B. Psicologia como Religião

 

O mito da veracidade de uma psicologia religiosa ou de uma religião psicológica forte tem sido a tecla mais batida nos nossos dias. A idéia de que o melhor aconselhamento possível precisa integrar Bíblia e Psicologia tem-se tornado matéria quase indiscutível. Psicólogos que são também cristãos clamam que são mais qualificados para ajudar o povo do que aqueles outros cristãos (incluindo pastores e presbíteros) que só têm o conhecimento bíblico mas não são treinados em Psicologia.

Explicações por que as pessoas se comportam de certa maneira tem desafiado filósofos, teólogos e todos os níveis de ocultistas através dos séculos; essas possíveis explicações formam a base da Psicologia moderna, o que é uma prova evidente de que a Psicologia tenta lidar com as mesmas áreas que já foram tratadas cabalmente nas Escrituras.

Desde que a Palavra de Deus nos ensina como viver, todas as idéias sobre os "porquês" de certos comportamentos, bem como as sugestões de "como mudar" isto, precisam ser vistas como religiosas em sua natureza. Ao mesmo tempo que a Bíblia se proclama como a revelação de Deus, a Psicologia se propaga como expoente científico. No entanto, quando a matéria trata de avaliar comportamentos e atitudes com seus valores morais, nós estamos lidando com religião - considerando a fé cristã ou qualquer outro tipo professado, incluindo até humanismo secular. Sobre isso o próprio Carl Jung escreveu: 

Religiões são sistemas de cura para doenças mentais... É por isso que muitos pacientes forçam seus psicoterapeutas a assumirem o papel de sacerdotes, esperando que ele seja o intermediário para libertá-los de seus dilemas. E por isso nós, como psicoterapeutas, precisamos nos ocupar com problemas que, estritamente falando, pertenceriam aos teólogos.6

Perceba que Jung usou a palavra "religiões" em vez de Cristianismo, que foi claramente repudiado por Jung, dando campo para se explorar inúmeras outras formas de religiões, inclusive o ocultismo. Sem jogar fora a natureza religiosa do homem, Jung rompeu com o Deus da Bíblia e se proclamou sacerdote da liberdade de comportamento. Ele definiu todas as religiões, incluindo o cristianismo, como sendo uma enorme coleção de mitologias. Ele não cria que elas eram reais em sua essência, mas ao mesmo tempo defendeu que elas poderiam afetar a personalidade humana e deveriam servir como solução para os problemas que a humanidade tem.

Em contraste com Jung, Sigmundo Freud reduziu todos os credos religiosos ao nível de pura ilusão, chegando a caracterizar religião como sendo "a neurose obsessiva da humanidade."7 Ele viu religião como sendo ilusória e fonte de problemas mentais.

Tanto a posição de Jung quanto a de Freud em relação às religiões do mundo são muito respeitosas, mas eles são, ao mesmo tempo, anti-cristãos. Um nega a validade do Cristianismo, o outro o compara à mitologia.

Ao repudiarem o Deus da Bíblia, os dois instigaram seus discípulos à procura de melhores alternativas para entenderem o ser humano e solucionar seus problemas de vida. Devotaram-se ao processo introspectivo, usando sua própria imaginação limitada para comprovarem suas teorias que sempre mostraram sua subjetividade anticristã.

A fé que uma vez foi dada aos santos era agora destronada por uma fé substitutiva, chamada medicina ou ciência, mas baseada sobre fundamentos que estão em direta oposição e contradição com a Bíblia.

O psiquiatra Thomas Szasz, em seu livro "The Myth of Psychotherapy", escreve que "os ingredientes básicos da psicoterapia são religião, retórica e repressão."8 Ele nos faz saber um de seus principais propósitos ao escrever este livro:

...Para mostrar como, com o declínio da religião e o crescimento da ciência no Século XVIII, a cura da alma pecadora, que tem sido parte integral da religião cristã, revestiu-se de nova terminologia, preocupando-se com a cura da mente doentia, tornando-se parte integral da medicina.9

A cura da alma, que já foi parte vital do ministério da Igreja, vem sendo agora substituída pela cura da mente, sob os "auspiciosos" cuidados da psicoterapia. Aconselhamento puramente bíblico tem-se desvanecido e repetidamente sido destronado a ponto de tornar-se quase inexistente nos dias de hoje.

Muitos líderes eclesiásticos contendem, alegando que a Igreja não tem habilidade para corresponder à altura das necessidades das pessoas que sofrem de depressão, ansiedade, medo e outros desvios práticos da vida. A credibilidade é dada mais aos pseudocientistas da Psicoterapia do que à Palavra de Deus e ao ministério do Espírito Santo. Por causa da confusão entre ciência e pseudociência, líderes de Igrejas têm elevado a Psicologia a um nível de quase imbatível autoridade na Igreja Moderna. Cristianismo e Psicologia estão amalgamados de uma tal maneira em nossos dias que qualquer questionamento quando a validade da Psicologia como ciência fere a sensibilidade da Igreja.

Mesmo sabendo que quase universalmente a Igreja tem endossado a Psicologia como recurso para lidar com a natureza humana, existem ainda cristãos que não o fizeram. Jay Adams declara:

Na minha opinião, promovendo, permitindo e praticando os dogmas psicológicos e psiquiátricos na Igreja significa, em toda a sua abrangência, submissão ao paganismo e à heresia, servindo como propaganda para os ensinos de muitos dos mais bizarros cultos. A diferença vital é que esses cultos São menos perigosos porque seus erros são mais identificáveis do que a forma camuflada como a Psicologia se apresenta.10

Quando estudamos a história da Igreja primitiva vemos que ela enfrentou e ministrou às pessoas com desordens mentais, emocionais e de comportamento, situações que, sendo avaliadas do ponto de vista moderno, eram bem mais complexas do que as que encontramos hoje. A própria condição da Igreja naqueles dias era mais complexa, com descabida perseguição, incontida pobreza e incontáveis aflições. As catacumbas de Roma são testemunhas silenciosas da extensão dos problemas enfrentados pela Igreja primitiva.

O ponto é que a Palavra de Deus e o ministério do Espírito Santo são aplicáveis a todos os problemas da vida em todas as épocas e não precisam ser ajudados por técnicas advindas de mentes rebeldes sendo propagadas como "maneira científica de tratar a natureza humana". Será que a Igreja moderna tem-se esquecido de sua obrigação de ministrar à pessoa que sofre? Se isso é verdade, uma das principais causas se deve ao fato de ter crido no mito do aconselhamento psiquiátrico como meio científico de lidar com o ser humano enquanto que, na verdade, é simplesmente uma outra religião, um outro evangelho.

O conflito entre o caminho psicológico e o caminho bíblico de aconselhamento não é o mesmo que discussão entre verdadeira ciência e verdadeira religião. O conflito é estritamente religioso - esse é um conflito entre muitas religiões postas juntas sob o nome de Psicoterapia (aconselhamento psicológico) e a única verdadeira religião que a Bíblia ensina.

A chamada "Psicologia Cristã" tem-se encarregado de divulgar a idéia de que a Bíblia mais Psicologia podem prover uma qualidade melhor de aconselhamento, mais prático e coerente com as necessidades do mundo moderno. A verdade é que não existe nenhuma evidência de que a Bíblia precise de suporte herdado da Psicologia para tornar-se efetiva na vida humana e seus problemas.

 

1. Existe uma Psicologia Cristã?

A Associação Cristã para Estudos Psicológicos (ACEP) é um grupo de psicólogos e psicologistas que se professa cristão. Em uma de suas reuniões a seguinte declaração foi feita:

As pessoas nos perguntam constantemente se somos "psicólogos cristãos", o que nos deixa em dificuldade para responder porque não sabemos todas as implicações contidas na pergunta. Como cristãos, somos psicólogos; mas até o presente momento não existe uma psicologia estritamente cristã aceitável que seja distintamente diferente de uma psicologia não cristã. E muito difícil inferir do exposto, que funcionamos de maneira singular e diferente dos nossos colegas profissionais que não são cristãos. . . nós não temos nenhuma teoria inédita e reconhecida, nenhum modelo para coleta de dados ou mesmo um tipo de tratamento que seja distintamente cristão.11

Mesmo estando atolados no lamaçal de opiniões contraditórias e não científicas, os chamados "psicólogos cristãos" proclamam que "toda verdade é verdade de Deus". Essa declaração é feita tentando justificar o uso que fazem da Psicologia em colaboração com a Bíblia, sem no entanto definir de uma forma clara e inequívoca o que é a verdade de Deus. É cabível pensar nas afirmações de Freud sobre neurose obsessiva como sendo verdade de Deus? Ou a estruturação de tipos e arquétipos feita por Jung? Ou a idéia sobre o amor que a humanidade precisa ter de acordo com Roger? Ou o comportamento segundo B. F. Skinner? Ou o simplismo de pensar que só porque estou bem comigo mesmo, você precisa estar na mesma situação como você mesmo?

Psicologia, como todas as religiões, inclui alguns elementos de verdade. Até mesmo a tentação que Satanás exerceu sobre Eva incluiu verdade e mentira. A razão de dizer que "toda verdade é verdade de Deus" se deve ao fato de que há algumas similaridades entre ensino bíblico e idéias psicológicas. No entanto, algumas semelhanças não fazem da Psicologia uma ideologia comparável e compatível com Cristianismo, nem um pouco além das semelhanças entre o Cristianismo e outros sistemas religiosos pagãos. As escrituras dos hindus, budistas e muçulmanos contêm observações a respeito da vida e comportamento similares a alguns versículos bíblicos. As semelhanças entre Psicologia e Cristianismo simplesmente indicam que o sistema de aconselhamento psicológico é profundamente envolvido com o religioso. Os cristãos não deviam olhar os psicólogos com mais respeito do que olham qualquer outro líder religioso não cristão para buscar sabedoria ao resolver seus problemas de vida!

Desde que não existe nenhuma psicologia cristã padronizada, cada um dos chamados "psicólogos cristãos" decide por si mesmo qual dentre as muitas possibilidades e métodos psicológicos ele escolherá para definir o seu princípio de ação profissional, o que se constituirá no que ele terá como sendo a verdade de Deus. Quando isso acontece, a opinião subjetiva do ser humano é posta como autoridade decisiva, trazendo filosofias humanas em pé de igualdade com a Palavra inspirada de Deus. A autoridade bíblica é minada pela insistência humana de manter um substitutivo criado por ela mesma, que nunca será maior do que sua própria insuficiência.

 

A Bíblia é a única verdade pura de Deus; tudo mais é mesclado pela limitada percepção humana. Qualquer outra coisa que alguém possa descobrir a respeito da criação de Deus será sempre parcial porque inesgotabilidade de poder é um dos atributos de Deus. Nenhum elevado nível de conhecimento ou demonstração de sabedoria e entendimento de nossa parte se igualaria à inteireza da verdade de Deus. A Palavra de Deus não precisa de nenhum suporte vindo de autoridades psicológicas para tornar-se suficiente e digna de todo crédito. A Bíblia se estende sozinha como sendo a verdade revelada de Deus. Para o cristão genuíno, o real perigo não está no tamanho da brecha que se tem aberto para que os princípios psicológicos dominem, mas no conceito mediocrizado quanto a suficiência das Escrituras para lidar adequadamente com a situação humana no que diz respeito à vida.

A afirmação de que "toda verdade é verdade de Deus" é ampla-mente discutida na popular Enciclopédia de Psicologia, publicada pela Baker onde, supostamente, tem-se o comentário em diferentes áreas da Psicologia, "feito pelas maiores autoridades na área de Psicologia Cristã".12 Em seu comentário a respeito desse livro o dr. Ed Payne, professor de Medicina na Universidade da Georgia, falou: 

A mensagem desses livros e de seus autores é, sem sombra de dúvidas, a de que a Bíblia e as literaturas psicológicas se estendem juntas no mesmo nível de autoridade. Muitos pastores e leigos podem ser ludibriados pelo rótulo cristão que esse livro apresenta. Essa tal Psicologia apresentada e defendida por alguns "cristãos" é uma praga na Igreja Moderna, distorcendo o relacionamento dos cristãos com Deus, retardando o seu crescimento e adoentando sua santificação. Nenhuma outra área de conhecimento tem trazido tanta desvantagem para a Igreja!"13

Essa conceituada enciclopédia "cristã" simplesmente reflete o que a Igreja de Cristo se dispôs a aceitar na área vital de sua responsabilidade, que é lidar apropriadamente com o ensino da relação sadia entre a criatura e o Criador, causando um impacto sadio no plano horizontal do relacionamento humano. A verdade é que existe um produto da criação humana chamado Psicologia; esse é um material desprovido de real substância, não científico, contraditório mesmo entre os seus praticantes e defensores, definido por pessoas que escolheram e definiram o que era a verdade para eles mesmos. Por outro lado, existe o produto da revelação divina, provisão do Criador para a criatura, chamado de Bíblia. Ela é a substância para a vida humana; desafia e está acima da própria ciência, é inerrante e nunca se contradiz. Existe Psicologia e Bíblia, mas não uma "psicologia bíblica". Existe Psicologia e Cristianismo, mas não uma "psicologia cristã".

 

2. O Evangelho da Auto-Estima

Um dos temas mais populares em Psicologia é o da auto-estima. Mesmo sendo este um tema extremamente popular, sua origem é recente. Historicamente, nasceu fora da Igreja, 40 anos atrás, e foi importado para dentro da Igreja 20 anos depois.

Como a sociedade tem-se movido de auto-negação para auto-afirmação, um novo vocabulário emergiu definindo uma nova visão da vida e em como vivê-la em sua potencialidade. Toda essa terminologia deu à luz uma nova dimensão chamada formalmente de Psicologia Humanística. A pessoa torna-se o centro de todas as razões, fazendo como absolutos todos os relativismos que tentam elevar o auto-conceito do ser humano. Certas palavras passaram a encabeçar a conversação: amor-próprio, valor próprio, auto-aceitação, auto-imagem, auto-valorização, auto-suficiência e assim por diante. Com isso a Igreja se rendeu à terminologia e tem-se tornado psicologizada, transferindo a ênfase do ser-viço que cultua a Deus, o Criador, para se satisfazer e cultuar a criatura, aspecto que não é novo debaixo do sol, se você conferir Romanos 1:18-23. A Igreja moderna tem vivido em submissão ao intento de agradar e promover o homem em vez de buscar glorificar a Deus como regra maior.

Livros chamados cristãos já refletem o que se tornou aceitável na sociedade; os títulos são grandes e coloridos: "A Arte de Amar a Si Mesmo", "Você é Alguém Muito Especial", "Eleve sua Auto-Imagem", "Celebre o que Você é" e assim por diante. Talvez o mais conhecido seja o de Roberto Schuler "Amor-Próprio: a Nova Reforma".

De acordo com os que querem psicologizar o cristianismo, que não são nem um pouco mais prejudiciais do que os cristianizadores da psicologia, um dos grandes empecilhos para ter uma vida abundante se dá porque temos um baixo nível de auto-estima (anêmico amor-próprio).

Toda a badalação aplicada nessa área.é facilmente aceita porque é muito mais fácil lidar com o aspecto filosófico da auto-insuficiência ou baixo nível de auto-estima do que a realidade de encararmos o nosso pecado, falta de piedade na vida, egocentrismo e, depois, nos arrependermos e confessar a Deus, crendo no que Ele diz em Sua Palavra. Ao mesmo tempo que esse baixo nível de amor-próprio requer tratamento psicológico para ser restaurado, quando a pessoa ouvirá repetitivamente quão boa e merecedora ela é, as conseqüências do pecado chamam para a dura realidade do reconhecimento que traz arrependimento, confissão e restauração, seguidos por um sólido caminhar pela fé, num relacionamento de amor que Deus providenciou na cruz de Cristo; esse processo não é ilusório; ele é real! Aquele que acredita na suficiência da Bíblia ainda tem a Palavra de Deus como antídoto para resolver de uma vez por todas até os mais intricados problemas da vida, sem precisar biblificar certos princípios psicológicos para torná-los mais aplicáveis. A maior necessidade do ser humano é a de ter a Cristo como Salvador pessoal e não a de construir uma boa auto-imagem.

 

Mesmo vivendo dias quando o maior de todos os mandamentos têm sido "ame a si próprio", a Bíblia ensina claramente que a vida cristocêntrica e aquela centrada em promover a outra pessoa é a que agrada a Deus. A Bíblia nunca nos exorta a desenvolvermos o nosso amor-próprio. Por outro lado, Deus afirma que nós já nos amamos o suficiente, tanto é que esse nível de amor-próprio, se fosse aplicado em relação a outras pessoas, seria o suficiente para sermos irrepreensíveis em relação à Lei inteira, de acordo com Gálatas 5.14: "Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás ao teu Próximo corno a ti mesmo." Essa lei foi dada em Levítico no capítulo 19, reiterada por Jesus em Mateus, 19:19, na conversa com o jovem rico e em Marcos, 12:31, quando Ele argumentava com um dos escribas. Esse nível de amor perigoso que tenho para comigo mesmo não precisa ser elevado; minha auto-valorização está presente em mim de uma forma tão arraigada e comprometedora que sou convidado a negar a mim mesmo para seguir a Cristo apropriadamente. (Mateus 16:24.) O Criador sabe do nosso nível de amor-próprio: "Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida..." (Efésios 5:29.)

Indo um pouco mais além, a idéia de desenvolvermos uma técnica para elevar o nosso amor-próprio, incrementando nossa auto-suficiência, auto-valorização, autopromoção, o que é a raiz como pivô da metodologia psicológica, está classificada entre as agravantes que caracterizarão o desvirtuamento da raça humana nos últimos dias: 

Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão egoístas (amantes de si mesmos), avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, trai-dores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo forma de piedade negando-lhe, entretanto, o poder! Foge também destes. 2 Timóteo 3:1-5.

Os ensinos que encorajam a busca de auto-suficiência, fortalecimento do amor-próprio e reconhecimento do valor próprio têm sido colhidos do mundo e não das Escrituras; eles São produtos da psicologia humanística e não da verdade que a Palavra de Deus ensina. A Bíblia não tem espaço para a pregação do "evangelho da auto-estima". Deus escolheu expressar-nos Seu amor por causa dEle mesmo, não por nossa causa, e isso é verdade até mesmo depois que nos tomamos Seus filhos. E somente pela graça que Ele escolheu depositar o valor do Seu amor em nós, transformando-nos de vasos de ira para a perdição, em vasos de misericórdia para a salvação. (Romanos 9:22-23.) E muito importante termos a correta perspectiva do valor que deve ser atribuído a Deus e a Sua gloriosa mensagem, e não a nós mesmos: 

Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. 2 Coríntios 4:5, 7.

A conscientização de que Deus, o Criador e Sustentador do universo, escolheu compartilhar Seu amor conosco, deveria conduzir-nos pelo caminho do devotamento de todas as nossas forças para exaltar e propagar o tudo que Ele é e não o nada que somos: Fomos e somos amados por Deus sem que fôssemos merecedores disso:

Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos (sem a presença de nenhum socorro disponível), morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:68. 

Os mais profundos segredos do Evangelho nos São revelados quando tiramos os nossos olhos de nós mesmos e os dirigimos para o lugar onde estão escondidos todos os tesouros suficientes para enriquecerem uma vida para sempre  Jesus Cristo. A pregação psicológica da auto-estima como solução para vivermos uma vida vitoriosa nos coloca em clara oposição ao que a Bíblia, a Palavra inspirada de Deus, ensina.

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