sobre o assunto:
Quanto a divindade de Jesus: Se Jesus não era Deus, por quê Ele declara em João 8:52, que "antes de Abraão, EU SOU," sendo que esta expressão era usada somente para designar Deus? Resposta do editor: Creio e podemos demonstrar biblicamente que Jesus é tão divino quanto o Pai, inclusive a ponto de ter vida em Si mesmo, mas Ele próprio afirma que obteve isto por concessão do Pai. "Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo." João 5:26. É possível também demonstrar pela Bíblia que, embora ambos sejam divinos, o Pai é anterior ao Filho, embora Este (o Filho) seja pré-existente em relação a todas as coisas criadas. O Filho, embora seja tão divino quanto o Pai ou "igual a Deus" e mereça igualmente toda a honra, glória e submissão, nunca teve nem terá o desejo de ocupar o lugar do Pai, como soberano do Universo. Submete-se à vontade do Pai para todo o sempre, ao contrário do que pretendeu Satanás. Esclarecendo, Pai e Filho são divinos em natureza, mas apenas o Pai comanda o Universo como Deus soberano. É isto que a Bíblia ensina. Na encarnação, Jesus, que era um ser divino, tornou-se ser humano, mas continuou sendo a mesma pessoa. Por isso, pode apresentar-Se como pré-existente em relação a Abraão. Note que está afirmando apenas que já existia antes de Abraão. Não está dizendo que Ele é o Deus soberano do Universo. A autoridade que hoje Jesus possui, a qual lhe permite sentar-Se à direita do Pai em Seu trono, será um dia devolvida por Ele a Deus, Seu Pai: "E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos." I Coríntios 15:24-28. Leia também: |
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