13 Perguntas que você precisa responder antes de crer na Trindade

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Por Paulo Freri

Nos últimos dias têm surgido inúmeros questionamentos quanto à autenticidade da doutrina da Trindade. Somos constantemente advertidos de que qualquer doutrina só tem algum valor, quando fundamentada na Bíblia. Tudo deve estar amparado na revelação bíblica.

Algumas perguntas surgiram quando da realização de um minucioso estudo da doutrina da trindade. Estudo este que teve como base a Bíblia e a história. Para aceitarmos esta doutrina, como sendo uma doutrina genuinamente bíblica, teremos que encontrar respostas às perguntas aqui apresentadas, caso contrário, tal doutrina se revelará anti-bíblica, devendo, portanto, ser rejeitada.

1. Se o Deus único apresentado na Bíblia é um grupo de três pessoas divinas (e não três deuses), é correto chamar cada um deles, individualmente, de Deus? Por exemplo: “Deus Pai”, “Deus Filho” e “Deus Espírito Santo”? Cada um deles é Deus, ou Deus é apenas o conjunto dos três? Se chamarmos cada um deles de Deus, como podemos sustentar que não são três deuses?

2. A Doutrina da Trindade afirma que o Espírito Santo é uma pessoa e é Deus, se isso é verdade, por que não encontramos na Bíblia uma única vez a expressão: “Deus Espírito” ou “Deus Espírito Santo”?

3. Se o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um, por que Cristo omitiu o “Deus Espírito Santo” nas seguintes passagens bíblicas?

“Não crês que Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo não as digo por Mim mesmo; mas o Pai, que permanece em Mim, faz as Suas obras.” João 14:10.

“A fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que Tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que Me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu me enviaste e os amaste, como também amaste a Mim.” João 17:21-23.

“Eu e o Pai somos um.” João 10:30.

4. Segundo a doutrina da trindade, o Espírito Santo é uma pessoa e é Deus. Se isso é verdade, como entender então Joel 2:28-29, onde afirma que Deus derramaria o Seu espírito sobre toda a carne?

“E acontecerá, depois, que derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o Meu Espírito naqueles dias.” Joel 2:28-29.

Nota: O dicionário Michaelis define “meu” como sendo pronome pessoal designativo de algo que pertence à pessoa que fala, ou que diz respeito a ela.

Diante do que diz o dicionário, o espírito que será derramado, pertence à Deus (o Pai), sendo parte dEle e não uma outra pessoa.

5. Se Cristo é o Deus eterno, como crêem os trinitarianos, Ele não poderia morrer. Então por que a Bíblia afirma taxativamente que Cristo morreu, e que Deus o Pai O ressuscitou?

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:8.

“Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que O ressuscitou dentre os mortos.” Gálatas 1:1.

6. Se Cristo é o próprio Deus eterno, por que o livro de Atos afirma que Cristo, além de ter sido ressuscitado por Deus, foi elevado a Príncipe e Salvador? Como Cristo poderia ser elevado a Príncipe se já era o próprio Deus?

“O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro. Deus com a Sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.” Atos 5:30 e 31.

7. Segundo crêem os trinitarianos, o Espírito Santo é uma pessoa e é Deus, com base nisto por que Cristo não menciona esta pessoa ao afirmar que nossa salvação está em conhecermos a Deus Pai e a Jesus Cristo a quem Ele enviou? O “Deus Espírito Santo” não tem participação em nossa salvação?

“Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho, para que o Filho Te glorifique a Ti, assim como Lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que Ele conceda a vida eterna a todos os que Lhe deste. E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:1-3.

8. Se Deus é uma unidade de três pessoas co-eternas, como afirmam os trinitarianos, por que o apóstolo João excluiu o “Deus Espírito Santo”, ao afirmar que nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo?

“O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho, Jesus Cristo.” I João 1:3.

9. Em quem devemos acreditar, na doutrina da trindade, a qual afirma que Deus é uma unidade de três pessoas co-eternas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou na Bíblia, que afirma existir somente um Deus, que é o Pai e um só Senhor, que é Jesus Cristo?

“Por que, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por Ele.” I Corintios 8:5-6.

Nota: O texto não diz que Deus é uma unidade de três pessoas co-eternas (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo), como afirmam os trinitarianos, mas que Deus é um só, o Pai, e que Jesus Cristo é o único Senhor.

“Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim.” Êxodo 20:1-3.

Nota: O texto acima não diz: “Nós somos o Senhor”, também não diz: “Não terás outros deuses diante de nós.”

O texto deixa evidente que Deus é um só, o Pai, e não uma unidade de três pessoas co-eternas.

O dicionário Michaelis define “Mim” como sendo a variação do pronome pessoal “Eu” (singular) e não “nós” (plural).

10. Se o Pai, o Filho e o Espírito Santo são membros de uma trindade estando conseqüentemente no mesmo nível hierárquico, por que Cristo disse que o Pai era maior do que Ele?

“Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.” João 14:28.

11. Se o Espírito Santo, conforme afirmam os trinitarianos, é a terceira pessoa da trindade, distinto do Pai e de Jesus Cristo, por que a Bíblia afirma que o Espírito Santo é o Espírito de Cristo enviado aos nossos corações?

“E, por que vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de Seu Filho, que clama: Aba, Pai.” Gálatas 4:6.

12. Se Deus é uma unidade de três pessoas co-eternas, como afirma a doutrina da trindade, por que então somente o Pai sabe o dia e a hora da segunda vinda de Cristo, e por que o “Deus Espírito Santo” nem sequer foi citado por Cristo no texto abaixo?

“Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.” Mateus 24:36.

Nota: Os trinitarianos alegam que Jesus declarou isso por que estava falando como homem. Contudo, no livro de Atos, encontramos o seguinte diálogo entre os discípulos e o Messias:

“Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade.” Atos 1:6-7.

Cristo proferiu estas palavras no Monte das Oliveiras, ao aproximar-se o momento de Sua ascensão. Portanto já havia sido morto e ressuscitado.

13. Segundo o livro de Apocalipse, os 144 mil terão em suas frontes dois nomes, o nome do Cordeiro e o nome de Seu Pai. Por que não terão o nome do Espírito Santo, já que segundo crêem os trinitarianos ele é Deus, em igualdade com o Pai e com o Filho?

“Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai.” Apocalipse 14:1.

Haverá apenas dois nomes nas frontes dos 144 mil:

O nome do Cordeiro, que é Jesus ou Yeshua (em hebraico);
O nome do Seu Pai, que é Jeová ou Yahweh (em hebraico).

25 comentários em “13 Perguntas que você precisa responder antes de crer na Trindade”

  1. O NOVO TESTAMENTO FORAM LIVROS ESCRITOS PELOS SANTOS PADRES COMO PLÁGIO DO VATICANO.
    PLAGIARAM AS VESTES SACERDOTAIS DE ISRAEL ( ÊXODO 28:1-29 )
    PLAGIARAM A SANTA UNÇÃO ( EXODO 30:32,33 )
    PLAGIARAM O INCENSO SANTO ( ÊXODO 30: 37,38 )
    E AINDA CRIARAM O NOVO TESTAMENTO COM ALTERAÇÕES COMO UMA DE SUAS OBRAS FILOSÓFICAS COM CITAÇÕES TIRADAS DO VELHO TESTAMENTO.

    Contradições Inexplicáveis

    Contradições Inexplicáveis – Parte 2 – Novo Testamento
    Existem várias passagens do novo testamento em que os escritores fazem um grande esforço de aplicar certas passagens do velho testamento. Há várias citações de trechos encontrados nos salmos, nos profetas e na Torah. O interessante é que nem mesmo assim existe uma coerência na escritura, nem em passagens que os escritores do novo testamento podiam confirmar a citação, conferindo nas cópias disponíveis do velho testamento, nem estes relatos escapam das contradições.
    Veja, por exemplo, o caso de 1ª Coríntios 10:8 onde o escritor bíblico cita um acontecimento registrado em Números 25:9. O relato de Números conta uma ocasião em que os israelitas começaram a adorar um Deus cananeu, deixando o Deus bíblico muito irado. Na sua fúria ele mata 24.000 pessoas. O escritor de 1ª Coríntios menciona este mesmo acontecimento, entretanto ele relata que o número de mortos foi 23.000. Afinal, o número dos mortos por Deus foi 23.000 ou 24.000? Como pôde o escritor de 1ª Coríntios cometer um erro histórico tão infantil?
    Outro exemplo se encontra em Marcos 2:23-28. Neste texto yeshua é questionado pelos fariseus devido ao fato de que seus discípulos, ao atravessar um campo de trigo, arrancaram alguns grãos e os comeram num sábado. yeshua cita uma passagem do velho testamento em 1ª Samuel 21:1-6 onde Davi e alguns de seus homens, fugindo da perseguição implacável do rei Saul, refugiam-se em Nobe. Ali o sumo sacerdote dá a eles os pães da preposição, que eram sagrados e só deviam ser comidos pelo sacerdote. yeshua cita essa passagem com o intuito de mostrar aos fariseus que em momentos de crise extrema, como no caso de Davi e seus homens que estavam famintos, em plena fuga, num momento de dificuldade, pode-se abrir algumas exceções na lei. Por isso yeshua encerra seu raciocínio com a frase: “o sábado foi feito para os homens, não os homens para o sábado”.
    Realmente uma grande citação, destacando que o ser humano é mais importante do que um ritual religioso. Ate aí tudo bem, mas o detalhe é que o escritor bíblico de Marcos, ao citar um acontecimento que já se encontrava na bíblia, no livro de 1ª Samuel, cita o nome do sumo sacerdote errado, isso mesmo, no evangelho de Marcos, yeshua chama-o de Abiatar, mas no livro de Samuel o sumo sacerdote chama-se Aimeleque. E não se trata de uma simples confusão de nomes e nem mesmo podemos dizer que o sumo sacerdote da época tinha dois nomes, pois na realidade Abiatar era filho de Aimeleque, fato conhecido pelos judeus da época. A linhagem sacerdotal era coisa séria para os judeus, tinham-se registros de todos os sumo sacerdotes e o mais impressionante nesta história é que o relato de Samuel fazia parte dos livros sagrados dos judeus. O escritor de Marcos podia facilmente consultar o registro, além disso, as histórias envolvendo o famoso rei Davi eram muito conhecidas entre os judeus. Portanto, como pôde o escritor de Marcos cometer esse grave erro histórico? Como explicar uma gafe histórica tão ridícula como esta?
    Existem alguns relatos na bíblia em que diferentes escritores contam o mesmo fato, o interessante é que em muitos destes relatos existem contradições impressionantes. Por exemplo, o escritor de Marcos diz que yeshua foi morto no 1º dia dos Pães não fermentados, quer dizer, depois do começo da páscoa (Marcos 14:12). Já o escritor do livro de João afirma categoricamente que yeshua morreu na preparação para a páscoa, quer dizer, antes do começo da páscoa (João 19:14).
    O relato de Lucas sobre o nascimento de yeshua diz que após seu nascimento, José e Maria regressaram a Nazaré um mês depois de terem ido a Belém e depois a Jerusalém, cumprindo os ritos da purificação (Lucas 2:21-39). Porém o livro de Mateus diz que, após o nascimento de yeshua, José e Maria fugiram para o Egito e ali ficaram até a morte de Herodes (Mateus 2:1-23).

    Outro erro esta em Mateus 23:8-10 onde yeshua diz que não é para chamar ninguém ser chamado de mestre (rabino) como na tradução original e no livro de joão 3: 8-10 yeshua chama Nicodemos de mestre dos yehudim quebrando assim o seu próprio ensinamento? E apos sua transfiguração a algo mais surpreendente yeshua separa uns como emissários e outros para navyim e outros para pregadores e outros para pastores
    (Morré {instrutor}) e outros para mestres (rabino em hebraico Rav ) Efesios 4:10-11

    No livro de Gálatas, o escritor se identificando como o próprio apóstolo Paulo, diz que depois de sua conversão no caminho para Damasco, ele não foi a Jerusalém encontrar-se com aqueles que eram apóstolos antes dele, primeiro foi para a Arábia, depois voltou para Damasco, e só depois de três anos é que finalmente ele foi a Jerusalém (Gálatas 1:16-18). Entretanto, o livro de Atos dos apóstolos diz claramente que a primeira coisa que Paulo fez ao deixar Damasco foi ir a Jerusalém (Atos 9:1-26).
    Em Mateus 8:5 diz que quando yeshua entrou em Cafarnaum, “veio a ele um oficial do exército, suplicando que yeshua curasse o servo dele”. Mas em Lucas 7:3 diz que este oficial do exército enviou anciãos dos judeus para lhe pedirem que curasse seu servo. Afinal, foi o oficial do exército que falou com yeshua, ou foram os anciãos dos judeus?

    No relato de Mateus 20:20, 21 lemos que se aproximou de yeshua a mãe dos filhos de Zebedeu, prestando-lhe homenagem e pedindo que seus filhos obtivessem a posição mais favorecida quando yehsua entrasse no seu reino. Já no relato de Marcos 10:35-37 lemos que Tiago e João, os dois filhos de Zebedeu, aproximaram-se de yehsua pedindo uma posição mais favorecida quando yeshua entrasse no seu reino. Qual relato está correto? Foi à mãe dos filhos de Zebedeu ou foram os próprios filhos que interrogaram yeshua?

    O livro de Lucas, ao descrever a transfiguração de yeshua, diz que este evento ocorreu oito dias depois de yeshua ter prometido aos seus discípulos que alguns deles não provariam a morte, até que primeiro vissem yeshua na kevod de seu reino, o que ocorreu na dita transfiguração (Lucas 9:27, 28). Só que os relatos paralelos do mesmo evento dizem que a transfiguração ocorreu seis dias depois das palavras de yeshua (Mateus 17:1; Marcos 9:2).

    Em Mateus 20:29-34 relata-se a cura de dois cegos feita por yeshua quando estava saindo da cidade de Jericó. Porém, em Marcos 10:46-52 diz que na realidade era apenas um cego, o escritor inclusive revela seu nome, Bartimeu (filho de Timeu). Já em Lucas 18:35-43 fala que yeshua curou este cego chegando em Jericó. E agora? Eram dois cegos ou apenas um? yeshua fez esta cura saindo ou chegando na cidade de Jericó?

    Em Mateus 21:17-19 yeshua amaldiçoa uma figueira depois que ele sai do templo e ela seca imediatamente depois de amaldiçoada. Mas no relato de Marcos 11:14-15,20 yeshua amaldiçoa a figueira antes de ter entrado no templo e ela seca um dia depois de yeshua tê-la amaldiçoado.

    Mateus 8:2-4 diz que yeshua cura um leproso. Na continuação do relato no versículo 14 yeshua entra na casa de Pedro e cura sua sogra. Portanto, segundo este relato yeshua curou o leproso antes de visitar a casa de Pedro e curar sua sogra. Entretanto, o relato de Marcos 1:29 diz claramente que yeshua visita a casa de Pedro primeiro, cura sua sogra e depois de sair ele cura o leproso conforme mostra os versículos 40-42. Assim, segundo o relato de Marcos yeshua curou o leproso depois de visitar a casa de Pedro.
    Podemos também observar que em Mateus 8;2-4 yeshua aceita ser adorado e no próprio livro de Mateus 4:10 ele deixa bem claro que só ao eterno adorarás.

    Mateus 21:2-7 nos fala que yeshua mandou dois discípulos levarem uma jumenta e um jumentinho para ele. Já o relato de Marcos 11:2-7 diz que yeshua mandou os dois discípulos levarem apenas um jumentinho e assim eles fizeram. Agora eu lhe pergunto: os dois discípulos levaram uma jumenta e um jumentinho ou apenas um jumentinho? Será que o escritor do livro de Marcos tinha alguma coisa contra a coitada da jumenta a ponto de nem mesmo citá-la em seu relato?

    Em Mateus 23:35 yeshua disse que Zacarias era filho de Baraquias. Mas em 2ª Crônicas 24:20-22 diz explicitamente que Zacarias era filho de Jeoiada. Afinal, quem era realmente o pai de Zacarias?

    Veja outra questão de difícil solução. A que hora yeshua foi morto? O evangelho considerado o mais antigo dos quatro que estão na Bíblia afirma: “Era a terceira hora, e pregaram-no numa estaca” (Marcos 15:25). Já aquele que se acredita ter sido o último evangelho escrito dos quatro, dá a seguinte informação: “E era a preparação da páscoa, cerca da sexta hora; e disse aos judeus: Eis aqui vosso rei. Eles porém clamaram…para a estaca com ele!” (João 19:14-15). Enquanto um evangelho diz que ele foi morto à terceira hora, equivalente às nove da manhã no nosso sistema, o outro diz que à sexta hora, três horas depois, isto é, ao meio-dia Pilatos ainda estava apresentando yeshua ao seu povo, que pedia a sua morte. Quem terá dito a verdade?

    Vamos analisar agora a questão do galo, isto mesmo, a questão de quantas vezes o galo cantou. Mateus informou que, após Pedro negar a yeshua por três vezes, “… imediatamente cantou o galo. Então Pedro se lembrou da palavra que yeshua lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes” (Mateus, 26: 74, 75). Marcos disse que, após Pedro negar a yeshua pela segunda vez, o galo cantou. E ao afirmar Pedro pela terceira vez que não conhecia yeshua, “… cantou o galo pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que yeshua lhe dissera: Antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes” (Marcos, 14: 68, 72). Afinal, o galo cantou uma vez depois de Pedro negar a yeshua três vezes ou duas vezes, uma após a segunda negação e outra após a terceira negação? Para complicar ainda mais a situação, o relato de João descreve uma terceira versão: “Ora, Simão Pedro estava parado e se aquecia. Disseram-lhe então: Não és tu também um dos seus discípulos? Ele o negou e disse: Não sou. Um dos escravos do sumo sacerdote, sendo parente do homem cuja orelha Pedro cortara, disse: Não te vi no jardim com ele? No entanto, Pedro negou-o novamente; e, imediatamente, cantou um galo” (João 18:25-27). Agora, Pedro nega a yeshua apenas duas vezes, para depois o galo cantar uma vez. Quem está dizendo a verdade?

    Vejamos mais um exemplo. Quais foram às últimas palavras de yeshua? Os evangelistas discordam também nesse pormenor. Mateus diz: “Cerca da hora nona, bradou yeshua em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, hashem meu, elohai meu, por que me desamparaste? Alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Ele chama por Elias. E logo correu um deles, tomou uma esponja, ensopou-a em vinagre e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber. Os outros, porém, disseram: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo. De novo bradou yeshua com grande voz, e entregou o espírito” (Mateus, 27:46-50). Já Lucas afirma: “yeshua, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou” (Lucas, 23: 46). Porém João relata: “Então yeshua, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito” (João, 19: 30). O relato de Mateus não informa com muita ênfase. “Eli, Eli, lama sabactani” não teriam sido necessariamente suas últimas palavras. “De novo bradou yeshua com grande voz” parece dizer que ele repetiu as palavras anteriores; mas até poderíamos admitir que bradar de novo poderia ser proferindo outras palavras. Todavia, Lucas e João apresentam especificamente suas palavras, mas não são as mesmas: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” são suas palavras finais segundo Lucas. Para João foram: “está consumado”.

    Outro relato confuso na bíblia trata da morte de Judas. O relato de Mateus diz: “Então Judas, que o traiu, vendo que tinha sido condenado, sentiu remorso e devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e anciãos, dizendo: Pequei quando traí sangue justo. Eles disseram: Que temos nós com isso? Isso é contigo! De modo que ele lançou as moedas de prata dentro do templo e retirou-se, e, tendo saído, enforcou-se. Mas os principais sacerdotes tomaram as moedas de prata e disseram: Não é lícito deitá-las no tesouro sagrado, porque são o preço de sangue. Depois de se consultarem entre si, compraram com elas o campo do oleiro, para enterrar os estranhos. Aquele campo veio por isso a ser chamado de ‘Campo de Sangue’, até o dia de hoje. Cumpriu-se assim aquilo que fora falado por intermédio de Jeremias, o profeta, que disse: E tomaram as trinta moedas de prata, o preço do homem com que foi avaliado, daquele a quem alguns dos filhos de Israel puseram um preço, e deram-nas pelo campo do oleiro, segundo o que o eterno me tinha ordenado” (Mateus 27:3-10).
    Fica claro que segundo Mateus, Judas lança as moedas no templo e sai para se esforçar. Os sacerdotes de posse deste dinheiro resolvem comprar um campo com ele e chamá-lo de campo do oleiro. Depois o texto diz que o fato de yeshua ser traído por trinta moedas de prata cumpriu uma profecia de Jeremias, entretanto, Jeremias nunca falou isso, nem algo semelhante a isso. isso esta escrito em Zacarias (11.12-13). Pois bem, agora veja o relato dos Atos dos Apóstolos: “Homens, irmãos, era necessário que se cumprisse a escritura, que o espírito santo predissera pela boca de Davi a respeito de Judas, que se tornou guia dos que prenderam a yeshua, porque tinha sido contado entre nós e obtivera uma parte neste ministério. (Este mesmo homem, portanto, comprou um campo com o salário da injustiça, e, jogando-se de cabeça para baixo, rebentou ruidosamente pelo meio e se derramaram todos os seus intestinos. Também todos os habitantes de Jerusalém ficaram sabendo disso, de modo que aquele campo foi chamado na língua deles Acéldama, isto é: Campo de Sangue) (Atos 1:16-19). Conforme pôde observar acima, o livro dos Atos dos Apóstolos traz uma versão totalmente diferente, Judas não lança mais o dinheiro no templo, pelo contrário, ele mesmo compra o tal terreno com as trinta moedas de prata e joga-se de cabeça neste local. Como conseqüência de sua queda seus intestinos saem para fora. Devido a esta tragédia o campo recebe o nome de Campo de Sangue.
    Agora, para aumentar ainda mais a confusão, arqueólogos encontraram em 1970 no deserto Egípcio de El Minya, um manuscrito encadernado em couro que foi copiado por volta do ano 300 depois de yeshua. Tal manuscrito circulou entre vendedores de antiguidades, até chegar à Europa e, depois, aos Estados Unidos, onde permaneceu no cofre de um banco de Long Island por 16 anos, até ser novamente comprado no ano 2000, pelo antiquário suíço Frieda Nussberger-Tchacos. Preocupado com sua possível deterioração, o antiquário entregou o manuscrito à fundação suíça Maecenas Foundation for Ancient Art em fevereiro de 2001, a fim de preservá-lo e traduzi-lo. Após a restauração do documento, o trabalho de análise e tradução foi confiado a uma equipe dirigida pelo professor Rudolf Kasser, aposentado pela Universidade de Genebra. O documento está mantido agora em um museu do Cairo. O evangelho já citado por Santo Irineu de Lyon, no século II descreve uma outra versão Completamente diferente. Ao contrário das versões de Mateus e dos Atos dos Apóstolos, o texto em questão indica que Judas era um iniciado que traiu yeshua a pedido dele próprio, e para a redenção da Humanidade. Segundo esse evangelho, Judas teria “sido perdoado por yeshua e orientado a se retirar para fazer exercícios espirituais no deserto”. Agora você decide quem esta falando a verdade?

    Outro exemplo de contradição se encontra nos relatos que descrevem as pessoas zombando de yeshua enquanto ele agoniza na estaca de tortura. O evangelho de Mateus narra desta forma: “Dois salteadores foram então com ele pregados em estacas, um à sua direita e outro à sua esquerda. Os que passavam começaram assim a falar dele de modo ultrajante, sacudindo a cabeça e dizendo: Ó tu, pretenso derrubador do templo e construtor dele em três dias, salva-te a ti mesmo! Se tu és filho de hashem, desce da estaca de tortura! Do mesmo modo também os principais sacerdotes, junto com os escribas e os anciãos, começaram a divertir-se às custas dele e a dizer: A outros ele salvou; a si mesmo não pode salvar! Ele é Rei de Israel; desça agora da estaca de tortura, e nós acreditaremos nele. Depositou a sua confiança em hashem; que Ele o socorra agora, se Ele o quiser, pois este disse: ‘Sou Filho de hashem.’ Do mesmo modo, até os salteadores, que com ele estavam pregados em estacas, começaram a vituperá-lo” (Mateus 27:38-44).
    Está muito claro não é mesmo? Dois ladrões foram também condenados à morte e estavam lá agonizando ao lado de yeshua. Todos que assistiam aquela cena começaram a zombar de yeshua, inclusive os dois ladrões que estavam sendo executados. Segundo o relato os dois começaram a vituperá-lo.
    O livro de Marcos traz um relato semelhante: “Além disso, junto com ele, pregaram também em estacas dois salteadores, um à sua direita e outro à sua esquerda…Vituperaram-no até mesmo os que com ele foram pregados em estacas” (Marcos 15:27-32). Vimos à confirmação de que os dois ladrões se juntaram aos demais zombando de yeshua.
    Mas o relato no livro de Lucas contradiz totalmente os outros relatos: “Mas, dois outros homens, malfeitores, também estavam sendo levados para serem executados com ele. E quando chegaram ao lugar chamado Caveira, pregaram-no numa estaca, e assim também os malfeitores, um à sua direita e outro à sua esquerda… Mas os governantes escarneciam, dizendo: A outros ele salvou; salve-se a si mesmo, se este é o mashia de hashem, o Escolhido. Até mesmo os soldados se divertiam às custas dele, chegando-se perto e oferecendo-lhe vinho acre, e dizendo: Se tu és o rei dos judeus, salva-te. Mas, um dos malfeitores pendurados começou a dizer-lhe de modo ultrajante: Não és tu o mashia? Salva-te a ti mesmo e a nós. Em resposta, o outro o censurou e disse: Não temes absolutamente a hahsme, agora que estás no mesmo juízo? E nós, deveras, com justiça, pois estamos recebendo plenamente o que merecemos pelas coisas que fizemos; mas este [homem] não fez nada fora de ordem. E ele prosseguiu a dizer: yeshua, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. E ele lhe disse: Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso”(Lucas 23:32-43).
    O escritor do livro de Lucas resolveu desmentir os outros dois relatos deixando claro que apenas um dos ladrões zombou de yeshua. E disse mais, segundo ele o outro ladrão censurou aquele que zombava defendendo yeshua de maneira enfática e depois ainda pediu que yeshua se lembrasse dele. Se este ladrão teve este ato tão nobre, demonstrando arrependimento pela maneira em que viveu sua vida e uma fé tão grande em yeshua, porque os outros dois relatos nada dizem a esse respeito, e pior, denigrem a imagem deste ladrão arrependido, dizendo que ele simplesmente se juntou ao outro ladrão zombando e vituperando yeshua. Em qual das duas versões devo acreditar?
    E digno de nota que o evangelho de João resolve não entrar nesta polêmica, ele faz menção dos ladrões, mas segundo o relato eles nem zombam e nem defendem yeshua, entram mudos e morrem calados: “…e ali o pregaram numa estaca, e, junto com ele, mais dois [homens], um deste lado e um daquele, mas yeshua no meio… Os soldados vieram, portanto, e quebraram as pernas do primeiro [homem] e as do outro [homem] que com ele tinham sido pregados em estacas. Mas, ao chegarem a yeshua, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas”(João 19:18-33).
    A própria bíblia diz que para um relato ser considerado verdadeiro, deve ser confirmado pela boca de duas ou três testemunhas (Deuteronômio 19:15; Mateus 18:16; João 8:17; 2ªCoríntios 13:1; 1ªTimóteo 5:19; Hebreus 10:28). Obviamente tais testemunhos têm de ser coerentes, sem contradições ou divergências.
    Imagine você tentando investigar um acontecimento interrogando as testemunhas. Suponha que cada uma conte uma versão diferente, uma contradizendo a outra, a que conclusão você chegaria? Com certeza a versão que corresponde à verdade é só uma, ou pior, todos podem estar mentindo.
    Muitos tentam justificar tais contradições dizendo que os relatos se complementam, quer dizer, um dá detalhes que o outro não deu e assim juntando todos eles, passamos a ter um quadro mais nítido do que realmente aconteceu.
    Raciocínio interessante se os relatos realmente se complementassem, mais não é isso que observamos. Relatos para serem complementares não podem se contradizer. Uma coisa são relatos que se complementam e outra muito diferente são relatos que se contradizem.
    Por exemplo, suponhamos que um colega lhe relate um acontecimento. Ele lhe diz que viu um homem que desceu de uma moto as 9:00 horas da manhã, entrou numa joalheria e a assaltou apenas com uma faca. Daí chega outro colega e relata outros detalhes que complementam o relato do primeiro. Ele diz que o homem era alto e gordo, usava uma jaqueta de couro, sua moto era vermelha e a faca que ele usava era bem grande. Como vimos, um relato não contradisse o outro, ele apenas complementou dando mais detalhes que talvez o outro por distração ou por não ser tão observador não percebeu.
    Agora veja o mesmo exemplo, só que agora os dois relatos não vão se complementar, vão se contradizer. Um colega lhe diz que viu um homem alto e gordo usando uma jaqueta de couro descer de uma moto vermelha as 9:00 da manhã, entrar numa joalheria e a assaltar apenas com uma faca. Daí chega outro e relata que na realidade eram dois homens e eles eram magros e baixos, os dois usavam blusas de lã e desceram de uma moto azul as 7:00 horas da noite, entraram na joalheria e a assaltaram com dois rifles. Observamos que nesse segundo exemplo os relatos não foram complementares, muito pelo contrário, eles foram contraditórios.
    Os relatos bíblicos apresentados aqui estão muito longe de serem complementares como afirmam certos religiosos. Na verdade esta é mais uma tentativa deles de dar algum sentido a sua fé. Eles não estão dispostos a enxergar a realidade. Eles precisam defender a bíblia a qualquer custo, mesmo que isso vá contra todas as evidências.

  2. YESHUA É A TORÁ VIVA

    É significativo o texto que abre as boas novas de Yohanam (João):

    “No princípio, era a Palavra, e a Palavra estava com Elohim, e a Palavra era Elohim.” (Yohanam/João 1:1).

    A chave deste verso está em identificar o que significa “a Palavra”. Como bons bereanos, vamos procurar a definição do vocábulo no Tanach (Primeiras Escrituras):

    “Quando atravessarem o Yarden [Jordão], em direção à terra que YHWH, seu Elohim, dá a vocês, levantem duas pedras grandes, cubram-nas com cal e, depois da travessia, nelas escrevam esta Torá, cada palavra…” (Devarim/Deuteronômio 27:2-3).

    Para os israelitas, a Torá é a “Palavra” do ETERNO, uma vez que a Lei não foi fruto da invenção humana, mas adveio da revelação do Criador a Moshé (Moisés) por meio das palavras que lhe foram ditas. Fácil entender esta questão: atualmente os evangélicos chamam a Bíblia de “a Palavra”; ora, no Israel antigo, a Torá era a única Bíblia da época, logo, era chamada a Torá de “a Palavra”. Em Tehilim/Salmos 119, há uma associação direta entre “a palavra” e “a Torá”:

    “Para sempre, ó YHWH, a tua palavra permanece no céu.
    A tua fidelidade dura de geração em geração; tu firmaste a terra, e ela permanece firme.
    Eles continuam até ao dia de hoje, segundo as tuas ordenações; porque todos são teus servos.
    Se a tua Torá não fora toda a minha recreação, há muito que pereceria na minha aflição.” (Tehilim/Salmos 119:89-92).

    Quem conhece poesia hebraica percebe que o Salmista usou um paralelismo de ideias, em que “tua palavra” (verso 89) é sinônimo de “tua Torá” (verso 92). Este recurso linguístico é novamente usado mais adiante:

    “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
    Jurei, e o cumprirei, que guardarei os teus justos juízos.
    Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó YHWH, segundo a tua palavra.
    Aceita, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, ó YHWH; ensina-me os teus juízos.
    A minha alma está de contínuo nas minhas mãos; todavia não me esqueço da tua Torá.” (Tehilim/Salmos 119:105-109).

    Conclusão: à luz do Tanach, “Torá” é sinônimo de “Palavra”. Já que Yohanam (João) tinha este conceito em mente, assim podem ser traduzidas suas escrituras:

    “No princípio, era a Palavra [a Torá], e a Palavra [a Torá] estava com Elohim, e a Palavra [Torá] era Elohim…
    E a Palavra [a Torá] se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai” (Yohanam/João 1: 1 e 14).

    “A Palavra [a Torá] da Vida existia desde o princípio. Nós o ouvimos, nós o vimos com nossos olhos, nós o contemplamos, e tocamos nele com nossas mãos! A vida apareceu, e nós a vimos. Testemunhamos dela e a anunciamos a vocês, a vida eterna! Ele estava com o Pai e apareceu para nós.” (Yohanam Álef/1 João 1: 1-2).

    Que linda mensagem de Yohanam: Yeshua é a Torá que se fez carne e habitou entre nós! Yeshua é a Torá Viva!

    Em Guilyana (Apocalipse), Yohanam repete tal concepção:

    “ [Yeshua] Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é ‘A PALAVRA [A TORÁ] DE ELOHIM’ ” (Ap 19:13).

    A ideia de que a Torá existe antes da criação do mundo não é uma invenção dos netsarim (nazarenos), visto que Baruch (Baruque), que foi o escriba de Yirmeyahu (Jeremias), escreveu sobre este tema. Se não bastasse, Baruch profetizou que a Torá iria encarnar e habitaria no meio dos homens:

    “Depois disso, apareceu sobre a terra e no meio dos homens conviveu. Ela é o livro dos preceitos de Elohim, a Torá que subsiste para sempre.” (Sefer Baruch 3:38 e 4:1).

    Reflita sobre a profecia acima: Baruch (Baruque), mais de 500 anos antes de Yeshua, escreveu ao povo transmitindo praticamente a mesma ideia de Yohanam, qual seja, a encarnação da Torá junto aos homens. Compare:

    BARUCH (Baruque)

    “Depois disso, apareceu sobre a terra e no meio dos homens conviveu. Ela é o livro dos preceitos de Elohim, a Torá que subsiste para sempre” (Sefer Baruch 3:38 e 4:1)

    Yohanam (João)

    “e a Palavra [a Torá] estava com Elohim, e a Palavra [Torá] era Elohim…
    E a Palavra [a Torá] se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1: 1 e 14)

    Sublinha-se que, como já dito, a Torá é sinônimo de “instrução, ensino”, ou seja, a Lei do ETERNO é o ensinamento do Criador para os homens. Yeshua é a manifestação visível dos ensinamentos (Torá) de YHWH. Considerado um dos maiores especialistas em paleo-hebraico da atualidade, Jeff A. Benner aponta a diferença entre a forma de pensar ocidental e a oriental, aplicando-a ao texto de Yohanam (João) 1:1 e 14:

    “Na Moderna Filosofia Ocidental, o foco está sobre o indivíduo: a mim, o meu e o eu. Em contraste com isso, a Antiga Hebraica/Oriental Filosofia sempre incide sobre a totalidade ou sobre a comunidade: a nós, o nosso e o nós. Quando lemos a Bíblia, temos que interpretá-la de acordo com a cultura dos antigos hebreus e sua filosofia hebraica/oriental, e não de acordo com nossa própria filosofia moderna greco-romana/ocidental.

    Na filosofia hebraica, o objetivo é a eliminação do ‘eu’, ou do ‘ego’. Se o que eu estou dizendo é verdade, então por que, quando lemos as palavras de Yeshua, nós sempre vemos Yeshua centrado em si mesmo, em completa oposição à filosofia hebraica? Um exemplo perfeito disso é João 14:6. ‘Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim’. A resposta é que estamos lendo o texto da forma errada. Estamos interpretando-o a partir de uma filosofia ocidental e não da hebraica.

    Para responder essa pergunta, vamos começar com João 1:1, muito controverso e, em minha opinião, um verso muito mal compreendido. Na versão King James, esta passagem diz: ‘No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus’.

    No Antigo Testamento, estamos sempre a dizer que as palavras de D’us são seus ensinamentos, que é a palavra hebraica Torá. Ensinamentos de D’us são a sua palavra. Se colocarmos o vocábulo ensinamentos dentro deste versículo, temos: ‘No princípio era o Ensino, e o Ensino estava com D’us, e o Ensino era D’us’.

    Então, no versículo 14 lemos: ‘E o Ensino se fez carne’. De acordo com esta passagem, Yeshua assumiu a persona dos ensinamentos de D’us. Afinal, não é isso que Yeshua fez? Ele veio para ensinar os ensinamentos de D’us.

    Yeshua esvaziou-se de si mesmo e assumiu os atributos dos ensinamentos de D’us. Portanto, sempre que Yeshua fala, não é Yeshua quem está falando, mas os ensinamentos. Quando Yeshua diz ‘eu’, o ‘eu’ não é Yeshua, são os ensinamentos.”

    (John 1:1, publicado pelo Ancient Hebrew Ressearch Center).

    Constate que no texto transcrito Jeff Benner registra que o verbete “ensinamentos” é sinônimo de “Torá”. Então, quando Yeshua diz “eu”, o “eu” não é Yeshua, mas sim a Torá (ensinamentos).

    Eis um grave erro do Cristianismo: prega que “aceita Jesus”, mas que “a Lei (Torá) foi abolida”. Ora, a Torá é a substância do que seja o Mashyach, logo, não se pode “aceitar o Mashyach” e rejeitar a Torá. O sentido inverso também é correto: se alguém acolhe verdadeiramente a Torá, também deverá reconhecer “a Palavra” – o Mashyach. É impossível ser um verdadeiro zeloso da Torá sem o testemunho de Yeshua, porque ninguém chega ao Pai senão por ele (Jo 14:6). Aliás, afirmou Yeshua que se alguém crê em Moshé (Moisés) também irá crer em seu testemunho, já que Moshé escreveu a seu respeito (Jo 5: 46-47 c/c Dt 18:18-19).

    Enfim, quando o Cristianismo apregoa a anulação da Torá, termina por pregar a própria invalidação da mensagem e do real Yeshua! Sejamos francos: o Cristianismo inventou um “Jesus” contra a Lei (antitorá), o que não corresponde ao autêntico, genuíno e legítimo Mashyach.

  3. QUEM ERAM OS NETSARIM?

    Atualmente, muitas pessoas acham que, no primeiro século, todos os discípulos de Yeshua eram chamados de “cristãos”, e que estes criaram uma nova religião, chamada de Cristianismo. Ledo engano.

    Inicialmente, todos os discípulos de Yeshua eram conhecidos como netsarim (nazarenos), conforme o texto de Atos 24:5. Tanto judeus quanto gentios estavam unidos em um só corpo, alcunhados de netsarim. Somente na cidade de Antioquia é que os discípulos foram chamados de “cristãos” pela primeira vez (Atos 11:26), e isto por volta dos anos 40 a 60 D.C. Enquanto em Antioquia os seguidores do Messias foram apelidados de “cristãos”, em todos os outros lugares se manteve o nome original: netsarim (nazarenos).

    Segundo as lições do erudito Ray A. Pritz, da Universidade de Jerusalém, judeus e gentios crentes em Yeshua eram conhecidos como “nazarenos” (netsarim), e somente muito tempo depois houve uma distinção terminológica entre nazarenos e cristãos (Nazarene Jewish Christianity, The Magnes Press, The Hebrew University, 1992, páginas 15 a 17).

    Se no passado judeus e gentios eram chamados de “nazarenos” (netsarim), esta situação mudou e se passou a fazer a seguinte diferenciação de nomenclatura:

    1) Os netsarim (nazarenos), que eram judeus crentes em Yeshua HaMashyach (hebraico: netsarim; aramaico: natsraya = nazarenos);

    2) Os cristãos, setor constituído por gentios crentes em Yeshua.

    Netsarim (nazarenos) e cristãos estavam unidos e tinham plena comunhão, frequentando sinagogas, já que até então ainda não existiam “Igrejas”.

    Em Ma’assei Sh’lichim (Atos dos Emissários, “Apóstolos”), capítulo 15, há uma discussão acerca do relacionamento entre gentios e judeus. Na ocasião, Ya’akov (Tiago) estabelece uma série de recomendações aos gentios e prescreve:

    “Porque Moshé [Moisés], desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue, e, em cada shabat [sábado], é lido nas sinagogas.” (Atos 15:21).

    No texto transcrito, identificam-se três importantes dados: 1) judeus e gentios se reuniam em cada shabat (sábado); 2) eles estudavam a Lei (Torá) de Moshé/Moisés; 3) estavam reunidos nas sinagogas (e não nas igrejas). Estes três elementos indicam que judeus e gentios praticavam o Judaísmo!

    O Cristianismo, foi difundido por Inácio de Antioquia (o “Santo” Inácio católico) e é contrário às primeiras práticas dos emissários (“apóstolos”) de Yeshua. Eis o Cristianismo de Inácio: 1) determina a reunião no domingo; 2) ensina que a Lei (Torá) de Moshé (Moisés) foi abolida pelo Novo Testamento; 3) ordena a reunião em “Igrejas”. Estes três ensinos são totalmente antagônicos àquelas 3 (três) características extraídas de Atos 15:21, conforme visto no parágrafo anterior.

    Curial sublinhar: tanto os primeiros emissários (“apóstolos”) quanto os primeiros discípulos de Yeshua foram judeus, ingressando posteriormente na comunidade os gentios, e todos eles eram chamados de netsarim (nazarenos). Somente tempos depois, conforme Atos 11:26, os discípulos gentios passaram a ser chamados de “cristãos” por aqueles que falavam a língua grega.

    Nazarenos e cristãos estavam unidos e praticando o Judaísmo ensinado por Yeshua, razão pela qual se congregavam em cada shabat (sábado) para estudar a Torá (“Lei”) de Moshé (Moisés) nas sinagogas (Atos 15:21).

    Provar-se-á, aqui e agora, que biblicamente os talmidim de Yeshua eram conhecidos como netsarim (nazarenos).

    Quando Sh’aul (Paulo) estava sendo acusado perante o governador Félix, seus inimigos formularam a seguinte acusação:

    “Descobrimos que este homem [Sh’aul/Paulo] é uma peste. Ele é um agitador dos judeus pelo mundo todo. É o líder da seita dos NETSARIM [NAZARENOS].” (Ma’assei Sh’lichim/Atos 24:5).

    Sha’ul (Paulo) rebateu a acusação de que seria um agitador, porém, não negou que seria um dos líderes do grupo conhecido como Netsarim (Nazarenos) ou o Caminho:

    “Entretanto, isto eu [Sh’aul/Paulo] admito: adoro o Elohim de nossos pais, de acordo com o Caminho (ao qual eles chamam seita). Continuo a crer em todas as coisas de acordo com a Torá [Lei] e todos os escritos dos Profetas.” (Ma’assei Sh’lichim/Atos 24:14).

    Antes de Sha’ul (Paulo) reconhecer que Yeshua é o Mashyach, perseguia os discípulos do Salvador, conhecidos como membros “do Caminho”:

    “Sha’ul [Saulo/Paulo], respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Dammesek [Damasco], a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levassem presos para Jerusalém.” (Ma’assei Sh’lichim/Atos 9:2).

    Logo, verifica-se que os primeiros discípulos de Yeshua eram chamados de netsarim (nazarenos) ou simplesmente membros do Caminho (At 9:2, 24:5,14 e 19:9,23). A este respeito, giza o rabino James Scott Trimm:

    “O termo ‘o Caminho’ é usado para descrever os crentes em Atos 9:2 e em Atos 22:4 (que na verdade recapitula os eventos de Atos 9:2).

    (…)

    Este termo [‘o Caminho’] é usado como uma alternativa ao nome ‘nazarenos’ em Atos 9:2; 19:9; 19:23; 22:4 24:5,14.” (Hebraic Roots Commentary to Acts, Worldwide Nazarene Assembly of Elohim, 2010, páginas 64 e 65).

    Em Atos 24:5 e 14, os opositores de Yeshua diziam que os Nazarenos ou do Caminho representavam uma seita do Judaísmo, porém, em verdade, o Judaísmo Nazareno ou do Caminho é a religião bíblica praticada pelos primeiros talmidim (discípulos) de Yeshua. Este judaísmo nada tem que ver com o atual Judaísmo rabínico, que é corolário dos ensinamentos da maioria dos p’rushim (fariseus), estes tão criticados por Yeshua.

    Importa consignar que os netsarim (nazarenos) formavam mais um dos tantos grupos existentes do Judaísmo do primeiro século, ou seja, não faziam parte do Cristianismo, que somente veio a surgir tempos depois. Confira o escólio do pesquisador e aramaicista Andrew Gabriel Roth:

    “Netsarim é uma seita dentro da categoria mais ampla do Judaísmo.” (Aramaic English New Testament, Netzari Press, 4ª edição, página 380).

    A História comprova que, no período do Segundo Templo, a religião judaica, com seus inúmeros grupos e subgrupos, era conhecida como Judaísmo (ex: Gl 1:13 e 14), e os seguidores de Yeshua eram chamados de Netsarim/Nazarenos (At 24:5), ou “do Caminho” (At 9:2, 24:5,14 e 19:9,23). Destes dados históricos e bíblicos, extrai-se o nome Judaísmo Nazareno, ou Judaísmo do Caminho.

    Define-se Judaísmo Nazareno como o ramo do Judaísmo cujos ensinos, doutrinas e práticas foram vivenciados por Yeshua HaMashyach e seus primeiros talmidim (discípulos).

    Yeshua não veio para fundar uma nova religião, mas sim para ensinar o Judaísmo de acordo com as Escrituras.

    Aquele que segue Yeshua HaMashyach deve vivenciar o Judaísmo por ele lecionado, tomando muito cuidado com as atuais práticas do Judaísmo, visto que muitas delas estão impregnadas de elementos antibíblicos. Muitas pessoas, quando descobrem que Yeshua era judeu e seguia o Judaísmo, terminam por abraçar indiscriminadamente todos os costumes judaicos, sem maior análise crítica, o que é totalmente insensato. A uma, porque o Judaísmo moderno está distante daquele praticado pelos discípulos de Yeshua. A duas, porque o Judaísmo moderno está fundado no pensamento farisaico, fortemente combatido por Yeshua. A três, porque o Judaísmo moderno segue mais a tradição do que a própria Torá. A quatro, porque o Judaísmo moderno incorporou elementos e ritos pagãos.

    Tais críticas são estendidas a certos grupos (e não todos) do Judaísmo Messiânico, que não estão imunes de erros e, em muitos casos, preferem colocar os ensinos rabínicos acima das Escrituras.

    Por conseguinte, este livro estará focado única e exclusivamente nas práticas bíblicas dos netsarim (nazarenos), os autênticos seguidores do Mashyach (Messias).

    E os cristãos? Onde se enquadram?

    O texto em aramaico de Ma’assei Sh’lichim/Atos 11:26 é esclarecedor:

    ܘܟܕ ܐܫܟܚܗ ܐܝܬܝܗ ܥܡܗ ܠܐܢܛܝܟܝܐ ܘܫܢܬܐ ܟܠܗ ܐܟܚܕܐ ܟܢܝܫܝܢ ܗܘܘ ܒܥܕܬܐ ܘܐܠܦܘ ܥܡܐ ܤܓܝܐܐ ܡܢ ܗܝܕܝܢ ܩܕܡܝܬ ܐܬܩܪܝܘ ܒܐܢܛܝܘܟܝ ܬܠܡܝܕܐ ܟܪܤܛܝܢܐ ܀

    TRADUÇÃO:

    “tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela congregação e ensinaram muitas pessoas. Foi naquele tempo que os discípulos de Antioquia foram chamados pela primeira vez de kristyane [cristãos].”

    Há algo surpreendente na passagem transcrita: no meio do Manuscrito em aramaico aparece a transliteração da palavra grega “cristão”. Isto causa estranheza, pois seria o mesmo que, em um texto em inglês, constasse uma palavra em japonês. Qual seria a explicação para a inserção de um vocábulo grego em uma epístola escrita em aramaico? A resposta é simples: em Antioquia, os discípulos gentios falavam grego e receberam o nome de “cristãos” (grego), que significa “aqueles que seguem Cristo”. Por sua vez, a palavra grega “Cristo” significa “o Ungido”. Obviamente, pessoas que falavam grego usariam um termo em sua própria língua – “cristão”. Em conclusão, percebe-se que o vocábulo “cristão” foi originariamente aplicado aos seguidores gentios de Yeshua, falantes da língua grega, permanecendo o nome “netsarim” (nazarenos) para os discípulos judeus, que se comunicavam em hebraico ou aramaico.

    Ministra Andrew Gabriel Roth:

    “Os Shlichim/Apóstolos não chamavam a si próprios de ‘kristyane’ (cristãos). Os Shlichim eram membros do Caminho, designados de Netsarim (Atos 24:5, 12-14). Os gentios em Antioquia foram cunhados com a palavra ‘kristyane’, um termo grego para ‘messiânicos’.” (Aramaic English New Testament, Netzari Press, 4ª edição, página 338).

    David Stern também reconhece que a palavra “cristão” foi usada apenas para os crentes gentios, enquanto os judeus eram conhecidos como ‘o Caminho’:

    “Penso que o nome ‘Chistianoi’ [cristãos] foi aplicado aos crentes gentios por não-crentes gentios. Por quê? Porque os cristãos judeus teriam designado seus irmãos gentios de fé pelo mesmo termo que usavam para designar a si mesmos: ‘povo que pertence ao Caminho’.” (Comentário Judaico do Novo Testamento, editora Atos, 2008, página 291).

    Logo, se inicialmente judeus e gentios eram chamados de netsarim, em momento posterior houve a distinção dos crentes em Yeshua: 1) judeus, chamados de netsarim (“nazarenos”) ou “do Caminho”; e 2) gentios, alcunhados de “cristãos”.

    No livro de Atos, nazarenos e cristãos viviam em comunhão, sendo que a liderança era exercida pelos emissários (“apóstolos”), todos judeus, ou seja, nazarenos. Toda esta harmonia entre judeus e gentios chegou ao fim quando o gentio Inácio de Antioquia, não concordando com a liderança judaica dos nazarenos, criou uma rebelião nas congregações e dividiu os dois grupos, por volta do ano 98 D.C. A partir daí, Inácio afirma que os seguidores de Yeshua deveriam abandonar o Judaísmo, religião praticada pelos nazarenos, e seguir a religião por ele criada – o Cristianismo.

    A nova religião, o Cristianismo, começou a florescer no início do segundo século e culminou com a instituição da Igreja Católica Romana no século IV.

    Ora, se os netsarim (nazarenos) e os primeiros cristãos eram adeptos do Judaísmo, conclui-se com facilidade que o Cristianismo, oficializado pelo Catolicismo Romano, não representa a religião praticada pelos originais seguidores de Yeshua. Por sua vez, o protestantismo e as atuais denominações evangélicas também não expressam a fé original (salvo raras exceções), visto que seguem inúmeras práticas e dogmas estabelecidos pela Igreja Católica, tais como:

    1) a substituição do shabat (sábado) pelo domingo;

    2) a abolição das festas bíblicas (Vayikrá/Levítico 23), substituindo-as pelas festas pagãs (ex: celebração da páscoa em data coincidente com a páscoa católica, e não com a data determinada nas Escrituras; o Natal em 25 de dezembro, cuja origem está no paganismo, ressaltando-se que a Bíblia não indica o dia de nascimento do Salvador; etc);

    3) a falsa ideia de que a “Lei foi abolida”;

    4) a teologia da substituição, que defenda a substituição de Israel pela Igreja nos planos do ETERNO.

    Vamos parar por aqui, mas as denominações evangélicas seguem dezenas e dezenas de preceitos errôneos e que têm origem no Catolicismo Papal.

    Como asseverado linhas atrás, os nazarenos ou do Caminho eram praticantes do Judaísmo e assim permaneceram, não mudando a fé original, ainda que vitimizados pela rebelião gentílica de Inácio ao criar uma nova religião – o Cristianismo.

    Após esta rebelião e a separação entre judeus e gentios, os israelitas fiéis a Yeshua permaneceram com o nome de netsarim (nazarenos) ou do Caminho, enquanto os gentios mantiveram o título de cristãos.

    No século IV, estruturou-se o Cristianismo como religião oficial, por meio do Catolicismo Romano, ensejando perseguição a pessoas de outras crenças. Então, algo totalmente contraditório ocorreu: os cristãos, que no passado eram amigos e liderados pelos nazarenos, começaram a persegui-los e exterminá-los, isto é, pessoas que se diziam discípulas de Yeshua (os cristãos) condenavam e martirizavam os nazarenos, os primeiros seguidores do Mashyach. Irmão assassinando irmão em nome da nova religião! Cumpriu-se, então, a profecia de Yohanam (João) de que os falsos profetas sairiam de dentro da própria comunidade de discípulos:

    “Eles saíram de dentro de nós, mas não eram parte de nós; porque se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco” (Yohanam Álef/1ª João 2:19).

    Os netsarim (nazarenos) foram muito perseguidos pelo Império Romano, que exterminou grande parte do grupo e de seus escritos, razão pela qual existem poucas fontes históricas subscritas pelos próprios nazarenos a respeito de si próprios, excetuando-se os Ketuvim Netsarim (Escritos Nazarenos, conhecidos incorretamente como “Novo Testamento”). Não obstante, além da descrição fiel dos netsarim (nazarenos) no “Novo Testamento”, há relatos históricos produzidos por seus inimigos, geralmente depreciando os discípulos de Yeshua. De qualquer forma, tais registros históricos são importantes para se entender quem eram, o que pensavam e como agiam os nazarenos.

  4. YESHUA O HEBREU

    Na cidade de Belém, atual Palestina, encontra-se a Igreja da Natividade, local em que supostamente nasceu Jesus. Anos atrás, a Igreja promoveu uma exposição de pinturas em que eram retratados vários tipos de “Jesus”, todos representativos das diversas nações. Havia o “Jesus americano” com roupas e traços típicos da cultura estadunidense do século XX, o “Jesus árabe” com pele morena do deserto e vestido com as túnicas de um beduíno; o “Jesus romano”, cabelo longo, loiro, olhos azuis e indumentária branca e vermelha, o “Jesus africano” de pele negra e cabelo crespo; o “Jesus japonês” era baixo, branquinho e de olhos puxados. Cada artista pôde retratar Jesus de acordo com seu próprio devaneio, dando asas à imaginação e projetando-a em suas telas. E quanta criatividade, pois eram dezenas de quadros de “Jesus”!

    O episódio citado nos induz à primordial reflexão: realmente existiu, conforme atestam os historiadores, um homem galileu há dois mil anos atrás, conhecido mundialmente pelo nome de Jesus. Contudo, tal como nas dezenas de quadros na Igreja da Natividade, existem mais de duas mil religiões no mundo que pintam um Jesus a seu bel prazer, tomando o personagem histórico e construindo uma figura imaginária. Se construir um “deus” de barro é idolatria, pergunta-se: e construir um “deus” de papel?

    À medida que as religiões escrevem sobre Jesus e fixam seus dogmas de modo arbitrário, consciente ou inconscientemente, acabam por construir um “ídolo”, um Salvador pré-fabricado de acordo com as predileções do grupo.

    De fato, existem “Jesus” para todos os gostos: Jesus católico, Jesus protestante clássico, Jesus espírita, Jesus batista, Jesus pentecostal, Jesus gnóstico e até mesmo Jesus umbandista. Se antes Jesus estava longe dos terreiros da macumba, agora colocam estátuas do Redentor nos centros de candomblé e umbanda, e com direito a despacho e tudo.

    Jesus virou uma série de “produtos” em que o ser humano escolhe, de acordo com suas crenças pessoais, aquele que lhe convém, tal como uma mercadoria escolhida nas prateleiras de supermercados.

    Literalmente, dezenas de milhares de livros já foram escritos sobre Jesus, apresentando-o com múltiplas facetas: um guerrilheiro que lutava pela libertação de Israel, uma espécie de “Che Guevara” judeu, um mágico que se casou com Maria Madalena, um “hippie” em uma sociedade de “yuppies” elegantes, um antifariseu, um zelote que luta contra os dominadores romanos, pregando a violência e a prática de “atos terroristas”; um camponês cético; um evangelista pentecostal; um religioso milionário traído por Judas, o ladrão de sua fortuna; um vegano; um fariseu; um essênio; um galã alto e forte; um profeta; e até mesmo um líder alucinogênico de um culto sagrado de LSD!

    Como um homem pode receber personalidades tão distintas?

    Para a maioria das pessoas, ainda que não digam expressamente, não é importante buscar Jesus como ele realmente é, mas sim como “nós” queremos que ele seja.

    Não se busca o legítimo, mas o mito. Não se quer o real, mas o ficto. Não se anseia pela verdade, mas pelo engodo. Afinal, o papel aceita tudo.

    Fico pensando que o homem ambiciona criar o seu próprio Jesus porque não quer abrir mão de sua liberdade. Se o Jesus real fosse diverso do ídolo pessoal criado, talvez exigisse um comportamento diferente de nós. Porventura poderia requerer que nós mudássemos como pessoas, tão mesquinhas, falhas e corruptas. Então, pela liberdade, é melhor permanecer com o ídolo de papel, pensam alguns, ainda que de forma inconsciente.

    Não obstante, ficar com o Jesus imaginário, confiante na mantença da liberdade, é uma quimera, pois, como ensinou Leon Tolstoi, “não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade; a liberdade não é um fim, mas uma consequência”.

    Creio que se deve buscar a qualquer custo a verdade, acautelando-se das convicções pessoais, dos mitos criados, dos dogmas incorporados e da mundividência preconcebida. Aliás, estava certo Nietzche ao afirmar que “as convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”

    E em um mundo em que cada um escolhe seguir a sua própria “verdade”, passei a procurar, desculpem-me pelo pleonasmo, a verdadeira verdade.

    Já que creio na Bíblia como a palavra dada pelo Criador dos céus e da terra, bendito seja o Seu Nome, muito me incomodou saber que miríades de religiões professam mais de duas mil espécies diferentes de “Jesus”, todas alegando que pregam “a verdade”. É um princípio elementar da lógica que duas afirmações contraditórias entre si não podem ser verdadeiras. A verdade é um conceito absoluto, e não relativo.

    Com minha vaidade e orgulho intelectual, dizia para mim mesmo: “O meu Jesus está certo, os outros estão todos errados”. Quanta prepotência!

    Precisei calçar as sandálias da humildade e me despir de minhas concepções pessoais para não buscar o Jesus que eu queria, mas sim o Salvador como ele realmente é. Necessitei de muita oração para alcançar a revelação do Céu, unindo-a a razão. Revelação sem razão é perigosa, já que o coração do homem é enganoso e corrupto, e pode distorcer as mensagens divinas. Por outro lado, razão sem revelação é como areia movediça, porquanto o homem que confia no seu intelecto tende a se afundar em sua própria autossuficiência. Revelação e razão são os pedais direito e esquerdo de uma bicicleta, que juntos proporcionam o impulso apropriado para o homem seguir seu trajeto existencial.

    Neste processo, agradeço ao ETERNO por me revelar a verdade de acordo com sua Palavra, ainda que, muitas vezes, tenha me achado em concordância com a vetusta parêmia popular: “a verdade dói”. Nos meus ouvidos, as palavras de Sêneca pareciam proféticas: “É preciso dizer a verdade apenas a quem está disposto a ouvi-la”.

    Então, eu ouvi…

    Descobri o óbvio, que obviamente não é captado por todos. Da simplicidade a sabedoria extrai seus tesouros. Descobri que Jesus não foi um filósofo grego, um pastor pentecostal, um sofredor que até hoje está na cruz, um guru zen, o fundador de uma nova religião, o criador da Igreja, um aloirado romano, um revolucionário socialista. Não. Jesus foi judeu.

    Até mesmo para judeus é difícil reconhecer a judaicidade de Jesus, uma vez que as negras brumas da Igreja Católica e de sua irmã, a Igreja Protestante, terminaram por ocultar o verdadeiro Jesus.

    Durante séculos de Inquisição católica, milhares de judeus foram mortos “em nome de Jesus”. Calvino, um dos pais da reforma protestante, condenou o judeu Miguel Serveto à morte na fogueira pelo simples fato de o israelita não crer na doutrina da Trindade e ser contra o batismo infantil (27 de outubro de 1553). Com isso, sublinha-se que a Inquisição Católica não foi solitária no extermínio humano, contou com a participação da Inquisição Protestante.

    Nos tempo de Hitler, a dizimação dos judeus recebeu o apoio da Igreja Católica e de diversas denominações protestantes. Resultado: seis milhões de inocentes exterminados covardemente.

    Então, para os meus irmãos judeus é árduo aceitar que Jesus seja o Messias de Israel se em nome dele foram cometidas as maiores atrocidades que a história já conheceu.

    Com efeito, as Igrejas Católicas e Protestantes se valeram do verdadeiro Jesus e criaram um “outro” Jesus, moldado de acordo com seus gostos teológicos.

    O Jesus católico e protestante é loiro, de olhos azuis, falante da língua grega e que veio para os judeus, que o rejeitaram. Assim, Jesus também abandonou os judeus, e seus apóstolos criaram uma nova religião para a salvação dos gentios, deixando de lado o judaísmo. Nesta nova religião, os gentios tomaram o lugar dos judeus no Reino, a Igreja (Católica ou Protestante) é o instrumento da salvação, o Antigo Testamento foi revogado pelo Novo Testamento, a Lei foi substituída pela Graça, as festas pagãs tomam o lugar das festas bíblico-judaicas. Enfim, o Cristianismo é o sucessor do Judaísmo. Esta é a imagem do “Jesus cristão”.

    Não obstante, o “Jesus cristão” não corresponde ao verdadeiro Salvador da humanidade. Jesus foi judeu e o Salvador do mundo é o Messias de Israel.

    Em primeiro lugar, como judeu, falante de hebraico e aramaico, Jesus não poderia se chamar Jesus. Como assim?

    Tanto em hebraico quanto em aramaico não existe a letra “jota”. Por conseguinte, nunca existiu um homem chamado “Jesus”, e sim Yeshua (pronúncia em português: Iexúa).

    Alterou-se o nome do Salvador, de Yeshua para Jesus, para que houvesse o rompimento de todos os seus traços judaicos. Na cultura semita, o nome indica o caráter da pessoa. Daí, apagar o nome “Yeshua” equivale a destruir o seu caráter israelita, possibilitando a criação de um “novo Salvador”, moldado pela teologia cristã (católica ou evangélica).

    Em verdade, Yeshua não veio para criar uma nova religião, mas sim para ser o Messias de Israel, ofertando a salvação para todo aquele que nele crê, independentemente de ser judeu ou gentio. Yeshua não ordenou a criação do Cristianismo, mas sim restaurou as bases do Judaísmo.

    Quando comecei a buscar a verdade, fui confrontado com esta verdade inegociável: Yeshua e seus discípulos vivenciaram o Judaísmo e aqueles que desejam seguir o Messias devem seguir os mesmos passos.

    De antemão, adianto que o Judaísmo de Yeshua é bastante diferente do Judaísmo rabínico da atualidade, razão pela qual este não pode servir de modelo aos seguidores do Messias. Aliás, este é um erro muito comum. As pessoas descobrem que Yeshua pregou o Judaísmo e terminam por adotar as práticas do Judaísmo rabínico do século XXI, sendo certo que este está repleto de ensinos que foram duramente criticados por Yeshua. O Judaísmo rabínico contemporâneo é sucessor de setores do movimento farisaico, justamente os segmentos que atacaram Yeshua.

    Infere-se daí que o discípulo de Yeshua deve olhar para trás e investigar bíblica e historicamente o Judaísmo praticado pelo Messias e seus primeiros alunos, descartando todas as doutrinas e tradições de homens contrárias à Palavra do ETERNO. Este é o passo mais difícil, qual seja, romper com as teologias romanas e rabínicas que impregnaram as mentes humanas e que tentam impedir que a verdade resplandeça.

  5. Paz a todos irmaos: Leiam Col. 1. 13-16.
    Na primeira mensagem Angelica o anjo fala de quantas pessoas? Temei a Deus e dai-lhe glória porque e chegado a hora do seu juízo, e adorai aquele que fez o céu, a terra o mar e a fonte das águas. Sabemos que a última verdade presente São as 3 mensagem angelicas e Deus chamou nosso povo para proclama -la. Será que nesta última mensagem ele não iria falar para lembramos do Espírito Santo? Quem fez o céu, a terra, o mar e a fonte das águas? Col.1.16 nos responde. So pra constar. O ecumenismo que o Papa Francisco tanto deseja ja começou desde o séc III e continua firme até hoje, com a aceitação da doutrina magna do catolicismo. Deus abençoe a todos.

  6. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
    Ele estava no princípio com Deus.
    Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
    Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
    E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
    Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
    Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
    Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.
    Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.
    Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
    Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
    João 1:1-11

    Parece-me bem claro quem é Jesus..
    Outro para você responder:

    E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
    Gênesis 1:26

    Se Deus é um só, porque o verbo está no plural?

    Além disto, os teólogos sabem que o os hebreus usavam uma expressão no plural para e referir a Deus (Elohim).

    É muito simples jogar um monte de textos fora do contexto e basear suas ideias para chegar ao ponto de seu interesse, NÃO devemos estudar a Biblia assim, pois a Biblia mesma se explica. Isto é o que fazem as seitas, torcem os texto para alcançar seus objetivos.

    1. Pois é, Walace, Moisés também foi chamado de “Elohim”

      “Vede, eu te faço Deus (Elohim) para Faraó, e teu irmão Arão será teu profeta” – Êxodo 7:1

      Seria Moisés um ser composto de três pessoas?

    2. Os semitas acreditavam por revelação que Deus usa toda a sua Criação como anjo;como nos fomos formados a partir de elementos naturais,conclue-se que Deus deu ordem a sua criação,no caso a natureza, para a Criação do Ser Humano.
      Há também que se considerar que Deus não precisa de linguagem,e sim o homem.

    3. Elohim era um nome de destaque para uma determinada pessoa que era responsável por alguma grande missão.
      Esta terminação ים não pluralizava pessoas e sim as destacava.

  7. Ola queridos internautas do adventista.com!
    O tempo tem me provado que defender as nossas crenças sobre quem é Deus, se é o Pai ou uma trindade com base em versos bíblicos sem olhar para os atributos divinos é perca de tempo.
    Ex: Jesus foi chamado de Deus pelo seu discípulo, logo tem de ser Deus (dizem aqueles que acreditam na trindade), mas Moisés também foi chamado de Deus pelo próprio Deus (dizem aqueles que acreditam que Deus é uma única pessoa).
    Assim, fica-se lutando para ver quem tem razão, mesmo sem argumentações credíveis para o fazer. Buscam-se um número infindáveis de textos e sai-se do debate sem proveito nenhum, porque cada um fica com o seu entendimento.

    Os textos bíblicos devem nos levar aos atributos divinos, ou seja, Deus é onisciente, onipresente, onipotente, imutável, imortal, soberano, etc.
    Se Jesus falhar num único atributo, então não pode ser coeterno com o Pai, pois o Pai possui todos estes atributos. Este teste serve igualmente para a terceira pessoa da trindade.

    OBS: Por acaso alguém sabe me dizer o nome da terceira pessoa da trindade? Já procurei na bíblia e não encontro. Alguém mais abalizado pode me desvendar, este que poderá ser o maior mistério da bíblia?

  8. “Acredito na Trindade, porém existem algumas perguntas para as quais não encontrei respostas. Gostaria de entender mais sobre a pessoa do Espírito Santo e sua atuação em minha vida.Gostaria de entender mais sobre a pessoa do Espírito Santo e sua atuação em minha vida.”

    10 Perguntas para os que não Acreditam na Trindade

    1. Se Jesus era menor do que Deus, como pode também ser “o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Heb. 13:8)?

    2. Já que o Senhor não dará a Sua glória a nenhum outro ser (Isaías 42:8; 48:11) como pôde o Senhor Jesus pedir ao Pai: “Glorifica-Me contigo mesmo com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo” (João 17:5). E como pôde Pedro atribuir-lhe glória, que só deveria ser atribuída a Deus (2 Pedro 3:8)?

    3. Jeová Se refere a Si mesmo como tendo sido transpassado (Zacarias 12:1 e 10), mas como em Apocalipse 1:7 todos verão a Cristo como Aquele que foi transpassado?

    4. Como podem tanto Jesus como Jeová revelar-Se com a mesma designação, “Eu sou” (Êxodo 3:14; João 8:58; 18:5, 6 e 8)?

    5. Jeová é o primeiro e o último (Isaías 41:5; 55:6; 48:12), mas o mesmo qualificativo é atribuído a Jesus: Apocalipse. 1:11-17; 2:8; 22:13. Como pode haver dois primeiros e dois últimos?

    6. Como explicam que Isaías 6:1:1-10 apresenta a visão do profeta que claramente se refere a Jeová, sentado no Seu alto e sublime trono, mas João 12:36-41 aplica a passagem a Jesus e Paulo informa que quem disse aquelas palavras a Isaías foi o Espírito Santo (Atos 28:25-27)?

    7. Pode Jesus ser adorado não sendo Deus (Mateus 2:2, 8, 11; 14:33; 15:25; 20:20; 28:9, 17; Marcos 5:6; Lucas 24:52; João 9:38) quando Deus mesmo manda os anjos adorá-lo: Hebreus 1:6?

    8. Se Jesus Cristo não é Deus, por que não corrigiu Tomé quando este a Ele se referiu dizendo: “Meu Senhor e meu Deus”(João 20:28)?

    9. Como explicar que Cristo foi ressuscitado pelo Pai (Atos 10:40; 13:30), por Seu próprio poder (João 10: 17, 18) e pelo Espírito Santo (Romanos 8:11)?

    10. Se o Espírito Santo não é uma divina pessoa, por que Se dirige a Si mesmo com um pronome pessoal: Atos 13:2, 4?

    1. Geralmente os textos usados para se defender uma trindade são retirados de seu contexto. Um exemplo claro é este:

      “2. Já que o Senhor não dará a Sua glória a nenhum outro ser (Isaías 42:8; 48:11) como pôde o Senhor Jesus pedir ao Pai: “Glorifica-Me contigo mesmo com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo” (João 17:5). E como pôde Pedro atribuir-lhe glória, que só deveria ser atribuída a Deus (2 Pedro 3:8)?”

      Qual o contexto de Isaías 42:8 e 48:11?

      É evidente que o recado dado por Deus nestes verso é uma referência direta aos ÍDOLOS:

      “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.” – Isaías 42:8

      “Por isso te anunciei desde então, e te fiz ouvir antes que acontecesse, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas, e a minha imagem de escultura, e a minha imagem de fundição as mandou.” – Isaías 48:5

      “Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem.” –
      Isaías 48:11

      Você sabia que a palavra grega traduzida por “glória” em João 17:5, tem o mesmo radical que uma palavra encontrada no finalzinho de 2 Pedro 2:10, e que tem traduções possíveis “seres celestiais”, “autoridades superiores”, e até “gloriosos seres celestiais”

      Se fosse verdade que as passagens de Isaías se referem a todo e qualquer ser, o apóstolo Paulo, profundo conhecedor do Antigo Testamento, não poderia ter escrito em Romanos 8:30 que Deus DEU GLÓRIA, GLORIFICOU aqueles que foram chamados. Na NTLH ainda diz: “[Deus] REPARTIU SUA GLÓRIA com eles”.

      Deus não é contraditório, Pedro.
      Fica claro que somente Deus tem autoridade para compartilhar sua glória com quem Ele deseja (seus escolhidos), sem que isso O diminua. Deus é a fonte da glória daqueles que O cercam.

      Não fique nesse copia-e-cola dos trinitarianos. Estude a Bíblia como um todo e respeitando cada contexto.

      1. Puxa, cada dia eu fico mais convencido de que Deus é uma só pessoa. Admiro você pela sua coragem! Essa Doutrina da Trindade (apenas para citar um exemplo) já vem sendo ensinada a Séculos pela Igreja de Roma (Babilônia) e foi amplamente adotada pelas demais (filhas). Ter o mundo religioso todo, contra vocês, exige muita coragem, Parabens!!!

    2. “3. Jeová Se refere a Si mesmo como tendo sido transpassado (Zacarias 12:1 e 10), mas como em Apocalipse 1:7 todos verão a Cristo como Aquele que foi transpassado?”

      Jesus disse:
      “Tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fazeis.” (Mateus 25,40)

      Que tal ligar os pontinhos agora?
      Você consegue!

  9. irmao que escreveu isso ou que é dono desse canal
    veja bem irmao ellen Withe ja disse que surgiriam os que se dizem possuido da luz e que tem no intento reformar a igreja mas que nao sao enviado por Deus isto porque esqueceram do seu nome (falta de identidade)
    querido a porta ainda está aberta
    Mas olha o seguinte eu amo você como irmão e quero ver você no céu por isso fui enviando por Deus para ti aconselhar por favor aceita isso com amor e não como uma critica
    Durante muito tempo estive fora da igreja e longe de Deus mas ele na sua infinita misericórdia me chamou e voltei como um filho pródigo
    Sei muito bem que você assim como eu bem como a igreja o que nós mais queremos é ver Jesus voltar o mais rápido possível (porque a saudade doí e saudade de Casa). Lembre nós somos peregrinos desse mundo cheio de dor e de angustia. Estamos esperando a nossa bendita esperança no cativeiro
    Me permite por gentileza lhe fazer umas perguntas:
    Está você querido irmão a evangelizar de porta em porta ?
    Você tem dedicado tempo diário em oração?
    Pediu unção do Espírito para lhe capacitar no seu estudo das escrituras?

    Lembre amado irmão o único pecado que não pode ser perdoado é o de contra o Espírito Santo. Isso é possível sim já aconteceu com muitas pessoas que fecharam o coração a sincera suplica do Espírito Amoroso e Consolador

    Querido irmão eu realmente não sei o que aconteceu com você e a sua igreja local , mas eu lhe escrevi tudo isso não porque sou digno muito pelo contrário mas porque a igreja pisou na bola comigo, sai mas depois de tanto chamado do Espírito Santo voltei para o braço do meu Salvador Pessoal Jesus Cristo

  10. Caro editor:
    Parece-me que em sua resposta há um claro equívoco entre: autoridade e natureza do ser.
    Quando o divino Filho de Deus fez a declaração: Eu e o Pai, somos um; estava querendo dizer o que? O autor que registrou essa fala, será que compreendeu o que Jesus declarou?
    O que significa o que ele, João, declarou em 2João 1:9?
    Quando a, não ser possível Deus morrer, então Ele não pode tudo, e, portanto não é “todopoderoso”!

    O que significa esta declaração? – Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai. João 10:18.

    Será que, se fosse o Pai, Ele não teria poder para dar a própria vida e tornar a tomá-la, também, como o Filho declarou poder? Teria o Filho mais poder do que o Pai?

    Quando Jesus disse: Eu e o Pai, somos um; certamente não estava dizendo que eram uma única pessoa, mas um único Deus, e João entendeu isso muito bem.

    Recomendo a leitura atenta desse artigo:
    Ensina o apóstolo João que existe um Terceiro Divino?

  11. Uma pergunta. Se Jesus não é Deus por que ele aceitou a adoração de homens????????????? Isso seria uma transgressão da lei e Jesus não seria um substituto perfeito.

    1. Jesus é o divino Filho de Deus, a quem Deus, o Pai, concedeu autoridade e permissão para ser adorado. Caso ele fosse o Deus Todo-poderoso não haveria necessidade dessa concessão temporária de autoridade e poder.

      “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.” — Mateus 28:18

      “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas, feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” — Hebreus 1:1-6.

      “Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.” — 1 Coríntios 15:24-28

    2. Tanto no AT como no NT a palavra usada para ADORAR, também tem o sentido de prostar, homenagear, reverenciar, na bíblia de Jerusalém por exemplo alguns versos foram traduzidor por Homenagear. (Não sou TJ). Acho que as traduções variam de acordo com a crença do tradutor, eu só fico na dúvida se caso a tradução correta pra Cristo for “adorar”mesmo, não seria adorar mais um Deus? E como ficaria o 1°Mand?Não terás outro(s) deus(es) diante Nós!???

      1. Bom dia Irmão Ricardo.. antes de mais nada muito bom comentario e indagação!!! Sou excluido da Iasd por pecado meu, porem, não me aceitam mais como membro por saberem do meu senso critico e saberem que busco o conhecimento de Deus joa 17:3. mas tudo bem, estou em Paz com Deus pois ele sabe da minha sinceridade. Estudo e pesquiso bastante sobre variados temas e descobri umas coisas: “A biblia é muito ampla e se não estudarmos ela completa e sistematicamente, incorremos e más interpretações. Exemplo, a trindade não é atestada na amplitude Biblica, somente em alguns textos fora do contexto e mal interpretados, figurando cm verdade absoluta, por esse motivo pessoas brigam, debatem e deixam de se amarem, cada um acha a base que quiser. isso é o que vejo nos debates. cada um busca seus textos prediletos e de forma tendenciosa usam para defender seu ponto de vista. Isso está entranhado em todas as denominações e no sistema, ninguem pode mudar isso. entendo sua boa vontade, e deve saber disso. porém, só converso com pessoas que assim cm eu, tem a humildade de aprender, fora disso os “donos” da vdd só querem te convencer, e de forma tão ignorante que chega dá dó. li todos os comentarios aqui e percebi exatamente isso, muitos ignorantes e tendenciosos defendendo algo que nem eles mesmo entendem, alienados do sistema. conselho, não compensa debates com esses, devemos orar para que sejam sinceros pelo menos, pq convencer é praticamente impossivel. melhor vivermos o evangelho puro e simples doque ficarmos nesses debates sem valor algum, a não ser, cm disse antes, aqueles sinceros que querem, realmente, aprender. grande abraço.

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