Dilema: Foram literais os seis dias criação, ou posso ser um evolucionista cristão?

sixdaysO texto abaixo foi extraído do livro The First Six Days: Confronting the God-Plus-Evolution Myth (Os Seis Primeiros Dias: Confrontando o Mito de Deus-e-Evolução) de Douglas Hamp. Um excelente livro para os cristãos renascidos em Cristo que necessitam ter argumentos e conhecimento Bíblico a fim de enfrentarem de frente um dos maiores engodos perpetrados por Satanás disfarçado de ciência em nosso meio, que é a Teoria da Evolução de Charles Darwin.

Tenho lido em e-mails e ouvido de alguns irmãos que Charles Darwin teria visto seu erro e aceitado Deus antes de morrer e isso é uma mentira. Verão abaixo uma publicação póstuma do próprio Darwin que ele queria até o final da vida destruir o cristianismo.

Clique neste link para ler todo o livro:

http://www.douglashamp.com/the-first-six-days/

Traduzi o 3º Capítulo do livro para terem alguma ferramenta para poder orientar os irmãos que muitas vezes se encontram desarmados contra as mentiras e seduções dessa pseudociência que nos cerca querendo ser a dona da verdade, e que tenta, a todo custo, nos distanciar da Verdade, que é a Palavra do Senhor YHWH. Façam bom proveito.

O “FATO” DA EVOLUÇÃO

Um grande número de experientes cientistas fora da biologia e paleontologia evolucionistas, infelizmente chegaram à conclusão de que os fósseis encontrados vão muito além do que se diz no modelo darwiniano. Isso provavelmente vêm de uma simplificação exagerada e inevitável de fontes secundárias: livros não científicos, artigos semipopulares e por aí vai. Existe também a probabilidade de um desejo de pensamento envolvido. Nos anos depois de Darwin, seus seguidores esperavam encontrar progressões previstas. Em geral, elas ainda não foram encontradas, mas o otimismo continua grande, e sobra então a pura fantasia escrita nos livros […] (David Raup 1981: 832, professor de Geologia, Universidade de Chicago, Chigado Field Museum).

A primeira razão pela qual existem muitas perguntas sobre o tempo dos dias da criação em Gênesis é devido à maioria das pessoas acreditarem que a evolução é um fato, e desde que ela é um fato, então uma leitura literal de Gênesis não pode ser validada. Alguns foram tão longe que sugerem que os antigos israelitas eras pessoas simplistas e meramente ignorantes da verdadeira ciência, o que é precisamente o que o Dr. William Keen fez em 1922 em seu livro intitulado I Believe in God and Evolution (Eu Acredito em Deus e na Evolução). O livro de Keen pode parecer um pouco antigo, mas a atitude que ele abraçava não mudou. De fato, podemos afirmar que ela se tornou ainda maior hoje.

Completamente convencido de que a evolução estava estabelecida como um fato, Keen afirmava: “Uma dificuldade fundamental entre os ‘fundamentalistas’ é que eles erram em reconhecer o fato de que os ‘filhos de Israel’ … viviam na infância intelectual da raça humana” (Keen 1922: 7). E então ele continua com sua versão tendenciosa e incorreta da história antiga ao afirmar: “… suas mentes funcionavam de modo poético, sua literatura era permeada pelo imaginário, metáforas e parábolas. Anciãos, pastores e profetas entregavam isso às pessoas. Não existia nenhum cientista” (Keen 1922: 8).

Nenhuma das observações de Keen eram baseadas em fatos históricos. Infelizmente, sua crença na evolução o cegou para o entendimento da história, apesar de sua perspectiva ser consistente com o modelo evolucionário. Simplesmente falando, o modelo evolucionário propõe que as formas de vida continuam a ficar cada vez mais complexas e dessa forma também cresce a sofisticação e entendimento do homem sobre o mundo. Devido a humanidade ser mais avançada tecnologicamente nos dias de hoje, e mesmo tendo mais dados para podermos trabalhar, o homem antigo não era, de maneira nenhuma, mais primitivo, nem mesmo estava na “infância intelectual da raça humana.”

Nos tempos de antes de Abraão (aproximadamente 2000 AC), vimos grandes aplicações dos princípios científicos baseados na matemática, geometria, física e etc. As civilizações antigas daquele tempo (os sumérios, babilônicos, acadianos e egípcios) foram os que inventaram a escrita, um conceito extremamente complexo para mentes fracas. Essas civilizações foram as primeiras a desenvolver fórmulas matemáticas. Foram até mesmo os babilônicos que antecederam o filósofo grego Pitágoras com sua famosa descoberta conhecida como o Teorema de Pitágoras por aproximadamente 1300 anos antes (O’Connor e Robertson 2000b). Esse povos antigos construíram enormes pirâmides e zigurates, que até mesmo hoje desafiam nosso melhores engenheiros, e fizeram isso sem a ajuda de maquinaria motorizada. Eles plotavam o curso das estrelas com incrível precisão e desenvolviam calendários extremamente corretos. Eles escreviam músicas e as tocavam para entretenimento, mantinham documentos intocados que sobreviveram até os dias de hoje, e tinham até mesmo um sistema postal. Essas culturas supostamente primitivas as quais se refere Keen, codificaram extensas leis, nas quais muitos países e estudantes de direito ainda devem estudar hoje.

Keen também está errado em afirmar que não existiam cientistas. Consideremos algumas evidências que nos mostram que o homem antigo era, na verdade, bem avançado e, dessa maneira, nenhum pouco primitivo como sugere Keen. Se os homens não eram mentalmente primitivos, então eles eram fielmente e certamente capazes de entender a história de criação dada a eles por Deus.

O que é a Ciência?

Collins English Dictionary define ciência como: “o estudo sistemático da natureza e comportamento do universo material e físico, baseado na observação, experimento, medida e a formulação de leis que descrevam esses fatos em termos gerais.” Essa descrição certamente se aplica ao que conhecemos como ciência hoje. Mas a palavra ciência vem do latim e significa simplesmente conhecimento. Esse significado se reflete na definição do Dicionário Webster de 1828: “De modo geral, conhecimento, ou certo conhecimento; a compreensão ou entendimento da verdade ou fatos pela mente.” A Bíblia contem muitas observações astutas sobre a natureza que demonstram que os autores eram bons observadores do mundo que os rodeava e chegavam a conclusões sobre esse mundo.

No livro de Jó, encontramos uma frase que afirma algo que não era universalmente aceito no mundo antigo. Enquanto os países que rodeavam Israel acreditavam que o mundo estava flutuando na água ou apoiado sobre o corpo de um deus morto ou vivo, a Bíblia descreve a terra suspensa no espaço vazio: “Ele estende o norte sobre o vazio; suspende a terra sobre o nada.” (Jó 26:7).

Eclesiastes 1 versos 6 e 7, apesar de escritos por Salomão, fazem sábias observações sobre a circulação da atmosfera e o ciclo da água: “O vento vai para o sul, e faz o seu giro vai para o norte; volve-se e revolve-se na sua carreira, e retoma os seus circuitos. Todos os ribeiros vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios corre, para ali continuam a correr.”

Essas passagens são de grande importância, pois até hoje elas nos passam um conhecimento que é comum até os dias de hoje, além de demonstrarem um extraordinário entendimento do mundo, e tudo sem os benefícios de instrumentos de medidas de alta tecnologia. E o mais importante, essas são provas de que Deus inspirou essas palavras na Bíblia; e pelo menos elas demonstram a boa ciência conhecida pelo homem. Consideremos outro exemplo: “As aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas dos mares.” (Salmos 8:8).

O fato de “os mares serem sistemas circulantes com uma interação entre o vento e a água” não era conhecido até 1800, e ainda assim a Bíblia contém essa verdade quase que três mil anos antes da ciência moderna. Em essência, William Keen e aqueles que hoje afirmam que a Bíblia é apenas uma coleção de mitos e por isso não devemos entende-la de maneira literal, mas ao invés disso devemos interpretar a Bíblia de acordo com a ciência moderna, têm cometido um grave erro. A Bíblia é confiável e científica. Certamente, se ela é inspirada por Deus, logo, ela deve estar correta. No entanto, se ela tiver apenas sido inspirada pelos homens, estão esses homens eram cientistas de alto nível daqueles dias. A tese do Dr. Keen certamente não é única. De fato, parece que o número de indivíduos que afirmam que “eu creio em Deus e na Evolução” só cresce a cada dia, mesmo sob a autoridade e exatidão da Bíblia.

Domingo da Evolução

Em 12 de Fevereiro de 2006, centenas de igrejas ao redor dos EUA assistiram o Domingo da Evolução (Evolution Sunday), uma celebração do 197º aniiversário de Charles Darwin, para dar suporte ao ensinamento da evolução em escolas públicas. O Domingo da Evolução foi o ápice de aproximadamente 2 anos de obtenção de assinaturas de quase dez mil clérigos das maiores igrejas que acreditam que a evolução é um fato estabelecido. “Na Igreja Episcopal de St. Dunstan, Atlanta, a Reverenda Patricia Templeton disse a 85 adoradores […] ‘Uma fé que requer que você feche sua mente para crer, não é uma fé’” (New York Times, 13 de Fevereiro de 2006). Um pároco dessa igreja fez um comentário parecido: “Observação, hipótese e teste, isso é que é ciência e não religião. A Evolução é um fato. Não é uma teoria. Um exemplo são os antibióticos. Se nós não usarmos antibióticos da maneira correta, as bactérias se tornarão resistentes. Isso é evolução, e a evolução é um fato.”

Infelizmente a Rev. Patricia Templeton e seus seguidores não entenderam nem a ciência e nem a Bíblia. Ela está errada ao acreditar que os ensinamentos da Bíblia pedem que fechemos nossas mentes. Na verdade a Bíblia nos fornece o paradigma correto com o qual podemos entender o mundo. Ela nos diz porque as pessoas se comportam de maneira tão egocêntrica e pecaminosa, o porquê da existência das doenças e da morte, e porque nós vemos as marcas de um cataclismo global conhecido como dilúvio. E verdadeira evidência científica, como veremos, está de acordo com a Bíblia.

O pároco que fez a citação acima também está errado, uma vez que lhe falta um entendimento básico da diferença entre macro e Seleção Natural. Seleção Natural, especificação e adaptação são abraçados por essencialmente todos os que creem na Bíblia. O pároco se referiu meramente a um exemplo de como os organismos se adaptam ao seu meio, um fato que é reconhecido por todos. Notem que Darwin estava certo em observar a mudança nos bicos dos tentilhões. Isso, no entanto, foi tudo o que ele observou. Os outros aspectos do seu modelo são especulações e não são baseados em “observação, hipótese e teste”, os requerimentos essenciais que as pessoas dizem não ter na Bíblia.

A evolução das moléculas até o homem, é a mesma coisa de dizer que uma coisa de um tipo se transforma na outra (réptil para um pássaro por exemplo), permanece nada mais do que um paradigma que nunca foi observado e não pode ser provado de maneira nenhuma, mesmo depois de tantos anos de tentativas. Isso não é um fato estabelecido. O próprio Darwin até mesmo escreveu numa carta para Asa Gray, um professor de biologia de Harvard: “Estou plenamente consciente de que minhas especulações vão muito além dos limites da verdadeira ciência.” Darwin não era o único “darwinista” a reconhecer esse ponto. L. H. Matthews escreveu na introdução para A Origem das Espécies de Darwin (edição de 1971): “O fato da evolução é a espinha dorsal da biologia e a biologia está numa posição peculiar, pois ela é umaciência fundada em cima de teorias sem provas. Será então que ela é uma ciência ou fé?Acreditar na teoria da evolução é, então, paralelamente acreditar em uma criação especial.Ambas são conceitos nos quais os crentes conhecem como verdade, mas nenhuma delas, até o momento, pôde ser provada.”

Matthews não é o único a sugerir tal sentimento devido à falta de evidências que dariam suporte ao modelo evolucionário. Um famoso evolucionista chamado Stephen J. Gould de Harvard disse: “As árvores da evolução que adornam nossos livros texto, só possuem dados em seus topos e nos nós de seus galhos; o resto é especulação, mesmo que racional, e não evidências fósseis.” (1990: 13). David M. Raup, paleontologista da Universidade de Chicago e curador Reitor de Ciências do Chicago Field Museum of Natural History, também disse: “As evidências que encontramos nos gravados geológicos não são nem de perto compatíveis com a seleção natural de Darwin como gostaríamos que fosse. Darwin sabia disso. Ele se embaraçava com os achados fósseis, pois eles não eram da maneira como ele previa que seriam […]. Bem, agora já estamos 120 anos a frente de Darwin, e o conhecimento dos achados fósseis já cresceu e muito. Até agora já temos 250 mil espécies de fósseis, mas a situação não mudou muito. […] Ironicamente, temos até mesmo menos exemplos de transição evolutiva do que na época de Darwin. Quero dizer com isso que alguns dos clássicos casos de mudanças darwinianas nos achados fósseis, tais como a evolução do cavalo na América do Norte, tiveram que ser descartados ou modificados devido aos resultados de mais informação (Raup 1979: 22-29).

O Projeto da Carta ao Clero

O Projeto de Carta ao Clero do qual veio a ideia do Domingo da Evolução, veio devido a um problema que se seguiu depois de uma afirmação (Uma Carta Aberta Sobre Religião e Ciência) que tristemente diz que o cerne e a passagens fundacionais de Gênesis nada mais são do que histórias com uma mensagem espiritual e não foram eventos reais. Segue abaixo uma cópia da carta:

“Dentro da comunidade de crentes cristãos, existem áreas de disputa e desentendimento, incluindo a maneira apropriada de se interpretar as Escrituras. Enquanto virtualmente todos os cristãos têm a Bíblia de maneira séria e a tem como autoridade em matéria de fé e prática, a grande maioria não lê a Bíblia de maneira literal, como fariam com um livro texto de ciências. Muitas das grandes histórias encontradas na Bíblia: a Criação, Adão e Eva, Noé e a arca, nos mostram eternas verdades sobre Deus, os seres humanos e a própria relação entre o Criador e a criação, expressadas da única forma capaz de transmitir essas verdades de uma geração a outra. A verdade religiosa é de ordem diferente da verdade científica. Seu propósito não é a de fornecer informações, mas a de transformar corações.

Nós que assinamos abaixo, o clérigo cristão de muitas tradições diferentes, acreditamos que as eternas verdades da Bíblia e as descobertas da ciência moderna podem coexistir tranquilamente. Acreditamos que a teoria da evolução é uma verdade científica fundacional, que foi posta a escrutinização rigorosa e sob a qual se apoia a maior parte do conhecimento humano. Rejeitar essa verdade ou trata-la como “mais uma teoria dentre outras”, é abraçar deliberadamente a ignorância e transmitir essa ignorância aos nossos filhos. Acreditamos que dentre os dons de Deus estão as mentes capazes de pensamento crítico e que a falha em aplicar completamente esse dom é uma rejeição ao desejo de nosso Criador. Dizer que o plano amoroso de salvação de Deus para com a humanidade exclui a completa aplicação do faculdade dada por Deus de raciocinar é tentar limitar Deus, uma ato de orgulho. Clamamos aos membros da diretoria das escolas a preservar a integridade do currículo científico ao afirmarmos que a teoria da evolução é um componente do cerne do conhecimento humano. Pedimos que a ciência continue sendo ciência e que a religião continue sendo religião, duas formas muito diferentes, mas complementárias da verdade.”

Que tipos de Verdades são aos Promessas da Bíblia?

Sendo ou não a verdade religiosa diferente da verdade científica é irrelevante; se algo é verdadeiro, então não importa em que categoria ele se encaixe. Os eventos como são descritos na Bíblia são verdadeiros ou não; não existe meio termo.

As afirmações de que eles são liberais por serem histórias espirituais ou alegorias são, de fato, a própria base da Bíblia. Por exemplo: se o dilúvio não aconteceu como está em Gênesis, então a promessa dada por Deus “Como jurei que as águas de Noé não inundariam mais a terra…” (Isaías 54:9) através do profeta Isaías é inútil. Se Deus baseia sua promessa num evento que não aconteceu, então que garantia levaria Israel de que algum dia Deus não mais esconderia Sua face, mas os salvaria?

Por um breve momento te deixei, mas com grande compaixão te recolherei; num ímpeto de indignação escondi de ti por um momento o meu rosto; mas com benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o Senhor, o teu Redentor. Porque isso será para mim como as águas de Noé; como jurei que as águas de Noé não inundariam mais a terra, assim também jurei que não me irarei mais contra ti, nem te repreenderei. Pois as montanhas se retirarão, e os outeiros serão removidos; porém a minha benignidade não se apartará de ti, nem será removido ao pacto da minha paz, diz o Senhor, que se compadece de ti.” (Isaías 54:7-10)

Deus está comparando o julgamento da terra pelo dilúvio com o julgamento sobre Israel. Aqui Ele promete que assim como as águas não cobrirão mais a terra, que é a mesma coisa que dizer que o julgamento não acontecerá de novo, assim também é a promessa de que não haverá julgamento sobre Israel. Se a história do dilúvio é apenas um antigo conto para nos ensinar sobre Deus, o que faremos com a promessa que Ele fez a Israel? Se não tiver existido um dilúvio de verdade, também não iria recair sobre eles um julgamento? Sabemos claramente tanto da história bíblica quanto da secular que isso não é verdade; Israel com certeza fora julgada como veremos na narrativa de Daniel, Jeremias e Crônicas. Mais tarde, no capítulo 11, veremos algumas evidências no mundo sobre o dilúvio.

Ainda mais, se categorizarmos a narrativa da criação, Adão e Eva, Noé e o Dilúvio como sendo meramente figurativos e histórias não literais que contém verdades, e negarmos de que eles são fatos no que dizem sobre cosmologia, história e geologia, então o que faremos com a promessa de redenção dada a nós sobre a atual condição pecaminosa do homem? Seria Jesus o cumprimento dessa promessa? Será que realmente alguma promessa fora feita? E se essa promessa tivesse sido feita, então para quem ela foi feita senão para os verdadeiros e históricos Adão e Eva? Gleason Archer descreve bem a importância da Bíblia como sendo verdadeira e correta em todas as áreas que ela toca: “Se os registros bíblicos podem ser provados como falíveis nas áreas dos fatos que podem ser verificados, então é difícil confiarmos nas áreas onde eles não podem ser testados” (Archer 1982: 23).

Darwin não queria a ajuda de Deus

Não devemos usar a observação que o homem faz da natureza para interpretar a Bíblia. O homem vê coisas de maneiras diferentes a cada dia e de um modo que se encaixa melhor em seus interesses. Os dados sobre a origem do universo estão aí, mas agora como vamos interpretar esses dados é que é o verdadeiro teste. Depois de termos visto as confirmações históricas e arqueológicas das Escrituras, deveríamos então deixar que as Escrituras fossem o ponto de início de nossa visão do mundo. Não devíamos deixar que as interpretações que o homem faz da natureza sejam usadas para interpretar a Bíblia.

Aceitar as várias facetas do modelo evolucionário como fatos é a única razão para dizer que os dias da criação significam bilhões de anos. Ironicamente, a evolução darwiniana é diametralmente oposta à quaisquer tipos de ajuda de Deus. Ela tenta nos dar um mecanismo plausível de como nós estamos aqui sem qualquer primeira causa, nem como Deus poderia ter feito tudo! Parece não haver lugar para uma intervenção divina no mundo de Darwin. O especialista em Darwin, Neal Gillespie escreveu: “Darwin claramente rejeitava o cristianismo e virtualmente todos os argumentos convencionais em defesa da existência de Deus e da imortalidade humana” (Gillespie 1974: 141).

Ainda, Sir Arthur Keith escreveu na introdução para a sexta edição (1872) da Origem das Espécies Através da Seleção Natural de Charles Darwin: “[…] vemos que o objetivo de Darwin era o de substituir a crença de uma criação especial por uma crença na evolução e nisso ele conseguiu, como todo biólogo moderno irá admitir”. (Keith 1872: xvi-xvii).

O próprio Darwin, em Vida e Cartas de Charles Darwin publicou postumamente, descrevendo o processo pelo qual ele saiu de uma crença em Deus até remover Deus de seu mundo completamente:

“Então a descrença foi caindo sobre mim de maneira muito lenta, mas finalmente se completou. A velocidade era tão lenta que eu não sentia culpa, e nunca duvidei num só segundo de que minhas conclusões eram corretas. Na verdade dificilmente consigo ver como alguém pode convir que o Cristianismo seja verdade.” (Darwin 1896: 274-286)

Evidentemente, achar lugar para a evolução dentro de Gênesis é contrário ao que advogava Darwin. Se Darwin não acreditava da Evolução Teística, por que nós deveríamos? Antes de olharmos ao texto de Gênesis, primeiro precisamos considerar qual método devemos usar para interpretar esses dias da criação.

Fonte: http://efesios612.com/2013/10/15/o-fato-da-evolucao/

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