INCRÍVEL! Para Defender a Trindade, Pastor Coloca em Dúvida o Amor de Deus, o Pai, ao Sacrificar Seu Filho...

Robson,

Não consigo ficar calado, vendo você deixar fatos tão claros, de lado, como se não os visse. Por exemplo, você usa a expressão "gerar", como ela fosse, de fato, uma prova de que Cristo foi gerado, em algum tempo, lá atrás, na eternidade, pelo Pai. No contexto bíblico, não é nada disto. Essa expressão, aparece, por exemplo, em Provérbios 8:22-25:

"O SENHOR me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra. Antes de haver abismos, eu nasci, e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes de haver outeiros, eu nasci."

Aí, nesses versos, Salomão estava compondo uma parábola, ou uma alegoria, para descrever a excelência da sabedoria. Ele usa linguagem figurada. No verso 24, aparece o verbo chul, a que se pode dar o sentido de contorcer, agitar, tremer e gerar. Mas daí, dar-lhe o sentido de um nascimento físico, pelo fato de toda passagem ser uma parábola é um erro! Você não pode, Robson,  criar uma doutrina em cima de uma parábola...

(Um pastor amigo.)

Caro amigo pastor,

Experimente substituir a frase "eu nasci" ou "fui gerada" por "eu me contorci", "eu me agitei" ou "eu tremi" e verá que as outras possíveis significações do tal verbo chul não fazem nenhum sentido...

Observe também que estamos autorizados a interpretar o texto literalmente e não como alegoria ou parábola, uma vez que a própria Sra. Ellen G. White identifica Jesus como a Sabedoria personificada de Provérbios 8 e deixa claro que o Filho unigênito -- Ela nunca diz "Deus Filho", como os senhores fazem! -- foi o ÚNICO companheiro e cooperador do Pai na criação, "o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus".

Assim, aquela a quem chamamos Mensageira do Senhor, descarta a existência de uma terceira pessoa divina e admite que o Filho de Deus tenha sido "gerado", não criado. Mais, esclarece que foi Ele próprio quem declarou em relação ao Pai que "era seu aluno", "folgando perante Ele em todo o tempo":

O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestes, e a homenagem e adoração dos anjos era por Ele recebida como de direito. Isto não era usurpação em relação a Deus. "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos", declara Ele, "e antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da Terra. Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda Ele não tinha feito a Terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí estava Eu; quando compassava ao redor a face do abismo." Prov. 8:22-27.Exaltai-O, MM 1992, pág. 16.

Cristo declarou por intermédio de Salomão: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos e antes de Suas obras mais antigas. Quando punha ao mar o Seu termo, para que as águas não trespassassem o Seu mando; quando compunha os fundamentos da Terra, então, Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo." Prov. 8:22, 29 e 30." Exaltai-O, MM 1992, pág. 17.

O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. "O Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz." Isa. 9:6. Suas "saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas obras mais antigas. ... Quando compunha os fundamentos da Terra, então Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo". Prov. 8:22-30. -- Patriarcas e Profetas, pág. 34.

Quer você, irmão, fazer-me duvidar do amor do Pai, dizendo-me que Jesus Cristo não era, de fato, Seu Filho? Dirá também que João 3:16 é uma mentirinha branca, força de expressão, parábola, alegoria? Que não houve sacrifício algum, pois, como você crê, o Pai não seria Pai e o Filho não seria, na realidade, Seu Filho?

Está você dizendo que Deus não me amou coisa alguma e que tudo não passou de uma combinação entre os deuses, na qual cada um apenas desempenhou um papel teatralmente? É você capaz de imaginar que Deus minta, amigo?

Quando nos inclinamos a duvidar do amor de Deus, a desconfiar de Suas promessas, nós O desonramos e ofendemos a Seu Santo Espírito. Quais seriam os sentimentos de uma mãe cujos filhos estivessem sempre a se queixar dela, como se ela os não quisesse ver felizes, quando o esforço de toda sua existência era o seu bem estar, e proporcionar-lhes conforto? Suponhamos que duvidassem de seu amor; isso lhe havia por certo de partir o coração. Como se sentiria qualquer pai se os filhos procedessem de tal maneira para com ele? E como nos há de considerar nosso Pai celeste quando duvidamos do amor que nos tem - esse amor que O levou a dar Seu Filho unigênito, a fim de que pudéssemos viver? Escreve o apóstolo: "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes, O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Rom. 8:32. -- Caminho a Cristo, pág. 118.

Pense bem:

Se Jesus não é realmente Filho e Deus, o Pai, não é Pai, todo o plano da salvação é uma grande mentira: Deus não nos amou nunca de tal maneira, nem deu o Seu Filho, porque Jesus não é Filho, nem Unigênito e de nada adianta crer nEle, pois como haveríamos de ter vida eterna baseados numa parábola ou alegoria?

Ora, se uma voz divina rasga os Céus, desde o trono do Universo e diz: "Este é o Meu Filho Amado, em quem me comprazo!", como posso relativizar isto, dizer que é parábola, que é alegoria? Que não devemos levar tão a sério o que Deus, o Pai, está dizendo...

Recomendo a todos a leitura destes artigos linkados abaixo e especialmente das citações de Ellen White que vêm em seguida, nas quais a literalidade do sacrifício feito por Deus, o Pai, é assumida e declarada. Ou seja, para EGW, o Pai é realmente Pai, e o Filho realmente Filho, mas existente por Si mesmo, por concessão do Pai. "Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo." João 5:26.

Robson Ramos

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Citações esclarecedoras sobre o sacrifício do Pai, ao doar-nos Seu Filho:

A tristeza encheu o Céu ante a realidade de que o homem se perdera e que o mundo que Deus havia criado se encheria de mortais condenados à miséria, enfermidade e morte e que não havia meio de escape para o ofensor. Toda a família de Adão tinha que morrer. Vi então o amorável Jesus e contemplei em Seu semblante uma expressão de simpatia e pesar. Logo O vi aproximar-Se da inexcedível luz que envolvia o Pai. Disse o meu anjo assistente: "Ele está em conversa íntima com Seu Pai." A ansiedade dos anjos parecia ser intensa enquanto Jesus estava em comunhão com Seu Pai. Três vezes Ele foi envolvido pela gloriosa luz em torno do Pai, e na terceira vez Ele veio do Pai e pudemos ver Sua pessoa. Seu semblante estava calmo, livre de toda perplexidade e angústia, e brilhava com uma luz maravilhosa que palavras não podem descrever. Ele fez então saber ao coro angélico que se abrira um caminho de escape para o homem perdido; que estivera pleiteando com o Pai, e obtivera permissão de dar Sua própria vida como resgate para a raça, de levar os seus pecados, e receber sobre Si a sentença de morte, abrindo desta maneira caminho pelo qual pudessem, mediante os méritos do Seu sangue, encontrar perdão para as transgressões passadas, e mediante a obediência ser levados de volta ao jardim do qual haviam sido expulsos. Então poderiam ter acesso ao glorioso, imortal fruto da árvore da vida a que tinham perdido agora todo o direito.

Então alegria, alegria inexprimível, encheu o Céu, e o coro celestial cantou um cântico de louvor e adoração. Eles tocaram suas harpas e cantaram com mais entusiasmo que jamais haviam cantado, por causa da grande graça e condescendência de Deus em entregar o Seu Filho querido para morrer pela raça rebelada. Então louvor e adoração se derramaram pela abnegação e sacrifício de Jesus em consentir deixar o seio de Seu Pai, e escolher uma vida de sofrimento e angústia, e uma morte ignominiosa, a fim de que pudesse dar vida a outros.

Disse o anjo: "Pensais que o Pai entregou o bem-amado Filho sem luta? Não, não." Foi de fato uma luta para o Deus do Céu decidir se deixaria perecer o homem culpado ou daria o Seu querido Filho para morrer por eles. Os anjos estavam tão interessados na salvação do homem que se poderia encontrar entre eles quem deixaria sua glória para dar a vida pelo homem a perecer. "Mas", disse o meu anjo acompanhante, "isto de nada aproveitaria." A transgressão era tão grande que a vida de um anjo não daria para pagar o débito. Nada menos que a morte e intercessão do Filho de Deus poderia pagar o débito e salvar o homem perdido de desesperada tristeza e ruína. -- Primeiros Escritos, págs. 126-127.

Adão foi informado de que a vida de um anjo não podia pagar o seu débito. A lei de Jeová, o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra, era tão sagrada como Ele próprio; e por esta razão a vida de um anjo não podia ser aceita por Deus como sacrifício por sua transgressão. Sua lei é mais importante a Seus olhos, do que os santos anjos ao redor de Seu trono. O Pai não podia abolir nem mudar um preceito de Sua lei para socorrer o homem em sua condição perdida. Mas o Filho de Deus, que em associação com o Pai criara o homem, podia fazer pelo homem uma expiação aceitável a Deus, dando Sua vida em sacrifício e enfrentando a ira de Seu Pai. Os anjos informaram a Adão que, assim como sua transgressão tinha produzido morte e infelicidade, vida e imortalidade seriam produzidas mediante o sacrifício de Jesus Cristo. -- História da Redenção, pág. 48.

"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. Não O deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos assegurar Seu imutável conselho de paz, Deus deu Seu Filho unigênito a fim de que Se tornasse membro da família humana, retendo para sempre Sua natureza humana. Esse é o penhor de que Deus cumprirá Sua palavra. "Um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros." Isa. 9:6. Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho, levando a mesma ao mais alto Céu. É o "Filho do homem", que partilha do trono do Universo. É o "Filho do homem", cujo nome será "Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz". Isa. 9:6. O EU SOU é o Árbitro entre Deus e a humanidade, pondo a mão sobre ambos. Aquele que é "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores" (Heb. 7:26), "não Se envergonha de nos chamar irmãos". Heb 2:11. Em Cristo se acham ligadas a família da Terra e a do Céu. Cristo glorificado é nosso irmão. O Céu Se acha abrigado na humanidade, e esta envolvida no seio do Infinito Amor. -- O Desejado de Todas as Nações, págs. 25-26.

Deus não poderia fazer pelo homem mais do que fez ao dar o Seu amado Filho, nem poderia fazer menos e ainda assim garantir a redenção do homem e manter a dignidade da lei divina. Ele derramou em nosso benefício todo o tesouro do Céu, pois ao dar o Seu Filho abriu para nós os portões dourados do Céu, fazendo um infinito dom àqueles que aceitarem o sacrifício e voltarem à obediência a Deus. Cristo veio ao nosso mundo com amor em Seu coração, tão amplo quanto a eternidade, propondo-Se fazer do homem o herdeiro de todas as Suas riquezas e glória. Neste ato Ele desvelou ao homem o caráter de Seu Pai, mostrando a cada ser humano que Deus pode ser justo e ainda assim justificador daquele que tem fé em Jesus. -- Conselhos sobre Educação, pág. 32.

Ao levar Satanás o homem a pecar, tinha esperanças de que a repugnância de Deus ao pecado O separaria para sempre do homem e quebraria o elo de ligação entre o Céu e a Terra. O abrir dos Céus em conexão com a voz de Deus dirigida a Seu Filho foi como um toque mortal para Satanás. Temeu que Deus estava agora mais disposto a unir o homem a Si mesmo e conferir-lhe poder para vencer suas artimanhas. E com este propósito Cristo veio das cortes reais para a Terra. Satanás estava bem ciente da posição honrosa que Cristo ocupava no Céu como Filho de Deus, o amado do Pai. Ao deixar o Céu e vir a este mundo como homem, isto o encheu de apreensão por sua segurança. Ele não podia compreender o mistério deste grande sacrifício em benefício do homem caído. -- No Deserto da Tentação, pág. 36.

O Senhor Deus do Céu reuniu todas as riquezas do Universo e as depôs para adquirir a pérola da humanidade perdida. O Pai entregou todos os Seus recursos divinos nas mãos de Cristo para que as mais ricas bênçãos do Céu pudessem ser vertidas sobre uma raça decaída. Deus não poderia expressar maior amor do que expressou ao dar Seu filho amado a este mundo. Esta dádiva foi dada ao homem para convencê-lo de que Deus não deixou de fazer coisa alguma do que podia fazer, de que nada é retido, mas todo o Céu foi vertido numa grandiosa dádiva. A atual e eterna felicidade do homem consiste em receber o amor de Deus e em guardar os mandamentos de Deus. Cristo é o nosso Redentor. Ele é o Verbo que Se fez carne, e habitou entre nós. É a fonte em que podemos ser lavados e purificados de toda impureza. É o dispendioso sacrifício que tem sido dado para a reconciliação do homem. O universo celestial, os mundos não caídos, o mundo caído e a confederação do mal não podem dizer que Deus poderia ter feito mais do que fez pela salvação do homem. Sua dádiva nunca poderá ser superada; nunca poderá Ele manifestar maior profundeza de amor. O Calvário constitui Sua obra culminante. A parte do homem é corresponder ao Seu grande amor, apropriando-se da grande salvação que a graça do Senhor possibilitou que o homem obtivesse. Devemos mostrar nosso apreço pela maravilhosa dádiva de Deus tornando-nos participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. Devemos manifestar nossa gratidão a Deus tornando-nos cooperadores de Jesus Cristo, representando Seu caráter para o mundo. ... O Senhor considera as pessoas como pérolas preciosas. ... -- Exaltai-O, MM 1992, pág. 233.

Mas não foi meramente para efetuar a redenção do homem que Cristo veio à Terra e aqui sofreu e morreu. Veio para "engrandecer a lei" e "torná-la gloriosa". Não somente para que os habitantes deste mundo pudessem considerar a lei como esta deveria ser considerada, mas para demonstrar a todos os mundos do Universo que a lei de Deus é imutável. Pudessem seus requisitos ser postos de lado, e o Filho de Deus não necessitaria então haver dado Sua vida para expiar a transgressão da mesma. A morte de Cristo prova ser ela imutável. E o sacrifício a que o amor infinito induziu o Pai e o Filho, a fim de que os pecadores pudessem ser salvos, demonstra ao Universo todo (e nada menos que este plano de expiação teria bastado para fazer) que a justiça e a misericórdia são o fundamento da lei e do governo de Deus. -- O Grande Conflito, pág. 503.

Deus deu em Sua Palavra prova decisiva de que punirá os transgressores de Sua lei. Os que se lisonjeiam de que Ele é muito misericordioso para exercer justiça contra o pecador, apenas têm de olhar para a cruz do Calvário. A morte do imaculado Filho de Deus testifica que "o salário do pecado é a morte", que toda violação da lei de Deus deve receber sua justa paga. Cristo, que não tinha pecado, Se fez pecado pelo homem. Arrostou a culpa da transgressão, sendo-Lhe ocultado o rosto do Pai, até se Lhe quebrantar o coração e desfazer a vida. Todo esse sacrifício foi feito a fim de os pecadores poderem ser remidos. De nenhum outro modo conseguiria o homem livrar-se da pena do pecado. E toda alma que se recusa a tornar-se participante da expiação provida a tal preço, deve levar em si própria a culpa e o castigo da transgressão. -- O Grande Conflito, págs. 539-540.

Temos de crer nas palavras de Deus justamente como Ele as pronunciou; temos de tomar a Cristo em Sua palavra, crer que Ele veio para representar o Pai, e que o Pai, como representado em Cristo é nosso amigo, e não deseja que pereçamos, pois do contrário nunca teria dado Seu Filho para morrer como sacrifício nosso. A cruz do Calvário é, a cada um de nós, um penhor eterno de que Deus quer que sejamos felizes, não só na vida futura, mas já nesta vida. Review and Herald, 8 de março de 1892. -- Nos Lugares Celestiais, pág. 45.

Requer a justiça que o homem seja esclarecido, e também requer que aquele que recusa andar na luz concedida pelo Céu, cuja doação custou a morte ao Filho de Deus, deve receber punição. É um princípio de justiça que a culpa do pecador seja proporcional ao conhecimento dado, mas não empregado, ou empregado de modo errado. Deus espera que os seres humanos andem na luz, para testificar diante de anjos e dos homens que eles reconhecem a Cristo como a grande propiciação pelo pecado, e que respeitam Seu sacrifício como sua maior bênção. Considerar com indiferença esse sacrifício é abusar das misericórdias do Pai. Devem os homens aceitar o sacrifício, reconhecendo a validade da oferta. ... -- Nos Lugares Celestiais, pág. 153.

[Deus] sofreu juntamente com Seu Filho. Na agonia do Getsêmani, na morte sobre o Calvário, o coração do infinito Amor pagou o preço de nossa redenção. ... Nada menos que o infinito sacrifício efetuado por Cristo em favor do homem caído, é que podia exprimir o amor do Pai pela humanidade perdida. ... O preço pago por nossa redenção, o infinito sacrifício de nosso Pai celestial em entregar Seu Filho para morrer por nós, deveria inspirar-nos idéias elevadas sobre o que nos podemos tornar por meio de Cristo. -- Maravilhosa Graça, pág. 186.

A juventude foi comprada por preço infinito, pelo próprio sangue do Filho de Deus. Considerai o sacrifício do Pai ao permitir que Seu Filho fizesse esse sacrifício. -- Mensagens aos Jovens, pág. 16.

Cristo representou o Pai perante o mundo, e representa perante Deus os escolhidos em quem restaurou a imagem moral de Deus. Eles são Sua herança. ... Nenhum sacerdote, nenhum religioso, pode revelar o Pai a qualquer filho ou filha de Adão. Os homens só têm um Advogado, um Intercessor, capaz de perdoar a transgressão. Não se dilatará nosso coração em reconhecimento Àquele que deu Jesus para ser a propiciação pelos nossos pecados? Pensai profundamente no amor que o Pai manifestou em nosso favor, o amor por Ele a nós expresso. Não podemos medir esse amor. Não há medida. Podemos apenas apontar ao Calvário, ao Cordeiro morto desde a fundação do mundo. É um sacrifício infinito. Poderemos nós compreender e medir o infinito? SDA Bible Commentary, vol. 7, págs. 913 e 914. -- Para Conhecê-Lo, pág. 73.

Oh, nosso sábio Pai fez o infinito sacrifício de Seu Filho unigênito! Deu-O ao nosso mundo para que este pudesse, mediante as misericordiosas providências tomadas, aceitar a Palavra - a verdade bíblica - e preparar-se para o grande acontecimento de Sua vinda. -- Para Conhecê-Lo, pág. 349.

Por símbolos e por promessas, Deus "anunciou primeiro o evangelho a Abraão". Gál. 3:8. E a fé do patriarca fixou-se no Redentor vindouro. Disse Cristo aos judeus: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o Meu dia, e viu-o, e alegrou-se". João 8:56. O carneiro oferecido em lugar de Isaque representava o Filho de Deus, que seria sacrificado em nosso lugar. Quando o homem foi condenado à morte pela transgressão da lei de Deus, o Pai, olhando para o Filho, disse ao pecador: "Vive, Eu achei um resgate".

Foi para impressionar o espírito de Abraão com a realidade do evangelho, bem como para lhe provar a fé, que Deus o mandou matar seu filho. A angústia que ele sofreu durante os dias tenebrosos daquela terrível prova, foi permitida para que compreendesse por sua própria experiência algo da grandeza do sacrifício feito pelo infinito Deus para a redenção do homem. Nenhuma outra prova poderia ter causado a Abraão tal tortura de alma, como fez a oferta de seu filho. Deus deu Seu Filho a uma morte de angústia e ignomínia. Aos anjos que testemunharam a humilhação e angústia de alma do Filho de Deus, não foi permitido intervirem, como no caso de Isaque. Não houve nenhuma voz a clamar: "Basta." A fim de salvar a raça decaída, o Rei da glória rendeu a vida. Que prova mais forte se pode dar da infinita compaixão e amor de Deus? "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Rom. 8:32. -- Patriarcas e Profetas, pág. 154.

Todavia, ninguém senão Deus poderia compreender quão grande era o sacrifício do pai, ao entregar seu filho à morte; Abraão não quis que ninguém, a não ser Deus, testemunhasse a cena da separação. -- Patriarcas e Profetas, pág. 152.

Isaque era um símbolo do Filho de Deus, oferecido em sacrifício pelos pecados do mundo. Deus queria gravar em Abraão o evangelho da salvação para o homem. A fim de isto fazer, e tomar essa verdade real para ele, bem como provar-lhe a fé, exigiu dele que matasse seu querido Isaque. Toda a dor e angústia sofridas por Abraão através daquela sombria e tremenda viagem, foi com o desígnio de gravar-lhe no entendimento o plano da redenção para o homem caído. Foi-lhe feito compreender, pela própria experiência, quão inexprimível era a abnegação do infinito Deus em dar Seu próprio Filho para morrer a fim de redimir o homem da inteira perdição. Nenhuma tortura mental poderia ser para Abraão igual àquela que sofrera ao obedecer à ordem divina de sacrificar seu filho.

Deus entregou Seu Filho a uma vida de humilhação, renúncia, pobreza, labor, injúria, e à angustiosa morte de cruz. Ali não houve, porém, nenhum anjo a levar a feliz mensagem: "Basta; não é preciso que morras, Meu bem-amado Filho." Havia legiões de anjos em dolorosa expectativa, na esperança de que, como no caso de Isaque, no derradeiro momento, Deus impediria essa vergonhosa morte. Não lhes seria, no entanto, permitido levar uma mensagem assim ao querido Filho de Deus. Prosseguiu a humilhação no tribunal e no caminho do Calvário. Foi escarnecido, ridicularizado, cuspiram nEle. Suportou as zombarias, os insultos, opróbrios dos que O aborreciam, até pender-Lhe a cabeça sobre a cruz e expirar.

Poderia Deus dar-nos prova maior de Seu amor do que em assim entregar Seu Filho para passar por tal cena de sofrimento? E como o dom de Deus ao homem foi um dom gratuito, Seu amor infinito, assim também Suas reivindicações sobre nossa confiança, nossa obediência, todo o nosso coração e as riquezas de nossas afeições são correspondentemente infinitos. Ele requer tudo quanto é ao homem possível dar. A submissão de nossa parte deve ser proporcional ao dom de Deus; importa que seja completa, sem faltar em coisa alguma. Somos todos devedores a Deus. Ele tem sobre nós direitos que não podemos satisfazer, a não ser entregando-nos em sacrifício inteiro e voluntário. Ele reclama pronta e voluntária obediência, e nada menos do que isto será aceito. Temos agora oportunidade de assegurar-nos a afeição e o favor de Deus. Esse ano talvez seja o último na vida de alguns que lêem isto. Haverá entre os jovens que lêem este apelo algum que prefira os prazeres do mundo à paz dada por Cristo ao sincero indagador e satisfeito cumpridor de Sua vontade? -- Testemunhos Seletos, Vol. 1, pág. 354.

No exemplo de Abraão nos é ensinado que coisa alguma que possuamos é demasiado preciosa para a darmos a Deus. ... Nosso Pai celeste entregou Seu amado Filho às agonias da crucifixão. Legiões de anjos testemunharam a humilhação e angústia de alma do Filho de Deus, mas não lhes foi permitido interporem-Se como no caso de Isaque. Nenhuma voz se ouviu a sustar o sacrifício. O querido Filho de Deus, o Redentor do mundo, foi insultado, escarnecido, ridicularizado e torturado, até que inclinou a cabeça na morte. Que prova maior nos pode dar o Infinito de Seu divino amor e piedade? "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes, O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Rom. 8:32. Special Testimonies, 1° de abril de 1875. -- Para Conhecê-lo, pág. 20.

Deus sempre tem provado Seu povo na fornalha da aflição, a fim de verificar se são firmes e leais, e purificá-los de toda injustiça. Depois de Abraão e seu filho haverem sofrido a mais rigorosa prova que era possível impor-lhes, Deus disse por meio do anjo a Abraão: "Agora sei que temes a Deus e não Me negaste o teu filho, o teu único." Gên. 22:12. Esse grande ato de fé faz com que o caráter de Abraão resplandeça com notável brilho. Exemplifica eloqüentemente sua perfeita confiança no Senhor, do qual nada reteve, nem mesmo o filho da promessa.

Coisa alguma há, demasiado preciosa para darmos a Jesus. Se Lhe devolvermos os talentos de meios que nos confiou à guarda, mais porá Ele em nossas mãos. Todo esforço que fizermos por Cristo será por Ele recompensado; e todo dever que cumprimos em Seu nome contribuirá para nossa própria felicidade. Deus entregou Seu bem-amado Filho às agonias da crucifixão, para que todo aquele que nEle crê se tornasse um por meio do nome de Jesus. Se Cristo fez tão grande sacrifício a fim de salvar os homens e levá-los à unidade uns com os outros, da mesma maneira que Ele Se achava unido a Seu Pai, que sacrifício é demasiado grande para Seus seguidores fazerem de modo a conservarem essa unidade? -- Testemunhos Seletos, Vol. 1, pág. 446.

Mas este grande sacrifício não foi feito para engendrar no coração do Pai o amor para com o homem, nem para dispô-Lo a salvá-lo. Não, não! "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. O Pai nos ama, não em virtude da grande propiciação; mas sim proveu a propiciação por isso que nos ama. Cristo foi o instrumento pelo qual Ele pôde entornar sobre um mundo caído o Seu infinito amor. "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo." II Cor. 5:19. Sofreu juntamente com Seu Filho. Na agonia do Getsêmani, na morte sobre o Calvário, o coração do infinito Amor pagou o preço de nossa redenção.

Disse Jesus: "Por isso, o Pai Me ama, porque dou a Minha vida para tornar a tomá-la." João 10:17. Isto é: Meu Pai tanto vos amou, que mais ainda Me ama a Mim por dar a Minha vida a fim de vos redimir. Tornando-Me vosso Substituto e Penhor, entregando Minha vida, tomando sobre Mim vossas fraquezas e transgressões, sou muito amado de Meu Pai; porque em virtude de Meu sacrifício Deus pode ser justo e, ao mesmo tempo, "justificador daquele que tem fé em Jesus". Rom. 3:26.

Ninguém senão o Filho de Deus poderia efetuar nossa redenção; pois unicamente Aquele que estivera no seio do Pai é que O podia revelar. Só Ele, que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia manifestá-lo. Nada menos que o infinito sacrifício efetuado por Cristo em favor do homem caído, é que podia exprimir o amor do Pai pela humanidade perdida.

"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. Ele O deu, não somente para que vivesse entre os homens, tomasse sobre Si os seus pecados, e morresse em sacrifício por eles; deu-O à raça caída. Cristo devia identificar-Se com os interesses e necessidades da humanidade. Ele, que era um com Deus, ligou-Se aos filhos dos homens por laços que nunca se romperão. Jesus "não Se envergonha de lhes chamar irmãos". Heb. 2:11. Ele é nosso sacrifício, nosso Advogado, nosso Irmão, apresentando nossa forma humana perante o trono do Pai, achando-Se, através dos séculos eternos, unido à raça que Ele - o Filho do homem - redimiu. E tudo isto para que o homem pudesse ser erguido da ruína e degradação do pecado, a fim de que refletisse o amor de Deus e participasse da alegria da santidade.

O preço pago por nossa redenção, o infinito sacrifício de nosso Pai celestial em entregar Seu Filho para morrer por nós, deveria inspirar-nos idéias elevadas sobre o que nos podemos tornar por meio de Cristo. Quando o inspirado apóstolo João contemplou a altura, a profundidade e a amplidão do amor do Pai para com a raça perdida, foi possuído de um espírito de adoração e reverência; e, não podendo encontrar linguagem apropriada para exprimir a grandeza e ternura desse amor, chamou para ele a atenção do mundo. "Vede quão grande caridade [amor] nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." I João 3:1. Em que grande valor é tido o homem! Pela transgressão tornam-se os filhos dos homens sujeitos a Satanás. Pela fé no sacrifício expiatório de Cristo, os filhos de Adão podem voltar a ser filhos de Deus. Assumindo a natureza humana, Cristo elevou a humanidade. Os homens caídos são colocados na posição em que, mediante a conexão com Cristo, podem na verdade tornar-se dignos do nome de "filhos de Deus". Caminho a Cristo, págs. 13-15.

Quando estudamos o caráter divino à luz da cruz, vemos a misericórdia, a compaixão e o perdão, misturados à eqüidade e à justiça. Vemos no trono Alguém tendo nas mãos, nos pés e no lado as marcas do sofrimento suportado para reconciliar o homem com Deus. Vemos um Pai, infinito, habitando na luz inacessível e todavia recebendo-nos para Si através dos méritos de Seu Filho. A nuvem de vingança que ameaçava apenas miséria e desespero, à luz da cruz refletida revela as palavras de Deus: Vive, pecador, vive! Penitente e crente alma, vive! Eu paguei o resgate!

Na contemplação de Cristo demoramo-nos na praia de um amor sem limites. Procuramos falar deste amor, e a linguagem falha. Consideramos Sua vida sobre a Terra, Seu sacrifício por nós, Sua obra no Céu como nosso Advogado e as mansões que Ele está preparando para os que O amam; e não podemos mais que exclamar: Ó altura e profundidade do amor de Cristo! "Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho em propiciação pelos nossos pecados." I João 4:10. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." I João 3:1. -- Atos dos Apóstolos, págs. 333-334.

...Para Paulo, a cruz era o único objeto de supremo interesse. Desde que fora detido em sua carreira de perseguição contra os seguidores do crucificado Nazareno, jamais cessara de se gloriar na cruz. Nesse tempo fora-lhe dada uma revelação do infinito amor de Deus, como revelado na morte de Cristo; e maravilhosa transformação tinha-se operado em sua vida, pondo em harmonia com o Céu todos os seus planos e propósitos. Desde esse momento tornara-se um novo homem em Cristo. Ele sabia por experiência pessoal que quando um pecador uma vez contempla o amor do Pai, como se vê no sacrifício de Seu Filho, e se rende à divina influência, tem lugar uma mudança de coração, e desde então Cristo é tudo em todos. -- Atos dos Apóstolos, pág. 245.

Enquanto João contemplava as cenas do Horebe, o Espírito dAquele que santificara o sétimo dia veio sobre ele. Contemplava o pecado de Adão transgredindo a lei divina e o terrível resultado dessa transgressão. O infinito amor de Deus, dando Seu Filho para remir a raça perdida, parecia demasiado grande para a língua exprimir. Ao apresentá-lo em sua epístola, convida a igreja e o mundo para considerá-lo. "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não O conheceu a Ele mesmo." I João 3:1. Era para João - um mistério que Deus houvesse dado Seu Filho para morrer pelo homem rebelde. E ele estava realmente perplexo em ver que o plano da salvação, delineado a tal preço pelo Céu, fosse recusado por aqueles para quem o sacrifício infinito fora feito. -- Santificação, pág. 74.

Ver-se-á que Aquele que é infinito em sabedoria não poderia idear plano algum para nos redimir, a não ser o sacrifício de Seu Filho. A compensação desse sacrifício é a alegria de povoar a Terra com seres resgatados, santos, felizes e imortais. O resultado do conflito do Salvador com os poderes das trevas, é alegria para os remidos, redundando para a glória de Deus por toda a eternidade. E tal é o valor de cada alma que o Pai está satisfeito com o preço pago; e o próprio Cristo, contemplando os frutos de Seu grande sacrifício, exulta, também. -- O Grande Conflito, pág. 652.

Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito são agora esclarecidas. A justiça de Deus acha-se plenamente justificada. Perante o Universo foi apresentado claramente o grande sacrifício feito pelo Pai e o Filho em prol do homem. É chegada a hora em que Cristo ocupa a Sua devida posição, sendo glorificado acima dos principados e potestades, e sobre todo o nome que se nomeia. -- História da Redenção, pág. 427.

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